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Alterações metabólicas e hemodinâmicas na obesidade visceral em ratos : repercussões na função autonômica

Konrad, Signorá Peres January 2010 (has links)
Principais causas de morbi-mortalidade mundial, as doenças cardiovasculares têm o inicio de sua fisiopatologia em idade precoce e, maior predisposição para seu desenvolvimento na vigência das manifestações clinicas da síndrome metabólica como intolerância à glicose, resistência à insulina, obesidade, dislipidemia e hipertensão. Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da dieta de cafeteria em ratos, sobre variáveis morfométricas, metabólicas e hemodinâmicas associadas às alterações no controle autonômico. Foram utilizados 32 animais, distribuídos em 2 grupos, com delineamento experimental que compreendeu o tratamento com a dieta (24 semanas) e a coleta dos dados. O modelo experimental usado permitiu observar presença de maior adiposidade abdominal, triacilglicerídeos aumentados caracterizando dislipidemia, aumento da glicemia de jejum e redução da resposta de decaimento da glicose, mostrando aumento da resistência à ação periférica da insulina. Observaram-se também HDL-c mais baixo, similaridade nos valores de pressão arterial e frequência cardíaca e alterações importantes no controle autonômico como, redução da variabilidade da frequência cardíaca, modificação no balanço simpato-vagal em favor da modulação simpática sobre a vagal, e correlação direta com os níveis de triacilglicerídeos. Em conjunto, esses achados demonstraram que a dieta de cafeteria induziu alterações de peso corporal e dos depósitos de gordura visceral (TAB) e muscular (TAM) em ratos normotensos acompanhadas de alterações precoces do sistema nervoso autônomo, identificando-se um papel relevante e precoce desse sistema na fisiopatologia da doença cardiovascular associada à alterações metabólicas. / Cardiovascular disease that has been the leading causes of morbidity and mortality in the global world has the beginning of its pathophysiology in precocious age and, greater predisposition for its development in the validity of the clinical manifestations of the metabolic syndrome as to the glucose intolerance, insulin resistance, dyslipidemia, obesity and hypertension. This study was lead with the objective to evaluate the effect of the cafeteria diet in rats, on morphometric, metabolic and hemodynamic parameters associated with the alterations of autonomic control. Rats (n=32) were distributed in 2 groups, one under cafeteria diet and the other on standard food (24 weeks). At the end of the experimental period data were collected. The treated animals presented bigger abdominal adiposity, increased tryacilglicerides characterizing dyslipidemia and increased of the fasting glycemia. The rate of glucose decay was also reduced showing increased peripheral insulin resistance. It was also observed lower HDL-c levels while values of arterial pressure and heart rate did not change. However significant changes in autonomic control of circulation as reduction of heart rate variability as well as increased sympathovagal balance were also observed. These changes were positively correlated with tryacilglicerides levels indicating that cafeteria diet induced not only alterations of body weight but also of the adipose deposits characterizing visceral (WAT) and muscular fat (BAT). Finally the results suggest that autonomic changes may be the early marker of cardiovascular impairment associated with metabolic illness.
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Impact of artifact correction methods on R-R interbeat signals to quantifying heart rate variability (HRV) according to linear and nonlinear methods. / Impactos das correções de artefatos em sinais de intervalos R-R para a quantificação da variabilidade da frequência cardíaca (HRV) de acordo com métodos lineares e não lineares.

Anderson Ivan Rincon Soler 10 March 2016 (has links)
In the analysis of heart rate variability (HRV) are used temporal series that contains the distances between successive heartbeats in order to assess autonomic regulation of the cardiovascular system. These series are obtained from the electrocardiogram (ECG) signal analysis, which can be affected by different types of artifacts leading to incorrect interpretations in the analysis of the HRV signals. Classic approach to deal with these artifacts implies the use of correction methods, some of them based on interpolation, substitution or statistical techniques. However, there are few studies that shows the accuracy and performance of these correction methods on real HRV signals. This study aims to determine the performance of some linear and non-linear correction methods on HRV signals with induced artefacts by quantification of its linear and nonlinear HRV parameters. As part of the methodology, ECG signals of rats measured using the technique of telemetry were used to generate real heart rate variability signals without any error. In these series were simulated missing points (beats) in different quantities in order to emulate a real experimental situation as accurately as possible. In order to compare recovering efficiency, deletion (DEL), linear interpolation (LI), cubic spline interpolation (CI), moving average window (MAW) and nonlinear predictive interpolation (NPI) were used as correction methods for the series with induced artifacts. The accuracy of each correction method was known through the results obtained after the measurement of the mean value of the series (AVNN), standard deviation (SDNN), root mean square error of the differences between successive heartbeats (RMSSD), Lomb\'s periodogram (LSP), Detrended Fluctuation Analysis (DFA), multiscale entropy (MSE) and symbolic dynamics (SD) on each HRV signal with and without artifacts. The results show that, at low levels of missing points the performance of all correction techniques are very similar with very close values for each HRV parameter. However, at higher levels of losses only the NPI method allows to obtain HRV parameters with low error values and low quantity of significant differences in comparison to the values calculated for the same signals without the presence of missing points. / Na análise da variabilidade da frequência cardíaca (Heart Rate Variability - HRV) são usadas séries temporais que contém as distancias entre batimentos cardíacos sucessivos, com o m de avaliar a regulação autonômica do sistema cardiovascular. Estas séries são obtidas a partir da análise de sinais de eletrocardiograma (ECG), as quais podem ser afetados por distintos tipos de artefatos, levando a interpretações incorretas nas análises feitas sob as séries da HRV. Abordagem clássica para lidar com esses artefatos implica a utilização de métodos de correção, alguns deles com base na interpolação, substituição ou técnicas estatísticas. No entanto, existem poucos estudos que mostram a precisão e desempenho destes métodos de correção em sinais reais da HRV. Assim, o presente estudo tem como objetivo determinar cómo os diferentes níveis de artefatos presentes no sinal afetam as caraterísticas da mesma, utilizando-se diferentes métodos lineares e não lineares de correção e posteriormente quanticação dos parâmetros da HRV. Como parte da metodología utilizada, sinais ECG de ratos obtidas mediante a técnica da telemetria foram usadas para gerar séries de HRV reais sem nenhum tipo de erro. Nestas séries foram simulados batimentos perdidos para diferentes taxas de pontos a m de emular a situação real com a maior precisão possível. Adicionalmente, foram aplicados os métodos de eliminação de segmentos (DEL), interpolação linear (LI) e cúbica (CI), janela de média móvel (MAW) e interpolação preditiva não lineal (NPI) como métodos de correção dos artefatos simulados sob as séries com erros. A precisão de cada método de correção foi conhecida através dos resultados obtidos com a quanticação do valor médio da série (AVNN), desvio padrão (SDNN), erro quadrático médio das diferenças entre batimentos sucessivos (RMSSD), periodograma de Lomb (LSP), análise de flutuações destendenciadas (DFA), entropia multiescala (MSE) e dinâmica simbólica (SD) sob cada sinal de HRV com e sem erros. Os resultados obtidos mostram que para baixos níveis de perdas de batimentos o desempenho das técnicas de correção é similar, com valores muito semelhantes para cada parámetro quanticado da HRV. Não obstante, em níveis de perdas maiores só NPI permite obter valores muito próximos e sem muitas diferenças signicativas para os mesmos parâmetros da HRV, em comparação com os valores calculados para as séries sem perdas.
