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"Estudos geoquímicos e geocronológicos aplicados às rochas graníticas do garimpo Trairão - MT"

Rocha, Mara Luiza Barros Pita 17 June 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-07-22T13:40:49Z No. of bitstreams: 1 2016_MaraLuizaBarrosPitaRocha.pdf: 11461526 bytes, checksum: 0f0050a4d5cf44514e6e01f0dd64bfc6 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-08-22T17:27:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_MaraLuizaBarrosPitaRocha.pdf: 11461526 bytes, checksum: 0f0050a4d5cf44514e6e01f0dd64bfc6 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-22T17:27:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_MaraLuizaBarrosPitaRocha.pdf: 11461526 bytes, checksum: 0f0050a4d5cf44514e6e01f0dd64bfc6 (MD5) / Os garimpos Trairão e Chumbo Grosso, situados na Província Aurífera de Alta Floresta, consistem em depósitos de ouro que ocorrem em veios de quartzo e brechas vulcânicas associados a intrusões félsicas. Estudos petrográficos, geoquímicos e isotópicos foram realizados nas rochas encaixantes e mineralizadas para estabelecer a idade dos processos magmáticos e hidrotermais do depósito aurífero. As rochas magmáticas contêm características petrográficas e afinidade geoquímica da série cálcico-alcalina com alto potássio. Idades U-Pb em zircão pelo método SHRIMP permitem estabelecer ciclos magmáticos de ~2000 Ma, 1,969 – 1,923Ma e 1,878 – 1,837Ma na região do garimpo, correlacionado ao Complexo Cuiú-Cuiú e às Suítes Intrusivas Nhandu e Matupá, respectivamente. A assinatura isotópica obtida por Sm-Nd e Lu-Hf, com valores de épsilon Nd (t = tempo de cristalização) variando de +0,05 a -6,42 sugerem fontes mantélicas para rocha total com participação de material crustal em diferentes proportions, enquanto valores de épsilon Hf de -3,9 a –9,5 em zircão apontam que este tenha um maior tempo de residência para estes minerais (ou maior participação de componente crustal em sua composição). Os resultados de estudos químicos nas monazitas ocorrentes nas zonas de mineralizações auríferas associadas a granitos mostram teores variáveis de Th e U e com maior enriquecimento de Ce com respeito à La, assim como morfologia compatível com monazitas hidrotermais. Análises isotópicas de U-Th-Pb em monazitas hidrotermais permitem estabelecer valores de 1812 ± 18 Ma e 1825 ± 13 Ma para os depósitos de Trairão e Chumbo Grosso, que sugerem que parte das mineralizações estudadas estão encaixadas em corpos graníticos mais antigos e resultam da intrusão de magmas mais jovem gerados em torno de 1,81 – 1,82 Ga. Consequentemente, as idades obtidas a partir de dados U–Th-Pb em monazita hidrotermal provenientes do minério brechado podem ser consideradas uma boa referência para a formação de minério de Au nos depósitos do Trairão, associada a processos pós-magmáticos e contemporâneos com a cristalização da sericita nas brechas mineralizadas.Com os dados obtidos até o momento, propõe-se que as rochas magmáticas estudadas neste trabalho tenham sido formadas em um ambiente de arco magmático continental e que as mineralizações auríferas da PAAF na região do Garimpo Tairão foram geradas por pelo menos duas fases hidrotermais distintas. A mais antiga formou-se durante a intrusão do granito Matupá (1860 Ma) e mais jovem no período entre 1812 e 1825 Ma. O processo deve ter sido gerado durante a ascenção de pluma mantélica que forneceu calor para fusões crustais e ascensão de granitos epizonais mineralizados associados à fase magmática dos granitos da Suíte Intrusiva Juruena, mais antigos que o Grupo Colíder e Teles Pires. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Trairão and Chumbo Grosso deposits, located in Alta Floresta Gold Province, consists of a gold mineralization in quartz veins and volcanic breccias associated with felsic intrusions. Petrographic, geochemical and isotopic studies in the mineralized and wall rocks were carried out to establish the age of the magmatic and hydrothermal processes of the gold deposit. The host magmatic rocks of the Au-mineralization are representd by the Matupá Intrusive Suite, which it intrudes at the Trairão region the Nhandu Intrusive Suite. These suites contain petrographic features and geochemical affinity of the calc-alkaline series with high potassium. SHRIMP U-Pb zircon dating on these granitcs rocks allow to establish magmatic cycles of ~ 2000 Ma, 1.969-1.923Ma and 1.878-1.837Ma at the Trairão region correlated to the Cuiú-Cuiú complex and Matupá and Nhandu Intrusive Suite. The isotopic signature obtained by Sm-Nd and Lu-Hf, with epsilon Nd(t) values (t = crystallization time) ranging from +0.05 to -6.42 suggest mantle sources for whole rock with some participation of crustal material, while epsilon Hf (t) values on zircon from -3.9 to -9.5 point to a longer residence time (or greater participation of crustal component in its composition). The results of chemical studies in the monazite occurring in auriferous mineralization deposits associated with granites show variable Th and U values and higher concentration of Ce with respect to La, as well as morphology compatible with hydrothermal monazite. Isotopic analysis of U-Th-Pb hydrothermal monazite of the Trairão and Chumbo Grosso deposits yielded ages of 1812 ± 18 Ma e 1825 ± 13 Ma respectively, suggesting that part of the mineralization studied hosted in the older granitic bodies and are probable connected with younger magmas intrusion generated around 1.81-1.82 Ga. . Consequently, the ages obtained from U data - Th - Pb hydrothermal monazite from the breccia ore can be considered a good reference for Au ore formation in Trairão deposits, associated with post-magmatic processes and contemporary with crystallization sericite in the breccia. With the data obtained so far, it is proposed that the magmatic rocks studied in this work have been formed in a continental magmatic arc environment and the auriferous mineralizations in Trairão mine were generated by at least two distinct hydrothermal stages. One associated with intrusion of Matupá Granite (1860 Ma) and another (1812-1825 Ma) associated with mineralized epizone granites of Intrusive Suite Juruena, older than the Colíder Group and Teles Pires.
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A evolução do arco magmático neoproterozóico São Gabriel, porção sul da província Mantiqueira, baseado em idades U-Pb SHRIMP e LA-ICP-MS e valores de δ18O em zircões detríticos

Lena, Luís Otávio Fortes de January 2013 (has links)
O Arco de São Gabriel é um terreno juvenil exposto na parte oeste do Cinturão Dom Feliciano, na parte sul da Província Mantiqueira, sul do Brasil. Aqui apresentamos os resultados de SHRIMP e LA-ICP-MS geocronologia U-Pb de 177 zircões detríticos das rochas metasedimentares do Complexo Cambaizinho. Oitenta e um grãos foram depois selecionados para o SHRIMP-II para a análise de δ18O. As idades variaram 840-660 Ma, com uma forte concentração entre ca. 750 e 700 Ma. O espectro de idade de zircões detríticos desta sucessão meta-sedimentar sugere que os sedimentos originais foram obtidos a partir da erosão do São Gabriel arco em si, muito provavelmente numa bacia de ante-arco. As razões Th/U e a texturas dos grãos de zircão revelam que eles eram em sua maioria erosão de rochas magmáticas no arco, sem qualquer contribuição relevante de suas contrapartes metamórficos, ou de qualquer outra fonte mais velha. Os valores de δ18O variam de 3,2-9,6%o o, e a maioria deles indicam derivação a partir de fontes juvenis, magmas manto-derivados. Três grupos distintos são reconhecidos: (i) ca. 840-750 Ma para os quais os valores de δ18O variaram entre 3,2 a 5,5%o o que sugere uma origem mantélica, sem qualquer contribuição continental, (ii) 750-700 Ma, com valores de δ18O que variam de 4,0 a 9,4%o o; este período é considerado como o pico do magmatismo dentro do arco, neste caso, tanto rochas mantélicas e continentais neoproterozóicas desempenhado um papel importante no fornecimento de sedimento para a Bacia Cambaizinho, (iii) 690-660 Ma, para os quais os valores δ18O variou entre 6,0 e 9,4%o o. Neste período, rochas continentais são a principal fonte de sedimentos; nenhum valor mantélico de δ18O são observados. Portanto, nossos dados fornece uma visão da evolução progressiva do arco de São Gabriel de uma zona de subducção intra-oceânico a cerca de 840-750 Ma para um ambiente de arco continental (idades <690 Ma), que precedeu o fechamento de um oceano, e a colisão continental no final do Neoproterozóico. / The São Gabriel Magmatic Arc (SGA) is a juvenile terrane exposed in the western part of the Dom Feliciano Belt (DFB) in the southern part of the Mantiqueira Province, southern Brazil. Here we present the results of combined SHRIMP and LA-ICP-MS U-Pb geochronology of 177 detrital zircons from the meta-sedimentary rocks of the Cambaizinho Complex (CC). Eighty-one grains were later selected for SHRIMP-II δ18O analysis. Ages ranged from 840 to 660 Ma, with a strong concentration between ca. 750 and 700 Ma. The age spectrum of the detrital zircon grains from this meta-sedimentary succession suggests that the original sediments were derived from the erosion of the São Gabriel Arc itself, most likely in a fore-arc basin. Th/U ratios and internal structures of the zircon grains reveal that they were mostly eroded from magmatic rocks in the arc, without any relevant contribution from their metamorphic counterparts, or from any other older source. The δ18O values varied from 3.2 to 9.6%o, and most of them indicate derivation from juvenile, mantle-derived magmas. Three distinct age groups are recognized: (i) ca. 840-750 Ma for which δ18O values varied between 3.2 to 5.5 %o suggesting a mantle-derived source, without any continental contribution, (ii) 750-700 Ma, with δ18O values ranging from 4.0 to 9.4 %o; this period is regarded as the peak of magmatism within the arc, in this case both mantle and continental derived Neoproterozoic rocks played an important role on sediment supply, (iii) 690- 660 Ma, for which δ18O values ranged between 6.0 and 9.4 %o. In this time period, continentalderived rocks are the main source of sediments; no mantle δ18O values are observed. Therefore, our data provides an insight into the progressive evolution of the SGA from an intra-oceanic subduction zone at ca. 840-750 Ma to a continental arc setting (ages < 690 Ma), which preceded ocean closure and continental collision at the end of the Neoproterozoic.
