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Repercussão da ingestão crônica de dieta termolizada em parâmetros morfo-funcionais do tecido hepático / Effect of chronic ingestion of diet thermolyzed in morpho-functional parameters of liver tissueSilva, Elisa Batista Oliveira e 13 March 2012 (has links)
AGEs, Advanced Glycation End Products, are heterogeneous compounds with pro-oxidant and pro-inflammatory properties. These compounds are formed in the body (particularly under conditions of hyperglycemia and oxidative stress) and in environment, being the diet their main source exogenous. Neutral or alkaline food, subjected heat-treated at temperatures above 100°C with low humidity, for prolonged periods had increased formation of AGEs, conditions frequently encountered in the typical Western diet, which is a source of high levels of AGEs. The heat treatment of food, in addition to form AGEs, contributes to reducing labile vitamin with anti-glycation action and essential for humans, thiamin. The chronic consumption of diet rich in AGEs and deficient in thiamin are conditions that promote oxidative stress, carbonyl stress and persisted inflammation, contributing to the aging process with the development of several chronic diseases. When absorbed, dietary AGEs are added to those produced in the body increasing your body pool, through the kidney and liver, undergo catabolism and degradation to be eliminated. In particular, the liver is the main organ of clearance and catabolism of AGEs, becoming an easy target for the damaging effects of AGEs. In cases of thiamin deficiency, the hepatocyte is more susceptible to glyoxal, a carbonyl highly reactive precursor of AGEs, and AGEs themselves, with consequent loss of glyoxal metabolism in the liver. Supplementation of thiamin results in cytoprotection, restoration of the glyoxal detoxification, reduction of lipid peroxidation and the formation of reactive oxygen species. These elements led to the investigation of the effects of chronic consumption of thermolyzed diet, experimental model of high intake of AGEs, associated with different levels of thiamin in morpho-functional aspects of liver tissue in adult rats. For this purpose, male Wistar rats, five months old, were divided into four experimental groups according to the offered diets: standard commercial diet, control (C); thermolyzed (T), standard diet autoclaved at 121.5°C for 30 min; thermolyzed with level 1 thiamin (TT1), thiamin 6 mg/kg of diet; and thermolyzed with level 2 thiamin (TT2), 120 mg thiamin/kg of diet. After 23 weeks of treatment, animals were anesthetized and proceeded to collect samples of liver and blood, to histological analysis of hepatic tissue and tests serum biochemical of hepatic function and injury. The chronic consumption of thermolyzed diet did not promote the appearance of morphological and functional alterations in adult rat blood and liver. It is possible to consider the composition of base diet used in the experiment may have contributed to the results obtained. This study draws attention to the importance of studies to clarify the involvement of different components food for the formation of AGEs in food, which contribute to the establishment of recommendations for promoting a healthy diet, contributing to the prevention chronic diseases, including those affecting the hepatic tissue. / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / AGEs, do inglês Advanced Glycation End Products, são compostos heterogêneos com propriedades pró-oxidantes e pró-inflamatórias. Estes compostos são formados no organismo (especialmente em condições de hiperglicemia e estresse oxidativo) e no ambiente, sendo a dieta sua principal fonte exógena. Alimentos neutros ou alcalinos, submetidos a tratamento térmico com temperaturas superiores a 100ºC com baixa umidade, por tempo prolongado, apresentam formação aumentada de AGEs, condições encontradas com freqüência na dieta típica do ocidente, que constitui fonte de alto teor de AGEs. O tratamento térmico dos alimentos, além de formar AGEs, contribui para a redução da vitamina termolábil com ação antiglicante e essencial para seres humanos, tiamina. O consumo crônico de dieta rica em AGEs e deficiente em tiamina são condições que favorecem o estresse oxidativo, o estresse carbonílico e a inflamação persistentes, contribuindo para o processo de envelhecimento junto ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas. Quando absorvidos, os AGEs dietéticos somam-se aos produzidos no organismo aumentando seu pool corporal, passando pelos rins e pelo fígado, sofrem catabolismo e degradação para serem eliminados. Particularmente, o fígado é o principal órgão de clearance e catabolismo de AGEs, tornando-se um alvo fácil para os efeitos prejudiciais dos AGEs. Em situações de deficiência de tiamina, o hepatócito fica mais susceptível ao glioxal, uma carbonila altamente reativa, precursora dos AGEs, e aos próprios AGEs, com conseqüente prejuízo do metabolismo do glioxal no fígado. A suplementação de tiamina resulta em citoproteção, restauração da detoxificação do glioxal, redução da peroxidação lipídica e da formação de espécies reativas de oxigênio. Esses elementos motivaram a investigação dos efeitos do consumo crônico de dieta termolizada, modelo de experimental de elevada ingestão de AGEs, associado a diferentes níveis de tiamina, em aspectos morfo-funcionais do tecido hepático em ratos adultos. Para tanto, ratos machos Wistar, de cinco meses de idade, foram subdivididos em quatro grupos experimentais, segundo as dietas oferecidas: dieta comercial padrão, controle (C); termolizada (T), dieta padrão autoclavada a 121,5ºC, por 30 min; termolizada com tiamina nível 1 (TT1), 6 mg de tiamina/Kg de dieta; e termolizada com tiamina nível 2 (TT2), 120 mg de tiamina/Kg de dieta. Após 23 semanas de tratamento, os animais foram anestesiados e se procedeu à coleta de amostras de fígado e de sangue, para análise histológica do tecido hepático e determinações bioquímicas séricas de função e lesão hepática. O consumo crônico de dieta termolizada não promoveu o aparecimento de alterações morfo-funcionais sanguíneas e hepáticas em ratos adultos. É possível considerar que a composição da dieta de base utilizada no experimento pode ter contribuído para os resultados obtidos. O presente estudo chama a atenção para a importância da realização de estudos que esclareçam a participação dos diferentes componentes alimentares para a formação de AGEs em alimentos, o que contribuiria para o estabelecimento de recomendações dirigidas para a promoção de uma alimentação saudável, concorrendo para a prevenção de doenças crônicas, incluindo as que acometem o tecido hepático.
