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Determinantes biofísicos e geopolíticos do uso da terra no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil / Biophysical and geopolitical determinants of land use in State Rio Grande do Sul, BrazilHasenack, Heinrich January 2017 (has links)
A produção de alimentos para uma população mundial ainda em crescimento desafia pesquisadores e tomadores de decisão para soluções que garantam a todos uma dieta adequada em quantidade e qualidade. Atualmente, o uso agrícola da terra ocupa a maior parte da superfície terrestre, um terço da qual está degradada. Para garantir a alimentação das próximas gerações, é necessário entender como funcionam os sistemas produtivos para melhor avaliar seu ajuste às condições ambientais locais. O objetivo deste trabalho é analisar o uso da terra no estado do Rio Grande do Sul em relação ao ambiente natural, baseado em atributos biofísicos e na história da ocupação humana do território. A abordagem ecossistêmica com o uso de algumas variáveis possibilitou, com base no conhecimento existente, listar fatores biofísicos relevantes à distribuição dos ecossistemas e com a ajuda dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) integrálos para propor uma nova regionalização. Foram delimitadas 14 unidades espaciais representando sistemas ecológicos ao nível de mesoescala, quatro deles referentes a tipologias florestais e dez campestres. A análise de um mapa de uso da terra e cobertura vegetal mostrou que quatro classes de uso agrícola ocupam 48,7% dos 281.738 km² do território do estado Desse total 22,2% são usados com agricultura de sequeiro principalmente nos sistemas ecológicos campestres em locais favoráveis à mecanização agrícola. 16,1% apresentam uso agrícola misto, dominante nos sistemas florestais, 6,9% correspondem a cultivo de arroz em sistemas ecológicos campestres com solos úmidos, e 3,6% são ocupados com silvicultura. Os campos ocupam 31,2% da superfície do estado e são utilizados com pecuária sobre campo nativo. Florestas ocupam 11,9%, corpos d’água naturais e artificiais ocupam 6,9%, áreas urbanizadas e mineração a céu aberto, 0,91 % e outras coberturas naturais não vegetadas os restantes 0,59%. A observação da flora presente em cada sistema ecológico mostrou coerência com a delimitação proposta, refletindo que sua distribuição resulta da expressão dos fatores biofísicos em questão, o que também deve afetar o desempenho das culturas agrícolas. O processo histórico de povoamento do estado também pode ser observado pela conversão de forma mais pronunciada em sistemas ecológicos florestais do que dos campestres. O presente estudo mostra que uma maior proporção de cobertura de campo nativo do estado está associada a alguma limitação topográfica ou edáfica para uso agrícola, embora possa ter uso econômico com a manutenção de serviços ecossistêmicos. Investimentos em pesquisa podem contribuir para um conhecimento mais profundo e detalhado das condições ambientais e dos sistemas de produção visando um uso adequado ao potencial natural, garantindo assim um uso sustentável com manutenção dos serviços ambientais. / Food production for a still-growing world population challenges researchers and decision makers to propose solutions that guarantee everyone a proper diet in quantity and quality. Currently, agricultural land use occupies most of the land surface, one-third of which is degraded. To guarantee food for the next generations, it is necessary to understand how the productive systems work to better evaluate their adjustment to local environmental conditions.The objective of this work is to analyze the land use in the state of Rio Grande do Sul, southern Brazil, in relation to the natural environment, based on biophysical attributes and on the history of human occupation of the territory. The ecosystem approach with use of a few variables allowed, based on existing knowledge, the listing of biophysical factors relevant to the distribution of ecosystems integrating with the help of Geographic Information Systems (GIS) to propose a new regionalization. We delimited 14 spatial units representing ecological systems at the mesoscale level, four of them referring to forest typologies and ten to grassland ones The analysis of a land use/land cover map showed that four agriculture land use classes cover 48.7% of the 281.738 km² State’s territory. 22.2% are used with annual crops (soybean, corn), mainly in grassland ecological systems in suitable areas for mechanization. 16.0% show mixed agricultural use, dominant in forest ecological systems, 6.9% correspond to paddy rice on grassland ecosystems with humid soils and 3.6% are used with silviculture. Grasslands cover 31.2% of the State’s surface, mainly used for cattle ranching on natural grasslands. Forests cover 11.9%, natural and man-made water bodies cover 6.7%, urban areas and opencast mining represent 0.9% and other non-vegetated natural areas complete the remaining 0.6%. The observation of the flora present in each spatial unit showed coherence with the proposed delimitation, reflecting that its distribution results from the expression of the biophysical factors in question, which should also affect the performance of agricultural crops. The historical settlement process of the state can also be observed by the conversion of natural areas for agricultural use in a discernible way in ecological forest systems than in grassland ones. The present study shows that a greater proportion of native grassland cover of the state is associated with some topographic or edaphic limitation for agricultural use, although it may have economic use while maintaining ecosystem services. Investments in research may contribute to a deeper and more detailed knowledge of the environmental conditions and production systems aiming at a use adjusted to the natural potential of the land, assuring a sustainable use with maintenance of environmental services.
