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Caracterização molecular e controle de fungos da família Botryosphaeriaceae em fruteiras tropicais / Molecular characterization and fungi control family Botryosphaeriaceae associated with tropical fruitLima, Ingrid Bernardo de January 2016 (has links)
LIMA, Ingrid Bernardo de. Caracterização molecular e controle de fungos da família Botryosphaeriaceae em fruteiras tropicais. 2016. 138 f. Tese (Doutorado em Agronomia/Fitotecnia)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Aline Mendes (alinemendes.ufc@gmail.com) on 2016-08-22T22:56:47Z
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Previous issue date: 2016 / The family Botryosphaeriaceae (Ascomycota, Botryosphaeriales) encompasses several ecologically diverse fungal species, which are usually isolated as endophytes or pathogens, from various woody hosts. The present work aimed to identify morphologically and by molecular techniques as well as to assess the pathogenicity of isolates of Botryosphaeriaceous fungi obtained from fruit plants grown in the Brazilian Northeastern region. After the isolation of DNA from the fungi the combined analyses of fragments sequency of transcribed spacer (ITS) of ribosomal DNA, translation elongation factor 1-α (TEF-1α) and β-tubulina (βt) were used to determine the phylogenetic relationships among the isolates which lead to identification of six fungal species of Lasiodiplodia, two of Neofusicoccum, one of Pseudofusicocuum and one of Neoscytalidium associated with die-back and cankers on the following host plants: Lasiodiplodia brasiliense (Manilkara zapota, Mangifera indica and Spondias purpurea), L. caatinguensis sp. nov (Anarcadium occidentale, S. purpurea, S. mombin and Citrus sinensis), L. euphorbicola (Annona muricata and Cocos nucifera), L. theobromae (S. purpurea, Talisia esculenta and A. occidentale), L. pontae sp. nov (S. purpurea and A. occidentale), L pseudotheobromae (S. purpurea, Tamarindus indica and A. occidentale), Neofusicoccum brasiliense (Psidium guajava), Neofusicoccum kwambonambiense (A. occidentale), Neoscytalidium hyalinum (A. occidentale and M. indica) e Pseudofusicoccum stromaticum (A. occidentale). As far as the morphology of isolates is concerned there were significant differences among them, mainly concerning the culture media and the incubation temperatures adopted. Generally, isolates presented a white mycelial growth, becoming dark after aging. As for pathogenicity all species were pathogenic to fruits of mango as well as to seedlings of A. occidentale and S. purpurea. All species of pathogenic Lasiodiplodia were the young plants of soursop. However, the aggressiveness of the isolates varied as the species and the host species Lasiodiplodia being the most aggressive. The cashew genotype BRS253 behaved as the most susceptible of all genotypes tested, followed by CCP76, BRS189 and BRS226, which did not present any significant difference among them. All the other genotype were considered as moderately resistant, especially BRS274 and Embrapa 51, upon which the fungal isolates showed no pathogenicity differences. Both fungicides tested were able to inhibit the fungal growth in vitro conditions, despite carbendazin had been a little more efficient than tebuconazole. / A família Botryosphaeriaceae (Ascomycota, Botryosphaeriales) é composta por complexos de espécies crípticas endofíticas e patogênicas capazes de provocar sintomas de cancros e morte descendente de ramos a diversos hospedeiros, sobretudo plantas lenhosas, dentre as fruteiras tropicais se destacam. Objetivou-se com o presente estudo realizar a caracterização biológica, molecular e o controle de isolados fúngicos família Botryosphaeriaceae associados a fruteiras tropicais no Nordeste brasileiro. Dentre as técnicas utilizadas estão: o sequenciamento gênico combinado das regiões do espaçador interno transcristo (ITS) do DNA ribossômico, fator de elongação 1-alfa (TEF-1α) e β-tubulina (βt) para a determinação das relações filogenéticas entre os isolados, dados de caracteres