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Ferramentas computacionais na análise da variabilidade da frequência cardíaca através do paradigma não extensivo no estudo de cardiopatias / Computational tools for heart rate variability analysis through non-extensive paradigm in heart diseases.

Luiz Eduardo Virgilio da Silva 26 February 2010 (has links)
Este trabalho teve por objetivo construir e avaliar ferramentas de quantificação e análise da variabilidade da freqüência cardíaca segundo o paradigma não extensivo de Tsallis na modelagem do sistema de regulação da freqüência cardíaca, e na discriminação de situação de normalidade e cardiopatias e apoio ao diagnóstico de cardiopatias. O sistema de regulação da freqüência cardíaca é reconhecidamente não linear. Este estudo explora esta característica, quantificando a complexidade através de uma família de entropias condicionais não extensivas e outras medidas de avaliação usualmente utilizadas na análise da variabilidade cardíaca. Foram utilizados dados reais de 15 indivíduos saudáveis, 23 indivíduos chagásicos e 19 indivíduos hipertensos, além de dados simulados computacionalmente para uma avaliação controlada das ferramentas estatísticas estudadas. Durante a avaliação foram gerados dados substitutos (surrogate data) para os testes de validade e intensidade da hipótese de não linearidade das séries. Os resultados mostraram que o parâmetro q introduz uma forma diferente de quantificação da complexidade do sinal. Com o auxílio dos dados substitutos, foi possível identificar, para alguns sinais, a região de valores de q onde o comportamento não linear é mais evidente. Os resultados obtidos indicam que a abordagem merece estudos mais aprofundados. / This study aimed to construct and evaluate tools for quantification and analysis of heart rate variability under Tsallis non-extensive statistical paradigm to model heart rate regulation system, and discrimination in situations of healthy conditions and support diagnosis of heart diseases. The heart rate regulation system is known to be nonlinear. This study explores this feature by quantifying the signal complexity through a family of non extensive conditional entropy and other evaluation measures commonly used in the analysis of heart rate variability. We used real data from 15 healthy subjects, 23 individuals with Chagas disease and 19 hypertensive individuals, in addition to simulated data to make a computationally controlled evaluation of the statistical tools studied. During the evaluation were generated surrogate data for tests of validity and strength of the time series non-linearity hypothesis. The results have shown that the q parameter introduces a different way of quantifying the complexity of the signal. With the support of surrogate data, it was possible to identify a range of q values that nonlinear behavior is more evident for some signals. The results indicate that the approach deserves further study.
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Efeitos agudos de diferentes intensidades de treinamento físico sobre a cinética e variabilidade da frequência cardíaca em jovens saudáveis / Acute effects of different intensities of physical training on the kinetics and variability of heart rate in healthy youngsters

Basso Filho, Marco Antonio 28 March 2018 (has links)
Submitted by Liliane Ferreira (ljuvencia30@gmail.com) on 2018-05-03T14:05:56Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marco Antonio Basso Filho - 2018.pdf: 1179214 bytes, checksum: c42f7002852698e32ce9c89e0baff62d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-05-03T15:41:54Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marco Antonio Basso Filho - 2018.pdf: 1179214 bytes, checksum: c42f7002852698e32ce9c89e0baff62d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-03T15:41:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marco Antonio Basso Filho - 2018.pdf: 1179214 bytes, checksum: c42f7002852698e32ce9c89e0baff62d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-03-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Introduction: Studies show that high intensity interval training (HIIT) promotes improvements equivalent or even superior to continuous moderate intensity training (IMT). However, HIIT has divergent applications, approaches and results in the literature regarding its physiological repercussions and the parameters that may bring more safety in its prescription. In this context kinetics and heart rate variability (HRV) represent the physiological responses of the autonomic nervous system (ANS) in cardiac autonomic heart rate (HR) modulation, as well as VO2max represents the aerobic functional capacity and, in the rest-exercise transitions and exercise-recovery, can demonstrate the efficiency of different physical training in fitness, adaptation, vagal withdrawal and sympathetic hyperactivity. Objective: To compare the acute effects of different intensities of physical training on the kinetics of HR and HRV, and functional capacity in healthy physically active youngsters. Objective: To compare the acute effects of different intensities of physical training on the kinetics of HR and HRV, and functional capacity in healthy physically active youngsters. Methodology: Clinical crossover performed with 12 physically active young males. The procedure to obtain the data occurred for 4 days with an interval of 48 hours between those days. On the 1st day the participants were submitted to evaluations including the cardiopulmonary exercise test (CPT) for the purpose of verifying VO2max, identifying their aerobic functional capacity, as well as prescribing the protocols. Between the 2nd and 4th day, the three exercise protocols were performed: TCMI (exercise = 21 minutes continuous at 70% of vVO2max), short HIIT (exercise = 29 repetitions of 30 seconds at 100% of vVO2max and recovery = 30 seconds passive to 50% of vVO2max) and long HIIT (exercise = 3 replicates of 4 minutes to 90% of vVO2max and recovery = 3 minutes to 60% of vVO2max). Participants performed 5 minutes of heating at 55% of vVO2max and at the end of the session 3 minutes of recovery at 50% of vVO2max. The recording data of the R-R intervals were recorded with the participant lying in the supine position for 10 minutes before the start of the tests and immediately after the recovery of the sit-in tests for 3 minutes. The behavior of the HR, HRV and VO2max variables were verified in