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Geologia, petrologia e geocronologia do complexo acamadado lago grande : evidência para uma suíte magmática mineralizada a egp na província mineral de Carajás, Brasil / Geology, petrology and geochronology of the lago grande layered complex : evidence for a pge-mineralized magmatic suite in the Carajás mineral province, Brazil

Teixeira, Antônio Sales 26 July 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-04-29T13:23:50Z No. of bitstreams: 1 2013_AntonioSalesTeixeira.pdf: 24344096 bytes, checksum: 31ec14de2e8edf614aa4bc6e9ba54931 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-05-21T13:24:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_AntonioSalesTeixeira.pdf: 24344096 bytes, checksum: 31ec14de2e8edf614aa4bc6e9ba54931 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-05-21T13:24:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_AntonioSalesTeixeira.pdf: 24344096 bytes, checksum: 31ec14de2e8edf614aa4bc6e9ba54931 (MD5) / O Complexo Máfico-Ultramáfico Acamadado Lago Grande contém mineralização de EGP associada a níveis centimétricos de cromititos e sulfetos. Pertence à Suíte Máfica-Ultramáfica Serra Leste (Ferreira Filho et al., 2007) – região leste da Província Mineral Carajás, cujo principal representante é o Complexo Luanga também mineralizado a EGP. A Suíte Serra Leste situa-se nas imediações de Serra Pelada, importante depósito epigenético de Au-PGE (Grainger et al., 2002). Trata-se de um corpo intrusivo posicionado entre o Complexo Xingu e o Grupo Rio Novo, com estratigrafia magmática composta por estrato ultramáfico harzburgítico na base, seguido de pacote piroxenítico e espessa unidade de gabro no topo. O pacote ultramáfico apresenta textura primária cumulática produzida pela olivina e pelo ortopiroxênio, enquanto que no pacote gabróico a textura cumulática é dada pelo plagioclásio. Resultados de química mineral revelam magma relativamente primitivo - olivina (Fo82,5 a Fo85,7); piroxênio (En82,6 a En85,3); plagioclásio (An67,9 a An45,7). Ocorre cromita sob a forma disseminada e de delgado estrato de cromitito situado no topo do pacote de rochas ultramáficas. O empilhamento estratigráfico revela “trend” de diferenciação normal da base para o topo do Complexo e os dados estruturais sugerem que a câmara magmática esteja invertida. A mineralogia primária das rochas está praticamente toda transformada hidrotermalmente, restando relictos da mineralogia primária. Olivina, opx, cpx e plagioclásio estão transformados em serpentina, hornblenda, Mg-cumingtonita, tremolita, actinolita, talco, saussurita, carbonato, epidoto, clorita e quartzo. Estas condições metamórficas são condizentes com fácies xisto verde a anfibolito. O conteúdo em elementos maiores e menores, bem como elementos traço reflete a percentagem de cumulados de olivina–opx-pl-cromita nas rochas indicando o fracionamento do magma da base para o topo da câmara magmática. Os teores de ETR nas rochas do Complexo Lago Grande apresentam inclinação positiva, sendo suave para as rochas ultramáficas e mais forte para a unidade gabróica, denotando enriquecimento em ETRL e forte anomalia de Eu para as rochas do Complexo Lago Grande. Dosagens em cristais de zircão extraídos de leucogabros pegmatóides retornaram idade por Sm/Nd de 2,72 Ga, com _Nd (T=2.72 Ga) valores (−0.32 a−4.25), indicando contaminação das rochas por elementos das encaixantes. Datações U/Pb indicaram idade de 2.722±53 Ma para cristalização das rochas do Complexo Lago Grande e intersecção com a concórdia em 2.553±61 Ma, sugerindo atuação do processo metassomático hidrotermal IOCG sobre as rochas deste complexo. Há ainda outra intersecção com a concórdia em 600 Ma representado influência do evento Brasiliano sobre estas rochas. Os estudos focando a caracterização de EGP demonstram que nos cromititos predomina alta relação Pt-Pd-Rh e sulfo-arsenietos de Pt e Pd, enquanto que nos níveis sulfetados predomina baixa relação Pt-Pd e bismutet. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Lago Grande and Luanga mafic-ultramafic complexes are part of a cluster of PGEmineralized layered intrusions located in the eastern part of the Carajás Mineral Province (CMP). The CMP occurs in the southeastern portion of the Amazonian Craton and is divided in the Rio Maria Domain to the south, where typical NeoArchean granite-greenstone terrains occur, and the Itacaiúnas Domain to the north. The latter includes the Archean (ca 2.75 Ga) metabasalt sequence of the Grão Pará Group, footwall to the jaspilite-hosted, giant iron deposits of Carajás. The PGE-mineralized intrusions occur in the Itacaiúnas Domain, which is also known for hosting several Cu-Au, Au-PGE and Ni world-class deposits. The Lago Grande Complex is a NE-trending medium-size (12-km-long and average 1.7- km-wide) layered intrusion consisting mainly of mafic cumulate rocks and minor ultramafic cumulates. The stratigraphy of the intrusion is overturned and, to the south, overlain by highly foliated metamorphic rocks of the Xingu Complex. The layered sequence consists of an Ultramafic Zone to the southeast, and a Mafic Zone to the northwest. Geological sections defined by drilling indicate that igneous layers have moderate dip to the SE, such that the Ultramafic Zone overly the Mafic Zone. The Ultramafic Zone, about 4 km long and 500 meter wide, comprises an up to 250 meter-thick sequence of interlayered harzburgite and pyroxenite at the base and pyroxenite at the top. The lower contact of the Ultramafic Zone with the Xingu Complex is poorly exposed, whereas the contact with the overlying Mafic Zone is gradational and characterized by interlayered pyroxenite and gabbroic rocks. The Mafic Zone consists of a monotonous sequence of gabbroic rocks with an estimated thickness of up to 1,000 meters in the central part. Primary igneous minerals of the Lago Grande Complex are partially replaced by metamorphic assemblages that indicate temperatures up to the amphibolite facies of regional metamorphism. This metamorphic alteration is heterogeneous and characterized by an extensive hydration that largely preserves primary textures and bulk chemical composition. The penetrative fabric when present is restricted to narrow domains of up to few meters, and igneous textures are identified in adjacent non-deformed domains. Metamorphic assemblages consist of variable proportions of Mg-cummingtonite, serpentine, talc and magnetite in ultramafic rocks, and hornblende and/or actinolite-tremolite, clinozoizite, chlorite, micas, albite and minor quartz in mafic rocks. The compositional range of cumulus olivine (Fo82.5-85.7) is consistent with a moderately primitive composition for the parental magma of the Lago Grande Complex. Cryptic variation of olivine in the Ultramafic Zone suggests the existence of one major compositional reversal interpreted as resulting of open-system crystallization involving replenishment by new primitive magma pulses. The sequence of crystallization in the Lago Grande Complex, consisting of olivine + chromite, orthopyroxene + chromite, orthopyroxene, orthopyroxene + plagioclase and orthopyroxene + plagioclase + clinopyroxene, suggests that the parental magma was silica saturated. Mantle-normalized alteration-resistant trace element profiles of gabbroic rocks of the Lago Grande Complex are fractionated, as indicated by relative enrichment in LREE and Th, with pronounced negative Nb and Ta anomalies. Nd isotopic data obtained for both mafic and ultramafic lithotypes render Nd model ages between 2.94 and 3.56 Ga, with variably negative _Nd (T=2.72 Ga) values (-0.32 to -4.25). The crystallization sequence of the intrusion and the composition of cumulus minerals, together with lithogeochemical and Nd isotopic results, are consistent with an original mantle melt contaminated with older continental crust. Different styles of PGE mineralization occur in the Lago Grande Complex, as indicated by PGE mineralization associated with sulfide-poor chromitite, sulfide-bearing harzburgite and venulated sulfide-bearing altered rocks. The latter is considered to result from hydrothermal remobilization of the chromitite-hosted and/or sulfide-bearing magmatic mineralization. In sulfide-poor chromitite of the Lago Grande Complex the PPGE are highly enriched and show a negative slope in mantle-normalized profile for PGE contents, whereas IPGE are moderately enriched and show a positive slope. Normalized profile of the chromitite sample from the Lago Grande Complex is generally similar to profiles from Middle Group (MG) and Upper Group (UG) chromitites from the Bushveld Complex, and very close to profiles and overall contents of the MG-4 chromitites. Platinum group minerals (PGM) occur mainly at the edge of chromite crystals in the Lago Grande chromitite, consisting mainly of arsenites and sulfo-arsenites. Sulfidebearing harzburgite samples with well preserved igneous mineralogy of the Lago Grande complex have low Pt/Pd (0.2 to 0.3) and high Pd/Ir (116.7 to 170.0) ratios. These ratios are very distinct from those obtained in the chromitite sample, thus suggesting that PGE contents in sulfide-bearing harzburgites and chromitites result from different magmatic concentration processes. Altered and venulated sulfide-bearing harzburgite samples from the Lago Grande complex have highly variable PGE contents. This variation is indicated by Pt/Pd ratio (< 0.02 to 8.0) and Pd/Ir ratio (5.0 to 810.0), suggesting that PGE were mobile and fractionated during hydrothermal alteration. Preliminary studies of PGM in venulated samples from the Lago Grande complex identified several minerals with variable contents of Cl and Bi. Mineralogical results in venulated and altered sulfide-bearing rocks suggest that Cl-bearing saline hydrothermal fluids, similar to those considered to be associated with the origin of both NeoArchean IOCG deposits and smaller Paleoproterozoic Cu-Au-W-Bi deposits in the Carajás Mineral Province, may be involved in the PGE remobilization by hydrothermal fluids. The 2722±53 Ma U-Pb zircon age determined in this study for the Lago Grande Complex overlaps with the crystallization age of the Luanga Complex. This result supports the interpretation that layered intrusions in the eastern portion of the Carajás region result from coeval magmatic events. Similar styles of magmatic PGE mineralization, including PGE associated with sulfide-poor chromitites and PGE associated with disseminated sulfides in ultramafic cumulates, occur in the coeval Luanga and Lago Grande complexes. PGE profiles for chromitites of the Lago Grande and Luanga complexes are remarkably similar suggesting that the same parental magma and/or magmatic concentration process were involved. The distribution of different styles of magmatic PGE mineralization in these two complexes, as well as in other intrusions located in the eastern portion of the Carajás Mineral Province, support the concept that they belong to a PGE-enriched mafic-ultramafic magma type, designated the Serra Leste Magmatic Suite. These layered complexes crystallized from siliceous high magnesian basaltic magmas, similar to the parental liquids to the world's principal PGE-sulfide deposits, such as those hosted by the Bushveld and Stillwater complexes.