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O novo Ártico: mudanças ambientais e geopolíticaSouza Júnior, Enoil de January 2015 (has links)
Esta dissertação revisa as mudanças ambientais que ocorreram no Ártico ao longo das últimas décadas e analisa as suas consequências geopolíticas. O interesse na região por parte das nações árticas (Canadá, Dinamarca - Groenlândia, EUA, Finlândia, Islândia, Noruega, Rússia e Suécia) aumentou, principalmente devido ao volume de hidrocarbonetos disponível na região, estimado em 13% do petróleo e 30% do gás natural ainda não descobertos. Durante os últimos 50 anos, o Ártico mostrou a mais rápida tendência de aquecimento no mundo, duas vezes mais que a média mundial, isso tem causado rápidas mudanças ambientais, como a redução do volume das geleiras, o que contribuiu para o aumento do nível médio dos mares; o degelo do permafrost, que libera grandes quantidades de CO2 e CH4 na atmosfera, intensificando o efeito estufa; a migração da vegetação em direção ao Norte, alterando a disponibilidade de alimentos e os padrões de migração dos animais; o aumento da temperatura da superfície do mar, o que pode causar a migração de cardumes de peixes para áreas mais frias. No entanto, a mudança mais rápida naquele ambiente, e a que mais chama a atenção, é a redução da área coberta por gelo marinho no verão. Essa redução favorece a exploração de recursos naturais e também abre o Oceano Ártico à navegação no verão (ou seja, a abertura das passagens do Nordeste e do Noroeste). Os países do Ártico desenvolveram estratégias para lidar com novos desafios decorrentes dessas mudanças, todos se comprometeram a trabalhar pela paz e cooperação, mas, na verdade, é evidente um aumento em exercícios militares na região para exercer a soberania regional. Os países com uma costa no Oceano Ártico (Canadá, Dinamarca, EUA, Noruega e Rússia) planejam expandir suas ZEEs (Zonas Económicas Exclusivas) e algumas reivindicações territoriais se sobrepõem, o que pode ser um novo foco de conflito. Além disso, existe um interesse emergente de nações não-árticas (por exemplo, China, Índia e Singapura) que desejam utilizar as novas rotas marítimas e também participar em consórcios para exploração de recursos naturais. O cenário geopolítico é ainda incerto, Canadá e os EUA ainda não chegaram a um acordo sobre a soberania da Passagem do Noroeste, consideradas águas internacionais por este último, e só a Noruega e a Rússia chegaram a um acordo diplomático sobre suas fronteiras marítimas. Considerando que o Ártico está passando por essas rápidas mudanças ambientais e geopolíticas, é aconselhável que o Brasil atue na região, pelo menos para observar os cenários resultantes de tais modificações. Como uma das primeiras ações, sugere-se a assinatura do Tratado de Svalbard, o que daria ao país o acesso a este arquipélago ártico, tanto para a realização de pesquisa científica como para a possível exploração de recursos naturais. / This dissertation reviews the Arctic environmental changes in recent decades and examines their geopolitical consequences. The interest in the region by the Arctic nations (Canada, Denmark - Greenland, Finland, Iceland, Norway, Russia, Sweden and USA) have increased, mainly due to the volume of hydrocarbons available in the region, estimated at 13% of the oil and 30% of the natural gas yet to be discovered. For the last 50 years, the Arctic has shown the fastest warming trend in the world, twice as much as the worldwide mean, this has caused rapid environmental changes such as the shrinkage of glaciers, which contributed to the mean sea level rise; the permafrost thaw, which releases large amounts of CO2 and CH4 in the atmosphere, intensifying the greenhouse effect; the migration of the vegetation towards the North, changing food availability and the migration patterns of animals; the increase of the ocean surface temperature, which may cause