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Nova proposta para rápida formação/combate dos produtos de glicação avançada (AGES) e propriedades farmacológicas de Hancornia speciosa Gomes / New proposal for rapid formation / combat of Advanced Glycation Products (AGEs) and pharmacological properties of Hancornia speciosa GomesMarques, Samuel Pedro Dantas January 2017 (has links)
MARQUES, Samuel Pedro Dantas. Nova proposta para rápida formação/combate dos produtos de glicação avançada (AGES) e propriedades farmacológicas de Hancornia speciosa Gomes. 2017. 191f. Tese (Doutorado em Química)- Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Weslayne Nunes de Sales (weslaynesales@ufc.br) on 2017-09-04T11:04:28Z
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Previous issue date: 2017 / This study reports the development of methodologies for formation and combat possibilities to Advanced Glycation Products (AGEs), and evaluate the chemical constitution and pharmacological properties of Hancornia speciosa Gomes(HSG). Regarding the obtaining of the AGEs, considering in vitro procedures, the current methodologies need an incubation period of up to 4 weeks. The methods developed in this work allowed a significant reduction of the reaction time (48 hours-glucose and fructose tests) (3 hours-tests with glyoxal and methylglyoxal), due to the coupling to the free radical generation system called hypoxanthine/xanthine oxidase. Thus, the methodologies presented in this work consisted in promoting the reaction between sugar solutions (glucose, fructose), or dicarbonyl compounds (methylglyoxal, glyoxal), with bovine serum albumin (BSA) protein solution, using different reaction media. The enzyme xanthine oxidase (XO) was added to the system in order to promote the formation of AGEs in a reaction environment with excess hydroxyl free radicals (.OH). The presence of these radicals in excess during the glycation and glycooxidation of the protein indicate to have promoted the oxidation of the chain of amino acid residues thereof, as well as sugars, thus giving α-dicarbonyl derivatives (glyoxal and methylglyoxal) more rapidly, the which made possible the significant reduction of the time of formation of the AGEs. The higher reactivity of fructose to glucose, to producer AGEs, was present in all conditions evaluated. The ability of different chemical species to combat the glycation process, acting as capture agents of α-dicarbonyl species, was shown to be effective for aminoguanidine (standard indicated in the literature), methanolic extracts of HSG leaves and rutin. The rutin was more active for the capture of dicarbonyl species than the standard indicated by the literature, due to the formation of more stable mono and/or disubstituted adducts. The measurement of the formation/combat of AGEs was determined by spectrofluorimetry. The qualitative analysis by high performance liquid chromatography coupled to a mass spectrometer (HPLC-DAD-ESI-MS) of HSG methanolic extracts showed a great variety of polyphenolic compounds (phenolic acids and flavonoids), confirming the potential as a source of bioactive compounds. In the leaves and bark, the greatest number of polyphenolic compounds were verified when compared to the fruits. The following species were identified for the first time in HSG: vanillic acid glucoside, 3,4-dihydroxybenzoic acid, para-hydroxybenzoic acid, vanillin, trans-para-coumaric acid; cis-para-coumaric acid, trans-ferulic acid quinate, trans-ferulic acid, cis-ferulic acid, cis-ethyl chlorogenic acid, trans-ethyl chlorogenic acid, quercetin, quercetin pentoside, quercetin glucoside, quercetin rhamnoside, quercetin galactoside, quercetin rhamnogalactoside, quercetin rhamnoglucocoumarate, quercetin rhamnogalactocoumarate, kaempferol rhamnoglucoside, kaempferol rhamnogalactoside, kaempferol rhamnoglucocoumarate, kaempferol rhamnogalactocoumarate, isorhamnmetin rhamnoglucoside, afzelechin-C-glucoside. For the values of the antioxidant potential and inhibition of angiotensin I (antihypertensive effect), leaves and bark extracts were more active, presenting promising IC50 values when compared to the synthetic form of vitamin E (Trolox). The capacity of HSG extracts to inhibit the action of the enzyme acetylcholinesterase, which is related to Alzeimer treatment, has been shown to be quite significant for the hexane bark extract (EHC). The fractionation of the same, led to obtaining a mixture as a more active fraction. Through the use of magnetic resonance and literature data, the presence of lupeol in this fraction was identified. / Este estudo relata o desenvolvimento de metodologias para formação e possibilidades de combate dos Produtos de Glicação Avançada (AGEs),assimcomo a avaliação da constituição química e propriedades farmacológicas de Hancornia speciosaGomes (HSG). No que se refere a obtenção dos AGEs, considerando procedimentos in vitro, as metodologias atuais nescessitam de um período de incubaçãode até 4 semanas. Os métodos desenvolvidos neste trabalho, possibilitaram a redução significativa do tempo de reação (48 horas-ensaios com glicose e frutose) (3 horas-ensaios com glioxal e metilglioxal), em virtude do acoplamento ao sistema de geração de radicais livres denominado hipoxantina/xantinaoxidase.Assim, as metodologias apresentadas neste trabalho, consistiram em promover a reação entre soluções de açúcares (glicose, frutose), ou compostos dicarbonílicos (metilglioxal, glioxal), com solução proteica de albumina de soro bovino (BSA), utilizando diferentes meios reacionais.A enzima xantinaoxidase (XO),foi adicionada ao sistema com o intuito de promover a formação dos AGEs em ambiente reacional com excesso de radicais livres hidroxila (.OH).A presença em excesso destes radicais durante a glicação e glicooxidação da proteína, parecem ter promovido a oxidação da cadeia de resíduos de aminoácidos da mesma, bem como dos açúcares,originandoassim derivados α-dicarbonílicos (glioxal e metilglioxal) de forma mais rápida, o que possibilitou a redução tão significativa do tempo de formação dos AGEs. A maior reatividade da frutose frente a glicose, para originar os AGEs, se apresentou em todas as condições avaliadas.A capacidade de diferentes espécies químicas em combater o processo de glicação, atuando como agentes capturadores de espécies α-dicarbonílicas, se mostrou efetivo para aminoguanidina (padrão indicado pela literatura), extratos metanólicos das folhas de HSG eo flavonóide rutina. A rutina, apresentou-se mais ativa para captura de espécies dicarbonílicas que o próprio padrão indicado pela literatura, em virtude da formação de adutos mono e/ou dissubstituídos mais estáveis.A mensuração da formação/combate dos AGEs, foi determinada através de espectrofluorimetria.A análise qualitativa por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrômetro de massa (HPLC-DAD-ESI-MS) dos extratos metanólicos de HSG,exibiram grande variedade de compostos polifenólicos (ácidos fenólicos e flavonóides), confirmando o potencial como fonte de compostos bioativos. Nas folhas e caule, observou-se maior número de compostos polifenólicos quando comparados aos frutos. Foram identificadas pela primeira vez em HSG as seguintes espécies: ácido vanílico glicosídeo, ácido 3,4-di-hidroxibenzóico, ácido para-hidroxibenzóico, vanilina, ácidotrans-para- cumárico, ácidocis-para-cumárico, ácidotrans-ferúlico quinato, ácidotrans-ferúlico, ácidocis-ferúlico, ácidocis-etil-clorogênico, ácidotrans-etil-clorogênico, quercetina, quercetina pentosídeo, quercetina glicosídeo, quercetina ramnosídeo, quercetina galactosídeo, quercetina ramnogalactosídeo, quercetina ramnoglicocumarato, quercetina ramnogalactocumarato, canferol ramnoglicosídeo, canferol ramnogalactosídeo, canferol ramnoglicocumarato, canferol ramnogalactocumarato, isoramnetina ramnoglicosídeo e afzelequina-C-glicosídeo. No que se refere aos valores do potencial antioxidante e inibição da angiotensina I (efeito anti-hipertensivo),os extratos das folhas e caule se mostraram mais ativos, apresentando valores de IC50 promissores, quando comparado a forma sintética da vitamina E (Trolox).A capacidade dos extratos de HSG em inibir a ação da enzima acetilcolinesterase, que está relacionada ao tratamento do Alzheimer se mostrou bastante significativa para o extrato hexânico do caule (EHC). O fracionamento do mesmo, levou a obtenção de uma mistura como fração mais ativa. Atravésda utilização de ressonância magnética e dados da literatura, foi identificada a presença de lupeolnesta fração.