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Condicionantes estruturais e contexto tectônico do \"alinhamento de Guapiara\" / Not available.

Delzio de Lima Machado Junior 22 September 2000 (has links)
Neste trabalho são apresentados os resultados de um estudo que integra análise estrutural, interpretação geofísica (aeromagnetometria e gravimetria), apoiado em geocronologia, sísmica marinha e interpretação tectônica, na área relativa ao \"Alinhamento de Guapiara\", no sudeste do Estado de São Paulo. Este alinhamento é caracterizado pela ocorrência de inúmeras anomalias magnéticas que refletem uma estruturação profunda, ao qual se associam diversos feixes de diques máficos e complexos alcalinos eocretácicos. Após a sua constituição como estrutura arqueada, no Paleozóico, apresentou comportamento neutro, com discreta tendência positiva até o final do Jurássico, quando sofreu vigoroso evento de reativação tectono-magmática por ocasião da abertura do sul do Continente Gondwana, com a conseqüente separação América do Sul-África. A principal implicação da estruturação que se implantou foi a criação de zonas preferenciais de fraqueza, que foram reativadas no Terciário, através de tectônica transtencional, possivelmente no Mioceno. Com isso, desenvolveu-se uma bacia de sedimentação terciária formada por um conjunto de depressões tectônicas, situados na região do Baixo rio Ribeira de Iguape e na plataforma costeira adjacente, configurando a Planície Costeira Cananéia-Iguape. / This work shows the results of na integrated study related to structural analisys, geophysics interpretation (aeromagnetic and gravimetric), with geochronology, marine seismic and tectonics interpretation in the \"Guapiara Alignment\" region, southeastern of São Paulo State, Brazil. This alignment is characterized by innumerable magnetic anomalies which show a deep structural control, related to many eocretacic mafic dikes swarms and alkaline complexes. After its formation, during the Paleozoic era, its shape was that of an arc presenting a neutral behavior, with a minor positive tendence up to the end of the Jurassic period, when it suffered a vigorous tectonic-magmatic event, during the south opening of the Gondwana supercontinent. This resulting on the consequential break up of South America from Africa. The main consequence of this structural set was the birth of preferential weakness zones which were reactivated during the Tertiary era, through transtentional tectonics, probably dated from a Miocene age. Even so, a tertiary sedimentary basin was developed, therefore characterized by tectonic depressions in the lower Ribeira de Iguape river region and adjoining continental shelf, thus creating the Cananéia-Iguape coastal plain.
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Reconhecimento da evolução tectônica da proto-margem andina do centro-norte peruano, baseada em dados geoquímicos e isotópicos do embasamento da Cordilheira Oriental na região de Huánuco-La Unión / Not available.

Agustin Cardona Molina 19 December 2006 (has links)
Foram realizadas análises petrográficas, geoquímicas (rocha total e minerais selecionados), geocronológicas (U/Pb SHRIMP, LA-ICP-MS e TIMS em zircão, Ar-Ar e K-Ar em micas, e Rb-Sr em muscovita e rocha total) e análises isotópicas de Nd em rochas metamórficas do embasamento Pré-Mesozóico (Complexo Marañon) da Cordilheira Oriental dos Andes Peruanos nos 10° de latitude sul, visando identificar as características principais da sua evolução tectônica (ambiente de formação dos protólitos, de proveniência e do metamorfismo), a temporalidade e a correlação dentro do contexto geológico da Proto-Margem Andina. Estes resultados foram complementados com análises geoquímicas (rocha total) e/ou geocronológicas (U/Pb SHRIMP em zircão, Ar-Ar e K-Ar em micas e anfibólio), em amostras selecionadas, de granitóides intrusivos nas rochas metamórficas e em rochas sedimentares Carboníferas discordantes nas metamórficas nesta mesma região, assim como em outras exposições isoladas de embasamento metamórfico localizado ao norte do Peru na Cordilheira Oriental e na região costeira entre os 6° e 8° latitude sul. A integração das observações estratigráficas, as características petrológicas e principalmente dos resultados geocronológicos U/Pb obtidos em zircões detríticos de seis amostras de metassedimentos, e em zircões metamórficos e ígneos de um ortognaisse e um granitóide milonítico, assim como as idades metamórficas K-Ar, Ar-Ar e Rb-Sr obtidas em diferentes amostras de xistos,permitiram dividir as rochas metamórficas do Complexo Marañon aos 10° de latitude sul em três unidades litoestratigráficas informais com um registro sedimentário, magmático e metamórfico particular: (1) o Gnaisse de Huánuco que inclui um ortognaisse formado a ~613 Ma e metamorfisado posteriormente nas fácies anfibolito, contemporaneamente com a intrusão de um granitóide entre 480-460 Ma; (2) os Xistos de Huánuco constituídos por protólitos sedimentares e e vulcânicos formados com posteridade a 460 Ma e metamorfisados a ~420 Ma em condições de P e T calculadas em algumas amostras de 7-10Kb e 540-660°C e 3-5 Kb e 325°-450°C; (3) os Xistos de La Unión, também com protólitos vulcanossedimentares formados depois de 315 Ma apresentam um metamorfismo na fácies xisto verde (3-4 Kb e 350-400° C) que aconteceu a ~300 Ma. As características geoquímicas dos xistos de Huánuco e de La Unión indicam que os protólitos sedimentares foram derivados da mistura entre um embasamento continental antigo e de fontes magmáticas de composição predominantemente félsica. Já a discriminação do ambiente tectônico sugere uma afinidade com uma margem continental do tipo Andino. As rochas metavulcânicas associadas destas duas unidades apresentam características geoquímicas concordantes com um ambiente de arco ou retro-arco, que pode indicar mudanças nas características da subducção. O \'épsilon IND.Nd\'(450 Ma e 310 Ma) entre -6.3 - -12.5 e -7.1 - -13.2 calculado para aidade de sedimentação dos protólitos dos Xistos de Huánuco e La Unión assim como as idades modelo entre 1.6 e 2.1 Ga, indicam a derivação de um embasamento continental antigo e semelhante para as duas unidades. As rochas metavulcânicas apresentam \'épsilon IND.Nd\'(450 Ma e 310 Ma) positivos concordantes com ambientes extencionais de intra-arco ou retro-arco. As idades detríticas U/Pb Mesoproterozoicas a Arqueanas dos zircões das rochas metassedimentares, assim como as idades modelo do Nd (Meso a Paleoproterozóicas) sugerem que as unidades do Complexo Marañon foram formadas na margem ocidental da Gondwana, numa posição próxima ao Cráton Amazônico. A presença de uma importante população de zircões detríticos Neoproterozóica a Cambriana e a idade Neoproterozóica de cristalização do Ortognaisse de Huánuco sugere uma configuração geológica alternativa neste segmento da margem, com a instalação de uma margem continental ativa associada à fragmentação mais jovem de Rodinia e a proximidade dos terrenos Avalonia-Cadomia. As populações de zircões mais novas indicam o retrabalhamento dos orógenos previamente formados e a existência de fontes magmáticas ao longo do Paleozóico. As amostras de metassedimentos incluídos no Complexo Marañon das regiões ao norte da área de pesquisa apresentam um padrão geocronológico de zircões detríticos comparáveis. As análises U/Pb, Ar-Ar e K-Ar em granitóides e migmatitos indicam a existência de diferentes plutônicos