the rest-exercise transition, during exercise and in the exercise-recovery transition. Statistical analysis: The normality of the data was evaluated by the Komolgorov-Smirnov test. In order to evaluate the correlation between HRV indexes after each exercise protocol and VO2peak, the Pearson Correlation Test or the Spearman Correlation Test were used. Two-way ANOVA was used to verify the differences between the variables obtained in each exercise protocol (HRV indices and cardiorespiratory fitness variables). Values of p <0.05 were considered significant. Results: The systolic blood pressure (SBP) variable showed a lower value in the short HIIT when compared to the long HIIT (p = 0.003). The analysis of FCon kinetics showed a statistical difference for the delta time variable (∆T) when we compared the IMT and the long HIIT (p = 0.041), observing that the IMT promoted a greater slowness in the HR response in the rest-exercise transition. The analysis of the HRV during the exercise-recovery phase (off) was different between the long HIIT versus the IMT and the long HIIT versus the short HIIT (p <0.005 and p = 0.012, respectively), and the long HIIT showed greater sympathetic modulation and lower parasympathetic modulation. The comparison of the differences between the deltas of FCoff, the long HIIT showed a lower HR reduction in the initial 60 seconds of recovery when compared to the short HIIT and IMT respectively, presented by delta 30 (p <0.001 and p = 0.034, respectively) and Delta 60 (p = 0.012 and p = 0.037, respectively). The VO2peak variable had a higher value in the long HIIT when compared to the IMT and the short HIIT (p = 0.028 and p <0.001, respectively). Conclusion: In the intergroup comparison the IMT presented better HR values in the rest-exercise transition and the long HIIT obtained better results in the variables VO2peak and FCpeak. In terms of HRV in the exercise-recovery transition the short HIIT demonstrated better adaptation in the autonomic modulation while the long HIIT showed greater sympathetic hyperactivity and consequent cardiac overload. / Introdução: Estudos demonstram que o treino intervalado de alta intensidade (HIIT) promove melhorias equivalentes ou até mesmo superiores ao treinamento contínuo de moderada intensidade (TCMI). No entanto, o HIIT tem aplicações, abordagens e resultados divergentes na literatura em relação as suas repercussões fisiológicas e dos parâmetros que possam trazer mais segurança em sua prescrição. Neste contexto, a cinética e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) representam as respostas fisiológicas do sistema nervoso autônomo (SNA) na modulação autonômica da frequência cardíaca (FC), assim como o VO2máx representa a capacidade funcional aeróbia e, nas transições repouso-exercício e exercício- recuperação, podem demonstrar a eficiência de diferentes treinos físicos na aptidão, adaptação, retirada vagal e hiperatividade simpática. Objetivo: Comparar os efeitos agudos de diferentes intensidades de treinamento físico sobre a cinética da FC e VFC, e capacidade funcional em jovens saudáveis fisicamente ativos. Metodologia: Ensaio clínico crossover realizado com 12 jovens do sexo masculino ativos fisicamente. O procedimento para obtenção dos dados ocorreu por 4 dias com intervalo de 48 horas entre esses dias. No 1º dia os participantes foram submetidos a avaliações, entre elas o teste de esforço cardiopulmonar (TECP), com a finalidade de verificar VO2máx, identificar sua capacidade funcional aeróbia, bem como para prescrever os protocolos. Entre o 2º e o 4º dia foram realizados os três protocolos de exercícios: TCMI (exercício = 21 minutos contínuos a 70% da vVO2máx), HIIT curto (exercício = 29 repetições de 30 segundos a 100% da vVO2máxe recuperação = 30 segundos passivos a 50% da vVO2máx) e HIIT longo (exercício = 3 repetições de 4 minutos a 90% da vVO2máx e recuperação = 3 minutos a 60% da vVO2máx). Os participantes realizaram 5 minutos de aquecimento a 55% da vVO2máx e ao término da sessão 3 minutos de recuperação a 50% da vVO2máx.Os dados da gravação dos intervalos R-R foram registrados com o participante deitado em posição supina por 10 minutos antes do início dos testes e imediatamente após o término da recuperação dos testes em postura sentada por 3 minutos. O comportamento das variáveis FC, VFC e VO2máx foram verificados na transição repousoexercício, durante o exercício e na transição exercício-recuperação. Análise estatística: A normalidade dos dados foi avaliada pelo Teste de Komolgorov-Smirnov. Para avaliar a correlação entre os índices da VFC após cada protocolo de exercício e o VO2pico foram utilizados o Teste de Correlação de Pearson ou o Teste de Correlação de Spearman. A ANOVA twoway foi utilizada para verificar as diferenças entre as variáveis obtidas em cada protocolo de exercício (índices da VFC e variáveis da aptidão cardiorrespiratória). Foram considerados significativos valores de p < 0,05. Resultados: A variável pressão arterial sistólica (PAS) mostrou menor valor no HIIT curto quando comparada ao HIIT longo (p = 0.003). A análise da cinética da FCon demonstrou diferença estatística para a variável delta tempo (∆T) ao compararmos o TCMI e HIIT longo (p = 0.041), observando que o TCMI promoveu maior lentificação na resposta da FC na transição repouso-exercício. A análise da VFC durante a fase de exercício-recuperação (off) mostrou-se diferente entre o HIIT longo versus TCMI e HIIT longo versus HIIT curto (p < 0.005 e p = 0.012, respectivamente), sendo que o HIIT longo mostrou maior modulação simpática e menor modulação parassimpática. A comparação das diferenças entre os deltas da FCoff, o HIIT longo apresentou menor redução da FC nos 60 segundos iniciais da recuperação quando comparados ao HIIT curto e TCMI respectivamente, apresentado pelo delta 30 (p < 0.001 e p = 0.034, respectivamente) e Delta 60 (p = 0.012 e p = 0.037, respectivamente). A variável VO2pico apresentou maior valor no HIIT longo quando comparado ao TCMI e ao HIIT curto (p = 0.028 e p < 0.001, respectivamente). Conclusão: Na comparação intergrupos o TCMI apresentou melhores valores de FC na transição repousoexercício e o HIIT longo obteve melhores resultados nas variáveis VO2pico e FCpico. Em termos de VFC na transição exercício-recuperação, o HIIT curto demonstrou melhor adaptação na modulação autonômica enquanto o HIIT longo mostrou maior hiperatividade simpática e consequente sobrecarga cardíaca.