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Inibidor de RAGE previne disfunção cognitiva e reduz mediadores inflamatórios em um modelo experimental de meningite pneumocócicaCollodel, Allan Minatto January 2017 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. / A meningite bacteriana é uma inflamação das meninges, podendo ser ocasionada pela bactéria Streptococcus pneumoniae que provoca uma intensa resposta imunológica no hospedeiro. Apesar dos avanços, esta doença ainda representa uma grande taxa de mortalidade e de morbidade no mundo inteiro. Os processos inflamatórios ativados durante a meningite pneumocócica aumentam a produção de citocinas e quimiocinas provocando uma cascata de mediadores inflamatórios, bem como a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), culminando na produção aumentada (e deposição) de proteínas amiloides. O aumento da produção e deposição do peptídeo β-amiloide, proporciona locais de ligação adicionais para receptor de produtos finais da glicação avançada (RAGE) nos neurônios e microglia. A interação do receptor RAGE com seu ligante (β-amiloide, por exemplo) é capaz de estimular múltiplas vias de sinalização intracelular, incluindo a ativação e a translocação para o núcleo do fator de transcrição NF-κB, que leva à produção de citocinas, quimiocinas, moléculas pró-inflamatórias, moléculas de adesão e indiretamente o estresse oxidativo. Isso pode levar a lesões neuronais causando prejuízo de memória e aprendizagem, bem como prejuízo a integridade da Barreira Hematoencefálica (BHE). Estratégias terapêuticas sugerem que RAGE é um importante alvo para o tratamento de doenças inflamatórias, visto que a inflamação aumenta a síntese de β-amiloide e regula positivamente RAGE, e a ativação dessa via induz disfunção cognitiva em longo prazo por apoptose neuronal. Recentes estudos sugerem que a inflamação no Sistema Nervoso Central (SNC) pode desempenhar um papel fundamental para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Portanto o objetivo deste trabalho foi determinar se a ativação da via β-amiloide-RAGE está associada à disfunção cognitiva em longo prazo em sobreviventes de meningite e se a modulação da inflamação com um inibidor específico de RAGE, o FPS-ZM1 iria melhorar esses efeitos. Em modelo experimental de meningite pneumocócica, foi avaliado a produção de citocinas: Fator de Necrose Tumoral α (TNF-α), interleucina 1β (IL-1β), e Interleucina 6 (IL6); RAGE e proteína do grupo 1 de alta mobilidade (HMGB1); integridade da BHE no hipocampo e no córtex pré-frontal; e também dano na memória de habituação e reconhecimento de objetos novos de ratos Wistar adultos 10 dias após o tratamento com FPS-ZM1. Nos testes a inibição do RAGE com o FPS-ZM1 preveniu a produção destas citocinas no córtex pré-frontal, diminuiu a quebra da BHE em 12,
18 e 24h tanto no hipocampo quanto no córtex, e diminuiu dano cognitivo 10 dias após a indução. Demonstrando um papel importante do RAGE na meningite causada pelo S. pneumoniae, tornando o FPS-ZM1 um possível tratamento adjuvante para esta doença, podendo prevenir danos neurológicos de longo prazo como apresentados na Doença de Alzheimer.
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A função mediadora do receptor para produtos finais de glicação avançada (RAGE) na neuroinflamação e neurodegeneração em diferentes modelos in vivoGasparotto, Juciano January 2017 (has links)
O RAGE é um receptor transmembrana, imunoglobulina-like que existe em múltiplas isoformas e interage com um amplo repertório de ligantes extracelulares. O RAGE é expresso em níveis baixos na maioria das células, porém o aumento da presença de seus ligantes no domínio extracelular faz com que o RAGE inicie uma cascata de sinalização intracelular complexa, resultando em estresse oxidativo, ativação do fator de transcrição NF-B, aumento da expressão de citocinas, além da indução de sua própria expressão. O envolvimento do RAGE neste amplo espectro de sinalização vincula este receptor a diversas condições patológicas. Nesta tese utilizamos 3 modelos experimentais que induzem inflamação sistêmica (Leishmania amazonensis, Lipopolissacarídeo e sepse) e 1 modelo experimental que mimetiza a denervação neuronal (modelos experimentais in vivo). Além disso utilizamos diferentes abordagens de bloqueio do RAGE a fim de elucidar a função deste receptor. Com base em nossos resultados os modelos experimentais foram eficientes em induzir o aumento do RAGE e sua sinalização no sistema nervoso central, desencadeando a síntese e liberação de moléculas pró-inflamatórias e o aumento do estresse oxidativo, culminando em neuroinflamação e neurodegeneração. As intervenções de bloqueio do RAGE foram eficientes em inibir as vias de sinalização intracelular mediadas pelo receptor, comprovando a via de ação. Levando em conta nossos principais resultados concluímos que: a) RAGE atua como mediador da perda neuronal em resposta ao insulto inflamatório em diversas estruturas do SNC, b) está presente no corpo dos neurônios dopaminérgicos e envolvido na morte destes neurônios; c) o aumento do RAGE é tempo-dependente e a morte dos neurônios está vinculada a ação deste receptor. / RAGE is a transmembrane, immunoglobulin-like receptor that exists in multiple isoforms and interacts with a broad repertoire of extracellular ligands. RAGE is expressed at low levels in most cells, but the increased presence of its ligands initiates a complex intracellular signaling cascade resulting in oxidative stress, activation of transcription factor NF-B, increased expression of cytokines in addition to concomitant upregulation of RAGE itself. In this thesis we used 3 experimental models which induce systemic inflammation (Leishmania amazonensis, Lipopolysaccharide and sepsis) and 1 experimental model that mimics neuronal denervation (experimental models in vivo). In addition, different approaches to block RAGE were used to elucidate the function of this receptor. Based on our results the experimental models were efficient in inducing the increase of RAGE and its signaling in the central nervous system, triggering the synthesis and release of proinflammatory molecules and the increase of oxidative stress, culminating in neuroinflammation and neurodegeneration. The RAGE blocking interventions were effective in inhibiting receptor-mediated signaling, proving the signaling pathway. Considering our main results, we conclude that: a) RAGE acts as a mediator of neuronal loss triggered by inflammatory insults in various CNS structures; b) RAGE is present in the body of dopaminergic neurons and is involved in the death of these neurons; c) the increase of RAGE is time-dependent, and the neuronal death is dependent on the action of this receptor.