morfofisiológicos e patógenico, bem como a avaliação dos métodos de controle químico e genético das espécies identificadas. Diante da caracterização molecular foi possível a identificação de seis espécies do complexo Lasiodiplodia, dentre as quais duas novas espécies, duas espécies de Neofusicoccum, uma de Pseudofusicocuum e uma de Neoscytalidium associadas a diversas fruteiras tropicais. Dentre essas espécies e seus respectivos hospedeiros estão: Lasiodiplodia brasiliense (Manilkara zapota, Mangifera indica e Spondias purpurea), L. caatinguensis sp. nov (Anarcadium occidentale, S. purpurea, S. mombin e Citrus sinensis), L. euphorbicola (Annona muricata e Cocos nucifera), L. theobromae (S. purpurea, Talisia esculenta e A. occidentale), L. pontae sp. nov (S. purpurea e A. occidentale), L pseudotheobromae (S. purpurea, Tamarindus indica e A. occidentale), Neofusicoccum brasiliense (Psidium guajava), Neofusicoccum kwambonambiense (A. occidentale), Neoscytalidium hyalinum (A. occidentale, M. indica) e Pseudofusicoccum stromaticum (A. occidentale). Através da caracterização morfológica dos isolados, percebeu-se grandes semelhanças morfofisiológicas entre os isolados, notando-se variações em taxa de crescimento quando submetidos a diferentes meios de cultura e temperaturas de incubação. Em geral, os isolados apresentaram abundante crescimento micelial, de coloração inicialmente esbranquiçada se tornando escura com a idade. Quanto à patogenicidade, todos os isolados de Botryosphaeriaceae foram patogênicos a frutos de manga, aos diferentes genótipos de cajueiro e as plantas jovens de umbu-cajá. Todas as espécies de Lasiodiplodia foram patogênicas a plantas jovens de gravioleira. No entanto, a agressividade dos isolados variou quanto à espécie e ao hospedeiro, sendo as espécies de Lasiodiplodia as mais agressivas. No que concerne às medidas de controle genético e químico, respectivamente: o genótipo BRS253 foi o mais susceptível as espécies, seguido do CCP76, BRS189 e BRS226 que não diferiram entre si. Os demais genótipos foram moderadamente resistentes, com destaque para BRS274 e Embrapa 51, nos quais as espécies não diferiram em virulência; os fungicidas tebuconazole e carbendazin inibiram o crescimento in vitro das espécies, não obstante o carbendazin tenha se mostrado mais eficiente.
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EFEITO DE TEMPERATURA, FOTOPERÍODO E SENSIBILIDADE DE Phomopsis amygdali A DIFERENTES PRODUTOS, IN VITROAraújo, Tamires Corrêa de 07 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-08-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The production of peaches in Brazil has suffered production damage due to burning of branches caused by the fungus Phomopsis amygdali. Through experiments in vitro were studied, initially, the best conditions of temperature and photoperiod on the development of the pathogen. Later, under the conditions found, the fungus was subjected to different substances: plant essential oils (eucalyptus, clove, oregano, peppermint, ginger, lemongrass, citronella, rosemary and chamomile); different products extraction plant Calea hispida Baker (quercitrin (CHAM - Acetate methanol), 6-acetyl-7-hydroxy-2,2-dimethylchromene (HCRC - crystals), aqueous extract (CHEA) and essential oil (CHOE)); synthetic fungicides (captan, cyproconazol, tebuconazole, triadimenol, mancozeb and sodium hypochlorite); an inductive resistance (Ascophyllum nodosum) and an insecticide (Bacillus thuringiensis) in order to evaluate the fungistatic effect of these in vitro development of the pathogen. The assessments were made by mean of two measurements, diametrically opposite the colonies daily until seven days after the onset of the experiment. The temperature better favored the development of the pathogen in vitro was 20°C. Have to photoperiod, there was no statistical difference between the treatments tested. It was observed that treatments with essential oils of oregano and lemon grass showed higher antifungal activity against the pathogen when compared to other oils used, highlighting