the migration of fish shoals to colder areas. However, the most rapid environmental change, which draws the most attention, is the reduction of the sea ice cover area in the summer. Such reduction favours the exploitation of natural resources in the ocean and also opens the Arctic Ocean to navigation in the summer (i.e., opening of the Northeast and the Northwest passages). The Arctic countries have developed strategies to deal with the new challenges arising from these changes, all have promised to work for peace and cooperation, but, in fact, it is apparent an increase in military exercises in the region to exercise regional sovereignty. Countries with an Arctic Ocean coast (Canada, Denmark, Norway, Russia and USA) plan to expand their EEZs (Exclusive Economic Zones) and some claims overlap, which can be a new focus of conflict. Also, there is an emergent interest of non-Arctic nations (e.g., China, India and Singapore) that want to use the new sea routes and also participate in consortia for natural resources exploitation. The geopolitical scenario is still uncertain, Canada and the US have not yet reached an agreement on the sovereignty of the Northwest Passage, considered international waters by the latter, and only Norway and Russia reached a diplomatic agreement on their maritime boundaries. Considering that the Arctic is undergoing these rapid environmental and geopolitical changes, it is advisable that Brazil acts in the region, at least to observe the scenarios resulting from such modifications. As one of the first actions, it is suggested the signing of the Svalbard Treaty, which would give to the country access to this Arctic archipelago, both for conducting scientific research as for possible exploitation of natural resources.
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Paraguai: transição democrática e política externa / Paraguay: democratic transition and international politicsRolon, José Aparecido 22 March 2010 (has links)
Esta pesquisa tem por objetivo discutir o Paraguai contemporâneo. Tratará de sua política interna e externa a partir do governo do Gal. Alfredo Stroessner, pondo em relevo suas características essenciais, bem como sua relação com a Argentina, Brasil e Estados Unidos. Apresentar-se-á um país moderno e complexo que, apesar de suas vicissitudes, é de singular importância geoestratégica na região. Também será discutida sua transição de um tipo de regime autoritário para a democracia com características e dinâmicas próprias e marcadamente distinta daquelas de seus vizinhos mais influentes. Pretende-se por último debater a possível relação entre suas políticas interna e externa. Com relação ao referencial teórico, não houve opção por uma corrente específica, mas antes optou-se por uma literatura mais tipicamente dos autores paraguaios cuja ênfase esteve mais próxima do campo geopolítico e da teoria da interdependência em razão das particularidades desse país. / This research aims at discussing contemporary Paraguay, with its domestic and international politics, from the government of Gen. Alfredo Stroessner, emphasizing its essential characteristics, as well as the relationship with Argentina, Brazil, and United States. Paraguay is a modern and complex country which, in spite of its vicissitudes, has a singular geostrategic importance in Latin America. Its transition from an authoritarian regime to democracy, with peculiar characteristics and dynamics which are notably diverse from its more influential neighbors, will be discussed. It is also objective of this study to debate the possible relation between its internal and external politics. As for the theoretical referential, there was not a choice for a specific current, but rather a choice for literature which is more typically from Paraguayan authors with emphasis closer to the geopolitical field and to the independence theory, due to the peculiarities of the country.