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Jogos de realidade virtual em indivíduos pós-acidente vascular cerebral: respostas fisiológicas agudas e sua reprodutibilidade / Virtual reality games for post-stroke subjects: acute physiological responses and their reproducibility

Julio Cesar Silva de Sousa 04 May 2017 (has links)
Os jogos de realidade virtual (JRV) são utilizados como estratégia complementar de reabilitação motora em indivíduos pós-acidente vascular cerebral (AVC). Porém, o impacto cardiovascular e metabólico desses jogos foi pouco investigado, o que é essencial para uma reabilitação completa. Com esse intuito, este estudo avaliou as respostas de frequência cardíaca (FC) e consumo de oxigênio (VO2) durante os JRV, comparando-as ao limiar anaeróbio (Lan) e ao ponto de compensação respiratória (PCR) e calculando o gasto energético (GE). Além disso, investigou-se as respostas da FC, pressão arterial (PA) e duplo produto (DP) no período pós-JRV e a reprodutibilidade de todas as respostas aos JRV. Para tanto, 12 indivíduos (84% homens, 56±12 anos) em fase crônica após um único AVC participaram, em ordem aleatória, de três sessões experimentais, sendo duas delas de JRV e uma controle. Nas sessões de JRV, os indivíduos foram submetidos a 4 blocos de jogos intercalados por 2 min de pausa; cada bloco foi composto por 3 min do jogo Tênis de Mesa, seguidos de 1 min de pausa e 4 min do jogo Boxe (Xbox360+Kinect). Na sessão controle, os indivíduos assistiram a um filme sentados por 38 min. A FC e o VO2 foram continuamente medidos durante as sessões, e a PA e FC foram medidas antes e aos 15 e 30 min após as intervenções. O GE foi calculado a partir do VO2. As respostas de FC e VO2 nos JRV tiveram boa reprodutibilidade (coeficiente de correlação intraclasse > 0,75 e baixo erro médio da medida). Os valores de FC medidos durante os JRV foram semelhantes ao Lan e significantemente inferiores ao PCR, com mais de 50% dos indivíduos apresentando FC abaixo do Lan em todos os JRV. O VO2 medido durante os JRV foi significantemente menor que o Lan e o PCR, com mais de 75% dos indivíduos com VO2 abaixo do Lan em todos os jogos. O GE médio da sessão de JRV foi de ? 4,6±0,1 kcal/min, totalizando 169±11 kcal. Após a sessão de JRV, a PA não se modificou, a FC e o DP permaneceram aumentados por 30 min. Conclui-se que, em indivíduos pós-AVC, a sessão de JRV proposta promoveu respostas fisiológicas reprodutíveis, que corresponderam a uma intensidade próxima e abaixo do Lan, gerando um GE médio de cerca de 4 kcal/min (3 METS) e mantendo o trabalho cardíaco aumentado por até 30 min após a sessão / Virtual reality games (VRG) has been used as a complementary strategy for motor rehabilitation in stroke survivors. However, the cardiovascular and metabolic impacts produced by these games has been poorly investigated, which is important for a complete rehabilitation. To investigate this impact, this study evaluated heart rate (HR) and oxygen consumption (VO2) responses during VRG, comparing these responses with anaerobic threshold (AT) and respiratory compensation point (RCP), and calculating the energy expenditure (EE). Furthermore, the responses of HR, blood pressure (BP) and rate pressure product (RPP) after the VRG session as well as the reproducibility of all the responses to VRG were evaluated. For that, 12 chronic post-stroke patients (84% men, 56±12 years) underwent, in random order, 3 experimental sessions: two composed by VRG and one control session. The VRG sessions were composed by 4 blocks of games interpolated by 2 min of rest, and each block was composed by 3 min of the table tennis game followed by 1 min of rest and 4 min of the boxing game (Xbox360+Kinect). In the control session, the subjects watched a film in the seating position for 38 min. HR and VO2 were continuously measured during the sessions, and HR and BP were also measured before and at 15 and 30 min after the interventions. EE was calculated from VO2. HR and VO2 responses to VRG showed good reproducibility (intraclass correlation index > 75% and low standard error of measurement). HR measured during the VRG was similar to AT and significantly lower than RCP, with more than 50% of the subjects presenting HR below AT in all the games. VO2 measured during the VRG was significantly lower than AT and RCP, with more than 75% of the subjects presenting VO2 below AT in all the games. VRG EE was ?4.6±0.1 kcal/min, totalizing 169±11 kcal. After the VRG session, BP did not change, while HR and RPP remained significantly increased up to 30 min. In conclusion, in post-stroke survivors, the proposed VRG session produced physiological responses that have good reproducibility and corresponded to an intensity near to and below the AT, generating a mean EE of 4 kcal/min (3 METs), and maintaining cardiac work elevated for at least 30 min after its end
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Função da neurotransmissão noradrenérgica do núcleo medial da amígdala na modulação do sistema cardiovascular em ratos / Noradrenergic neurotransmission function of the medial nucleus of the amygdala in the modulation of the cardiovascular system in rats.

Eduardo Albino Trindade Fortaleza 21 March 2013 (has links)
RESUMO FORTALEZA, E. A. T. Função da neurotransmissão noradrenérgica do núcleo medial da amígdala na modulação do sistema cardiovascular em ratos. 2013. 153p. Tese (Doutorado) Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. O núcleo medial da amígdala (NMA) está envolvido no controle de uma variedade de processos fisiológicos e comportamentais, dentre eles, a regulação do sistema cardiovascular durante situações aversivas. Além disso, existem evidências indicando a presença de receptores noradrenérgicos no NMA e que os níveis de noradrenalina (NA) no NMA aumentam quando animais são submetidos ao modelo de estresse por restrição (ER). Portanto, o presente estudo foi dividido em duas partes: 1) avaliamos os efeitos da microinjeção local de NA no NMA de ratos, bem como os receptores locais e os mecanismos periféricos envolvidos na sua mediação e 2) investigamos o papel desempenhado pela neurotransmissão noradrenérgica do NMA sobre as respostas cardiovasculares causadas pelo ER. A primeira parte dos nossos resultados indicou que doses crescentes de NA (3, 9, 27 ou 45nmol/100nL) microinjetadas no NMA causavam respostas pressoras e bradicardicas de maneira dose-dependente em ratos não anestesiados. Os efeitos da NA no NMA foram abolidos pelo pré-tratamento local com antagonista de receptores 2-adrenérgicos (RX821002, 10 nmol/100nL), porém não foram alterados pelo pré-tratamento com antagonista de receptores 1adrenérgicos (WB4101, 10 nmol/100nL). A magnitude da resposta pressora à NA no NMA foi aumentada pelo pré-tratamento intravenoso (i.v.) com o bloqueador ganglionar pentolínio (5mg/kg) e foi significativamente reduzida pelo pré-tratamento i.v. com antagonista dos receptores vasopressinérgicos do tipo V1 dTyr(CH2)5(Me)AVP (50 g/Kg) sugerindo que o mecanismo periférico envolvido nestas respostas cardiovasculares é a liberação de vasopressina na circulação sanguínea. Como estruturas finais participando das respostas cardiovasculares desencadeadas pela microinjeção de NA no NMA, foi observado o possível envolvimento dos núcleos paraventricular (NPV) e supra-óptico (NSO) do hipotálamo, que sintetizam vasopressina. O bloqueio de sinapses, tanto no NPV quanto no NSO, com cloreto de cobalto (CoCl2, 1mM/100nL), reduziu as respostas cardiovasculares desencadeadas pela microinjeção de NA no NMA, sugerindo que ambos os núcleos são responsáveis pela liberação de vasopressina em resposta à NA no NMA. Na segunda parte deste estudo, os resultados mostraram que a