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A função mediadora do receptor para produtos finais de glicação avançada (RAGE) na neuroinflamação e neurodegeneração em diferentes modelos in vivoGasparotto, Juciano January 2017 (has links)
O RAGE é um receptor transmembrana, imunoglobulina-like que existe em múltiplas isoformas e interage com um amplo repertório de ligantes extracelulares. O RAGE é expresso em níveis baixos na maioria das células, porém o aumento da presença de seus ligantes no domínio extracelular faz com que o RAGE inicie uma cascata de sinalização intracelular complexa, resultando em estresse oxidativo, ativação do fator de transcrição NF-B, aumento da expressão de citocinas, além da indução de sua própria expressão. O envolvimento do RAGE neste amplo espectro de sinalização vincula este receptor a diversas condições patológicas. Nesta tese utilizamos 3 modelos experimentais que induzem inflamação sistêmica (Leishmania amazonensis, Lipopolissacarídeo e sepse) e 1 modelo experimental que mimetiza a denervação neuronal (modelos experimentais in vivo). Além disso utilizamos diferentes abordagens de bloqueio do RAGE a fim de elucidar a função deste receptor. Com base em nossos resultados os modelos experimentais foram eficientes em induzir o aumento do RAGE e sua sinalização no sistema nervoso central, desencadeando a síntese e liberação de moléculas pró-inflamatórias e o aumento do estresse oxidativo, culminando em neuroinflamação e neurodegeneração. As intervenções de bloqueio do RAGE foram eficientes em inibir as vias de sinalização intracelular mediadas pelo receptor, comprovando a via de ação. Levando em conta nossos principais resultados concluímos que: a) RAGE atua como mediador da perda neuronal em resposta ao insulto inflamatório em diversas estruturas do SNC, b) está presente no corpo dos neurônios dopaminérgicos e envolvido na morte destes neurônios; c) o aumento do RAGE é tempo-dependente e a morte dos neurônios está vinculada a ação deste receptor. / RAGE is a transmembrane, immunoglobulin-like receptor that exists in multiple isoforms and interacts with a broad repertoire of extracellular ligands. RAGE is expressed at low levels in most cells, but the increased presence of its ligands initiates a complex intracellular signaling cascade resulting in oxidative stress, activation of transcription factor NF-B, increased expression of cytokines in addition to concomitant upregulation of RAGE itself. In this thesis we used 3 experimental models which induce systemic inflammation (Leishmania amazonensis, Lipopolysaccharide and sepsis) and 1 experimental model that mimics neuronal denervation (experimental models in vivo). In addition, different approaches to block RAGE were used to elucidate the function of this receptor. Based on our results the experimental models were efficient in inducing the increase of RAGE and its signaling in the central nervous system, triggering the synthesis and release of proinflammatory molecules and the increase of oxidative stress, culminating in neuroinflammation and neurodegeneration. The RAGE blocking interventions were effective in inhibiting receptor-mediated signaling, proving the signaling pathway. Considering our main results, we conclude that: a) RAGE acts as a mediator of neuronal loss triggered by inflammatory insults in various CNS structures; b) RAGE is present in the body of dopaminergic neurons and is involved in the death of these neurons; c) the increase of RAGE is time-dependent, and the neuronal death is dependent on the action of this receptor.
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Avaliação do teor de produtos da reação de Maillard (PRM) em cereais matinais e café / Evaluation of the content of Maillard reaction products (MRPs) in breakfast cereals and coffeeJulianna Shibao 02 July 2010 (has links)
INTRODUÇÃO Produtos intermediários da reação de Maillard e da peroxidação, como os compostos dicarbonílicos, reagem facilmente com grupamentos aminas de proteínas e ácidos nucléicos levando a modificações biológicas que podem resultar em patologias observadas no diabetes, aterosclerose e doenças neurodegenerativas. O consumo de Produtos da Reação de Maillard (PRM) aumentou nas últimas décadas e há evidências de que estas substâncias são absorvidas e podem tomar parte em processos patológicos, embora ainda não haja consenso sobre os possíveis efeitos deletério à saúde a partir do aumento de sua ingestão. Ressalta-se a necessidade de estimar o consumo destes PRMs a partir de dados sobre os conteúdos e a ingestão habitual do alimento em questão como cereais matinais e café. Objetivos: a) validar metodologia para quantificar indicadores da reação de Maillard: hidroximetilfurfural (HMF), furosina (FUR), carboximetilisina (CML) e Compostos Intermediários Fluorescentes (CIF) em cereais matinais (flocos e granola) e café; b) avaliar se há diferenças nos teores desses compostos nas diferentes marcas destes produtos comercializados em São Paulo; METODOLOGIA: Foram analisados dois lotes de três marcas de cereais do tipo flocos, três marcas de cereais do tipo granola e cinco marcas de café presentes em 100 por cento dos hipermercados visitados no município de São Paulo. A validação da metodologia para quantificação, empregando HPLC, consistiu no cálculo da exatidão (recuperação), repetibilidade e sensibilidade para os compostos: HMF e FUR. Foram determinados os teores de CIF por espectrofotometria de fluorescência e os teores de CML por teste imunoenzimático. RESULTADOS: Os métodos de determinação de FUR e HMF foram validados conforme o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e 9 Qualidade Industrial (INMETRO). O teor médio de CIF livre e total foram maiores para as amostras de café, com média de 232CIF/mg e 765CIF/mg respectivamente. Não houve diferença (p>0,05) no teor de CIF livre e total entre os flocos F1 e F2. O mesmo foi observado para a granola marcas. G1, G2 e G3 A granola foi o produto com maior teor médio de HMF (67,5mg/Kg) e furosina (301mg/100g de proteína). A FUR não foi detectado nas amostras de café. Todas as marcas dos alimentos estudados para os indicadores HMF e FUR apresentaram diferença estatisticamente significativa (p<0,05). O café apresentou maior teor médio de CML (1823,5ng/mg de proteína), sem diferença entre as marcas (p>0,05) CONCLUSÕES: Os cereais do tipo flocos contribuem para maior ingestão de PRMs da fase inicial da reação de Maillard (RM), a granola contribui para maior ingestão de PRMs da fase intermediária da RM e o café contribui de forma significativa para maior ingestão de PRMs da fase avançada da RM. O café, por ser submetido a tratamento térmico mais severo apresenta maior concentração de PRMs da fase avançada da reação / INTRODUCTION Maillard reaction products and lipid peroxidation, such as dicarbonyl compounds easily react with amino groups of proteins and nucleic acids leading to biological changes that can result in complications in diseases such as diabetes, atherosclerosis and neurodegenerative. The consumption of Maillard Reaction Products (MRP) has increased in recent decades and there is evidence that these substances are absorbed and can participate in pathological