the oregano oil, which completely inhibited growth of the pathogen. The compounds isolated from C. hispida showed low percentage of inhibition of P. amygdali, which did not exceed 21.88%. The fungicides captan, tebuconazole cyproconazol and showed a high level of inhibition relative to the other substances tested. From the concentration of 500 ppm, these fungicides reached 100% of control, showing the most efficient at the fungus control. / A produção de pêssegos no Brasil vem sofrendo danos na produção devido à queima dos ramos causado pelo fungo Phomopsis amygdali. Através de experimentos in vitro, estudaram-se, inicialmente, as melhores condições de temperatura e fotoperíodo no desenvolvimento do patógeno. Posteriormente, sob as condições encontradas, o fungo foi submetido a diferentes substâncias: óleos essenciais vegetais (eucalipto, cravo, orégano, menta, gengibre, capim-limão, citronela, alecrim e camomila); diferentes produtos da extração da planta Calea hispida Baker (quercitrina (CHAM - Acetato metanólico), 6-acetil-7-hidroxi-2,2-dimetilcromeno (CHCR - cristais), extrato aquoso (CHEA) e óleo essencial (CHOE)); fungicidas sintéticos (captan, ciproconazol, tebuconazol, triadimenol, mancozeb e hipoclorito de sódio); indutor de resistência (Ascophyllum nodosum) e um inseticida (Bacillus thuringiensis), a fim de se avaliar o efeito fungistático destes no desenvolvimento in vitro do patógeno. As avaliações foram feitas pela média de duas medidas, diametralmente opostas das colônias, diariamente, até os sete dias após a instalação do experimento. A temperatura que melhor favoreceu o desenvolvimento do patógeno in vitro foi a de 20°C. Já para o fotoperíodo, não houve diferença estatística entre os tratamentos testados. Observou-se que os tratamentos com os óleos essenciais de orégano e capim-limão apresentaram maior atividade antifúngica sobre o fitopatógeno, quando comparados aos demais óleos utilizados, destacando o óleo de orégano, que inibiu completamente o desenvolvimento do fitopatógeno. As substâncias isoladas de C. hispida apresentaram baixa porcentagem de inibição de P. amygdali, a qual não ultrapassou 21,88%. Os fungicidas captan, ciproconazol e tebuconazol apresentaram elevado nível de inibição em relação às outras substâncias testadas. A partir da concentração de 500 ppm, esses fungicidas atingiram 100% de controle, se mostrando os mais eficientes no controle do fungo.
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Identificação de espécies de Botryosphaeriaceae e caracterização do monociclo da podridão apical da goiaba / Identification of Botryosphaeriaceae species and characterization of monocycle of stylar-end rot of guavaNogueira Júnior, Antonio Fernandes 30 January 2013 (has links)
Elevados valores de incidência da podridão apical da goiaba vêm sendo observados em levantamentos recentes no Estado de São Paulo. Entretanto, pouco se conhece sobre a etiologia e influência das variáveis ambientais no monociclo dessa doença. O objetivo desse trabalho foi identificar as espécies de Botryosphaeriaceae que causam a podridão apical e estudar as condições ambientais favoráveis, in vivo e in vitro, para o desenvolvimento do monociclo desses patógenos. Para a identificação das espécies, 56 isolados monospóricos foram obtidos das principais regiões produtoras de goiabas do Estado de São Paulo. Com auxílio da caracterização morfológica e de análises filogenéticas realizadas com dados de sequências de DNA da região ITS e β-tubulina foram identificadas as espécies Fusicoccum aesculi, Neofusicoccum parvum e Neofusicoccum ribis. O crescimento micelial dessas espécies foi avaliado sob as temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC. A germinação de conídios foi avaliada sob temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC com períodos de molhamentos de 4, 6, 12, 24 e 48 horas. Nos experimentos in vivo goiabas cv. Kumagai foram inoculadas com suspensões de conídios das três espécies identificadas com auxílio de ferimentos artificiais. Esses frutos foram mantidos sob as temperaturas