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Geopolítica e integração regional: uma análise dos projetos de infraestrutura de transportes entre Brasil e Paraguai / Geopolitics and regional integration: an analysis of transport infrastructure projects between Brazil and ParaguayOliveira Cruz, Dayana Aparecida Marques de [UNESP] 04 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-04 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A relação assimétrica e desigual entre Brasil e Paraguai na América do Sul demonstra a complexidade do subsistema regional, que deve ser lida não só a partir do contexto econômico, mas também do contexto (geo) político regional, associado por sua vez ao sistema-mundo. Se por um lado, a ampliação da exportação de commodities e dos acordos de integração regional demandam o planejamento e investimento em projetos de infraestruturas, sobretudo de transportes; por outro lado, a fragilidade institucional e financeira dos acordos regionais contribui para o atraso no cronograma de execução desses projetos. A partir da análise do processo de integração regional sul-americano, considerando o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), o Conselho Sul-americano de Infraestrutura e Planejamento/Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sulamericana (COSIPLAN/IIRSA), e o papel de liderança desempenhado pelo Brasil, afirmamos que existe uma estreita relação entre integração regional e geopolítica, na qual os projetos internacionais de infraestruturas podem ser considerados como pontos de encontro entre ambos. / The asymmetric and unequal relationship between Brazil and Paraguay in South America demonstrates the complexity of the regional subsystem, which must be read not only from the economic context, but also from the regional (geo) political context, associated in turn with the world system. If, on the one hand, the expansion of commodities exports and regional integration agreements demand planning and investment in infrastructure projects, especially transportation; on the other hand, the institutional and financial fragility of the regional agreements contributes to the delay in the execution schedule of these projects. Based on the analysis of the South American regional integration process, considering the Southern Common Market (MERCOSUL), the South American Council on Infrastructure and Planning / Initiative for the Integration of Regional South American Infrastructure (COSIPLAN / IIRSA), and the leading role played by Brazil, we affirm that there is a close relationship between regional and geopolitical integration, in which international infrastructure projects can be considered as meeting points between the two. / FAPESP: 2014/09913-1
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As dinâmicas regionais do nordeste asiático e o pivô norte-coreanoBrites, Pedro Vinícius Pereira January 2018 (has links)
Este trabalho trata da política externa da República Popular Democrática da Coreia (RPDC-Coreia do Norte) e os efeitos sobre a dinâmica regional do Nordeste Asiático. Especificamente, analisa a mudança de liderança na RPDC, efetivada com ascensão de Kim Jong-Un ao cargo de Supremo Líder em 2011, e os consequentes impactos que essa transição trouxe para as dinâmicas regionais político-securitárias que envolvem a República Popular da China, o Japão, a Coreia do Sul, a Rússia e os EUA. Desse modo, busca atender a dois objetivos básicos. Primeiro, procura avaliar de que forma a ascensão de Kim Jong-Un ao poder altera o quadro político e econômico interno, bem como o perfil de inserção internacional da Coreia do Norte. Segundo, analisa de que modo essa ascensão impacta sobre os padrões de cooperação e conflito que caracterizam o Nordeste Asiático desde o final da Guerra Fria. Para atingir seu objetivo geral, esta pesquisa é guiada por três objetivos específicos. (I) estabelecer uma análise teórico-conceitual acerca dos padrões de cooperação e conflito que caracterizam as relações interestatais no Nordeste Asiático desde o final da Guerra Fria. (II) Segundo, avaliar de que modo o Governo Kim Jong-Un representa uma alteração no quadro securitário, político e econômico interno, bem como na inserção internacional do país. (III) A partir das análises estabelecidas, analisar os impactos que a ascensão de Kim Jong-Un gera sobre a dinâmica regional tendo como base o equilíbrio nuclear e os padrões de cooperação e conflito que prevalecem desde o final da Guerra Fria. / This thesis deals with the foreign policy of the Democratic People's Republic of Korea (DPRK-North Korea) and the effects on the regional dynamics of Northeast Asia. Specifically, it analyzes the change of leadership in the DPRK, made possible by Kim Jong-Un's rise to the position of Supreme Leader in 2011, and the consequent impacts that this transition has brought to the regional political-security dynamics involving the People's Republic of China, Japan, South Korea, Russia and the United States. In this way, it seeks to meet two basic objectives. First, it seeks to assess how Kim Jong-Un's rise to power alters the internal political and economic framework, as well as North Korea's international insertion profile. Second, to analyze how this rise has impacted on the patterns of cooperation and conflict that have characterized Northeast Asia since the end of the Cold War. To achieve its overall goal, this research is guided by three specific objectives. (I) to establish a theoretical-conceptual analysis of the patterns of cooperation and conflict that characterize inter-state relations in Northeast Asia since the end of the Cold War. (II) Second, to assess how the Kim Jong-Un Government represents a change in the domestic security, political and economic framework, as well as the country's international insertion. (III) From the analysis established, analyze the impacts that the rise of Kim Jong-Un generates on regional dynamics based on the nuclear balance and patterns of cooperation and conflict that have prevailed since the end of the Cold War.