noCarbonífero, Permiano, Jurássico e Eoceno. As características geoquímicas de alguns destes granitóides sugerem uma afinidade com um ambiente de arco magmático, e os valores de \'épsilon IND.Nd\' obtidos em alguns dos granitóides estão entre 4 e -3.2, sugerindo a mistura de um magma mais juvenil com o Complexo Marañon. As rochas sedimentares do Carbonífero Inferior apresentam características geoquímicas afins com o retrabalhamento dos Xistos de Huánuco, assim como a adição de um componente magmático félsico. Já na região costeira do norte de Peru a análise U/Pb SHRIMP de um paragnaisse do maciço de Illescas, previamente considerado como Precambriano, apresenta uma idade de metamorfismo de ~257 Ma, e pode ser correlacionável com a evolução tectônica do embasamento dos Andes Equatorianos que constitui um terreno suspeito continental acrecionado. Este conjunto de dados sugere que a evolução tectônica Paleozóica da proto-margem Andina na Cordilheira Oriental dos Andes Peruanos é interpretada como característica de um orógeno do tipo acrescional extensional caracterizado por uma subducção contínua, a formação e inversão local de bacias de intra-arco e retro-arco, o magmatismo e o \"canibalismo\" dos orógenos previamente formados. A aparente ausência de mudanças significativas na proveniência, sugere a ausência de acresção de terrenos continentais. O posicionamento temporal e a natureza orogênica deste embasamento é correlacionável comoutros domínios Andinos, e em conjunto são integrados no orógeno Terra Australis que corresponde à margem ativa da Gondwana entre o Neoproterozóico e o Paleozóico Médio, formada depois da fragmentação da Rodínia e associada à evolução do proto-Pacífico. A evolução do Paleozóico Superior teria relação com as Gondwanide ou Alleghanides que incluem os orógenos colisionais ou acrescionais associados com a Formação da Pangea. A instalação da margem ativa Meso-Cenozóica na margem Peruana está representada pelos vestígios de um magmatismo de arco Triássico, Jurássico e Eoceno encontrados na região de pesquisa. / Petrographic, whole rock and mineral geochemistry, geochronology (U/Pb SHRIMP, LA-ICP-MS e TIMS in zircon, Ar-Ar and K-Ar in micas, and Rb-Sr whole rock-muscovite), and Nd isotopic analyses were carried on the Pre-Mesozoic basement (Marañon Complex) of the Eastern Cordillera of the Peruvian Andes, at 10° of latitude south. The results allow characterizing the main trends of the protoliths and metamorphic tectonic evolution, the chronology and the correlation within the Proto-Andean tectonic evolution. Additionally, whole rock geochemistry and/or geochronology (U/Pb SHRIMP in zircon, Ar-Ar e K-Ar in amphibole and micas) were obtained on selected samples from intrusive plutonic and Carboniferous sedimentary rocks spatially associated with the Marañon Complex at this region as well as in selected basement localities between 6° and 8° south. Lithotratigraphic observations integrated with petrologic, detrital U/Pb zircon geochronology from metasedimentary rocks, metamorphic and magmatic zircon from an ortogneiss and a granitoid as well as metamorphic K-Ar, Ar-Ar and Rb-Sr geochronology on the metamorphic rocks allows to divide the Marañon Complex at 10° south in three main lithostratigraphic units, with a particular sedimentary, magmatic and metamorphic evolution: (1) an ortogneiss that crystallized at -613 Ma and was metamorphosed at the amphibolite facies contemporary with the intrusion of a granitoid between 480-460 Ma group within the Gneiss and mylonite of Huánuco, (2) The Huánuco Schists that includes volcanosedimentary protoliths formed after 460 Ma and metamorphosed at 420 Ma with calculated pressure and temperatures for selected amphibolite facies rocks of 7-10Kb and 540-660° C and greenschist facies rocks 3-5 Kb and 325°-450° C, (3) La Union schists, also with volcanosedimentary protoliths formed after 315 Ma, and metamorphosed in the greenschist facies with pressures and temperatures between 3-4 Kb and 350-400° C around ~300 Ma. Whole rock geochemical signatures of the Huánuco and La Union Schist suggest that the protoliths were derived from the mixture between and older an evolved basement and felsic magmatic rocks, whereas tectonic discrimination analysis suggest and affinity with an Andean type tectonic setting. Associated metavolcanic rocks from both units are also akin with an extensional intra-arc or back-arc setting. \'Épsilon IND.Nd\'(450 Ma e 310 Ma) values between -6.3 - -12.5 and -7.1 - -13.2 and model ages T\'IND.DM\' between 1.6 e 2.1 Ga for the Huánuco and La Union protoliths suggest that they were derived from a similar older continental basement. Metavolcanic rocks from these units show positive \'épsilon IND.Nd\'(450 Ma e 310 Ma) that are characteristic of a back-arc or inter-arc extensional setting. Mesoproterozoic trough Archean U/Pb detrital or inherited zircon ages and Meso to Paleoproterozoic Nd model ages suggest that the different units of the Marañon Complex were formed at the western margin of Gondwana close to the Amazon Craton. The existence of a Neoproterozoic crystallization age for the Huanuco ortogneiss and the extensive Neoproterozoic trough Cambrian detrital zircon population suggest alternative reconstructions for this segment of the margin, whit an active margin associated with an earlier Rodinia fragmentation and/or the connection with the Avalonia-Cadomia peri-Gondwanan terranes. Younger zircon ages suggest both the reworking of the previously formed orogen and the existence of extensive Paleozoic magmatic sources. U/Pb, Ar-Ar and K-Ar data of granitoids and migmatites, suggest the existence of Carboniferous, Permian, Jurassic and Eocene plutonic events that show geochemical affinities with magmatic arc environment. \'Épsilon IND.Nd\' from selected granitoids are between 4 e -3.2, and suggest a mixture between juvenile material and the basement rocks of the Marañon Complex. Early Carboniferous sedimentary rocks show geochemical affinities with the reworking of the Huánuco Schist and a felsic magmatic compound. U/Pb SHRIMP analysis from a paragneiss of the Illescas Massif in the northern Peruvian coast shows a 257 Ma metamorphic age that neglect previous Precambrian interpretations, and suggest a feasible link with the Ecuadorian Andes suspect terranes. The obtained data from the Eastern Cordillera of the Peruvian Andes are interpreted in terms of an extensional Paleozoic accretionary orogen, characterized by continuous subduction, the local formation and inversion of intra-arc and back-arc basin, associated magmatism and the continuous cannibalism of the previously formed orogens. The nature and temporal context of this orogenic evolution is comparable with other Andean domains, and together are include within the Terra Australis orogen that represents the active Neoproterozoic-Middle Paleozoic margin of western Gondwana that follows Rodinia break-up. The Late Paleozoic orogen is correlatable with the Gondwanides or Alleghanide orogens that were associated to Pangea formation. Triassic, Jurassic and Eocene arc related magmatism in this segment of the Peruvian Andes is related with the installation of the active continental margin that characterized the Andean type orogeny.
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Síntese Geocronológica do Estado da Bahia e Evolução Crustal, com base no Diagrama de Evolução do Sr e Razões Iniciais Sr87/ Sr86\".