processes, although there is no consensus about the possible harmful health effects from their intake. We highlight the need to identify the consumption of MRP, mainly in vulnerable populations like children and diabetics, in order to establish acceptable daily intakes and guidelines for the food industry. OBJECTIVES: a) validate the methodology to measure indicators of the Maillard reaction: hydroxymethylfurfural (HMF), Furosine (RUF) carboxymethylysine (CML) and fluorescent intermediate compounds (FIC) in breakfast cereals (corn flakes and granola) and coffee, b) to evaluate if there are differences in the levels of these compounds contents among brands commercialized in São Paulo METHODS: two lots of 3 brands of flakes cereal, 3 brands of granola and 5 coffee brands present in 100 per cent of supermarkets visited in the city Sao Paulo were analyzed. HPLC methodology validation was assessed by determining accuracy (recovery), repeatability, and sensibility (linearity, limits of detection and quantitation) for the compounds: HMF and FUR. The contents of the Fluorescent Intermediary compounds (FIC) was measured by spectrophotometric method and the levels of CML by ELISA. RESULTS: Calibration curves determination coefficient (r 2) were higher than 0,99 for all compounds. Recovery ranged from 84 to 110 per cent and repeatability average was 3,5 per cent. The average content of free and total FIC was higher for coffee 232CIF/mg and 765CIF/mg respectively. The brands of granola and flakes was similar but just brands F1 and F2 was similar between brands (p<0,05). For HMF the higher values were for granola 67,5mg/kg. The presence of dried fruit in these grains may 11 have contributed significantly to the higher rate of this indicator. For indicator FUR average was higher in granola samples (301mg/100g of protein) and it was not possible to quantify the levels of FUR for coffee. All brands analyzed for HMF and FUR was similar (p<0,05). CML average was higher for coffee (1823,5ng/mg of protein). The brands analyzed was similar for all samples (p <0.05). CONCLUSIONS: Flakes contribute to higher intake of MRPs from early stage of the Maillard reaction (MR), the granola contributes to higher intake of MRPs from intermediate phase of MR and coffee contributes significantly to higher intake of final MRPs. Data suggest that coffee has more severe thermal treatment causing a higher concentration of MRPs from the final phase of the MR
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A albumina glicada modula a expressão de Slc2a4/GLUT4 em célula adiposa de maneira hormética com potencial participação da via do NFKB. / Glycated albumin modulates the expression of Slc2a4/GLUT4 in adipose cells in a hormetic manner with potential participation of the NFKB pathway.Michalani, Maria Luiza Estimo 20 February 2019 (has links)
Um dos principais fatores patogênicos do quadro de resistência à insulina é a deficiência na expressão de Slc2a4/GLUT4 que, ao longo prazo, causa perda da homeostasia glicêmica. Além disso, a hiperglicemia constante leva a uma glicotoxicidade que também contribui para a patogênese desse quadro. O aumento da glicose circulante leva à formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs) que, ao interagem com seu receptor RAGE, desencadeiam processos inflamatórios e estresse oxidativo e de retículo na célula, culminando na ativação da via do NFKB, fator transcricional conhecido por ser repressor da expressão do gene Slc2a4. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo visou investigar os efeitos dos AGEs na expressão de Slc2a4/GLUT4 e se esse efeito é mediado pela ativação da via do NFKB. Para isso, utilizamos adipócitos da linhagem 3T3-L1 tratados com albumina sérica bovina sem modificações ou conjugada com glicolaldeído e verificamos a expressão dos genes Slc2a4, Nfkb1 e Rela, a abundância das proteínas GLUT4, p65 e p50, o grau de fosforilação das proteínas IKK alfa e IKK beta e a atividade de ligação da subunidade p65 no promotor do gene Slc2a4. Os resultados indicaram que a albumina glicada é capaz de modular a expressão de Slc2a4/GLUT4 de maneira hormética, isto é, em concentração baixa (0,4 mg/mL) e tempo curto (24 horas), houve um aumento na expressão do gene e da proteína, porém, há uma redução da expressão do gene e da proteína quando em concentração alta (5,4 mg/mL) e tempo prolongado (72 horas). Além disso, a albumina glicada induz atividade pró-inflamatória no adipócito e aumento da quantidade de p65 e p50 no núcleo em concentração alta e tempo prolongado. No entanto, a ativação da via do NFKB não se dá pela via canônica, pois não foi observado ativação de IKK. Por fim, apesar de ser um dado preliminar, a albumina glicada induz aumento de ligação do NFKB na região promotora do gene Slc2a4. Em suma, o presente estudo demonstra que os AGEs participam não só da gênese das complicações degenerativas presentes no diabetes mellitus, como também, contribui ativamente para a perda da homeostasia glicêmica. / One of the main pathogenic factors of the insulin resistance is the deficiency in the expression of Slc2a4/GLUT4, which in the long term causes impaired glucose homeostasis. In addition, constant hyperglycemia leads to a glycotoxicity that also contributes to the pathogenesis of this condition. Increased circulating glucose leads to the formation of advanced glycated end products (AGEs) which, when interacting with RAGE receptor, trigger inflammatory processes and oxidative and reticulum stress in the cell, culminating in the activation of the NFKB pathway. This transcriptional factor is a known repressor of the Slc2a4 gene. In this sense, the objective of the present study was to investigate the effects of AGEs on the expression of Slc2a4/GLUT4 and whether this effect is mediated by the activation of the NFKB pathway. For this, we used 3T3-L1 adipocytes treated with bovine serum albumin without modification or conjugated with glycolaldehyde and verified the expression of the genes Slc2a4, Nfkb1 and Rela, abundance of GLUT4, p65 and p50 proteins, the degree of phosphorylation of IKK alpha and IKK beta proteins and p65 subunit binding activity in the Slc2a4 gene promoter. The results indicated that glycated albumin is able to modulate the expression of Slc2a4/GLUT4 in a hormetic manner, i.e. at low concentration (0.4 mg/mL) and short time (24 hours), there was an increase in gene expression and protein. However, there is a reduction of the gene and the protein expression when in high concentration (5.4 mg/mL) and prolonged time (72 hours). In addition, glycated albumin induces proinflammatory activity in the adipocyte and increases the amount of p65 and p50 in the nucleus in high concentration and prolonged time. Nonetheless, the activation of the NFKB pathway does not occur through canonical pathway, since no IKK activation was observed. Finally, despite being a preliminary finding, glycated albumin induces increased NFKB binding in the promoter region of the Slc2a4 gene. In summary, the present study demonstrates that AGEs participate not only in the genesis of the degenerative complications present in diabetes mellitus, but also contributes actively to the loss of glycemic homeostasis.