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O estreito de Ormuz : da competição estratégica à Guerra Proxy regional no Oriente MédioRucks, Jessika Tessaro January 2017 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo analisar o papel do estreito de Ormuz nas dinâmicas de competição no Golfo Pérsico. Ormuz é um estreito geograficamente estratégico, uma vez que é a única via marítima entre o Golfo Pérsico, o Golfo de Omã e o Oceano Índico e encontra-se em uma área rica em hidrocarbonetos. Em vista disso, o primeiro capítulo busca analisar o conceito e as características que qualificam a relevância que alguns estreitos possuem para o Sistema Internacional, caracterizando-os como Pontos de Estrangulamento e, nesse sentido, averiguar as razões que definem o estreito de Ormuz como o principal ponto de estrangulamento marítimo no mundo. Já o segundo capítulo tem como foco o estudo da Competição Estratégica, estabelecida entre Estados Unidos e Irã (2003-2013), que somente tornou-se possível graças às características de Ormuz (e, à assimetria de capacidades). Por fim, o terceiro capítulo procura averiguar o papel do estreito na escalada das rivalidades entre Arábia Saudita e Irã que deflagram a Guerra Proxy, e o seu transbordamento para outros pontos de estrangulamento do Oriente Médio. Espera-se como resultado oferecer uma melhor contextualização e compreensão sobre o tema de Ormuz em particular, bem como dos pontos de estrangulamento, contribuindo dessa forma para a instrumentalização dessas categorias no estudo das Relações Internacionais contemporâneas. / This study aims to analyze the Strait of Hormuz role in the competition dynamics in the Persian Gulf. Hormuz is a strait geographically strategic, since it is the only maritime way between the Persian Gulf, the Gulf of Oman and the Indian Ocean and is located in an area rich in hydrocarbons. In view of this, the first chapter analyzes the concept and characteristics that qualify the relevance of some straits to the International System, characterizing them as Choke points and, accordingly, find out the reasons that define the Strait of Hormuz as the main maritime choke point in the world. The second chapter focuses on the study of the Strategic Competition, established between the United States and Iran (2003-2013), which only became possible because of the characteristics of Hormuz (and because of capacity asymmetry). Finally, the third chapter seeks to ascertain the strait role in escalating rivalries between Saudi Arabia and Iran that trigger the Proxy War and its spillover to other bottlenecks in the Middle East. It is expected as a result provide better context and understanding of Hormuz particular theme and bottlenecks, thus contributing to the exploitation of these categories in the study of contemporary international relations.
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As relações da Rússia com a Ucrânia e a Moldávia: uma perspectiva comparada da política externa russa para a Crimeia e a TransnístriaRibeiro, Renata Corrêa 23 April 2015 (has links)
Submitted by Pós graduação Relações Internacionais (ppgri@ufba.br) on 2017-01-20T21:39:18Z
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DISSERTAÇÃO FINAL COMPLETA_Renata Corrêa Ribeiro.pdf: 2418712 bytes, checksum: 0e30e1bef82071ff9ac6c5e1e8d924b1 (MD5) / Este trabalho objetiva comparar as relações entre Rússia e Ucrânia e Rússia e Moldávia a fim de identificar o porquê de haver distinções no tratamento da política externa russa em relação aos casos da Crimeia e da Transnístria. O interesse primeiro desta pesquisa foi verificar se as circunstâncias são similares e se Vladimir Putin, após a anexação da Crimeia, faria o mesmo com a Transnístria. Este trabalho, no entanto, concluiu que os conflitos não se assemelham e que o interesse da Rússia é distinto nos dois casos, motivo pelo qual se considera a anexação improvável. De forma a auxiliar a investigação, a análise se baseou em três fatores – a identidade, a geopolítica e a economia –, os quais são fundamentais para se compreender a singularidade das relações russo-ucranianas e russo-moldavas. Além disso, a pesquisa contou com o suporte da teoria dos Complexos Regionais de Segurança, de Barry Buzan e Ole Wæver, para interpretar a atual conjuntura da região do espaço pós-soviético. / This work aims at comparing the relations between Russia and Ukraine and Russia and Moldova in order to identify why Russian foreign policy behaves differently toward the cases of Crimea and Transnistria. The main goal of this research is to verify if both cases are similar and if Vladimir Putin, after the anexation of Crimea, could do the same in Transnistria.