Kei Sato 11 August 1986 (has links)
Com a aplicação de métodos convencionais (análise bibliográfica e trabalhos de laboratórios), foi possível, como uma primeira tentativa, elaborar-se uma evolução Crustal e uma síntese geocronológica para o território baiano (parte nordeste do Craton de São Francisco). Na elaboração da evolução crustal, foram utilizados diagramas de evoluções do Sr. Nestes diagramas utilizam-se parâmetros como \'(\'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\') IND.i\', idade e relação \'ANTPOT.87 Rb\'/\'ANTPOT.86 Sr\'. As, medidas das razões iniciais do Sr são extremamente críticas, isto é, a variação da RI do manto, desde os primórdios da formação da Terra, a 4,55 Ga., até hoje, é apenas da ordem de 0,005 (0,699 a 0,704). Para atender esta finalidade, foi efetuado um levantamento bibliográfico completo, sobre diversas técnicas de regressão linear, e uma avaliação dos modelos existentes. A razão inicial do Sr foi utilizada como traçador radiogênico natural, nos estudos das petrogêneses das rochas, tendo sido, em alguns casos, complementados com idades modelos Sm/Nd e valores de \'u IND.1\' (\'ANTPOT.238 U\'/\'ANTPOT.204 Pb\'). Quanto à síntese geocronológica, foi baseada nos trabalhos anteriores, existentes na área em estudo, integrando-os com os novos dados radiométricos. De uma forma em geral, podemos destacar uma série de importantes inferências, conforme se segue: 1. ARQUEANO INFERIOR-MÉDIO-- 3000 Ma. No interior da Bahia, encontram-se vários registros radiométricos, na forma de núcleos isolados e preservados, como Boa Vista, Sete Voltas, Mutuipe, Capim, etc. Fica claro, que estes dados são, ainda, conhecidos para áreas muito dispersas, e não se pode, ainda, caracterizar um ciclo geotectônico/geodinâmico bem definido, para esta etapa do tempo geológico na Bahia. 2. ARQUEANO SUPERIOR -- 3000-2500 Ma. O clímax do evento tectono-magmático do embasamento, no Craton de São Francisco, ocorreria entre 2650 a 2850 Ma., em território baiano, principalmente no complexo granulítico Jequié. 3. PROTEROZÓICO INFERIOR -- 215O-1800 Ma. Ciclo Transanazônico (2150-1750) Ma.. É caracterizado, neste ciclo, por faixas móveis Salvador - Juazeiro (porção oriental do Estado) e regiões de Correntina/Guanambi (porção ocidental). A borda oriental (complexo Jequié e região de Itabuna-Salvador-Juazeiro) sofreu importante soerguimento, promovendo a ascensão de rochas formadas em grandes profundidades aos níveis superiores, entre 1800 e 1700 Ma., conforme indica a maioria dos resultados K-Ar. 4. PROTEROZÓICO MÉDIO -- 1800-1000 Ma. No início do Ciclo Espinhaço, desencadeou-se com as fases terminais do Ciclo Transamazônico (1,7 - 1,8 Ga), como parecem indicar os processos tectono-magmáticos (metariolitos R. dos Remédios e granitos de Lagoa Real). O clímax deste desenvolvimento é estimado em 1300 ± 100 Ma., pelo metamorfismo regional dos pelitos, seguido de eventos anorogênicos da ordem de 1000 ± 100 Ma.. 5. PROTEROZÓICO SUPERIOR -- lOOO-570 Ma.. No início do Proterozóico Superior é marcado, conforme pode ser observado, pela deposição do Grupo Bambuí e de seus prováveis cronocorrelatos (Una, R. Pardo, Miaba, etc.). A idade máxima, encontrada até o presente momento, apresenta-se, para a deposição do Grupo Una, com uma isócrona de 900 Ma., obtidas nas frações finas. Eventos precoces, não muito bem caracterizados no Proterozóico Superior, entre 1000 e 700 Ma., ocorrem com certa freqüência nas regiões limítrofes do Estado da Bahia. A fase principal de dobramentos e metamorfismo regional, do Ciclo Brasiliano, situa-se em torno de 500 a 700 Ma.. A maioria dos dados K-Ar, indica resfriamento final entre 450 e 600 Ma., nos Sistemas de Dobramentos Marginais e Espinhaço (aparente reativação plataformal no Brasiliano). Com base nos diagramas de evoluções do Sr, pode-se observar os seguintes fatos: 6. A idade modelo Sm/Nd T(CR) e a extrapolação da linha de evolução do Sr, dos tonalitos de Boa Vista, aponta-nos uma das primeiras crostas primitivas, como núcleo isolado, há cerca de 3700 Ma., preservado no Craton de São Francisco. 7.Acreções e retrabalhamentos da crosta primitiva foram intensos no Arqueano, em todo o Complexo Jequié e no Cinturão Contendas-Mirante. Já a nordeste deste Complexo, a Faixa Móvel Salvador-Juazeiro atuou, intensamente, no Proterozóico Inferior, com acreções e retrabalhamentos, deixando alguns núcleos arqueanos preservados, como a região de Serrinha/ Capim e a oeste de Jacobina. 8. As razões iniciais das rochas granulíticas, do Complexo Jequié, coincidem com, ou situam-se acima da linha de evolução do manto. Para os que situam-se acima da linha de evolução do manto, pode ter transcorrido um intervalo de tempo significativo entre a formação do magma e o fechamento final do sistema, ou de uma refusão anatética de um material precursor mais antigo. As linhas de evoluções do Sr, para os casos dos afloramentos que tenham controle das idades modelos Sm/Nd, mostram que o metamorfismo, aparentemente, não mudou a química permanecendo, relativamente constante, as razões Rb/Sr em escala de afloramento. A razão Rb/Sr destas rochas de fácies granulito, em geral, têm um valor médio da ordem de 1,5 em contraste aos baixos valores, da ordem de 0,04 em outros terrenos do continente de mesma facies metamórfica. 9. Os corpos granulíticos de Santa Izabel e corpos gnáissicos/ migmatíticos, da região de Remanso e Lagoa Real, de idades arqueanas, tem o padrão evolutivo semelhante aos do complexo Jequié. 10. Na Faixa Móvel Salvador-Juazeiro, os valores da razão \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' inicial, dos corpos transamazônicos são, relativamente, mais baixas, da ordem de 0,704, comparado aos corpos arqueanos do Complexo Jequié, que têm altos valores, da rodem de 0,709. Portanto, torna-se difícil, para os materiais precursores deste Cinturão, serem derivados do material do tipo Complexo Jequié. Um outro provável cinturão móvel transamazônico, ocorre na região de Correntina, na porção ocidental do Estado da Bahia. 11. No início do Proterozóico Médio, constata-se um período de relativa calmaria, com alguns focos de vulcanismo isolados. A fase de intenso retrabalhamento crustal ocorreu na região Espinhaço, nas partes média a final do Ciclo Espinhaço, entre 1500 e 1000 Ma.. Em síntese, a crosta cresceu através do tempo geológico, através de diferenciação química, quase que irreversível do manto superior. Durante o Arqueano e o Proterozóico Inferior, ocorreram refusões crustais e acreções de material para o continente. Já no Proterozóico Médio a Superior, toda a crosta já estava relativamente consolidada, predominando o sistema de retrabalhamento para novas formações crustais. / The crustal evolution of the ancient terrains of the State of Bahia, Brazil, is attempted with the aid of Sr isotopic results as natural tracers. Some Nd and Pb isotopic data are also available, and support the main conclusions based on Sr evolution diagrams. The regional geochronological pattern is as follows: 1. Several ancient nucleii, with apparent ages older than 3000 Ma., are scattered within most of the younger units. 2. A major event in Late Archean times (around 2700 Ma.), affecting the Jequié high-grade complex, and the granite-green-stone terrain around Brumado. 3. Development of two Transamazonian mobile belts (1800-2150 Ma.), one in the eastern area (Salvador-Juazeiro belt), and the other in the western part (Correntina-Guanambi area). 4. Development of the Espinhaço folded system, with tectonic and metamorphic events occurring during the entire Mid-Proterozoic interval. 5. Development of the marginal belts to the São Francisco Craton, during the Brasiliano Cycle, with tectonomagmatic event in the 700-450 Ma. age range. The analysis of the Sr evolution diagrams shows that the Archean Terrains are mainly formed by accretion from mantle-derived material, but crustal reworking is indicated by the high initial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' values of the Jequié Complex. The Transamazonian mobile belt include both types of materials , but the \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' values, generally lower than those of the Jequié Complex, makes improbable a direct derivation. During Middle and Late Proterozoic, the continental crust was already well consolidated, and reworking of crustal material predominated within the Espinhaço and Brasiliano folded systems.