de 15, 20, 25, 30 e 35 ºC com períodos de molhamento após a inoculação de 6, 12, 24 e 48 horas. Avaliou-se o período de incubação, o diâmetro da lesão ao sétimo dia após a inoculação e taxa de crescimento da lesão. A temperatura ótima para o crescimento micelial de N. ribis foi de 28,2 ºC e não houve diferença entre as temperaturas ótimas de N. parvum e F. aesculi, que foram de aproximadamente 31 ºC. A temperatura ótima para germinação dos conídios foi de 30 ºC para as três espécies. Houve incremento na germinação com o aumento do período de molhamento e na faixa de temperatura ótima encontram-se valores superiores a 70% de germinação a partir do molhamento de 6 horas. A espécie F. aesculi alcança elevadores valores de germinação a 40 ºC em períodos de molhamento superiores a 12 horas. A temperatura ótima para o crescimento da lesão foi de aproximadamente 30 ºC para as três espécies e o período molhamento de 48 horas proporcionou um aumento na severidade da doença quando comparado com o molhamento de 6 horas. Os menores períodos de incubação foram obtidos na temperatura de 30 ºC e com períodos de molhamento de 48 horas após a inoculação. Não houve diferença entre os valores das taxas de crescimento da lesão das três espécies e média das taxas das três espécies foi de 0,4. A doença se desenvolveu melhor em condições de temperaturas elevadas e períodos prolongados de umidade. Esse é o primeiro relato de Neofusicoccum parvum e Neofusicoccum ribis associados à podridão apical no Brasil. / Increased incidence of stylar-end rot in guava fruits have been observed in the São Paulo State - Brazil. However, little is known about its etiology and the influence of environment variables on the monocycle of this disease. This study aimed to identify Botryosphaeriaceae species that cause stylar-end rot in guava and to analyze the favorable environment conditions, in vitro and in vivo, for the monocycle development of this pathogen. We used 56 monosporic isolates from diseased fruit from guava producing regions from the São Paulo State - Brazil. The morphological and phylogenetic analyses performed with sequence data of the ITS region and β- tubulin allowed to identify the species Fusicoccum aesculi, Neofusicoccum parvum and Neofusicoccum ribis, as causal agents of the disease. The mycelial growth was evaluated at 10, 15, 20, 25, 30, 35 and 40 °C. Conidial germination was evaluated at 10, 15, 20, 25, 30, 35 and 40 °C with wetness periods of 4, 6, 12, 24 and 48 hours. In the in vivo experiments, guavas cv. Kumagai were inoculated with conidial suspensions of the three species identified by artificial wounds. The fruits were kept at 15, 20, 25, 30 and 35 °C with wetness periods of 6, 12, 24 and 48 hours after inoculation. We evaluated the incubation period, the lesion diameter on the seventh day after inoculation and the lesion growth rate. The optimum temperature for mycelial growth of N. ribis was 28.2 °C and there was no difference between the optimal temperatures (approximately 31 ºC) for N. parvum and F. aesculi. The optimal temperature for conidial germination was 30 ºC for the three species. There was an increase in germination with the increase of the wetness period. Within the optimal temperature range, values were higher 70% of germination after a wetness period of 6 hours. F. aesculi reached high germination values at 40 °C in wetness periods exceeding 12 hours. The optimal temperature for lesion growth rate was approximately 30 °C for the three pathogens and the wetness period of 48 hours caused higher disease severity as compared with the wetness period of 6 hours. The shortest incubation periods were obtained at 30 ºC with wetness periods of 48 hours. There was no difference between lesion growth rate for the three species and the average rate for three pathogens was 0.4/day. The best conditions for the disease development are high temperatures and prolonged periods of moisture. This is the first report of Neofusicoccum parvum and Neofusicoccum ribis associated with stylarend rot of guava fruits in Brazil.