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Avaliação da atividade antidiabética e ou inibidora sobre os produtos finais da glicação avançada de derivados aminoguanidínicos em ratos diabéticos / Evaluation of the antidiabetic activity and / or inhibitory for the advanced glycation and products aminoguanidinicos derivatives in diabetic ratsSarmento, Patrícia de Albuquerque 22 March 2016 (has links)
Diabetes leads to vascular complications arising from biochemical changes generated by accumulation of advanced glycation end-products (AGEs). Aminoguanidine is an anti-AGE in clinical phase III studies, but its chronic use can lead to nephrotoxicity and hepatotoxicity. For this reason, structural changes were made in the aminoguanidine molecule, originating nineteen derivatives, with which were evaluated for their antidiabetic and/or antiglycation effects in diabetic rats. For this purpose, initially was performed the in vitro cytotoxicity assay using the colorimetric assay with MTT3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5 difeniiterazolium) in the J774A.1 macrophage cell line. To evaluate the antiglycation activity, AGES were produced in vitro by combining glucose with bovine serum albumin (BSA). The derivatives with the best outcome in vitro were submitted to acute toxicity tests in vivo at concentrations of 2 mg/kg, 10 mg/kg and 100 mg/kg oral administration and, thereafter the antidiabetic and antiglycation potential were checked in Wistar rats with diabetes induced by streptozotocin (20 mg/kg, i.p.). After euthanasia, heart, kidney and liver were extracted from the animals and submitted to histopathotological examination and blood for hemogram and biochemical tests. The outcomes obtained from MTT assay indicated that seventeen out of the nineteen derivatives did not show any toxic effect at the concentration of 10 puM, which means they kept 80% or more of viable cells. In antiglycation assay for in vitro activity, thirteen of these nineteen derivatives got above 50% of inhibition in the formation of advanced glycation end products in a concentration of 2 mg/ml, and significant when compared to a minoguanidine at the same concentration. In a dose range from 0.5 to 2.5 mg/m, with the reading of inhibition percentage every seven days for 49 days, the derivative LOM 13 reached 94.6% of inhibition, while aminoguanidine inhibited up to 74% of AGES, at concentration of 1.0 mg/ml. In studies in vivo the derivatives LOM3, LOM 13 and LOM15 were non-toxic, that means that the rats did not lose weight, neither showed behavioral, biochemical nor histological changes that could have been related to the use of derivatives. In tests for antidiabetic and antiglycation activity, these three derivatives were able to reduce blood glucose levels by up to 65%, being significant when compared to glimepiride (2 mg/kg, oral administration), the standard drug used. Furthermore, the levels of fructosamine and glycated hemoglobin remained lower in the groups treated with the derivatives. Based on that, it was possible to conclude that the derivatives studied have low cytotoxicity, have the antiglycation potential to AGES-BSA, they were non-toxic at the concentrations used and can reduce blood glucose, fructosamine levels and glycated hemoglobin in diabetic rats. Thus, they represent promising prototype of drugs, enabling the possibility of having in the future a product capable of reducing glycemia and at the same time having antiglycation action, protecting individuals from macro and microvascular complications of diabetes. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O diabetes leva a complicações vasculares provenientes de alterações bioquímicas geradas a partir do acúmulo dos produtos finais da glicação avançada (AGEs). A aminoguanidina é um anti-AGE em estudos clínicos de fase III, porém seu uso crônico pode levar à nefrotoxicidade e hepatotoxicidade. Por isso, modificações estruturais foram realizadas na molécula da aminoguanidina, originando dezenove derivados, os quais foram avaliados para a sua ação antidiabética e/ou antiglicante em ratos diabéticos. Para tanto, realizou-se inicialmente o teste de citotoxicidade in vitro pelo ensaio colorimétrico com MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5 difenilterazolium), em macrófagos da linhagem J774A.1. Para avaliação da atividade antiglicante, os AGEs foram produzidos in vitro a partir da junção de glicose com albumina sérica bovina (BSA). Os derivados com melhor resposta in vitro foram submetidos a testes de toxicidade aguda in vivo com concentrações de 2 mg/Kg, 10 mg/Kg e 100 mg/Kg p.o, e, posteriormente, verificou-se o potencial antidiabético e antiglicante em ratos Wistar com diabetes induzida por estrepzotocina (20 mg /kg, i.p.). Após eutanásia, foram retirados coração, rim e fígado dos animais para exames histopatológicos e o sangue para realização do hemograma e dosagens bioquímicas. Os resultados obtidos com o ensaio MTT indicaram que, dezessete dos dezenove derivados, não mostraram qualquer efeito tóxico na concentração de 10 M, ou seja mantiveram 80% ou mais de células viáveis. No ensaio para atividade antiglicante in vitro, treze desses dezenove derivados conseguiram um percentual acima de 50% de inibição na formação de produtos finais da glicação avançada na concentração de 2 mg/mL, sendo significativos quando comparados a aminoguanidina, na mesma concentração. Numa escala de doses, de 0,5 a 2,5 mg/mL, com leitura dos percentuais de inibição a cada sete dias por 49 dias, o derivado LOM 13 atingiu até 94,6% de inibição, enquanto que a aminoguanidina inibiu até 74% de AGEs, na concentração de 1,0 mg/mL. Nos estudos in vivo os derivados LOM3, LOM 13 e LOM15 não foram tóxicos, ou seja, os animais não perderam peso, nem apresentaram alterações comportamentais, nem bioquímicas ou histológicas que pudessem ser atribuídas ao uso dos derivados. Nos testes para atividade antidiabética e antiglicante, esses três derivados conseguiram reduzir os valores de glicemia em até 65%, sendo significativos quando comparados com a glimepirida (2 mg/kg, p.o.), droga padrão utilizada. Além disso, os níveis de frutosamina e hemoglobina glicada se mantiveram baixos nos grupos tratados com os derivados. A partir disso, foi possível concluir que os derivados estudados apresentam baixa citotoxicidade, têm potencial antiglicante para AGES-BSA, não foram tóxicos nas concentrações utilizadas e podem reduzir a glicemia e os níveis de frutosamina e hemoglobina glicada em ratos diabéticos. Portanto, estes representam protótipos de fármacos promissores, para que no futuro seja possível ter um produto capaz de reduzir os índices glicêmicos e, ao mesmo tempo ter ação antiglicante, protegendo os indivíduos das complicações macro e microvasculares do diabetes.