Nevertheless, this work concluded that these conflicts are dissimilar and that Russian interest is distinctive concerning the two events, reason why the anexation is considered to be unlikely. In order to support the investigation, the analysis was based in three factors – identity, geopolitics and economy –, which are essential to understand the peculiarity of Russian-Ukrainian and Russian-Moldovan relations. Furthermore, this research relied on the Regional Security Complex Theory, of Barry Buzan and Ole Wæver, which can be used to explain the current circumstances of the post-soviet space.
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O novo Ártico: mudanças ambientais e geopolíticaSouza Júnior, Enoil de January 2015 (has links)
Esta dissertação revisa as mudanças ambientais que ocorreram no Ártico ao longo das últimas décadas e analisa as suas consequências geopolíticas. O interesse na região por parte das nações árticas (Canadá, Dinamarca - Groenlândia, EUA, Finlândia, Islândia, Noruega, Rússia e Suécia) aumentou, principalmente devido ao volume de hidrocarbonetos disponível na região, estimado em 13% do petróleo e 30% do gás natural ainda não descobertos. Durante os últimos 50 anos, o Ártico mostrou a mais rápida tendência de aquecimento no mundo, duas vezes mais que a média mundial, isso tem causado rápidas mudanças ambientais, como a redução do volume das geleiras, o que contribuiu para o aumento do nível médio dos mares; o degelo do permafrost, que libera grandes quantidades de CO2 e CH4 na atmosfera, intensificando o efeito estufa; a migração da vegetação em direção ao Norte, alterando a disponibilidade de alimentos e os padrões de migração dos animais; o aumento da temperatura da superfície do mar, o que pode causar a migração de cardumes de peixes para áreas mais frias. No entanto, a mudança mais rápida naquele ambiente, e a que mais chama a atenção, é a redução da área coberta por gelo marinho no verão. Essa redução favorece a exploração de recursos naturais e também abre o Oceano Ártico à navegação no verão (ou seja, a abertura das passagens do Nordeste e do Noroeste). Os países do Ártico desenvolveram estratégias para lidar com novos desafios decorrentes dessas mudanças, todos se comprometeram a trabalhar pela paz e cooperação, mas, na verdade, é evidente um aumento em exercícios militares na região para exercer a soberania regional. Os países com uma costa no Oceano Ártico (Canadá, Dinamarca, EUA, Noruega e Rússia) planejam expandir suas ZEEs (Zonas Económicas Exclusivas) e algumas reivindicações territoriais se sobrepõem, o que pode ser um novo foco de conflito. Além disso, existe um interesse emergente de nações não-árticas (por exemplo, China, Índia e Singapura) que desejam utilizar as novas rotas marítimas e também participar em consórcios para exploração de recursos naturais. O cenário geopolítico é ainda incerto, Canadá e os EUA ainda não chegaram a um acordo sobre a soberania da Passagem do Noroeste, consideradas águas internacionais por este último, e só a Noruega e a Rússia chegaram a um acordo diplomático sobre suas fronteiras marítimas. Considerando que o Ártico está passando por essas rápidas mudanças ambientais e geopolíticas, é aconselhável que o Brasil atue na região, pelo menos para observar os cenários resultantes de tais modificações. Como uma das primeiras ações, sugere-se a assinatura do Tratado de Svalbard, o que daria ao país o acesso a este arquipélago ártico, tanto para a realização de pesquisa científica como para a possível exploração de recursos naturais. / This dissertation reviews the Arctic environmental changes in recent decades and examines their geopolitical consequences. The interest in the region by the Arctic nations (Canada, Denmark - Greenland, Finland, Iceland, Norway, Russia, Sweden and USA) have increased, mainly due to the volume of hydrocarbons available in the region, estimated at 13% of the oil and 30% of the natural gas yet to be discovered. For the last 50 years, the Arctic has shown the fastest warming trend in the world, twice as much as the worldwide mean, this has caused rapid environmental changes such as the shrinkage of glaciers, which contributed to the mean sea level rise; the permafrost thaw, which releases large amounts of CO2 and CH4 in the atmosphere, intensifying the greenhouse effect; the migration of the vegetation towards the North, changing food availability and the migration patterns of animals; the increase of the ocean surface temperature, which may cause the migration of fish shoals to colder areas. However, the most rapid environmental change, which draws the most attention, is the reduction of the sea ice cover area in the summer. Such reduction favours the exploitation of natural resources in the ocean and also opens the Arctic Ocean to navigation in the summer (i.e., opening of the Northeast and the Northwest passages). The Arctic countries have developed strategies to deal with the new challenges arising from these changes, all have promised to work for peace and cooperation, but, in fact, it is apparent an increase in military exercises in the region to exercise regional sovereignty. Countries with an Arctic Ocean coast (Canada, Denmark, Norway, Russia and USA) plan to expand their EEZs (Exclusive Economic Zones) and some claims overlap, which can be a new focus of conflict. Also, there is an emergent interest of non-Arctic nations (e.g., China, India and Singapore) that want to use the new sea routes and also participate in consortia for natural resources exploitation. The geopolitical scenario is still uncertain, Canada and the US have not yet reached an agreement on the sovereignty of the Northwest Passage, considered international waters by the latter, and only Norway and Russia reached a diplomatic agreement on their maritime boundaries. Considering that the Arctic is undergoing these rapid environmental and geopolitical changes, it is advisable that Brazil acts in the region, at least to observe the scenarios resulting from such modifications. As one of the first actions, it is suggested the signing of the Svalbard Treaty, which would give to the country access to this Arctic archipelago, both for conducting scientific research as for possible exploitation of natural resources.
