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Ganho de peso e estado nutricional de gestantes em Cruzeiro do Sul, Acre / Gestational weight gain and nutritional status of pregnant women in Cruzeiro do Sul, Acre

Campos, Chiára Alzineth Silva 02 May 2017 (has links)
O ganho de peso gestacional inadequado é considerado importante indicador para desfechos adversos na gravidez. O baixo peso pré-gestacional e/ou ganho de peso insuficiente durante a gestação resultam em maior risco de anemia e hemorragias. Por outro lado, o sobrepeso ou obesidade pré-gestacional e ganho de peso excessivo durante a gestação implicam em maior risco para desenvolvimento de diabetes gestacional, doença hipertensiva da gestação e maior retenção de peso pósparto. Objetivos: Avaliar a associação entre ganho de peso inadequado na gestação e ocorrência de anemia, insuficiência de vitamina A (IVA) e níveis pressóricos de gestantes atendidas no pré-natal na Estratégia de Saúde da Família de Cruzeiro do Sul, Acre. Métodos: Análise de dados aninhada a estudo de coorte de gestantes, atendidas no prénatal da atenção básica à saúde, na área urbana do município de Cruzeiro do Sul, Acre. Os dados socioeconômicos, demográficos, obstétricos, de assistência pré-natal, antropométricos e de estilo de vida foram coletados entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016. A exposição de interesse ganho de peso gestacional foi obtida pela diferença de peso avaliada entre o segundo e o terceiro trimestres gestacionais, dividida pelo número de semanas nesse intervalo e classificada em: insuficiente, adequado e excessivo segundo critérios do Institute of Medicine USA (IOM) 2009. O desfecho de interesse foi o estado nutricional no terceiro trimestre gestacional avaliado pela frequência de anemia (hemoglobina sanguínea <110 g/L), IVA (retinol sérico <1,5 mol/L) e valores de pressão arterial em mmHg. Medidas de tendência central, intervalos com 95 por cento de confiança (IC95 por cento ) e teste do qui-quadrado foram calculados com auxílio do pacote estatístico STATA 14.0, ao nível de significância de P < 0,05. Modelos de regressão de Poisson múltiplos com variância robusta foram testados para desfechos dicotômicos (anemia e insuficiência de vitamina A). A seleção inicial de variáveis independentes para ajuste múltiplo considerou critérios estatísticos (P < 0,20) e pressupostos teóricos. Resultados: No total, 458 gestantes completaram duas avaliações durante o seguimento. Destas, 72 por cento tinham menos de 30 anos e 19 por cento eram adolescentes. No início da gestação a prevalência de sobrepeso foi de 24 por cento , obesidade e baixo peso, foram semelhantes, na ordem de 7 por cento . No terceiro trimestre gestacional, 18,7 por cento das gestantes apresentaram ganho de peso insuficiente e 59,1 por cento ganho de peso excessivo. As frequências gerais de anemia, IVA e hipertensão (pressão arterial sistólica 140 mmHg e diastólica 90 mmHg) foram de 17,5 por cento , 13,4 por cento e 0,6 por cento , respectivamente. As gestantes com ganho de peso semanal insuficiente apresentaram menor frequência de anemia (8,2 por cento ) e maior ocorrência de IVA (33 por cento ) quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (19,6 por cento e 11,8 por cento ) e excessivo (19,6 por cento e 19,0 por cento ), respectivamente (teste do qui-quadrado, P <0.05). As razões de prevalências (IC95 por cento ) para anemia entre gestantes com ganho de peso insuficiente e excessivo foram 0,41 (0,18-0,93) e 1,00 (0,63-1,59), respectivamente, quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (após ajuste por idade, escolaridade e uso de suplementos de vitaminas e minerais). Já para IVA, a prevalência foi maior entre gestantes com ganho de peso insuficiente (2,85; IC95 por cento : 1,55-5,24) e excessivo (1,53; IC95 por cento : 0,84-2,74) quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (após ajuste por idade, escolaridade e uso de suplementos de vitaminas e minerais). As gestantes com ganho de peso excessivo apresentaram valores médios de pressão arterial sistólica maiores (111,10; IC95 por cento : 109,9-112,2) quando comparadas às gestantes com ganho de peso insuficiente (107,50; IC95 por cento : 105,4-109,6) e adequado (106,20; IC95 por cento : 104,3-108,20). Conclusões: O ganho de peso semanal insuficiente ou excessivo entre segundo e terceiro trimestres gestacionais foram associados ao estado nutricional no terceiro trimestre de gestação. Estratégias visando monitoramento do ganho de peso gestacional com incentivo à alimentação saudável e prática regular de atividade física são necessárias durante toda a atenção e cuidado pré-natal / The gestational weight gain has been considered important indicator for adverse pregnancy outcomes. Low pre-gestational body weight and/or insufficient weight gain during pregnancy are associated with increased risk of anemia and bleeding. On the other hand, pre-gestational overweight or obesity and excessive weight gain during pregnancy imply a greater risk for the development of gestational diabetes, hypertensive gestational disease and greater postpartum weight retention. Objectives: To evaluate the relation between gestational weight gain and anemia, vitamina A insufficiency (VAI) and blood pressure in the third trimester of pregnancy. Methods: Data analysis nested in a cohort study of pregnant women attending prenatal care in the urban area of the city of Cruzeiro do Sul, Acre. Socioeconomic, demographic, obstetric, prenatal, anthropometric and lifestyle data were collected between February 2015 and January 2016. The main exposure \"weight gain\" was obtained by the body weight difference evaluated between the second and the third gestational trimesters, divided by the number of weeks in this interval and classified in relation to pre-gestational body weight in: insufficient, adequate and excessive according to the Institute of Medicine USA (IOM) 2009 criteria. The outcomes of interest were anemia (hemoglobin concentrations <110 g/L), VAI (serum retinol <1.5 mol/L) and blood pressure levels in mmHg. Descriptive statistical data, 95 per cent confidence intervals (95 per cent CI) and chi-square test were calculated using the software STATA 14.0, at P <0.05. Multiple Poisson regression models with robust variance were tested for dichotomous outcomes (anemia and VAI). The initial selection of independent variables for multiple fit considered statistical criteria (P <0.20) and theoretical assumptions. Results: Overall, 458 pregnant women completed two evaluations during follow-up. Of them, 72 per cent were under 30 years old and 19 per cent were teenagers. At the beginning of gestation, the prevalence of overweight was 24 per cent , obesity and low weight, were similar, around 7 per cent . In the third gestational trimester, 18.7 per cent of pregnant women presented insufficient and 59.1 per cent excessive weight gain. The general frequencies of anemia, VAI and hypertension (systolic blood pressure 140 mmHg and diastolic blood pressure 90 mmHg) were 17.5 per cent , 13.4 per cent and 0.6 per cent , respectively. Pregnant women with insufficient weekly weight gain presented a lower frequency of anemia (8.2 per cent ) and a higher occurrence of VAI (33 per cent ) when compared to pregnant women with adequate (19.6 per cent and 11.8 per cent ) and excessive weight gain (19.6 per cent and 19.0 per cent ), respectively (chi-square test, P <0.05). The prevalence ratios (95 per cent CI) for anemia among pregnant women with insufficient and excessive weight gain were 0.41 (0.18-0.93) and 1.00 (0.63-1.59), respectively, when compared to pregnant women with adequate weight gain (after adjusting for age, schooling and use of vitamin and mineral supplements). The risk for VAI was higher among pregnant women with insufficient (2.85; 95 per cent CI: 1.55-5.24) and excessive weight gain (1.53; 95 per cent CI: 0.84-2.74) when compared to pregnant women with adequate weight gain (after adjusting for age, schooling and use of vitamin and mineral supplements. Pregnant women with excessive weight gain had higher mean systolic blood pressure (111.10; 95 per cent CI: 109.9-112.2) when compared to pregnant women with insufficient (107.50; 95 per cent CI: 105.4-109.6) and appropriate weight gain (106.20; 95 per cent CI: 104.3-108.20). Conclusions: Insufficient or excessive weekly weight gain between the second and third gestational trimesters were associated with the nutritional status at the third trimester of gestation. Strategies aimed at monitoring gestational weight gain with encouragement of healthy eating and regular practice of physical activity are required throughout prenatal care
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Associação entre malária gestacional, restrição do crescimento intrauterino e baixo peso ao nascer na Amazônia extremo-ocidental brasileira. / Association between gestational malaria, intrauterine growth restriction and low birth weight in the far-western Brazilian Amazon.

Dombrowski, Jamille Gregório 01 February 2018 (has links)
A malária é uma doença parasitária grave e quando ocorre durante a gravidez é uma das principais causas de mortalidade materno-infantil, podendo apresentar como consequências anemia materna, aborto, nascimento prematuro, restrição do crescimento intrauterino e baixo peso ao nascer (BPN). A infecção por Plasmodium (P.) falciparum é reconhecida como um determinante importante de consequências sérias durante a gravidez e efeitos adversos semelhantes também foram relatados em infecções por P. vivax. A despeito de sua alta prevalência e a sua possível associação com importantes complicações durante a gravidez, os efeitos da malária para gestantes e seus conceptos ainda não estão totalmente compreendidos. Este trabalho propõe estudar as consequências da malária gestacional e sua associação com a restrição do crescimento intrauterino e baixo peso ao nascer em uma área endêmica no extremo oeste da Amazônia brasileira. Foi realizado um estudo retrospectivo e prospectivo composto por gestantes da região do Vale do Alto Juruá (Acre, Brasil), no qual foram avaliadas as consequências e a extensão do efeito da malária sobre o recém-nascido através da coleta de dados epidemiológicos e material biológico. Neste estudo, foi observado um aumento no número de partos prematuros e BPN entre os recém-nascidos das gestantes infectadas por P. vivax quando comparadas com o grupo não infectado. Em relação à infecção por P. falciparum durante a gravidez, observamos que a doença representou um fator de risco para o nascimento de neonatos com perímetro cefálico reduzido, assim como uma maior probabilidade de ocorrência de casos de microcefalia e nascimentos prematuros. Além disso, todos esses efeitos adversos estavam ligados à malária placentária, caracterizada principalmente por um aumento de agregados nucleares sinciciais e infiltrados inflamatórios, bem como um forte desequilíbrio dos fatores angiogênicos e diminuição dos níveis de leptina. Muitos estudos, realizados principalmente na África, destacam os efeitos deletérios da malária por P. falciparum no contexto materno-fetal, mas pouco se sabe sobre a malária gestacional nas áreas endêmicas da América, onde predominam as infecções por P. vivax. Nossos resultados sugerem que infecções por esta espécie estão longe de serem benignas em razão da alta incidência de lesões placentárias, baixo peso ao nascer, abortos e partos prematuro em nossa casuística. Além disso, este estudo também mostrou que a malária gestacional por P. falciparum aumentou a probabilidade de partos prematuros e a ocorrência da redução do perímetro cefálico nos recém-nascidos, o que está associado à malária placentária. Assim, o conhecimento do impacto da infecção sobre a placenta e no desenvolvimento fetal poderá trazer uma importante contribuição para o entendimento da malária gestacional, além de possibilitar o desenvolvimento de ações específicas na rotina de cuidado pré-natal. / Malaria is a severe parasitic disease that, when occurs during pregnancy, it is one of the main cause of maternal-fetal mortality leading also to maternal anemia, abortion, preterm birth, intrauterine growth restriction and low birth weight. Infections by Plasmodium (P.) falciparum are known to be detrimentally involved in poor pregnancy outcomes, effects that were also described during P. vivax infections. Despite its significant prevalence and possible association to severe complications during pregnancy, the impact of malaria in pregnant women and their children are not clearly understood. Current study aims to evaluate the consequences of malaria in pregnancy and correspondent association with intrauterine growth restriction and low birth weight in an endemic area located in the furthest west region of the Brazilian Amazon. A retrospective and prospective study was performed, accounting with pregnant women living in the region of Vale do Alto Juruá (Acre, Brazil) in which the consequences and extension of malaria effects on the newborns was evaluated through the analysis of epidemiological data and biological material. In this study, we observed an increase in the number of preterm deliveries and low birth weight among children born from pregnant women infected with P. vivax when compared to non-infected pregnant women. Regarding P. falciparum infection during pregnancy, we have noticed that this is a risk factor for newborns with reduced head circumference, also increasing the probability of occurring cases of microcephaly and preterm birth. Besides, every deleterious effect was associated with placental malaria, which is mainly characterized by an increase in the syncytial nuclear aggregates and inflammatory infiltrates, as well as by an imbalance in placental angiogenic factors and a reduction in leptin levels. Several studies mainly developed in Africa, highlight the negative effects of P. falciparum malaria in the maternal-fetal context yet, little is known about malaria in pregnancy that occurs in the endemic areas of the America where infections caused by P. vivax are predominate. Our results suggest that infections promoted by this parasite species are far from being benign as it was depicted in our cohort, which has shown high incidence of placental lesions, low birth weight, abortion and preterm delivery. Moreover, the present study has shown that malaria in pregnancy caused by P. falciparum increased the probability of preterm delivery and reduction of head circumference in newborns, which is associated to placental malaria. Therefore, knowing the impact of infection in the placenta and fetal development may bring an important contribution to the understanding of malaria in pregnancy, allowing the development of specific action that can be implemented in the routine of antenatal cares.