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Manejo de podridões pós-colheita em manga cv. Tommy Atkins pelo uso da radiação gama, atmosfera modificada e refrigeraçãoSANTOS, Alice Maria Gonçalves 25 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-25 / In postharvest, the mango is predisposed to several diseases, including the complex known as stem-end rot fungus that has Lasiodiplodia theobromae as a major player in addition to rot by fusicocco (Fusicoccum parvum) and anthracnose caused by Colletotrichum gloeosporioides. The mangicultura is of great economic importance for Brazil, but has been losing ground with the losses that occur in post-harvest disease incidence mainly during transportation and storage, there is need to develop technologies that demonstrate effectiveness in delaying the senescence of fruits improving the marketing capability. Among the technologies we highlight the physical methods such as the use of gamma irradiation, cold storage and use of modified atmosphere. This study aimed to evaluate the three methods of physical control over the development of post-harvest mango and on the physico-chemical properties held for the treatments. For this, the fruit were inoculated with different firopatógenos and after 24 hours applied to gamma radiation doses of 0, 0.25, 0.35, 0.45 kGy, and as the Cobalt 60 source. The fruits were packed with PVC film with 380 mm x 10 microns in trays and kept under refrigeration at 13 º C for 15 days and after that period kept at room temperature, 25 ° C without the plastic film. We observed a reduction of disease development for the three fungi studied, reaching the full control of the disease when evaluating the development of anthracnose in mangoes that were subjected to higher dose of 0.45 kGy. Mangoes irradiated showed no significant differences for some parameters (ascorbic acid, total acidity (TTA), pH, total soluble solids (TSS), ratio (TSS / TTA), firmness and flesh color). Inoculated mangoes like C. gloeosporioides showed no significant changes to the physical and chemical properties, except for spots on the peel. The mangoes inoculated with L. theobromae and F. parvum showed no significant differences between the treatments that compromise the marketing thereof, thus demonstrating the efficiency of these technologies in disease control and not causing changes in properties of the sleeves / Na pós-colheita, a manga está predisposta a diversas doenças, entre elas o complexo conhecido como podridão peduncular que tem o fungo Lasiodiplodia theobromae como um dos principais agentes, além da podridão por fusicoccum (Fusicoccum parvum) e a antracnose causada por Colletotrichum gloeosporioides. A mangicultura é de grande importância econômica para o Brasil, mas vem perdendo espaço com as perdas que acontecem na pós-colheita, principalmente pela incidência de doenças durante o transporte e armazenamento, havendo necessidade de desenvolver tecnologias que demonstrem eficiência em retardar a senescência das frutas, melhorando a capacidade de comercialização. Entre as tecnologias destacam-se os métodos físicos como a utilização da radiação gama, o armazenamento refrigerado e o uso da atmosfera modificada. O presente trabalho objetivou avaliar os três métodos de controle físico sobre o desenvolvimento pós-colheita de manga e sobre as características físico-químicas conservadas durante os tratamentos. Para isso, as frutas foram inoculadas com os diferentes firopatógenos, e após 24 horas aplicada a radiação gama nas doses de 0; 0,25; 0,35; 0,45 kGy, tendo como fonte o Cobalto60. As frutas foram embaladas com filme plástico de PVC com 380 mm x 10 microns em bandejas de isopor e mantidas sob refrigeração a 13ºC por 15 dias e após esse período conservadas sob temperatura ambiente, de 25ºC sem o filme plástico. Foi observada uma redução do desenvolvimento da doença para os três fungos avaliados, chegando ao controle total da doença quando avaliado o desenvolvimento da antracnose nas mangas que foram submetidas à dose mais alta de 0,45 kGy. As mangas irradiadas não demonstraram diferenças significativas para alguns dos parâmetros avaliados (ácido ascórbico, acidez titulável total (ATT), pH, sólidos solúveis totais (SST), razão (STT/ATT), firmeza e cor da polpa). As mangas inoculadas como o C. gloeosporioides não apresentaram alterações significativas para as propriedades físico-químicas, exceto manchas nas cascas. As mangas inoculadas com L. theobromae e F. parvum não apresentaram diferenças significativas entre ao tratamentos aplicados que comprometesse a comercialização das mesmas, demonstrando assim a eficiência dessas tecnologias no controle das doenças e não causando alterações das propriedades das mangas.