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As idades das rochas e dos eventos metamórficos da porção sudeste do Estado de São Paulo e sua evolução crustal

Colombo Celso Gaeta Tassinari 27 July 1988 (has links)
Este trabalho foi realizado com o objetivo de se posicionar no tempo geológico as rochas e os eventos metamórficos das principais unidades pré-cambrianas da porção leste-sudeste do Estado de São Paulo, bem como, com base em estudos isotópicos de Sr e Pb caracterizar a evolução pré-cambriana da crosta continental nessa região. Para tanto, foram utilizadas análises radiométricas pelos métodos Rb-Sr e Pb-Pb em rocha total, U-Pb em zircões e K-Ar em concentrados separados de minerais. A região de estudo é dividida em cinco terrenos alóctones separados por falhamentos transcorrentes e de empurrões, que são os seguintes: - Domínio Itapira-Amparo: composto por núcleos de rochas migmatíticas e ortognáissicas e sequências metavulcanossedimentares e metassedimentares. - Domínio Piracaia-Jundiaí: Constituído por rochas migmatíticas e granulíticas relacionadas à formação de nappes. - Domínio São Roque: trata-se de uma sequência vulcanossedimentar de composição toleítica e de fundo oceânico com deposição predominantemente em ambiente de águas não profundas. - Domínio Embú: composto de rochas migmatíticas associadas a sequências supracrustais. - Domínio Costeiro: constitue-se de terrenos metamórficos de médio a alto grau (gnaisses e migmatitos) e granitos com charnoquitos associados. - O Domínio Itapira-Amparo teve seu primeiro fragmento crustal formado próximo a 3.4 b. a., um evento vinculado ao Arqueano tardio formador de ortognaisses em 2.6-2.5 b. a. e um processo geodinâmico formador de rochas importante, durante a orogenia transamazônica (2.2-1.9 b.a.) envolvendo componentes magmáticos originadas tanto da crosta continental como do rnanto superior. Além disso caracterizou-se também o desenvolvimento de sequências supracrustais principalmente em torno de 1.400 M.a., e durante o Proterozóico superior ocorreram processos de fusões parciais localizados da crosta continental. - No Domínio Piracaia-Jundiaí a idade mais antiga caracterizada em rochas do embasamento foi a idade Pb-Pb em rocha total nos granulitos de Socorro, de 1.400 M.a. interpretado como a época de formação de tais rochas. Também neste domínio foi detectado um evento formador de rochas no Proterozóico Superior, entre 800 e 600 M.a. vinculado a migmatizações e formação de granitos. - No Domínio São Roque, o pacote inferior da sequência vulcanossedimentar homônima começou a sua deposição em torno de 1.800 M.a., sofrendo metamorfismo próximo a 1.400 M.a. Após esta fase ocorreu, provavelmente nova sedimentação e posterior metamorfismo entre 800 e 700 M.a. e atividade granítica pós-tectônica dentro do intervalo de tempo 700-550 M.a. - No âmbito do Domínio Embú foram caracterizados eventos geodinâmicos formadores de rocha em 2.500, 1.500 e 750 M.a., sendo que o último registra a época sintectônica do tectonismo vinculado ao Proterozóico Superior. Os granitóides pós-tectônicos registraram idades entre 700 e 600 M.a. principalmente. - No Domínio Costeiro, as rochas características da crosta inferior indicaram idades de formação de rochas entre 650 e 600 M.a., a partir de retrabalhamento de rochas pré-existentes e as manifestações graníticas posteriores ocorreram próximo a 550 M.a. - De uma forma geral os granitóides intrusivos nos cinco domínios decrescem em idades no sentido do Domínio Piracaia-Jundiaí para o Costeiro, conforme o rumo de NW para SE. - As evidências e isotópicas de Sr e Pb sugerem que os granitóides intrusivos estudados da área em estudo são formados por processos de fusão parcial da crosta continental inferior ou superior, não envolvendo em seus respectivos magmas parentais componentes significativos do manto superior. Os estudos geocronológicos realizados, aliados às informações geológicas existentes nos permite estimar que os períodos de tempo principais formadores de rochas na área em estudo foram entre 1.5-1.3 Ga. e 0.75-0.55 Ga. Entretanto estes intervalos de tempo não correspondem aos principais períodos de formação de crosta continental, porque as orogenias do Proterozóico Médio e Superior envolveram predominantemente materiais reciclados da crosta continental. / Pb-Pb and Rb-Sr whole rock isotope systematics and U-Pb on zircons method analyses are reported for rocks from the southeastern part of São Paulo state. The isotopic studies on granitic intrusions, orthogneissic rocks and migmatitic terranes, in this area, provides an important indication of the age and nature of the continental crust. This region include five major differents allochthonous tectonic terranes separated by thrust and strike slip faults. These suspect terranes are: - Amparo-Itapira Domain: Metassedimentary and metavolcanossedimentary sequences, which outcrop in the nucleous of the nappes, of the archean ortognaissic and migmatitic rocks. - Piracaia-Jundiai terrain: granulitic and migmatitic rocks related to the mass overthrusts. - São Roque Domain: Mid-Proterozoic volcanossedimentary sequences, with tholeiitic composition of shallow-oceanic environment. - Embu Terrain: Late Proterozoic supracrustal rocks associated with archean and mid-proterozoic migmatitic terranes. - Costeiro Domain: Late Proterozoic granites and migmatites with charnoquitic rocks. Approximately 300 Ar, Sr and Pb isotopic age determinations have been considered in this paper, categorized, as to reliability and significance. The history revelead is episodic, with distribuition patterns within episodes very well defined. The observed geological history for each terrain are: the Amparo-Itapira domain has a history dating back to 3.4 Ga. and since 2.6 to 2.5 Ga. and 2.2 to 1.9 Ga. geodynamic episodes of crust-formation occurred involving both mantle-derived magmas and reworking of older material. Supracrustal sequences developed during the Mid-Proterozoic time (1.4 Ga.), and, in the Late Proterozoic (--650 M.a.) minor crustal partial melting process occurred. In the Piracaia-Jundiai terrain, the granulitic rocks yelded Pb-Pb whole-rock age around 1.4 Ga. suggesting derivation from reworking of crustal material. Late Proterozoic ages were obtained for the migmatites and post-tectonic granites. The metavolcanic-sedimentary sequentes within the São Roque Geologic Domain developed during the time period 1.8 to 0.7 Ga. and comprise two metamorphic superinposed episodes (1.4 and 0.8 Ga.). The post-tectonic granitic activities occurred between 700-550 M.a. Within the Embu terrain, ancient protholit fragment was identify with an age at least 2.5 Ga. and two migmatization and granitization episodes were superimposed at 1.5 Ga. and 750 M.a. All the metamorphic rocks of the Costeiro Domain developed in the Late Proterozoic time, with syntectonic phase around 650 M.a. This geological process implies recycling of crustal material. The 1.000 to 550 M.a. range has been obtained for the intrusives granitoids, Generally these rocks are progressive younging from the Amparo-Itapira Domain (1.000-850 M.a.) in the NW, towards to the Costeiro Terranes (550 M.a.) in the SW. The studied granitoids of this area have Pb and Sr isotopic compositions which indicate crustal sources: lower and upper crust or a mixture of upper plus lower crust. The Sr and Pb isotopic evidences, which has been used as a petrogenetic indicator, together with the available geological information provide to estimated that the main periods of rock-formation episodes in this area occurred during the time-period 1.5-1.3 Ga. and 0.75-0.55 Ga. Although the Mid and Late Proterozoic were a period of a large amount of rocks were formed in this area, they were not a major crust-forming period, because these rocks are mainly constituted by recycled continental crust.
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A evolução Geotectônica da porção nordeste de Minas Gerais, com base em interpretações Geocronológicas

Oswaldo Siga Junior 28 October 1986 (has links)
O presente trabalho objetivou demonstrar a potencialidade dos métodos Rb-Sr, K-Ar, Pb-Pb e U-Pb quando aplicados aos trabalhos básicos de levantamento geológico, permitindo através dos diferentes valores interpretativos dessas metodologias contribuir para o entendimento dos processos tectônicos desenvolvidos na borda sudeste do Craton do São Francisco (nordeste de Minas Gerais e parte sul da Bahia). O acervo radiométrico processado representa uma ampla amostragem dos vários domínios litológicos caracterizados, contando com cerca de 230 determinações geocronológicas. O padrão de distribuição das idades radiométricas em conjunto com as informações provenientes de outros campos das geociências permitiu compartimentar a área em dois domínios geocronológicos maiores: o domínio brasiliano externo (ocidental) e o domínio brasiliano interno (centro-oriental). No domínio brasiliano externo expõem-se os metassedimentos de baixo grau metamórfico (facies xisto-verde, zonas da clorita e biotita) da faixa Araçuaí, tipificados principalmente pelos metadiamictitos do Grupo Macaúbas. Tem ainda como representantes os metassedimentos do sistema Espinhaço, claramente envolvidos pela tectônica brasiliana, além das rochas gnáissicas-migmatíticas da estrutura anticlinorial de Itacambira-Barrocão, retrometamorfisadas neste período. Os dados isotópicos Rb-Sr e Pb-Pb disponíveis para a unidade gnáissica-migmatítica deste setor indicam geração de rochas no Arqueano (\'APROXIMADAMENTE\' 2700 Ma.) e Proterozóico Inferior (\'APROXIMADAMENTE\' 2100 Ma.). Os parâmetros \'(\'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\') IND. i\' e \'\'mü\' IND. 1\' sugerem, adicionalmente, para as rochas analisadas uma origem por retrabalhamento de materiais com vida crustal anterior. Os dados K-Ar (além de uma única datação por traços de fissão) possibilitaram delinear a história termal do domínio, sugerindo uma tectônica vertical, terminal ao ciclo Brasiliano, que colocou lado a lado, blocos formados em diferentes profundidades. O ciclo Brasiliano como formador de crosta continental é característico do domínio interno, onde é representado pelos metassedimentos Salinas e rochas gnáissicas-migmatíticas do setor oriental. Observa-se um metamorfismo crescente para leste, gradando da zona da cianita para a zona da sillimanita, atingindo na porção oriental condições P, T, do facies anfibolito alto. Os dados radiométricos Rb-Sr e U-Pb caracterizam a formação generalizada dessas rochas no período 660-570 Ma. As análises K-Ar registram a permanência de porções aquecidas (temperaturas superiores a 250° C) até pelo menos 480 Ma. A atividade geodinâmica brasiliana é também representada por uma granitogênese de grande expressão no domínio interno, incluindo uma grande variedade de litotipos, normalmente ricos em álcalis. Os dados obtidos através dos métodos Rb-Sr e U-Pb distribuiram-se num amplo intervalo de tempo (650-450 Ma.) representando episódios de caráter sin a tardi-tectônicos (650-550 Ma.), tardi a pós-tectônicos (550-500 Ma.) e pós-tectônicos a anorogênicos (500-450 Ma.). Adicionalmente, as evidências isotópicas de Sr apontam para uma evolução dessas rochas fortemente alicerçada em retrabalhamentos