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Ácidos graxos, índices de qualidade da gordura da dieta e o diabetes gestacional / Fatty acids, indices of dietary fat quality and gestational diabetes.

Patricia Barbieri 17 April 2015 (has links)
Os ácidos graxos e índices de qualidade da gordura da dieta tem papel importante na homeostase glicêmica, mas estudos sobre o consumo alimentar desses nutrientes e sua associação com o diabetes mellitus gestacional (DMG) são escassos. O objetivo do presente estudo consistiu na investigação da relação entre o diabetes gestacional e a ingestão usual de ácidos graxos específicos e de índices de qualidade da gordura da dieta de mulheres no segundo trimestre gestacional. Estudo transversal conduzido entre 799 gestantes adultas de Ribeirão Preto-SP-Brasil. Para a estimativa da dieta usual o Multiple Source Method foi utilizado, empregando-se dois IR24h obtidos a partir da 24a semana gestacional. As gestantes foram entrevistadas enquanto realizavam teste oral de tolerância à glicose e os critérios da International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups foram empregados para o diagnóstico do DMG. A associação entre os tercis de ácidos graxos da dieta durante a gestação e o DMG foi avaliada por análises de regressão logística, ajustadas por idade, escolaridade, paridade, semana gestacional, IMC pré-gestacional e atual, DMG prévia, histórico familiar de diabetes, tabagismo, prática de atividade física, fibra dietética, energia e ácidos graxos. A média (DP) de idade das gestantes avaliadas foi de 28 (5) anos e 18,9% apresentaram DMG. Verificou-se associação inversa entre o maior tercil de ingestão de ácidos graxos ômega 3 totais [0,21(0,08-0,56)] e ácido graxo linolênico [0,28(0,11-0,71)] e o DMG, após ajuste múltiplo. Observou-se associação direta entre o terceiro tercil do índice de trombogenicidade da dieta [2,55(1,30-5,02)] e associação inversa entre o maior tercil da razão HH [0,43(0,23-0,80)] e o DMG, quando comparados ao menor tercil, após ajuste múltiplo. A qualidade da gordura da dieta durante a gestação é fortemente associada com o diabetes mellitus gestacional. / Fatty acids and indices of dietary fat quality plays an important role in glucose homeostasis, but studies on the dietary intake of these nutrients and its association with gestational diabetes mellitus (GDM) are scarce. The aim of the present study was to investigate the relationship between GDM and the usual intake of specific fatty acids and indices of dietary fat quality in women in the second trimester of pregnancy. This was a cross-sectional study conducted with 799 adult pregnant women in Ribeirão Preto (Sao Paulo), Brazil. We used the Multiple Source Method to estimate participants usual diet, employing two IR24hs obtained from the 24th week of gestation. The women were interviewed when they came in for their oral glucose tolerance test and GDM was diagnosed using the International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups criteria. We used logistic regression analysis to assess the correlation between GDM and dietary fatty acid tertiles during pregnancy, adjusted for age, education, parity, gestational week, pre-pregnancy and current BMI, prior GDM, family history of diabetes, smoking, physical activity, dietary fiber, energy and fatty acids. The mean (SD) age of the pregnant women was 28 (5) years and 18.9% had GDM. There was an inverse correlation between the highest tertile of total omega 3 intake [0.21 (0.08-0.56)] and linolenic fatty acid intake [0.28 (0.11-0.71)] and GDM, after multiple adjustments. We observed a positive correlation between GDM and the highest tertile of the dietary index of thrombogenicity [2.55 (1.30-5.02)] and a negative correlation between GDM and the highest tertile of the hypocholesterolaemic/hypercholesterolaemic fatty acids ratio [0.43 (0.23-0.80)], after multiple adjustments. The quality of dietary fat during pregnancy is strongly associated with gestational diabetes mellitus.
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Ganho de peso e estado nutricional de gestantes em Cruzeiro do Sul, Acre / Gestational weight gain and nutritional status of pregnant women in Cruzeiro do Sul, Acre

Chiára Alzineth Silva Campos 02 May 2017 (has links)
O ganho de peso gestacional inadequado é considerado importante indicador para desfechos adversos na gravidez. O baixo peso pré-gestacional e/ou ganho de peso insuficiente durante a gestação resultam em maior risco de anemia e hemorragias. Por outro lado, o sobrepeso ou obesidade pré-gestacional e ganho de peso excessivo durante a gestação implicam em maior risco para desenvolvimento de diabetes gestacional, doença hipertensiva da gestação e maior retenção de peso pósparto. Objetivos: Avaliar a associação entre ganho de peso inadequado na gestação e ocorrência de anemia, insuficiência de vitamina A (IVA) e níveis pressóricos de gestantes atendidas no pré-natal na Estratégia de Saúde da Família de Cruzeiro do Sul, Acre. Métodos: Análise de dados aninhada a estudo de coorte de gestantes, atendidas no prénatal da atenção básica à saúde, na área urbana do município de Cruzeiro do Sul, Acre. Os dados socioeconômicos, demográficos, obstétricos, de assistência pré-natal, antropométricos e de estilo de vida foram coletados entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016. A exposição de interesse ganho de peso gestacional foi obtida pela diferença de peso avaliada entre o segundo e o terceiro trimestres gestacionais, dividida pelo número de semanas nesse intervalo e classificada em: insuficiente, adequado e excessivo segundo critérios do Institute of Medicine USA (IOM) 2009. O desfecho de interesse foi o estado nutricional no terceiro trimestre gestacional avaliado pela frequência de anemia (hemoglobina sanguínea <110 g/L), IVA (retinol sérico <1,5 mol/L) e valores de pressão arterial em mmHg. Medidas de tendência central, intervalos com 95 por cento de confiança (IC95 por cento ) e teste do qui-quadrado foram calculados com auxílio do pacote estatístico STATA 14.0, ao nível de significância de P < 0,05. Modelos de regressão de Poisson múltiplos com variância robusta foram testados para desfechos dicotômicos (anemia e insuficiência de vitamina A). A seleção inicial de variáveis independentes para ajuste múltiplo considerou critérios estatísticos (P < 0,20) e pressupostos teóricos. Resultados: No total, 458 gestantes completaram duas avaliações durante o seguimento. Destas, 72 por cento tinham menos de 30 anos e 19 por cento eram adolescentes. No início da gestação a prevalência de sobrepeso foi de 24 por cento , obesidade e baixo peso, foram semelhantes, na ordem de 7 por cento . No terceiro trimestre gestacional, 18,7 por cento das gestantes