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Identificação de espécies de Botryosphaeriaceae e caracterização do monociclo da podridão apical da goiaba / Identification of Botryosphaeriaceae species and characterization of monocycle of stylar-end rot of guavaAntonio Fernandes Nogueira Júnior 30 January 2013 (has links)
Elevados valores de incidência da podridão apical da goiaba vêm sendo observados em levantamentos recentes no Estado de São Paulo. Entretanto, pouco se conhece sobre a etiologia e influência das variáveis ambientais no monociclo dessa doença. O objetivo desse trabalho foi identificar as espécies de Botryosphaeriaceae que causam a podridão apical e estudar as condições ambientais favoráveis, in vivo e in vitro, para o desenvolvimento do monociclo desses patógenos. Para a identificação das espécies, 56 isolados monospóricos foram obtidos das principais regiões produtoras de goiabas do Estado de São Paulo. Com auxílio da caracterização morfológica e de análises filogenéticas realizadas com dados de sequências de DNA da região ITS e β-tubulina foram identificadas as espécies Fusicoccum aesculi, Neofusicoccum parvum e Neofusicoccum ribis. O crescimento micelial dessas espécies foi avaliado sob as temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC. A germinação de conídios foi avaliada sob temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC com períodos de molhamentos de 4, 6, 12, 24 e 48 horas. Nos experimentos in vivo goiabas cv. Kumagai foram inoculadas com suspensões de conídios das três espécies identificadas com auxílio de ferimentos artificiais. Esses frutos foram mantidos sob as temperaturas de 15, 20, 25, 30 e 35 ºC com períodos de molhamento após a inoculação de 6, 12, 24 e 48 horas. Avaliou-se o período de incubação, o diâmetro da lesão ao sétimo dia após a inoculação e taxa de crescimento da lesão. A temperatura ótima para o crescimento micelial de N. ribis foi de 28,2 ºC e não houve diferença entre as temperaturas ótimas de N. parvum e F. aesculi, que foram de aproximadamente 31 ºC. A temperatura ótima para germinação dos conídios foi de 30 ºC para as três espécies. Houve incremento na germinação com o aumento do período de molhamento e na faixa de temperatura ótima encontram-se valores superiores a 70% de germinação a partir do molhamento de 6 horas. A espécie F. aesculi alcança elevadores valores de germinação a 40 ºC em períodos de molhamento superiores a 12 horas. A temperatura ótima para o crescimento da lesão foi de aproximadamente 30 ºC para as três espécies e o período molhamento de 48 horas proporcionou um aumento na severidade da doença quando comparado com o molhamento de 6 horas. Os menores períodos de incubação foram obtidos na temperatura de 30 ºC e com períodos de molhamento de 48 horas após a inoculação. Não houve diferença entre os valores das taxas de crescimento da lesão das três espécies e média das taxas das três espécies foi de 0,4. A doença se desenvolveu melhor em condições de temperaturas elevadas e períodos prolongados de umidade. Esse é o primeiro relato de Neofusicoccum parvum e Neofusicoccum ribis associados à podridão apical no Brasil. / Increased incidence of stylar-end rot in guava fruits have been observed in the São Paulo State - Brazil. However, little is known about its etiology and the influence of environment variables on the monocycle of this disease. This study aimed to identify Botryosphaeriaceae species that cause stylar-end rot in guava and to analyze the favorable environment conditions, in vitro and in vivo, for the monocycle development of this pathogen. We used 56 monosporic isolates from diseased fruit from guava producing regions from the São Paulo State - Brazil. The morphological and phylogenetic analyses performed with sequence data of the ITS region and β- tubulin allowed to identify the species Fusicoccum aesculi, Neofusicoccum parvum and Neofusicoccum ribis, as causal agents of the disease. The mycelial growth was evaluated at 10, 15, 20, 25, 30, 35 and 40 °C. Conidial germination was evaluated at 10, 15, 20, 25, 30, 35 and 40 °C with wetness periods of 4, 6, 12, 24 and 48 hours. In the in vivo experiments, guavas cv. Kumagai were inoculated with conidial suspensions of the three species identified by artificial wounds. The fruits were kept at 15, 20, 25, 30 and 35 °C with wetness periods of 6, 12, 24 and 48 hours after inoculation. We evaluated the incubation period, the lesion diameter on the seventh day after inoculation and the lesion growth rate. The optimum temperature for mycelial growth of N. ribis was 28.2 °C and there was no difference between the optimal temperatures (approximately 31 ºC) for N. parvum and F. aesculi. The optimal temperature for conidial germination was 30 ºC for the three species. There was an increase in germination with the increase of the wetness period. Within the optimal temperature range, values were higher 70% of germination after a wetness period of 6 hours. F. aesculi reached high germination values at 40 °C in wetness periods exceeding 12 hours. The optimal temperature for lesion growth rate was approximately 30 °C for the three pathogens and the wetness period of 48 hours caused higher disease severity as compared with the wetness period of 6 hours. The shortest incubation periods were obtained at 30 ºC with wetness periods of 48 hours. There was no difference between lesion growth rate for the three species and the average rate for three pathogens was 0.4/day. The best conditions for the disease development are high temperatures and prolonged periods of moisture. This is the first report of Neofusicoccum parvum and Neofusicoccum ribis associated with stylarend rot of guava fruits in Brazil.
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