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Arte Contemporânea no Recife dos anos 90: Grupo Camelo, Grupo Carga e Descarga e Betânia Luna

PINHEIRO, Jane 09 1900 (has links)
Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-24T19:36:42Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39P654a Dissertação.pdf: 47047257 bytes, checksum: 7a9f885ca417f4e39c830d032ca56326 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-24T19:36:42Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39P654a Dissertação.pdf: 47047257 bytes, checksum: 7a9f885ca417f4e39c830d032ca56326 (MD5) Previous issue date: 1999-09 / Embarquei na minha nau, para uma terra não muito distante. Naveguei rumo ao território da arte, mais especificamente da arte contemporânea produzida na cidade do Recife, no fim dos anos 90. Não sem olhar as estrelas, tomei como norte da minha bússola, o paradigma da complexidade. Paradigma que, ao meu ver, solicita-nos o exercício de uma nova escritura. Esta dissertaçcão que vos apresento é uma tentativa de reintroduzir uma dimensão estética na ciência,como indica o paradigma de que falo. A realização da pesquisa desenvolveu-se num processo de convivência com artistas plásticos da cidade do Recife, mais especificamente daqueles que utilizam na sua produção, além de uma instalação, pintura, escultura, vídeos e objetos, e que pouco a pouco vem sendo respaldados pelo circuito nacional de arte a despeito de não realizarem um trabalho de cunho regionalista. Realizei entrevistas, pesquisa documental e bibliográfica. Fotografei ações, instalações e montagens. Participei de um workshop, de cursos, e diversos eventos como montagem de exposições, almoços, festas e vernissages. No decorrer do trabalho de campo, percebi a importância de dialogar com alguns temas recorrentes. Por outro lado, a questão como discutir o problema, também tornou-se um dado fundamental. Não importava apenas o que discutir, como em uma obra de arte, a ideia de forma e conteúdo me pareceram indissociáveis. A arquitetura de escrita que aqui utilizo comporta dois narradores: um que fala na primeira pessoa do singular, e um outro que fala na terceira pessoa, este último fala de mim, do processo de criação deste trabalho, das minhas dúvidas e desejos neste processo. Esta arquitetura se sustenta, teoricamente, na idéia de Edgar Morin de que é preciso pensar o processo criador dentro da ciência; e de que o sujeito deve pensar-se a si próprio dentro do trabalho científico. Segundo ele, o objetivo do conhecimento não é descobrir o segredo do mundo ou a equaçã-chave, mas dialogar com o mundo; por isso optei por estabelecer um diálogo constante com os meus informantes em todas as fases da dissertação. Inicio tecendo algumas considerações acerca da relação sujeito-objeto e de questões relativas à proximidade entre arte e ciência, arte e antropologia, que justificam a estrutura deste trabalho. Em seguida, discuto a utilização da fotografia na antropologia e apresento minha defesa para seu uso como um texto outro. Traço, ainda, um paralelo entre o percurso da utilização da fotografia na arte e na antropologia. Num segundo momento, falo da impossibilidade de apreender o objeto, de descrevê-lo fielmente, e da carga de subjetividade e recorte de que está imbuída tal tarefa. Descrevo o grupo, seu surgimento e atuação, e apresento um pequeno perfil de cada artista. Por fim, dialogo com algumas questões: configuração do grupo e suas matrizes estéticas; razões para sua projeção no cenário nacional; como lida com o problema do regionalismo, uma vez que, este é um tema recorrente na produção artística de Pernambuco.

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