apresentaram ganho de peso insuficiente e 59,1 por cento ganho de peso excessivo. As frequências gerais de anemia, IVA e hipertensão (pressão arterial sistólica 140 mmHg e diastólica 90 mmHg) foram de 17,5 por cento , 13,4 por cento e 0,6 por cento , respectivamente. As gestantes com ganho de peso semanal insuficiente apresentaram menor frequência de anemia (8,2 por cento ) e maior ocorrência de IVA (33 por cento ) quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (19,6 por cento e 11,8 por cento ) e excessivo (19,6 por cento e 19,0 por cento ), respectivamente (teste do qui-quadrado, P <0.05). As razões de prevalências (IC95 por cento ) para anemia entre gestantes com ganho de peso insuficiente e excessivo foram 0,41 (0,18-0,93) e 1,00 (0,63-1,59), respectivamente, quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (após ajuste por idade, escolaridade e uso de suplementos de vitaminas e minerais). Já para IVA, a prevalência foi maior entre gestantes com ganho de peso insuficiente (2,85; IC95 por cento : 1,55-5,24) e excessivo (1,53; IC95 por cento : 0,84-2,74) quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (após ajuste por idade, escolaridade e uso de suplementos de vitaminas e minerais). As gestantes com ganho de peso excessivo apresentaram valores médios de pressão arterial sistólica maiores (111,10; IC95 por cento : 109,9-112,2) quando comparadas às gestantes com ganho de peso insuficiente (107,50; IC95 por cento : 105,4-109,6) e adequado (106,20; IC95 por cento : 104,3-108,20). Conclusões: O ganho de peso semanal insuficiente ou excessivo entre segundo e terceiro trimestres gestacionais foram associados ao estado nutricional no terceiro trimestre de gestação. Estratégias visando monitoramento do ganho de peso gestacional com incentivo à alimentação saudável e prática regular de atividade física são necessárias durante toda a atenção e cuidado pré-natal / The gestational weight gain has been considered important indicator for adverse pregnancy outcomes. Low pre-gestational body weight and/or insufficient weight gain during pregnancy are associated with increased risk of anemia and bleeding. On the other hand, pre-gestational overweight or obesity and excessive weight gain during pregnancy imply a greater risk for the development of gestational diabetes, hypertensive gestational disease and greater postpartum weight retention. Objectives: To evaluate the relation between gestational weight gain and anemia, vitamina A insufficiency (VAI) and blood pressure in the third trimester of pregnancy. Methods: Data analysis nested in a cohort study of pregnant women attending prenatal care in the urban area of the city of Cruzeiro do Sul, Acre. Socioeconomic, demographic, obstetric, prenatal, anthropometric and lifestyle data were collected between February 2015 and January 2016. The main exposure \"weight gain\" was obtained by the body weight difference evaluated between the second and the third gestational trimesters, divided by the number of weeks in this interval and classified in relation to pre-gestational body weight in: insufficient, adequate and excessive according to the Institute of Medicine USA (IOM) 2009 criteria. The outcomes of interest were anemia (hemoglobin concentrations <110 g/L), VAI (serum retinol <1.5 mol/L) and blood pressure levels in mmHg. Descriptive statistical data, 95 per cent confidence intervals (95 per cent CI) and chi-square test were calculated using the software STATA 14.0, at P <0.05. Multiple Poisson regression models with robust variance were tested for dichotomous outcomes (anemia and VAI). The initial selection of independent variables for multiple fit considered statistical criteria (P <0.20) and theoretical assumptions. Results: Overall, 458 pregnant women completed two evaluations during follow-up. Of them, 72 per cent were under 30 years old and 19 per cent were teenagers. At the beginning of gestation, the prevalence of overweight was 24 per cent , obesity and low weight, were similar, around 7 per cent . In the third gestational trimester, 18.7 per cent of pregnant women presented insufficient and 59.1 per cent excessive weight gain. The general frequencies of anemia, VAI and hypertension (systolic blood pressure 140 mmHg and diastolic blood pressure 90 mmHg) were 17.5 per cent , 13.4 per cent and 0.6 per cent , respectively. Pregnant women with insufficient weekly weight gain presented a lower frequency of anemia (8.2 per cent ) and a higher occurrence of VAI (33 per cent ) when compared to pregnant women with adequate (19.6 per cent and 11.8 per cent ) and excessive weight gain (19.6 per cent and 19.0 per cent ), respectively (chi-square test, P <0.05). The prevalence ratios (95 per cent CI) for anemia among pregnant women with insufficient and excessive weight gain were 0.41 (0.18-0.93) and 1.00 (0.63-1.59), respectively, when compared to pregnant women with adequate weight gain (after adjusting for age, schooling and use of vitamin and mineral supplements). The risk for VAI was higher among pregnant women with insufficient (2.85; 95 per cent CI: 1.55-5.24) and excessive weight gain (1.53; 95 per cent CI: 0.84-2.74) when compared to pregnant women with adequate weight gain (after adjusting for age, schooling and use of vitamin and mineral supplements. Pregnant women with excessive weight gain had higher mean systolic blood pressure (111.10; 95 per cent CI: 109.9-112.2) when compared to pregnant women with insufficient (107.50; 95 per cent CI: 105.4-109.6) and appropriate weight gain (106.20; 95 per cent CI: 104.3-108.20). Conclusions: Insufficient or excessive weekly weight gain between the second and third gestational trimesters were associated with the nutritional status at the third trimester of gestation. Strategies aimed at monitoring gestational weight gain with encouragement of healthy eating and regular practice of physical activity are required throughout prenatal care
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Consumo alimentar na gestação e ganho ponderal: um estudo de coorte de gestantes da zona oeste do município de São Paulo / Dietary intake and weight gain during pregnancy: a cohort study of pregnant women in western São Paulo

Santana, Andreia Cardoso de 27 August 2013 (has links)