microinjeção bilateral de WB4101, antagonista seletivo dos receptores 1- adrenérgicos (10, 15 e 20nmol/100nL) no NMA 10 min antes do ER, reduziu a resposta taquicárdica evocada pelo ER, de maneira dose-dependente. Em contraste, a microinjeção bilateral de RX821002, antagonista seletivo dos receptores 2- adrenérgicos (10, 15 e 20nmol/100nL) no NMA 10 min antes do ER, aumentou a resposta taquicárdica evocada pelo ER de maneira dose-dependente. Ambos os tratamentos não causaram alterações na resposta pressora observada nos animais submetidos ao ER. Estes resultados sugerem que receptores 1- e 2-adrenérgicos no NMA desempenham papel facilitatório e inibitório, respectivamente, na resposta taquicárdica durante o ER. Além disso, a microinjeção bilateral de propranolol, antagonista não seletivo dos receptores -adrenérgicos (10, 15 e 20nmol/100nL), no MNA 10 min antes do ER, causou aumento na resposta taquicárdica apenas quando os animais foram pré-tratados com a dose de 15 nmol, sem efeito significativo sobre a resposta pressora observada durante o ER. Este resultado indica que receptores -adrenérgicos no NMA desempenham um papel inibitório sobre a frequência cardíaca durante o ER. Uma vez que foi observada a participação dos receptores - adrenérgicos, realizamos o pré-tratamento com os antagonistas seletivos dos receptores 1- e 2- adrenérgicos, CGP 20712 e ICI 118,551, respectivamente. A microinjeção bilateral de ICI 118,551 (10, 15 e 20nmol/100nL) no NMA aumentou as respostas taquicárdicas ao ER após a microinjeção das doses de 15 e 20 nmol. Esse efeito foi semelhante ao observado após o tratamento prévio com propranolol, na dose de 15 nmol, sem efeito significativo sobre a resposta da pressora durante o ER. Porém, o pré-tratamento com o CGP 20712 (10, 15 e 20 nmol/100 nL) causou um efeito oposto sobre a resposta taquicárdica evocada pelo ER, ocorrendo uma redução da resposta taquicárdica que foi observada apenas após a dose de 20 nmol no NMA, sem efeito significativo sobre a resposta pressora evocada pelo ER. Esses resultados sugerem que os receptores 2-adrenérgicos desempenham influência inibitória sobre a resposta taquicárdica, ao passo que, os receptores 1-adrenérgicos desempenham influência facilitatória na resposta taquicárdica evocada pelo ER. / ABSTRACT FORTALEZA, E. A. T. Noradrenergic neurotransmission function of the medial nucleus of the amygdala in the modulation of the cardiovascular system in rats. 2013. 153p. Thesis (Doctoral) School of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. The medial amygdaloid nucleus (MeA) regulates a variety of physiological and behavioral processes, as well as regulation of the cardiovascular system during aversive situations. Moreover, there is evidence indicating that noradrenergic receptors are present into the MeA and that the levels of noradrenaline (NA) in this nucleus increases when animals are submitted to acute restraint model. Therefore, this study was divided into two parts: 1) we tested the effects of local NA microinjection into the MeA on cardiovascular responses in unaesthetized rats. Moreover, we describe the type of adrenoceptors activated and the peripheral mechanisms involved in the cardiovascular responses and 2) we investigated the involvement of MeA adrenoceptors in the modulation of cardiovascular responses that are observed during acute restraint. The first part of our results indicated that increasing doses of NA (3, 9, 27 or 45 nmol/ 100nL) microinjected into the MeA of unanesthetized rats caused dose-related pressor and bradycardiac responses. The cardiovascular effects of NA were abolished by MeA local pretreatment with 10 nmol/ 100nL of the specific 2-adrenoceptor antagonist RX821002, but were not affected by local pretreatment with 10 nmol/100nL of the specific 1-adrenoceptor antagonist WB4101. The magnitude of pressor response evoked by NA microinjected into the MeA was potentiated by intravenous pretreatment with the ganglion blocker pentolinium (5 mg/kg, i.v.) and blocked by intravenous pretreatment with the selective V1 vasopressin antagonist dTyr (CH2)5(Me) AVP (50 g/Kg, i.v.). Our results suggest that microinjection of NA into the MeA of unanesthetized rats activates local 2- adrenoceptors, evoking pressor and bradycardiac responses, which are mediated by vasopressin release in the blood circulation. The vasopressin is synthesized by magnocellular cells of paraventricular (PVN) and supraoptic nucleus (SON) of the hypothalamus. Thus, it was investigated the role of these hypothalamic nucleus on the cardiovascular pathway activated by the microinjection of NA into the MeA. Pressor and bradycardiac responses to NA (27nmol/100nL) were blocked when cobalt chloride (CoCl2, 1mM/100nL) was microinjected into the PVN or SON, thus indicating that both hypothalamic nucleus are responsible for the mediation of the cardiovascular responses evoked by NA microinjection into the MeA. Our results suggest that pressor and bradycardic responses caused by NA microinjection into the MeA are mediated by magnocellular neurons in the PVN and SON. In the second part of this study Male Wistar rats received bilateral microinjections of the selective 1-adrenoceptor antagonist WB4101 (10, 15, and 20 nmoL/100nL) or the selective 2-adrenoceptor antagonist RX821002 (10, 15, and 20 nmoL/nL) into the MeA, 10 min before the exposure to acute restraint. The injection of WB4101 into the MeA reduced the restraint-evoked tachycardia. In contrast, the injection of RX821002 increased the tachycardia. Both drugs had no effect on the BP increase observed during the acute restraint. Our findings indicate that 1 and 2-adrenoceptors in the MeA play different roles in the modulation of the HR increase evoked by restraint stress in rats. Results suggest that 1-adrenoceptors and 2-adrenoceptors respectively mediate the MeA facilitatory and inhibitory influences on restraint-related HR responses. Moreover, we investigated the involvement of -adrenoceptors in the MeA in cardiovascular responses evoked in rats submitted to an acute restraint stress. We first pretreated Wistar rats with the nonselective -adrenoceptor antagonist propranolol, microinjected bilaterally into the MeA (10, 15, and 20 nmol/100nL) 10 min before exposure to acute restraint. The pretreatment with propranolol did not affect the BP increase evoked by restraint. However, it increased the tachycardiac response caused by acute restraint when animals were pretreated with a dose of 15 nmol, without a significant effect on the BP response. This result indicates that -adrenoceptors in the MeA have an inhibitory influence on restraintevoked HR changes. Pretreatment with the selective 2- adrenoceptor antagonist ICI 118,551 (10, 15, and 20 nmol/100 nL) significantly increased the restraint evoked tachycardiac response after the doses of 15 and 20 nmol, an effect that was similar to that observed after the pretreatment with propranolol at the dose of 15 nmol, without a significant effect on the BP response. Pretreatment of the MeA with the selective 1-adrenoceptor antagonist CGP 20712 (10, 15, and 20 nmol/100nL) caused an opposite effect on the HR response, and a significant decrease in the restraint-evoked tachycardia was observed only after the dose of 20nmol, without a significant effect on the BP response. Because propranolol is an equipotent antagonist of both 1 and 2-adrenoceptors, and opposite effects were observed after the treatment with the higher doses of the selective antagonists ICI 118,551 and CGP 20712, the narrow window in the dose-response to propranolol could be explained by a functional antagonism resulting from the simultaneous inhibition of 1 and 2-adrenoceptors by the treatment with propranolol.