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O estreito de Ormuz : da competição estratégica à Guerra Proxy regional no Oriente MédioRucks, Jessika Tessaro January 2017 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo analisar o papel do estreito de Ormuz nas dinâmicas de competição no Golfo Pérsico. Ormuz é um estreito geograficamente estratégico, uma vez que é a única via marítima entre o Golfo Pérsico, o Golfo de Omã e o Oceano Índico e encontra-se em uma área rica em hidrocarbonetos. Em vista disso, o primeiro capítulo busca analisar o conceito e as características que qualificam a relevância que alguns estreitos possuem para o Sistema Internacional, caracterizando-os como Pontos de Estrangulamento e, nesse sentido, averiguar as razões que definem o estreito de Ormuz como o principal ponto de estrangulamento marítimo no mundo. Já o segundo capítulo tem como foco o estudo da Competição Estratégica, estabelecida entre Estados Unidos e Irã (2003-2013), que somente tornou-se possível graças às características de Ormuz (e, à assimetria de capacidades). Por fim, o terceiro capítulo procura averiguar o papel do estreito na escalada das rivalidades entre Arábia Saudita e Irã que deflagram a Guerra Proxy, e o seu transbordamento para outros pontos de estrangulamento do Oriente Médio. Espera-se como resultado oferecer uma melhor contextualização e compreensão sobre o tema de Ormuz em particular, bem como dos pontos de estrangulamento, contribuindo dessa forma para a instrumentalização dessas categorias no estudo das Relações Internacionais contemporâneas. / This study aims to analyze the Strait of Hormuz role in the competition dynamics in the Persian Gulf. Hormuz is a strait geographically strategic, since it is the only maritime way between the Persian Gulf, the Gulf of Oman and the Indian Ocean and is located in an area rich in hydrocarbons. In view of this, the first chapter analyzes the concept and characteristics that qualify the relevance of some straits to the International System, characterizing them as Choke points and, accordingly, find out the reasons that define the Strait of Hormuz as the main maritime choke point in the world. The second chapter focuses on the study of the Strategic Competition, established between the United States and Iran (2003-2013), which only became possible because of the characteristics of Hormuz (and because of capacity asymmetry). Finally, the third chapter seeks to ascertain the strait role in escalating rivalries between Saudi Arabia and Iran that trigger the Proxy War and its spillover to other bottlenecks in the Middle East. It is expected as a result provide better context and understanding of Hormuz particular theme and bottlenecks, thus contributing to the exploitation of these categories in the study of contemporary international relations.