Introdução: O ambiente obesogênico atual faz com que práticas alimentares não saudáveis, exerçam influência sobre o ganho ponderal na gestação. O ganho de peso excessivo associa-se a várias complicações da gravidez e é um forte preditor de sobrepeso/obesidade das mulheres no pós-parto. Objetivos: 1) - Descrever o consumo alimentar durante a gestação. 2) avaliar sua influência sobre o ganho de peso semanal no segundo e terceiro trimestre. 3) - Avaliar o percentual de ganho ponderal excessivo e insuficiente de acordo com o estado nutricional pré-gestacional, segundo o IOM 2009. Metodologia: Realizou-se estudo de coorte com 195 gestantes adultas, saudáveis, de gestação única e com idade gestacional inicial inferior a 16 semanas. A captação ocorreu em 3 unidades básicas de saúde da região do Butantã, entre abril de 2011 e agosto de 2012. Foram aplicados questionários socioeconômicos, questionário de freqüência alimentar e 2 recordatórios de 24 horas (R24hs) por trimestre de gestação. As medidas antropométricas foram aferidas uma vez em cada trimestre gestacional. O ganho ponderal foi obtido pela diferença entre o peso medido na última e na primeira entrevista (X= 10,7 semanas), expresso como média de ganho semanal. A influência do consumo alimentar sobre o ganho ponderal foi analisada mediante regressão linear simples e múltipla ajustada por potenciais variáveis de confusão. Estimou-se a adequação do ganho semanal de acordo com o estado nutricional pré-gestacional, segundo o IOM 2009. Resultados: No segundo e terceiro trimestres o consumo médio de energia foi de aproximadamente 2200kcal. A gordura saturada apresentou porcentagem igual a 11 por cento , ligeiramente acima do valor recomendado. O consumo médio de gordura trans foi 5.8g em ambos trimestres mais que o dobro do recomendado. A média de consumo de açúcares totais da dieta foi igualmente elevada - cerca de 120g. A maioria das gestantes não atingiu a recomendação diária de frutas, verduras e legumes de 400g/dia. No primeiro trimestre de gestação o consumo médio de energia, gordura saturada, gordura trans, açúcares e refrigerantes foi inferior ao dos demais trimestres. Verificou-se associação positiva entre o ganho de peso semanal os tercis de consumo de energia no segundo e terceiro trimestre de gestação, mesmo após ajuste por IMC pré-gestacional, estatura e escolaridade (p de tendência 0,028 e 0,042, respectivamente). O consumo de gordura saturada mostrou resultado semelhante com p de tendência 0,026 nos dois trimestres. Com relação à gordura trans detectou-se associação positiva com o ganho de peso somente no terceiro trimestre, p de tendência 0,001 (no modelo ajustado). As demais variáveis de consumo alimentar não apresentaram associação significativa com o ganho ponderal. No período pré-gestacional, 34,4 por cento das mulheres apresentaram sobrepeso e 18 por cento obesidade. Foi elevado o percentual de ganho de peso excessivo (63,2 por cento ) e mais freqüente nas gestantes com baixo peso (80 por cento ) seguido por aquelas com sobrepeso inicial (73,8 por cento ). A freqüência de ganho insuficiente foi 12,1 por cento . Conclusão: Os resultados do presente estudo revelam que práticas alimentares inadequadas e ganho ponderal excessivo condizem com a epidemia atual de obesidade. Apontam para a relevância da promoção de práticas alimentares saudáveis durante o pré-natal e de intervenções com visitas a prevenir e controlar o ganho ponderal excessivo durante a gestação / Background: Nowadays, the obesogenic environment is associated with unbalanced food intake have increase excessive weight gains during pregnancy. This high weight gain is related to complications during pregnancy and is a strong predictor of overweight/obesity in women in the postpartum. Objectives: 1) To describe diet during pregnancy 2) To evaluate its relation to maternal weight gain per week in second and third trimesters. 3) To evaluate gestational weight gain in above, appropriate or below according to the 2009 Institute of Medicine (IOM) Guidelines. Methods: Cohort study with 195 pregnant women, 20 years, healthy, singleton pregnancies, under than 16 gestational weeks and recruited from three basic units of Butantã. Recruitment began in April 2011 and ended in August 2012. Women were questioned about socioeconomic status, educational level and presence of a partner. Food frequency questionnaire (FFQ) and the 24h recall were applied, and anthropometric measurements were obtained. This procedure was repeated in the second and third trimester, with the exception of FFQ. The weight gain was obtained by the difference between the weight measured in the first and in the last interview (mean=10.7 weeks), to give us the weekly gestational weight gain. The influence of food intake on weight gain was analyzed by simple and multiple linear regression, adjusted for confounders. The adequacy of weight gain per week was estimated according to nutritional status before pregnancy, as stated by the IOM, 2009 recommendation. Results: In the second and third trimesters, the mean of energy intake was 2200 Kcal. The daily intake of saturated fat was 11 per cent , little upper the limit of recommendation. The mean of total trans fatty acids intake was 5.8g/day. The mean consumption of sugar was also high (120g/day). Almost two-thirds of pregnant women eat less than the recommended amount of fruits and vegetables (400 g/day). In the first trimester, the mean intake of energy, saturated fat, trans fatty acids, sugar and soft drinks were less than others trimesters. The tertiles of energy intake on second and third trimesters were positively associated with maternal weight gain, after adjust for BMI, pre-gestational weight, stature and education (p trend=0.028 and 0.042, respectively). Saturated fat consumption was also positively associated with pregnancy weight gain (p trend=0.026 in second and third trimesters), and trans fatty acids was strongly associated with pregnancy weight gain in the third trimester (p trend=0.001 in the adjusted model). Among other dietary variables and pregnancy weight gain, no significant associations were observed. In pre-gestational period, 34 per cent were overweight and 18 per cent were obese. The incidence of excessive weight gain was 63,2 per cent , and it was more frequent low weight women (80 per cent ) and after in overweight women (73,8 per cent ). The frequency of insufficient weight gain was 12,1 per cent . Conclusion: The results of the present study show that unhealthy diet and excessive weight gain are corresponded with the actual obesity epidemic. They indicate the importance of promoting healthy food practices during antenatal and supporting nutritional interventions to prevent and control the excessive weight gain during pregnancy
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Modelo de predição para o uso de insulina em gestantes diagnosticadas com diabetes gestacional pela glicemia de jejum / Prediction model for insulin need in women diagnosed with gestational diabetes by fasting blood glucose

Ana Cláudia Rodrigues Lopes Amaral de Souza 22 August 2018 (has links)