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Influência da idade e do sexo na frequência cardíaca, nas arritmias cardíacas e nos distúrbios da condução atrioventricular em indivíduos assintomáticos sem evidência de doença cardíaca / Influence of age and sex on heart rate, cardiac arrhythmias and atrioventricular conduction disturbances in asymptomatic individuals without evidence of heart disease

Rogério Silva de Paula 14 November 2002 (has links)
Há escassos estudos sobre a monitorização eletrocardiográfica ambulatorial em casuísticas brasileiras de indivíduos assintomáticos submetidos ao exame clínico. Com a finalidade de avaliar a freqüência cardíaca, as arritmias cardíacas, e os distúrbios atrioventriculares de condução, foram estudados 625 indivíduos assintomáticos, com exame clínico normal. A idade variou de 15 a 83 (média 42, desvio padrão 11,9) anos; 276 (44,2%) eram homens e 349 (55,8%) mulheres. Os indivíduos foram submetidos ao exame clínico, que incluiu história, exame físico e avaliação laboratorial, além da monitorização eletrocardiográfica ambulatorial de 24 h. Foram estudadas as variáveis obtidas na monitorização eletrocardiográfica ambulatorial nas 24 h de gravação e nos períodos das 6h às 22h, e das 22h às 6h em relação às variáveis do exame clínico-laboratorial. Para a análise dos dados, depois da estatística descritiva, as variáveis contínuas foram examinadas com o emprego da correlação canônica, da regressão linear simples e da regressão linear múltipla. As variáveis categóricas foram analisadas por meio da regressão logística. A freqüência cardíaca mínima nas 24h e no período das 22h às 6h elevou-se com o aumento da idade apenas nos homens. A idade foi a principal influência nas variáveis de freqüência cardíaca na correlação canônica (0,55; p<0,01). A freqüência cardíaca máxima nas 24h e a freqüência cardíaca média nas 24h diminuíram com o aumento da idade. A freqüência cardíaca mínima nas 24h aumentou com a idade em homens e mulheres. A freqüência cardíaca média das 22h às 6h elevou-se com o aumento da idade nos homens e diminuiu nas mulheres. A freqüência cardíaca máxima no eletrocardiograma de esforço não demonstrou correlação com a duração do exercício. A freqüência cardíaca média nas 24 h, das 6h às 22h e das 22h às 6h aumentaram com o aumento do índice de massa corpórea. As arritmias supraventriculares ocorreram em 509 (81%) indivíduos. As extra-sístoles supraventriculares variaram de 1 a 3694 (média de 66,6; desvio padrão de 314,4 e mediana de 5). As arritmias ventriculares ocorreram em 399 (64%) indivíduos. As extra-sístoles ventriculares variaram de 1 a 24.900 (média de 214,8; desvio padrão de 1491,7 e mediana de 3). O bloqueio atrioventricular de segundo grau Mobitz I ocorreu em 2,2% dos indivíduos. A presença de bloqueio atrioventricular de segundo grau Mobitz I revelou associação com o aumento dos triglicérides e com a freqüência cardíaca no eletrocardiograma de repouso menor que 60 batimentos por minuto. As arritmias supraventriculares e ventriculares, embora comuns, foram pouco freqüentes. Os bloqueios atrioventriculares foram pouco freqüentes; entretanto demonstrou-se associação entre bloqueios atrioventriculares e hipertrigliceridemia e com a freqüência cardíaca em repouso inferior a 60 batimentos por minuto. A freqüência cardíaca mínima nas 24h, das 6h às 22h e das 22h às 6h modifica-se com o aumento da idade, modificação essa que foi diferente nos homens e nas mulheres, sem que, entretanto tenha ficado demonstrada relação com a duração do exercício no eletrocardiograma de esforço. Em conclusão, a freqüência cardíaca mínima e máxima se modificaram com o aumento da idade, de modo diferente em homens e mulheres e sofreram influência da massa corpórea. As arritmias foram freqüentes, de baixa densidade e a freqüência aumentou com a idade. A freqüência de distúrbios da condução atrioventricular aumentou com a idade e com o aumento dos triglicérides. / There are few studies on ambulatory electrocardiographic monitoring in brazilian asymptomatic individuals without heart disease. To study heart rate, cardiac arrhythmias, and atrioventricular conduction disturbances, we evaluated 625 asymptomatic individuals with normal clinical examination. The age ranged between 15-83 (mean 42, standard deviation 11,9) years; 276 (44,2%) were men and 349 (55,8%) women. The individuals were submitted to clinical examination, including clinical history, physical examination, laboratory evaluation, and continuous 24h ambulatory electrocardiographic monitoring. After the descriptive statistics, the continuous variables were examined with canonic correlation, simple linear regression and multiple linear regression. The categorical variables were analyzed by logistic regression. The minimum heart rate, during the 24h-period and of the 6h-22h period, increased with aging only in men. The age was the main influence on heart rate on canonic correlation (0,55; p<0,01). The maximum and mean heart rate in 24h decreased with aging. The minimum heart rate in 24h increased with the age in men and women. The mean heart rate from 22h to 6h increased with advancing of age in men and decreased in women. The maximum heart rate and the duration of exercise in the stress electrocardiographic examination did not demonstrate correlation with the heart rate on ambulatory electrocardiographic monitoring. The mean heart rate during 24h period, 6h to 22h period and 22h to 6h periods increased with the elevation of the body mass index. Supraventricular arrhythmia occurred in 509 (81%) individuals. Isolated supraventricular arrhythmia rate varied from 1 to 3694 (mean 66,6; standard deviation 314,4 and median of 5) beats. Ventricular arrhythmias were detected in 399 (64%) individuals. The ventricular arrhythmia rate varied from 1 to 24900 (mean 214,8; standard deviation 1491,7; median of 3) beats. Second-degree atrioventricular block, Mobitz I, occurred in 2,2% of the individuals. Second-degree atrioventricular block, Mobitz I, was associated with to the increase of serum triglycerides and the heart rate in the under 60 beats per minute on the rest electrocardiogram. The supraventricular and ventricular arrhythmias were common but a low frequency. The atrioventricular blocks were infrequent. The minimum heart rate in the periods of 24h, from 6 to 22h and from 22h to 6h was modified by aging, but occurred differently in men and women, without demonstrating any relation to the duration the exercise. In conclusion, the minimum and maximum heart rate were modified with the increase of the age, in a different fashion in men and women, and influence of the body mass index. Arrhythmias were frequent, but had low density and increased with the age. The atrioventricular conduction block increased with the increase of age and triglycerides.