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Efeitos dos Produtos Finais de Glicação Avançada sobre a Produção de Óxido Nítrico e a Viabilidade Celular em MacrófagosRosas, Emanuela Paz 27 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-27 / CAPEs / Os produtos finais de glicação avançada (AGEs) são compostos heterogêneos gerados a partir da reação não enzimática, irreversível, conhecida como reação de Maillard ou Glicação. Essa reação ocorre entre açúcares redutores e seus metabólitos reativos ou lipídeos oxidados e proteínas ou ácidos nucléicos. Os AGEs são formados endógena (hiperglicemia e estresse oxidativo) e exogenamente (alimentos e fumo), e podem ser acumulados em vários tecidos causando efeitos deletérios em diversas patologias relacionadas a idade e a diabetes. Uma de suas principais ações é gerar estresse oxidativo através do aumento da expressão de mediadores inflamatórios. Os macrófagos são células fundamentais no reconhecimento, degradação e remoção dessas substâncias, além disso, têm papel crucial na produção de espécies reativas de nitrogênio (RNS) na resposta imune, e podem estar envolvidos com variadas patologias. Neste estudo avaliou-se o efeito dos AGEs sobre a produção de óxido nítrico e a viabilidade celular em macrófagos. Macrófagos J774 foram incubados com diferentes concentrações de BSA- AGE (15, 30, 60, 120 ou 240μg/mL) por 24 ou 48 h e em seguida foram expostas (ou não) ao LPS (100ng/ml) por 24h. Para analisar a produção de óxido nítrico e a viabilidade celular utilizaram-se os métodos de Griess e de MTT, respectivamente. As células J774 submetidas ao tratamento com AGE apresentaram alterações nos níveis de NO e na viabilidade celular. Notou-se que os macrófagos quando incubados com AGE nas maiores concentrações (60, 120, 240μg/mL), sem LPS, produziram um aumento significativo na liberação de NO por 24 h. Também foi visto que o tratamento com AGE nas concentrações 120 e 240μg/mL, e com LPS, também elevaram os níveis de NO significativamente. Os resultados mostraram um aumento na produção de NO quando as células foram tratadas com AGE em todas as concentrações (15, 30, 60, 120 e 240μg/mL) por 48 h. A incubação de células J774 com AGE nas concentrações de 240 μg/ml por 24h com LPS, como também as concentrações de 120 e 240 μg/ml por 48h sem LPS, reduziram a viabilidade celular quando comparados com seus respectivos controles. Em conclusão, os AGEs podem causar aumento da produção de NO por macrófagos quando estes são estimulados ou não por LPS, e por consequência conduzir a morte celular. / The advanced glycation end products (AGEs) are heterogenic compounds generated from Maillard reaction or Glycation reaction. It is an irrevesible nonenzymatic reaction involving reductive sugars and reactive metabolites or oxidated lipids, proteins or nucleic acids. AGEs could be originated by endogenous way (hyperglycemia or oxidative stress) and by exogenous way (certain types of food and tobacco). They could be accumulated in several organic tissues causing deleterious effects seen in diabetes and age-related diseases. One of the main AGE effects is the induction and maintenance of stress oxidative through inflammatory mediators increasing expression. In this scenario, macrophages are fundamental cells on the recognition, degradation and clearance of AGEs. They also play an important role on immune response by stimulating reactive nitrogen species production (RNS), which could be involved on the evolution of several diseases. The present study evaluated the AGE effect on the macrophages nitric oxide production as well as the cell viability. J774 macrophages were incubated with different concentrations of BSA- AGE (15μg, 30μg, 60μg, 120μg ou 240μg/mL) by 24 or 48 hours, following a second incubation with or without LPS (100ng/mL) by 24 hours. Nitric oxide production was evaluated by Griess reaction and cell viability by MTT production. Macrophages incubated with AGE presented nitric oxide and cell viability alterations. It was noted that macrophages when incubated with AGE in higher concentrations (60, 120, 240μg/mL) without LPS produced a significant increase in the release of NO for 24 h. It has also been seen that treatment with AGE concentrations 120 and 240μg/mL and stimulation by LPS have also increased NO levels significantly. The results showed an increase in NO production when cells were treated with AGE at all concentrations (15, 30, 60, 120 and 240μg/ mL) for 48 h. The incubation J774 cells with AGE at concentrations of 240 μg/ mL for 24 hours with LPS, as well as the concentrations of 120 and 240 μg/ mL for 48h without LPS, reduced the cell viability compared to their respective controls. In conclusion, AGEs can cause increased production of NO by macrophages when these are stimulated or not with LPS, leading to cell death.