Objetivo: Avaliar os fatores de risco e propor um modelo para a predição da necessidade de insulina durante o tratamento de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) diagnosticado precocemente. Métodos: coorte retrospectiva de gestantes que foram diagnosticadas com DMG pela glicemia de jejum (GJ) anormal na primeira visita pré-natal e que receberam atendimento pré-natal em um hospital terciário de ensino em São Paulo, Brasil, entre 2012 e 2015. De acordo com a necessidade de insulinoterapia para atingir os alvos glicêmicos, as gestantes foram divididas em dois grupos (grupo Insulina ou grupo Dieta) e comparadas quanto a variáveis clínicas e laboratoriais. O desempenho dessas variáveis na predição da necessidade de insulina para o tratamento do DMG foi identificado por modelo de regressão logística, e um nomograma foi criado para facilitar a interpretação clínica. Resultados: No total, foram incluídas 408 mulheres para análise. Entre elas, 135 (33%) necessitaram de terapia com insulina. No modelo de regressão logística, idade materna, índice de massa corporal prégestacional, valor da GJ, história de DMG anterior e história familiar de diabetes foram variáveis independentes significativas para a predição da necessidade de insulina. Conclusão: O modelo de predição elaborado permitiu a construção de um nomograma e uma calculadora digital de fácil uso clínico para avaliar a necessidade de insulinoterapia em mulheres com diagnóstico precoce de DMG / Objective: To evaluate risk factors and to propose a model for the prediction of insulin requirement during the treatment of early-diagnosed gestational diabetes mellitus (GDM). Methods: Retrospective cohort with chart review of pregnant women receiving antenatal care at a tertiary teaching hospital in São Paulo, Brazil, who were diagnosed with GDM by abnormal fasting blood glucose (FBG) at the first prenatal visit between 2012 and 2015. Groups were divided according to the requirement for insulin therapy to achieve blood glucose targets (insulin or diet group), the subjects were compared regarding clinical and laboratory variables. The performance of these variables in predicting insulin need for GDM treatment was identified by a logistic regression model, and a nomogram was created to facilitate clinical interpretation. Results: In total, 408 women were included for analysis. Among them, 135 (33%) needed insulin therapy. In the logistic regression model, maternal age, pre-pregnancy body mass index, FBG value, prior GDM and family history of diabetes were significant independent variables for the prediction of insulin need. Conclusion: The prediction model found allowed the construction of a nomogram and digital calculator that is easy to use in order to evaluate the need for insulin therapy in women with early diagnosis of GDM
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Influência do Diabetes mellitus gestacional na disposição cinética e no metabolismo enantiosseletivos do metoprolol em parturientes hipertensas / Influence of gestational Diabetes mellitus on the enantioselective kinetic disposition and metabolism of metoprolol in hypertensive parturients

Antunes, Natalicia de Jesus 20 October 2010 (has links)
O metoprolol, um fármaco aceito no tratamento da hipertensão durante a gestação, está disponível na clínica como mistura racêmica dos enantiômeros S-(-) e R-(+), embora o S-(-)-metoprolol seja considerado o eutômero em termos do bloqueio do receptor 1 adrenérgico. O presente estudo avalia a influência do Diabetes mellitus gestacional na disposição cinética e no metabolismo enantiosseletivos do metoprolol em parturientes hipertensas. As parturientes hipertensas investigadas (n=35) com idade gestacional de 35-42 semanas e fenotipadas como metabolizadoras extensivas tipo metoprolol, foram distribuídas nos grupos controle (n=24) ou portadoras de Diabetes mellitus gestacional (n=11). As parturientes foram tratadas com dose única oral de 100 mg de tartarato de metoprolol racêmico 1-11 h antes do parto. Foram coletadas amostras seriadas de sangue materno (0-24h) e no momento do parto foram coletados simultaneamente sangue materno, sangue do cordão umbilical e líquido amniótico. Os enantiômeros do metoprolol e seus metabólitos foram quantificados por LC-MS/MS ou por detecção por fluorescência. A disposição cinética do metoprolol é enantiosseletiva em parturientes hipertensas com observação de maiores concentrações plasmáticas (AUC0- 113,42 vs 62,65 ng.h/mL) e menor clearance total aparente (344,21 vs 623,14 L/h) para o eutômero S-(-)-metoprolol. A formação do metabólito -hidroximetoprolol também é estereosseletiva com favorecimento do novo centro quiral 1R (AUC0- 1R/1S=2,84). O favorecimento da formação do R-(+)-ácido O-desmetilmetoprolóico (AUC0- 2,77 vs 2,66 g.h/mL) explica o acúmulo plasmático do S-(-)-metoprolol. O Diabetes mellitus gestacional compensado prolonga o tmax para ambos os enantiômeros do metoprolol (1,5 vs 2,5 h) e ácido O-desmetilmetoprolóico (2,0 vs 3,5 h) e para todos os isômeros do -hidroximetoprolol (2,0 vs 3,0 h). O Diabetes mellitus gestacional compensado não altera as razões isoméricas de concentrações plasmáticas do metoprolol, -hidroximetoprolol e ácido O-desmetilmetoprolóico. As razões de concentrações líquido amniótico/plasma materno obtidas para ambos os enantiômeros do metoprolol (3,0 para o R-(+)-metoprolol e 3,2 para o S-(-)-metoprolol) e para os isômeros do -hidroximetoprolol (5,1 para o 1\'S,2R; 4,0 para o 1\'S,2S; 1,6 para o 1\'R,2R e 2,3 para o 1\'R,2S) evidenciam maiores concentrações dos fármacos no líquido amniótico do que no plasma materno. No entanto, os enantiômeros do ácido O-desmetilmetoprolóico atingem menores concentrações no líquido amniótico do que no plasma materno das parturientes hipertensas (líquido amniótico/plasma materno = 0,29 e 0,37 respectivamente para os enantiômeros R-(+)- e S-(-)). A distribuição transplacentária é próxima a 1 para ambos os enantiômeros do metoprolol e para todos os isômeros do -hidroximetoprolol e próxima a 0,8 para ambos os enantiômeros do ácido O-desmetilmetoprolóico em parturientes hipertensas. O Diabetes mellitus gestacional compensado reduz em aproximadamente 20% a distribuição transplacentária dos isômeros 1S,2S; 1R,2R; e 1R,2S--hidroximetoprolol mas não altera a distribuição dos enantiômeros do metoprolol. / Metoprolol is a drug accepted in the treatment of hypertension during pregnancy and it is clinically available as a racemic mixture of its enantiomers S-(-) and R-(+) metoprolol, although S-(-)-metoprolol is considered the eutomer responsible for 1 adrenergic receptor blockade.This study evaluates the influence of gestational Diabetes mellitus on the kinetic disposition and metabolism of metoprolol enantiomers in hypertensive parturients. The investigated parturients (n=35) presented gestational age within 35 to 42 weeks, were phenotyped