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Respostas cardiorrespiratórias de gestantes e não gestantes durantes e após a execução de exercícios de força com dois volumes distintos / Cardiorespiratory responses of pregnant and non pregnant women during and after resistance exercises with two different volumes

Bgeginski, Roberta January 2010 (has links)
O objetivo do presente estudo foi verificar a frequência cardíaca fetal e as respostas cardiorrespiratórias de gestantes e não-gestantes, durante e ao longo de 30 minutos após a execução de exercícios de força para membros superiores e inferiores, em dois volumes distintos. A amostra desse estudo foi composta por 20 mulheres, com idade entre 20 e 32 anos, sendo 10 gestantes (com idade gestacional entre 22 e 24 semanas) e 10 não-gestantes, que realizaram cinco sessões experimentais: sessão 1: familiarização com os equipamentos de coletas de dados e determinação de uma repetição máxima estimada; sessões 2, 3, 4 e 5: coleta das variáveis cardiorrespiratórias durante e ao longo de 30 minutos após os exercícios de força nos equipamentos cadeira extensora de joelhos bilateral e voador peitoral, com 1 e 3 séries de 15 repetições, com carga de 50% de uma repetição máxima estimada. Utilizou-se ANOVA para medidas repetidas com 2 e 3 fatores, com post-hoc de Bonferroni (α=0,05) (SPSS vs 13.0). Os resultados demonstraram que as respostas de pressão arterial durante os exercícios de força apresentam um comportamento mais baixo no grupo gestantes. Quando estes foram realizados com série única, somente a frequência cardíaca e o duplo produto apresentaram respostas diferentes entre os exercícios, com maiores valores no exercício extensor de joelhos bilateral, entretanto, quando os exercícios foram realizados com séries múltiplas, as respostas das variáveis frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, diastólica e média, duplo produto, ventilação e consumo de oxigênio absoluto foram diferentes entre os exercícios, com maiores valores no exercício extensor de joelhos bilateral. As variáveis analisadas apresentaram diferenças ao longo dos 30 minutos de recuperação pós-exercício, em geral, retornando aos valores basais após 10 minutos do término do exercício. Não houve ocorrência de contrações uterinas em nenhuma gestante ao longo deste período. A resposta da frequência cardíaca fetal não apresentou diferenças nos diferentes exercícios e volumes e ao longo dos 30 minutos de recuperação pós-exercício e se manteve dentro dos padrões de normalidade (120-160 bpm). Conclui-se que, durante a realização dos exercícios de força extensor de joelhos bilateral e voador peitoral, as respostas de pressão arterial de gestantes foram menores do que as não-gestantes, o exercício extensor de joelhos bilateral apresentou maiores valores das variáveis cardiorrespiratórias comparado ao exercício voador e as variáveis apresentaram aumento das suas respostas com o aumento do número de séries realizadas. A resposta fetal não diferiu entre os exercícios e volumes. / The aim of the present study was to verify fetal heart rate and the cardiorespiratory responses in pregnant and non-pregnant women during and along 30 minutes postexecution of resistance exercises for upper and lower body, with two different volumes. The sample was composed of 20 healthy women, aged between 20-32 years old, being 10 pregnant women (gestational age between 22 and 24 weeks) and 10 non-pregnant women, who performed five experimental sessions: session 1: familiarization with the equipments and the determination of one estimated maximum repetition (1-RM); sessions 2, 3, 4 and 5: determination of the cardiorespiratory responses during and along 30 minutes post-resistance exercise on the bilateral leg extension and fly, with 1 and 3 sets of 15 repetitions, 50% of 1-RM. Results were analyzed using ANOVA for repeated measures with two and three factors with Bonferroni correction for post-hoc comparisons (α=0.05) (SPSS vs 13.0). The blood pressure responses during resistance exercises showed a lower behavior in the pregnant group. When the exercises were performed with a single set, only heart rate and rate-pressure product showed different responses between exercises, with increased values for bilateral leg extension, however, when the exercises were performed with multiple sets the heart rate, systolic, diastolic and mean blood pressure, rate-pressure product, ventilation and oxygen uptake responses were different between exercises, with increased values for bilateral leg extension. The analyzed variables showed differences along 30 minutes post-exercise but in general it was similar to those pre-exercise values after 10 minutes from the end of the resistance exercise. There was no occurrence of uterine contractions along this period. The fetal heart rate responses did not presented differences between the exercises and volumes and along the 30 minutes post-resistance exercise and kept the normality patterns (120-160 bpm). In conclusion, during the performance of the bilateral leg extension and fly resistance exercises the blood pressure response was lower in the pregnant group. The bilateral leg extension showed higher values for the cardiorespiratory variables compared to fly exercise and the variables responses presented an increase with the addition of the sets performed. The fetal response was not different between exercises and volumes performed.