crustais nesses períodos. Os dados K-Ar obtidos em biotitas dos diferentes maciços concentram-se no intervalo 500-450 Ma., indicando o período de resfriamento das unidades em pauta. Numa visão integrada Brasil-África, a geometria do cinturão brasiliano é condicionada claramente pelos Cratons do São Francisco e do Congo, que serviram de ante-país para a evolução das deformações desta faixa de dupla vergência. Verifica-se uma clara simetria em termos de zoneamento tectônico, em que terrenos de alto grau ocupam no Continente Africano posições ocidentais, e os terrenos de médio a baixo grau colocam-se em posições mais externas, já próximas as coberturas de plataforma. A evolução geotectônica deste cinturão é dominantemente ensiálica, sendo aqui interpretada com base em modelo de subducção A, ocorrida durante o ciclo Brasiliano. Neste esquema propõe-se que a abertura (afinamento e quebramento rúptil da crosta superior) se estreite a norte, tomando o formato de uma cunha, cuja zona axial, de direção aproximadamente NNW/SSE pode ter evoluído sobre suturas anteriores, do Proterozóico Médio (herança Espinhaço). Finalmente, a exumação do nível crustal meso-catazonal brasiliano é interpretado como decorrente de um processo em duas etapas, a primeira inerente a inversão da cadeia brasiliana e a segunda ocorrida no Meso-Cenozóico. / This work tries to show the potential of the Rb-Sr, K-Ar, Pb-Pb and U-Pb methods applied to basic geological mapping. The different interpretative values of these methodologies contribute to the understanding of the tectonic processes developed in the southeastern border of the São Francisco Craton (northeastern Minas Gerais and southern Bahia). The geochronological data for this region represents sampling of the several lithological units characterized and corresponds to about 230 determinations. The radiometric age distribution pattern together with other geological information suggest the subdivision into two main geochronological domains: the external Brazilian domain (at the western portion) and the internal Brazilian domain (at the center-eastern part). In the external Brazilian domain occurs metassediments with low-grade of metamorphism (greenschist facies, chlorite and biotite zones) of the Araçuaí belt, being typical the Macaúbas Group metadiamictites. Also represented are the Espinhaço system metassediments, clearly involved in the Brazilian tectonics, as well as gnaissic-migmatitic rocks of the Itacambira-Barrocão anticlinal structure retrometamorphosed during this period. The Rb-Sr and Pb-Pb isotopic data for the gnaissic-migmatitic unit of this sector indicates their generation during the Archean (\'APROXIMADAMENTE\' 2.7 Ga) and Early Proterozoic (\'APROXIMADAMENTE\' 2.1 Ga). The \'(Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\') IND. i\' and \'\'mü\' IND. 1\' values also suggest an origin through reworking of older crustal rocks. The K-Ar data (and one fission track datum) allow the thermal history of this domain to be delineated and suggest a vertical tectonic in the Late Brazilian Cycle, putting side by side blocks formed in different dephts. The Brazilian Cycle as a continental crust generator is characterized in the internal domain, where it is represented by the Salinas metassediments and gnaissic-migmatitic rocks of the eastern sector. An increasing metamorphism is observed towards east, grading from the kyanite towards the sillimanite zone reaching, in the estern portion, PT conditions of the upper amphibolite facies. The Rb-Sr and U-Pb data indicates the generation of these rocks in the 660-570 Ma. interval. The K-Ar analyses indicates portions with temperatures above 250°C until at least 480 Ma. The Brazilian geodinamic activity is also represented by an important granitogenesis in the internal domain including a large variety of lithotypes generally alcalic. The Rb-Sr and U-Pb data is distributed in a large time interval (650-450 Ma.) representing sin to late tectonic (650-550 Ma.), late to post-tectonic (550-500 Ma.) and post-tectonic to anorogenic (500-450 Ma.) episodes. The Sr isotopic data indicates crustal reworking for the generation of these rocks. The K-Ar data in biotites of the different massifs are concentrated in the 500-450 Ma. interval indicating the cooling of these units. In a Brazil-África integrated vision the geometry of the Brazilian belt is clearly, conditioned by the São Francisco and Congo Cratons which served as foreland to the deformational evolution of this double vergence belt. There is a clear simetry in terms of tectonic zoning in which the high-grade terrains occur in western portions of the African continent while the middle and low-grade terrains are situated in more external position, near the platform covers. The geotectonic evolution of this belt is dominantly ensialic being interpreted here based in a model of A-type subduction during the Brazilian Cycle. In this model is proposed that an opening (thinning and ruptile breaking of upper crust) occurs and is smaller towards north (wedge-shaped) and its axial zone, with an aproximately NNW/SSE direction, could have evolved over a Middle Proterozoic (Espinhaço) suture. Finally, the Brazilian meso-catazonal province exhumation is interpreted as a two stage process, the fist one related to the Brasiliano cycle and the later one occurring during the Meso-Cenozoic.
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Província Alcalina Alto Paraguai: características petrográficas, geoquímicas e geocronológicas / not available

Victor Velazquez Fernandez 28 March 1996 (has links)
A província do Alto Paraguai localiza-se na divisa do Estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, entre as coordenadas 21°10\' a 23°25\' de latitude Sul e 57°10\' a 58°00\' de longitude Oeste, e tem como principal ponto de referência a cidade de Porto Murtinho. O domínio geotectônico da área é governado pelas unidades pré-cambrianas da extremidade sul do Cráton Amazônico, que desenvolveu prolongada e acentuada atividade, gerando dobramentos e importantes falhas que, em muitos casos, parecem ter exercido um efetivo controle nas manifestações magmáticas. Levantamentos geológicos realizados permitem reconhecer numerosas intrusões na forma de diques, \"plugs\", domos, \"stocks\" e complexos anelares, ocupando sempre a parte mais elevada da região. Petrograficamente, esses corpos congregam duas associações sieníticas distintas, insaturada e saturada em sílica, caracterizando, assim, litologias diversas que gradam desde nefelina sienitos, nefelina-sodalita sienitos, sienitos alcalinos a quartzo sienitos, com alguns extremos chegando até sienogranitos. As análises de elementos maiores quando colocados no diagrama AFM mostram alta concentração no vértice Na+K, indicando clara afinidade alcalina, como já sugerido pela paragênese mineralógica (nefelina, feldspato potássico, além de piroxênio e anfibólio sódico como fases máficas importantes). Por outro lado, a modelagem dos elementos hidromagmatófilos permite distinguir duas tendências principais ligadas a diferentes mecanismos de evolução: sienitos alcalinos passando para quartzo sienitos e sienogranitos, e nefelina sienitos evoluindo para nefelina-sodalita sienitos. Os dados radiométricos disponíveis indicam que a época de colocação dos corpos sieníticos se deu no período Permo-Triássico, com maior incidência no intervalo 260-240 Ma, caracterizando, assim, importante etapa de afinidade magmática alcalina, que se acredita única no gênero junto à Bacia do P que as demais conhecidas (Províncias Central, Amambay e Rio Apa, Paraguai; Província Velasco, Bolívia) apresentam idade bem inferior, entre 140-120 Ma. As rochas sieníticas da Província Alto Paraguai mostram ampla variação da razão inicial \'Sr ANTIPOT.87\'/\'Sr ANTIPOT.86\', cobrindo intervalo de 0,703361 a 0,707734. Notadamente os nefelina sienitos, exceção feita às rochas do Cerro Boggiani (0,703837-0,767734), apresentam valores mais baixos, 0,703361-0,703672. Já os sienitos alcalinos exibem variação entre 0,703510-0,703872, enquanto que os quartzo sienitos e sienogranitos possuem valores mais elevados, respectivamente, 0,704562 e 0,707076. As evidências de campo, juntamente com os dados petrográficos, geoquímicos e isotópicos (Sr), sugerem que as rochas sieníticas derivaram de um líquido parental mantélico único, por processos de cristalização fracionada e assimilação, por ocasião da colocação do magma na crosta. / The Alto Paraguay Province is located at the border of the State of Mato Grosso do Sul and Paraguay, betwen the coordinates 21°10\' to 23°25\' of southern latitude and 57°10\' to 58°00\' western longitude, having the city of Porto Murtinho as the main reference point. The geotectonic domain of the area is governed by the precambric units of the southern extreme of the Amazonic Craton which developped a long and accentuated activity, giving rise to folds and important faults, that in several cases seem to have exerted an effective control on the magmatic manifestations. Field data allow to recognize several intrusions in the form of dykes, plugs, stocks and annelar complexes, always correspoding to the higher topographic points of the region petrographically, these bodies congregate two distinct syenitic association, unsaturated and saturated in silica, and include diverse lithologies grading from nepheline syenites, nephelinesodalite syenites, alkaline syenites to quartz syenites, in addition to some extreme members as syenogranites. Plots of major elements in the ternary diagram (AFM) show high concentration of analyses in the vertice Na+K, which suggests a clear alkaline affinity, as also indicated by mineralogic paragenesis (nepheline, potassium feldspar, and pyroxene/amphibole sodic as important mafic phases. On the other hand, by modelling the hydromagmatophile elements two main trends, related to different evolution mechanisms, can be distinguished: alkaline syenites, grading to quartz syenites and syenogranites, and nepheline syenites evolving to nepheline-sodalite syenites. Radiometric data indicate that the emplacement of the syenitic bodies took place in the Permo-Triassic period, with a major incidence in the interval 260-240 Ma, representing thus, an important phase of alkaline magmatic affinity associated to the Paraná Basin, which is believed is to be unique, cince the other known areas (Central, Amambay and Rio Apa Provinces\' Paraguay; Velasco Province, Bolivia) are considerably younger (140-120 Ma). Syenitic rocks from the Alto Paraguay Provinces howwide variation in the ratio \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\'(0,703361-0.707734). Excluding the Cerro Boggiani rocks (0.703837-0.707734), values for the nepheline syenites (0.703361-0.703672) general lower than those of other syenites types. Alkaline syenites cover the interval 0,703510-0.703872, while quartz syenites and syenogranites are 0.704562 and 0.707076, respectively. Geologic evidence, in addition to petrographic, geochemical and isotopic (sr) data, suggest that the syenitic rocks have been derived from an unique mantelic parental liquid, by fractional cristallization and assimilation processes, which are assumed to bee occurred during the emplacement of the magma in the crust.