as extensive metabolizers of metoprolol and were distributed in the control group (n=24) or in the gestational Diabetes mellitus group (n =11). The parturients were treated with single oral dose of 100 mg racemic metoprolol tartrate 1-11 h before delivery. Maternal blood samples were collected until 24h after drug administration, whereas maternal blood, umbilical cord blood and amniotic fluid were simultaneously collected at delivery. Metoprolol enantiomers and its metabolites were quantified by LC-MS/MS or by fluorescence detection. Kinetic disposition of metoprolol is enantioselective in hypertensive parturients with observation of higher plasma concentrations (AUC0- 113.42 vs 62.65 ng.h/mL) and lower apparent total clearance (344.21 vs 623.14 L/h) for the S-(-)-metoprolol eutomer. The formation of -hydroxymetoprolol metabolite is also stereoselective in favor of the new chiral center 1\'R (AUC0- 1\'R/1\'S = 2.84). The formation in favor of R-(+)-metoprolol acid metabolite (AUC0- 2.77 vs 2.66 g.h/mL) explains the plasma accumulation of S-(-)-metoprolol. Gestational Diabetes mellitus prolongs tmax for both metoprolol enantiomers (1.5 vs 2.5 h), metoprolol acid metabolite (2.0 vs 3.5 h) and for all -hydroxymetoprolol isomers (2.0 vs 3.0 h). Gestational Diabetes mellitus does not alter the isomeric ratios of plasma concentrations of metoprolol, -hydroxymetoprolol and metoprolol acid metabolite. The concentrations of both metoprolol enantiomers (amniotic fluid/maternal plasma = 3.0 for R-(+)-metoprolol and 3.2 for the S-(-)-metoprolol) and -hydroxymetoprolol isomers (liquid amniotic fluid/maternal plasma = 5.1 for 1\'S,2R; 4.0 for 1\'S,2S; 1.6 for 1\'R,2R and 2.3 for 1\'R,2S) are higher in amniotic fluid than in maternal plasma. However, metoprolol acid metabolite enantiomers reach lower concentrations in amniotic fluid than in maternal plasma of hypertensive parturients (amniotic fluid/maternal plasma = 0.29 and 0.37 respectively for the R-(+)- and S-(-)- enantiomers). The transplacental distribution is approximately 1 for both enantiomers of metoprolol and all isomers of -hydroxymetoprolol and approximately 0.8 for both metoprolol acid metabolite enantiomers in hypertensive parturients. Gestational Diabetes mellitus reduces in approximately 20% the transplacental distribution of the isomers 1\'S,2S; 1\'R,2R and 1\'R,2S--hidroximetoprolol but does not alter the transplacental distribution of both metoprolol enantiomers.
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Modelo de predição para o uso de insulina em gestantes diagnosticadas com diabetes gestacional pela glicemia de jejum / Prediction model for insulin need in women diagnosed with gestational diabetes by fasting blood glucose

Souza, Ana Cláudia Rodrigues Lopes Amaral de 22 August 2018 (has links)
Objetivo: Avaliar os fatores de risco e propor um modelo para a predição da necessidade de insulina durante o tratamento de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) diagnosticado precocemente. Métodos: coorte retrospectiva de gestantes que foram diagnosticadas com DMG pela glicemia de jejum (GJ) anormal na primeira visita pré-natal e que receberam atendimento pré-natal em um hospital terciário de ensino em São Paulo, Brasil, entre 2012 e 2015. De acordo com a necessidade de insulinoterapia para atingir os alvos glicêmicos, as gestantes foram divididas em dois grupos (grupo Insulina ou grupo Dieta) e comparadas quanto a variáveis clínicas e laboratoriais. O desempenho dessas variáveis na predição da necessidade de insulina para o tratamento do DMG foi identificado por modelo de regressão logística, e um nomograma foi criado para facilitar a interpretação clínica. Resultados: No total, foram incluídas 408 mulheres para análise. Entre elas, 135 (33%) necessitaram de terapia com insulina. No modelo de regressão logística, idade materna, índice de massa corporal prégestacional, valor da GJ, história de DMG anterior e história familiar de diabetes foram variáveis independentes significativas para a predição da necessidade de insulina. Conclusão: O modelo de predição elaborado permitiu a construção de um nomograma e uma calculadora digital de fácil uso clínico para avaliar a necessidade de insulinoterapia em mulheres com diagnóstico precoce de DMG / Objective: To evaluate risk factors and to propose a model for the prediction of insulin requirement during the treatment of early-diagnosed gestational diabetes mellitus (GDM). Methods: Retrospective cohort with chart review of pregnant women receiving antenatal care at a tertiary teaching hospital in São Paulo, Brazil, who were diagnosed with GDM by abnormal fasting blood glucose (FBG) at the first prenatal visit between 2012 and 2015. Groups were divided according to the requirement for insulin therapy to achieve blood glucose targets (insulin or diet group), the subjects were compared regarding clinical and laboratory variables. The performance of these variables in predicting insulin need for GDM treatment was identified by a logistic regression model, and a nomogram was created to facilitate clinical interpretation. Results: In total, 408 women were included for analysis. Among them, 135 (33%) needed insulin therapy. In the logistic regression model, maternal age, pre-pregnancy body mass index, FBG value, prior GDM and family history of diabetes were significant independent variables for the prediction of insulin need. Conclusion: The prediction model found allowed the construction of a nomogram and digital calculator that is easy to use in order to evaluate the need for insulin therapy in women with early diagnosis of GDM
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Diabetes pregestacional y gestacional y su asociación con sufrimiento fetal agudo, taquipnea transitoria del recién nacido, sepsis neonatal y mortalidad neonatal en 2 hospitales de Lima (2000-2015)

Palacios Revilla, Cecilia Daniella, Cateriano Alberdi, Maria Paula 10 December 2018 (has links)