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Determinantes biofísicos e geopolíticos do uso da terra no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil / Biophysical and geopolitical determinants of land use in State Rio Grande do Sul, BrazilHasenack, Heinrich January 2017 (has links)
A produção de alimentos para uma população mundial ainda em crescimento desafia pesquisadores e tomadores de decisão para soluções que garantam a todos uma dieta adequada em quantidade e qualidade. Atualmente, o uso agrícola da terra ocupa a maior parte da superfície terrestre, um terço da qual está degradada. Para garantir a alimentação das próximas gerações, é necessário entender como funcionam os sistemas produtivos para melhor avaliar seu ajuste às condições ambientais locais. O objetivo deste trabalho é analisar o uso da terra no estado do Rio Grande do Sul em relação ao ambiente natural, baseado em atributos biofísicos e na história da ocupação humana do território. A abordagem ecossistêmica com o uso de algumas variáveis possibilitou, com base no conhecimento existente, listar fatores biofísicos relevantes à distribuição dos ecossistemas e com a ajuda dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) integrálos para propor uma nova regionalização. Foram delimitadas 14 unidades espaciais representando sistemas ecológicos ao nível de mesoescala, quatro deles referentes a tipologias florestais e dez campestres. A análise de um mapa de uso da terra e cobertura vegetal mostrou que quatro classes de uso agrícola ocupam 48,7% dos 281.738 km² do território do estado Desse total 22,2% são usados com agricultura de sequeiro principalmente nos sistemas ecológicos campestres em locais favoráveis à mecanização agrícola. 16,1% apresentam uso agrícola misto, dominante nos sistemas florestais, 6,9% correspondem a cultivo de arroz em sistemas ecológicos campestres com solos úmidos, e 3,6% são ocupados com silvicultura. Os campos ocupam 31,2% da superfície do estado e são utilizados com pecuária sobre campo nativo. Florestas ocupam 11,9%, corpos d’água naturais e artificiais ocupam 6,9%, áreas urbanizadas e mineração a céu aberto, 0,91 % e outras coberturas naturais não vegetadas os restantes 0,59%. A observação da flora presente em cada sistema ecológico mostrou coerência com a delimitação proposta, refletindo que sua distribuição resulta da expressão dos fatores biofísicos em questão, o que também deve afetar o desempenho das culturas agrícolas. O processo histórico de povoamento do estado também pode ser observado pela conversão de forma mais pronunciada em sistemas ecológicos florestais do que dos campestres. O presente estudo mostra que uma maior proporção de cobertura de campo nativo do estado está associada a alguma limitação topográfica ou edáfica para uso agrícola, embora possa ter uso econômico com a manutenção de serviços ecossistêmicos. Investimentos em pesquisa podem contribuir para um conhecimento mais profundo e detalhado das condições ambientais e dos sistemas de produção visando um uso adequado ao potencial natural, garantindo assim um uso sustentável com manutenção dos serviços ambientais. / Food production for a still-growing world population challenges researchers and decision makers to propose solutions that guarantee everyone a proper diet in quantity and quality. Currently, agricultural land use occupies most of the land surface, one-third of which is degraded. To guarantee food for the next generations, it is necessary to understand how the productive systems work to better evaluate their adjustment to local environmental conditions.The objective of this work is to analyze the land use in the state of Rio Grande do Sul, southern Brazil, in relation to the natural environment, based on biophysical attributes and on the history of human occupation of the territory. The ecosystem approach with use of a few variables allowed, based on existing knowledge, the listing of biophysical factors relevant to the distribution of ecosystems integrating with the help of Geographic Information Systems (GIS) to propose a new regionalization. We delimited 14 spatial units representing ecological systems at the mesoscale level, four of them referring to forest typologies and ten to grassland ones The analysis of a land use/land cover map showed that four agriculture land use classes cover 48.7% of the 281.738 km² State’s territory. 22.2% are used with annual crops (soybean, corn), mainly in grassland ecological systems in suitable areas for mechanization. 16.0% show mixed agricultural use, dominant in forest ecological systems, 6.9% correspond to paddy rice on grassland ecosystems with humid soils and 3.6% are used with silviculture. Grasslands cover 31.2% of the State’s surface, mainly used for cattle ranching on natural grasslands. Forests cover 11.9%, natural and man-made water bodies cover 6.7%, urban areas and opencast mining represent 0.9% and other non-vegetated natural areas complete the remaining 0.6%. The observation of the flora present in each spatial unit showed coherence with the proposed delimitation, reflecting that its distribution results from the expression of the biophysical factors in question, which should also affect the performance of agricultural crops. The historical settlement process of the state can also be observed by the conversion of natural areas for agricultural use in a discernible way in ecological forest systems than in grassland ones. The present study shows that a greater proportion of native grassland cover of the state is associated with some topographic or edaphic limitation for agricultural use, although it may have economic use while maintaining ecosystem services. Investments in research may contribute to a deeper and more detailed knowledge of the environmental conditions and production systems aiming at a use adjusted to the natural potential of the land, assuring a sustainable use with maintenance of environmental services.
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