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Evolução crustal dos terrenos granito-greenstone de Manica, região centro-oeste de Moçambique / Not available.

Estevão Inácio Sumburane 27 July 2011 (has links)
O presente trabalho procurou identificar e definir os principais eventos geológicos sobre a evolução crustal dos terrenos granito-greenstone de Manica, região centro-oeste de Moçambique. O distrito de Manica localiza-se no centro-oeste de Moçambique entre as latitudes 18°50\'S - 19°00\'S e as longitudes 32°45\'E - 32°55\'E. É predominantemente constituída por terrenos da assembléia granito-greenstone belts de idade Arqueana e representa o prolongamento para leste do Cráton do Zimbabwe. O Greenstone belt de Manica é composto por uma sequência de metavulcanitos máficos e ultramáficos (Formação de Macequece) sobre a qual assenta em discordância uma sucessão metassedimentar clástica (Formação de Vengo). Foram coletadas e analisadas isotopicamente pelos métodos U-Pb (zircão), empregando as técnicas convencionais (TIMS) e LA-HR-ICP-MS, Rb-Sr, Sm-Nd, e K-Ar, amostras de granitóides do tipo TTG, rochas vulcânicas félsicas e máficas e ultramáticas e rochas sedimentares. Foram também estudadas as mineralizações de dois depósitos (Monarch e Mundonguara) associados a esses terrenos, com a aplicação das técnicas Pb-Pb e da plumbotectônica. Para os granitóides foram obtidas pelos métodos U-Pb (zircão) as idades de 2,9 Ga para os TTG do extremo sul do greenstone belt (Mundonguara e Complexo de Vumba), 2,7 Ga para os granitóides internos, 2,8 Ga para os granitóides do extremo norte e 2,6 Ga para as amostras da região de Messica. Obtiveram-se ainda as idades Rb-Sr de 2,7 Ga e 2,8 Ga com razões iniciais \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' de 0,7015 e 0,7021 para as amostras de Mundonguara e Vumba. A idade máxima de deposição das rochas sedimentares da Formação do Vengo é definida como sendo de 2,65 Ga. Para as rochas vulcânicas obteve-se uma idade U-Pb (zircão) pelo método convencional de 2,9 Ga para as rochas félsicas e para as ultramáficas uma idade isocrômica Sm-Nd de referência de ~3,2 Ga. Para as rochas máficas obtiveram-se idade isocrômicas Sm-Nd de 2,0 para os metabasaltos, de 2,0 e 0,8 Ga para os doleritos. Assumindo extração da crosta a partir de manto empobrecido (DePaolo, 1981), obtiveram-se as idades-modelo \'T IND. dm\' dentro do intervalo de tempo de 2,8 a 3,1 Ga para os granitóides, 3,2 Ga para as rochas ultramáficas, 2,9 a 3,1 Ga para as rochas vulcânicas ácidas, 2,3 Ga para os metabasaltos e para os doleritos duas épocas distintas de 2,5 a 2,4 Ga e de 1,1 Ga. Esta última inclui os gabros. Os granitóides apresentaram valores de \'épsilon\' Nd calculados para 2,9 e 2,7 Ga de entre -5,15 a 0,79, mostrando que foram originados a partir de processos de fusão parcial de rochas crustais com participação subordinada de magmas mantélicos. Algumas rochas máficas e ultramáficas, embora tenham fracionado a razão Sm-Nd, apresentam valores de \'épsilon\' Nd (T) positivo, sugerindo que os seus magmas mantélicos parentais não sofreram contaminação crustal. As rochas fracionadas podem ter sofrido metassomatismo no manto superior através da adição de material crustal, o que justificaria os valores de \'épsilon\' Nd (T) negativos. As idades K-Ar (522 - 519 Ma) obtidas em biotitas indicam a ocorrência de fenômenos de aquecimento térmico na borda do Cráton do zimbbwe, região de Manica, durante o Pan-africano, por ação do Cinturão de Dobramentos de Moçambique a leste da área de estudo. As composições isotópicas de Pb revelam que os dois principais depósitos minerais do distrito de Manica têm composições isotópicas distintas, sendo o depósito de Cu de Mundonguara mais radiogênico que o de outo de Monarch. Tanto um como o outro mostram contribuições significativas de Pb proveniente de rochas da crosta continental superior. Com base nos dados geocronológicos obtidos pode-se admitir para ambas as mineralizações uma origem primária para os metais em cerca de 3,0 Ga, com uma posterior remobilização e concentração dos metais em épocas mais tardias provavelmente relacionadas ao final do arqueano. Finalmente podemos considerar que os terremos arqueanos de Manica evoluíram a partir de uma crosta continental com cerca de 3,2 Ga, que sofreu um rifteamento, produzindo adelgaçamento da crosta, ascensão da astenosfera e vulcanismo bimodal formando rochas vulcânicas ácidas e máficas/ultramáficas entre 2,9 e 3,1 Ga. Essas rochas com sedimentação associada, quando metamorfizadas durante o fechamento da bacia, produziram as sequências do tipo greenstone belt. Posteriormente ocorreram intrusões de corpos graníticos, o último dos quais à cerca de 2,6 Ga. O modelo de rifting intracontinental é o que melhor enquadra para a evolução dos terrenos de Manica. / The main prupose of this work is to identify and to characterize the main geological events related to the Manica granite-greenstone terrains, as well as to define the age and stratigraphy of the rock units of the Manica Greenstone Belt. The Manica district is located at the central-west of Mozambique between the parallels 18°50\'S - 19°00\'S and meridians 32°45\'E-32°55\'E. It is constituted mainly of Achean granite-greenstones and represents the eastern extension of the Zimbabwe craton. This greenstone assemblage is comprised of mafic and ultramafic metavolcanic rocks (the Macequece Formation) in lithological discordance with a succession of clastic metasediments (Vengo Formation). TTG-type granitoids, felsic and mafic/ultramafic volcanic and sedimentary rocks were sampled and analyzed for U-Pb (zircon) by TIMS and LA-HR-ICP-MS, and for Rb-Sr, Sm-Nd, and K-Ar. The Pb isotopic compositions of two mineral deposits (Monarch and Mundonguara) associated to these trerrains were studied. The ages of granitoids from the TTG suites were analyzed by U-Pb zircon method. The ages are as follows: a) an age of 2,9 Ga for the TTG suites at the far south of the belt, b) an age of 2,7 Ga for the internal granitoids, c) an age of 2,8 Ga for the northern granitoid and d) and age of 2,6 Ga for samples of Messica. Ages of 2,7 Ga and 2,8 Ga (Rb-Sr) and \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' = 0,7015 and 0,7021 were also obtained for the samples of Mundongura and Vumba. The maximum age for the deposition of the sedimentary rocks of the Vengo Formation is about 2,65 Ga. An age of 2,9 Ga (U-Pb, zircon) was obtained for the felsic volcanic rocks and an Sm-Nd isochron age of ~3,2 Ga for the ultramafic rocks. An isochron age of 2,0 Ga for the metabasalts, 2,0 Ga and 0,8 for the dolerites were also obtained by Sm-Nd. Sm-Nd mantle-depleted model ages range from 3,1 to 2,8 Ga as the most important period for continental crustal accretion in the Manica area. The calculated \'épsilon\' Nd values for 2,9 Ga and 2,7 Ga of -5,15 to 0,79, for the TTG suites, depict and origin by partial melting of crustal rocks with a subordinate involvement of mantle-derived magmas. Some mafic and ultramafic rocks have a positive \'épsilon\' Nd (T), suggesting that their mantle-derived parental magmas did not suffer importante continental crustal contamination. The fractionated rocks might have suffered metasomatism in the upper mantle through the addition of crustal material, which could justify the negative contamination. The \'épsilon\' Nd (T) values. The K-Ar ages (522 - 519 Ma) obtained in biotites indicate an event of Pan-African tectonic reactivation in the Manica area, as a reflex of the Mozambique Belt evolution. The Pb isotopic compositions show that the two main deposits of the Manica district have distinct isotopic compositions, the Mundonguara deposit being more radiogenic than that of Monarch. Both have significant Pb derived from the upper continental crust, indicating that the present mineralizations are epigenetic. The Cu and Au were incorporated in the crust at 3,0 Ga were remobilized later by events of magmatic intrusions and reactivation of shear zones around 2,6 Ga. Based on the data obtained in this work, the Archean terrains of Manica evolved from a continental crust at 3,2 Ga that suffered rifting and hence, crustal thinning, asthenospheric upwelling and bimodal volcanism of acid, mafic/ ultramafic rocks between 2,9 Ga and 3,1 Ga. These rocks with the associated sediments were metamorphosed during the closing of the basin to produce the greenstone belt. Later on, there were granitic intrusions, with the last event ~2,6 Ga. The intracontinental rifting model is that which best fits with the evolution of the Manica terrains.

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