Objetivos: El objetivo de este estudio es evaluar la asociación de la diabetes pregestacional y gestacional con las diferentes comorbilidades neonatales, como lo es el desarrollo de sufrimiento fetal agudo, taquipnea transitoria del recién nacido, sepsis neonatal temprana y mortalidad neonatal intrahospitalaria. Asimismo, cuantificaremos la incidencia de diabetes pregestacional y gestacional y la incidencia de las complicaciones neonatales. Métodos: En este estudio retrospectivo analítico tipo cohorte, se evalúo a la poblaciones materno-neonatal con antecedente de diabetes y diabetes gestacionaly las complicaciones neonatales en los años 2000-2015, registrados en el sistema de informática perinatal (SIP 2000) en el Hospital Nacional Dos de Mayo (HNDM) y en el Hospital Docente Madre Niño San Bartolomé (HSB), Lima, Perú. Resultados: Se obtuvo un total de 145 687 gestantes, una incidencia de 0,16% de diabetes pregestacional y 0,46% de diabetes gestacional. El SFA presentó una incidencia de 1,48%, la TTRN 0,51 %, la sepsis neonatal temprana de 2,62% y la mortalidad neonatal intrahospitalaria 0,66%. Se halló que la sepsis neonatal temprana, sufrimiento fetal agudo (SFA) y taquipnea transitoria del recién nacido (TTRN) no se asocian directamente a la diabetes pregestacional y gestacional en esta población. Por otro lado, la presencia de diabetes gestacional, la sepsis neonatal temprana y el sufrimiento fetal agudo sí se vieron asociados al aumento de la mortalidad neonatal intrahospitalaria. Conclusiones: En este estudio se encontró que la diabetes pregestacional presentó una incidencia de 0,16% y la gestacional una incidencia de 0,46%. Las complicaciones neonatales de sufrimiento fetal, taquipnea transitoria del recién nacido y sepsis neonatal temprana no se asociaron a la diabetes en la gestación. La diabetes gestacional, la sepsis neonatal temprana y el sufrimiento fetal agudo sí se vieron asociados a la mortalidad neonatal intrahospitalaria. / Objetives: The purpose of this study is to evaluate the association of pregestational and gestational diabetes and the development of different comorbidities such as fetal distress, transient tachypnea of the newborn, early neonatal sepsis and neonatal mortality. Also, quantify the incidence of pregestational and gestational diabetes and its outcomes. Methods: This retrospective analitic cohort evaluated maternal-perinatal population with a history of diabetes or gestational diabetes and neonatal complications through the years 2000-2015, recorded in the Perinatal Computer System (SIP 2000) of the “Hospital Nacional Dos de Mayo” and ”Hospital Docente Madre Niño San Bartolomé”, Lima, Perú. Results: A total of 145 687 pregnant women were analyzed, with an incidence of 0,16% for pregestational diabetes and an incidence of 0,46% for gestational diabetes. The incidence for fetal distress was 1,48%, 0,51% for transient tachypnea of the newborn, 2,62% for early neonatal sepsis and 0,66% for neonatal mortality. There was no direct association between pregestational and gestational diabetes and the previous outcomes. Conclusions: The incidence for pregestational diabetes in this study was 0,16%, and 0,46% for gestational diabetes. Complications such as fetal distress, transient tachypnea and early neonatal sepsis were not related to diabetes in this particular setting. / Tesis
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Estudo da motilidade gástrica em ratas prunhes diabéticas /

Matos, Juliana Fernandes de. January 2015 (has links)
Orientador: José Ricardo de Arruda Miranda / Banca: Madileine Francely Américo / Banca: Débora Cristina Damasceno / Resumo: Trata-se de um estudo qualitativo que teve como objetivo compreender o desenvolvimento de habilidades comunicativas no aluno de graduação em Enfermagem e a atuação do professor neste processo de ensino aprendizagem considerando diferentes tipos de organização curricular. O referencial teórico utilizado foi pautado nos estudos de Braga e Silva para a compreensão da competência em comunicação no aprendizado e ensino da Enfermagem, e a Análise de Conteúdo, segundo Bardin, como referencial metodológico. O estudo foi realizado em duas instituições públicas de ensino superior, situadas no interior do estado de São Paulo, que empregam metodologias de ensino diferenciadas; o Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, localizado no município de Botucatu e o Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de Marília, FAMEMA, localizado no município de Marília. A coleta de dados foi realizada a partir da perspectiva dos docentes e discentes do 2º e 4ª anos de Enfermagem, com o apoio de questões norteadoras por meio de entrevistas gravadas e formulários de auto-preenchimento, respectivamente. As questões éticas foram consideradas de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Comissão Nacional de ética em Pesquisa (CONEP), obtendo parecer favorável da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, com número CAAE: 18459013.0.3001.5413 e parecer nº 417.358. Em seguida, o projeto de pesquisa foi submetido ao parecer do CEP da Faculdade de Medicina de Marília, FAMEMA, obtendo aprovação com parecer nº 432.360. Nos resultados do estudo emergiram, na perspectiva dos docentes, as seguintes categorias temáticas sobre os fatores que influenciam no desenvolvimento de habilidades comunicativas nos graduandos de Enfermagem: a prática promove a aquisição de habilidades comunicativas; as características individuais dos estudantes; a utilização de... / Abstract: This is a qualitative study aiming at understanding the development of communication skills in undergraduate Nursing students and their teachers' action in such teaching-learning process by considering different types of curricular organizations. The theoretical framework used was based on the studies by Braga and Silva in order to understand communication competence in Nursing teaching and learning. Content analysis according to Bardin was used as a methodological framework. The study was performed in two public institutions of higher education located in inner São Paulo state which employ differentiated teaching methodologies: the Undergraduate Nursing Program of Botucatu Medical School, UNESP, located in the city of Botucatu, and the Undergraduate Nursing Program Marília Medical School, FAMEMA, located in the city of Marília. Data were collected from the perspective of professors and students of the 2nd and 4th years of the Nursing Program, based on guiding questions by means of taped interviews and selfadministered questionnaires, respectively. Ethical issues were considered according to Resolution 466/12 by the National Health Care Council (Conselho Nacional de Saúde - CNS) and the National Research Ethics Committee (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP), thus obtaining approval by the Botucatu Medical School, UNESP, according to CAAE number: 18459013.0.3001.5413 and Process Number 417.358. Next the research project was submitted to evaluation by the Research Ethics Committee of Marília Medical School, FAMEMA, and approved according to Process Number 432.360. The following thematic categories concerning the factors that influence the development of communication skills in undergraduate Nursing students emerged in the results of the study, according to the professors' perspective: the practice promotes the development of communication skills; the students' individual characteristics; the use of active ... / Mestre

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