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Alterações metabólicas e hemodinâmicas na obesidade visceral em ratos : repercussões na função autonômica

Konrad, Signorá Peres January 2010 (has links)
Principais causas de morbi-mortalidade mundial, as doenças cardiovasculares têm o inicio de sua fisiopatologia em idade precoce e, maior predisposição para seu desenvolvimento na vigência das manifestações clinicas da síndrome metabólica como intolerância à glicose, resistência à insulina, obesidade, dislipidemia e hipertensão. Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da dieta de cafeteria em ratos, sobre variáveis morfométricas, metabólicas e hemodinâmicas associadas às alterações no controle autonômico. Foram utilizados 32 animais, distribuídos em 2 grupos, com delineamento experimental que compreendeu o tratamento com a dieta (24 semanas) e a coleta dos dados. O modelo experimental usado permitiu observar presença de maior adiposidade abdominal, triacilglicerídeos aumentados caracterizando dislipidemia, aumento da glicemia de jejum e redução da resposta de decaimento da glicose, mostrando aumento da resistência à ação periférica da insulina. Observaram-se também HDL-c mais baixo, similaridade nos valores de pressão arterial e frequência cardíaca e alterações importantes no controle autonômico como, redução da variabilidade da frequência cardíaca, modificação no balanço simpato-vagal em favor da modulação simpática sobre a vagal, e correlação direta com os níveis de triacilglicerídeos. Em conjunto, esses achados demonstraram que a dieta de cafeteria induziu alterações de peso corporal e dos depósitos de gordura visceral (TAB) e muscular (TAM) em ratos normotensos acompanhadas de alterações precoces do sistema nervoso autônomo, identificando-se um papel relevante e precoce desse sistema na fisiopatologia da doença cardiovascular associada à alterações metabólicas. / Cardiovascular disease that has been the leading causes of morbidity and mortality in the global world has the beginning of its pathophysiology in precocious age and, greater predisposition for its development in the validity of the clinical manifestations of the metabolic syndrome as to the glucose intolerance, insulin resistance, dyslipidemia, obesity and hypertension. This study was lead with the objective to evaluate the effect of the cafeteria diet in rats, on morphometric, metabolic and hemodynamic parameters associated with the alterations of autonomic control. Rats (n=32) were distributed in 2 groups, one under cafeteria diet and the other on standard food (24 weeks). At the end of the experimental period data were collected. The treated animals presented bigger abdominal adiposity, increased tryacilglicerides characterizing dyslipidemia and increased of the fasting glycemia. The rate of glucose decay was also reduced showing increased peripheral insulin resistance. It was also observed lower HDL-c levels while values of arterial pressure and heart rate did not change. However significant changes in autonomic control of circulation as reduction of heart rate variability as well as increased sympathovagal balance were also observed. These changes were positively correlated with tryacilglicerides levels indicating that cafeteria diet induced not only alterations of body weight but also of the adipose deposits characterizing visceral (WAT) and muscular fat (BAT). Finally the results suggest that autonomic changes may be the early marker of cardiovascular impairment associated with metabolic illness.
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Terapia de reposição hormonal não altera a variabilidade da frequência cardíaca em mulheres pós-menopáusicas

Fernandes, Eney Oliveira January 2002 (has links)
INTRODUÇÃO. Mulheres pós-menopáusicas apresentam maior risco de desenvolvimento de doença arterial coronariana. Estudos observacionais demonstraram que a terapia de reposição hormonal produz efeitos benéficos no perfil lipídico e na modulação autonômica cardíaca. O aumento da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), até então atribuído à reposição hormonal, não foi testado em estudos randomizados, placebo-controlados, delineados para permitir a comparação entre as duas formas mais utilizadas de reposição hormonal. A VFC de 24 horas calculada pelo método não linear Mapa de Retorno Tridimensional permite avaliar tanto a modulação vagal como a simpática. OBJETIVOS Avaliar a modulação autonômica cardíaca de mulheres pósmenopáusicas através da análise da VFC no domínio do tempo e dos índices do Mapa de Retorno Tridimensional no ECG de 24 horas. Testar a hipótese de que a reposição hormonal contínua, seja com estradiol isolado (TRE), seja com estradiol associado à noretisterona (TRH), por um período de três meses, aumenta a VFC nessas mulheres. MÉTODOS Quarenta mulheres pós-menopáusicas (46 a 63 anos; média = 54,6 ± 4,2) foram randomizadas para um dos três tratamentos, de forma contínua: TRH, estrogenioterapia (TRE) ou placebo, por três meses consecutivos. Previamente, todas as mulheres foram submetidas a exames clínico, ginecológico e laboratorial (glicose, estradiol, HDL, LDL, triglicerídios; mamografia e ultrassonografia transvaginal). O ECG de 24 horas foi gravado em cada paciente, antes e após o tratamento, para calcular os índices da VFC. RESULTADOS Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três grupos, após 3 meses de tratamento, nos índices da VFC e do Mapa de Retorno Tridimensional. A TRH diferiu da TRE apenas quanto ao perfil lipídico. A associação com a noretisterona provocou uma redução de 12,4 % no HDL (p = 0,008). CONCLUSÃO Em mulheres pós-menopáusicas, a terapia de reposição hormonal contínua com estradiol, ou com estradiol associado à noretisterona, por um período de 3 meses, não altera a modulação autonômica cardíaca avaliada pela VFC. / Background: Postmenopausal women are at greater risk of coronary heart disease. Observational studies have demonstrated that hormone replacement therapy (HRT) improves lipid profile and cardiac autonomic modulation. The cardioprotective effect attributed to HRT has not been tested in randomized, placebo-controlled trials to compare the two most frequently used regimens. This study evaluates cardiac autonomic modulation in postmenopausal women using time domain indices of heart rate variability (HRV) and indices derived from the three-dimensional return map, and investigates whether continuous HRT for three months, either with estradiol alone (ERT) or with estradiol and norethisterone (HRT), increases HRV in postmenopausal women. Methods: Forty postmenopausal women aged 46 to 63 years were consecutively and randomly assigned to one of three treatment groups: HRT, ERT, or placebo. For all women, clinical, gynecological and laboratory data (glucose, estradiol, HDL, LDL, triglycerides, mammography and transvaginal sonography) were collected. Patients underwent 24-h ECG before and after the treatment to evaluate HRV indices. Results: Time domain indices of HRV as well as indices derived from the threedimensional return map presented no significant changes after interventions. The only significant difference between HRT and ERT groups was in lipid profile. HDL cholesterol levels decreased 12.4% (p = 0.008) for women who used HRT. Conclusion: In postmenopausal women, continuous hormone replacement therapy with estradiol or estradiol with norethisterone for 3 months does not affect cardiac autonomic modulation evaluated by HRV.

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