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Aterogênese induzida por albumina modificada por glicação avançada em camundongos dislipidêmicos é previnida pelo tratamento com losartana / Atherogenesis induced by advanced glycated albumin in dyslipidemic mice is prevented by losartanGomes, Diego Juvenal 02 September 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Produtos de glicação avançada (AGE) encontram-se aumentados no diabete melito e contribuem independentemente para o risco cardiovascular. O reconhecimento dos AGE pelo receptor para produtos de glicação avançada (RAGE) potencializa vias de sinalização pró-aterogênicas. Antagonistas do receptor de angiotensina II (ANGII) do tipo 1 (AT-1) diminuem a expressão de RAGE em área de lesão aterosclerótica. No presente projeto, avaliou-se, na aorta de camundongos dislipidêmicos (knockout para apoE) tratados ou não com inibidor do receptor AT-1 (losartana, LOS), o efeito do tratamento crônico com albumina-AGE sobre o infiltrado de lípides, a expressão de mRNA e proteínas envolvidas no eixo AGE/RAGE, ANGII/AT-1, modulação da resposta inflamatória e fluxo de lípides, além da secreção de citocinas inflamatórias por macrófagos tratados com albumina controle ou AGE, concomitantemente ou não a losartana, isolados da cavidade peritoneal de camundongos apoE knockout. MÉTODOS: Camundongos machos knockout para apoE de 12 semanas de idade foram mantidos em dieta padrão e divididos, aleatoriamente, em quatro grupos experimentais (n = 20/grupo): grupo Controle (C), C+LOS, albumina-AGE (AGE) e AGE+LOS. Os animais receberam injeção intraperitoneal diária, durante 30 dias, de 2 mg de albumina controle (grupos C e C+LOS) ou albumina AGE (AGE e AGE+LOS). Os animais C+LOS e AGE+LOS foram tratados durante todo o período experimental com losartana (100 mg/L água). Secções do arco aórtico foram utilizadas para imunofluorescência para RAGE, carboximetil-lisina (CML), AT-1 e 4-hidroxinonenal (4-HNE) e determinação infiltrado lipídico por coloração com Oil Red-O. Análise do mRNA de Ager (RAGE), Agtr1a (AT-1), Orl1 (LOX-1), Msr1 (MCP-1), Ccl2 (SR-A), Cybb (Nox2), Nfkb (NF-kB), Tnf (TNF-alfa), Abca1 (ABCA-1), Abcg1 (ABCG-1) e Agt (angiotensinogênio) foi realizada por de qRT-PCR. Ensaio in vitro para secreção de IL-6 por ELISA e expressão de Il1b (IL-1beta) e Il18 (IL-18) por alfaRT-PCR, foi realizado com macrófagos peritoneais isolados camundongos apoE knockout incubados com albumina C ou AGE (2 mg/mL), concomitante ou não ao tratamento com losartana (1 uM). RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos em relação ao peso corporal, colesterol total, triglicérides e glicose plasmáticos, no período basal e final. A pressão arterial sistólica foi reduzida nos animais tratados com losartana quando comparados aos não tratados (p < 0,05). Não foi detectada a presença de infiltrado macrofágico na aorta por meio de ensaios de imunofluorescência para CD-68 e pela análise de coloração com hematoxilina-eosina. Todavia, o infiltrado de lípides foi 5,3 e 2 vezes maior no grupo AGE quando comparado, respectivamente, ao grupo C e AGE+LOS (p < 0,05). O conteúdo proteico de RAGE e CML, assim como do marcador de peroxidação lipídica (4-HNE) foi maior no grupo AGE em comparação aos demais grupos, o que não prevenido no grupo AGE+LOS (p < 0,05). A expressão do mRNA de Ager, Orl1 e Tnf foi maior no grupo AGE em comparação ao C, ao passo que o tratamento com losartana impediu o aumento da expressão destes genes (p < 0,05). Isto não foi observado para aumento de Cybb estimulado por albumina-AGE. A losartana diminuiu o mRNA de Agtr1a (AT-1) em ambos os grupos tratados. Não foram observadas diferenças na expressão do mRNA de Msr1, Ccl2, Abca1, Abcg1, Agt e Nfkb. Macrófagos tratados com albumina-AGE apresentaram secreção de IL-6 aumentada em 1,4 vezes em comparação ao grupo C, o que foi prevenido pela losartana (p < 0,05). Nestas mesmas células, a albumina-AGE aumentou a expressão de Il1b e Il18, em comparação à albumina-C, o que não foi prevenido pela losartana. CONCLUSÃO: A administração crônica de albumina-AGE em modelo animal de dislipidemia isento de DM, aumentou o infiltrado de lípides no aorco aórtico, independentemente de variação na pressão arterial, lípides plasmáticos e da modulação local de componentes do sistema renina-angiotensina. A ação da albumina-AGE foi consequente ao maior insulto oxidativo e inflamatório associado ao maior conteúdo de RAGE e CML. A losartana, por reduzir o insulto oxidativo e inflamatório contrapõe-se à albumina-AGE, contribuindo para prevenção da aterogênese / INTRODUCTION: Advanced glycated end-products (AGE) elevated in diabetes mellitus and independently contribute to cardiovascular risk. The AGE binding to the receptor for AGE (RAGE) potentializes pro-atherogenic signaling pathways. Antagonists of angiotensin II receptor type 1 (AT-1) diminish RAGE expression in atherosclerotic plaques. In this study, we evaluated in the aortic arch of dyslipidemic mice (apoE knockout), treated or not with AT-1 blocker losartan (LOS), the effect of chronic treatment with AGE-albumin in aortic root lipid infiltration, mRNA expression and protein content of components of AGE/RAGE, ANGII/AT-1 axes and modulators of lipid flux and inflammation, and also the secretion of inflammatory cytokines by peritoneal macrophages treated either with control (C) or AGE-albumin, together with or not by losartan treatment,. METHODS: 12-week old male apoE knockout mice were fed chow diet and ramdomly assigned into four groups (n = 20/group): Control (C), C+LOS, AGE-albumin (AGE) and AGE+LOS. Animals received daily intraperitoneal injection of 2 mg of C- albumin (C and C+LOS) or AGE-albumin (AGE and AGE+LOS) during 30 days. LOS groups were treated with losartan (100 mg/L water). Immufluorescence for RAGE, AT-1, carboxymethyllysine (CML) and 4-hydroxynonenal (4-HNE), and Oil red-O staining for lipid infiltration was performed in sections from the aortic arch. mRNA expression of Ager (RAGE), Agtr1a (AT-1), Orl1 (LOX-1), Msr1 (MCP-1), Ccl2 (SR-A), Cybb (Nox2), Nfkb (NF-kB), Tnf (TNF-alfa), Abca1 (ABCA-1), Abcg1 (ABCG-1) e Agt (angiotensinogen) was evaluated by qRT-PCR. In vitro assay for IL-6 secretion was performed by ELISA and Il1b (IL-1beta) and Il18 (IL-18) mRNA expression was performed by qRT-PCR in peritoneal macrophages from of apoE knockout mice after treatment with C or AGE-albumin (2 mg/mL), with or without losartan (1 ?M). RESULTS: No differences among groups were observed in body weight, plasma total cholesterol, triglycerides and glucose in basal and final periods. Sistolic blood pressure was reduced in both LOS groups when compared to non-treated groups (p < 0.05). It was not observed CD-68 infiltration in the arterial wall. However, lipid infiltration was, respectively, 5.3 and 2 times greater in AGE group in comparison to C and AGE+LOS groups (p < 0.05). RAGE and CML protein and the lipid peroxidation marker (4-HNE) were greater in AGE group when compared to other groups, which was prevented in AGE+LOS (p < 0.05). Ager, Orl1 and Tnf mRNA expression was increased in AGE group when compared to C, and losartan was able to prevent this event (p < 0.05), except for Cybb. Losartan decreased Agtr1a mRNA expression in both groups (p < 0.05). No differences were observed among groups for Msr1, Ccl2, Abca1, Abcg1, Agt and Nfkb mRNA expression. Macrophages treated with AGE-albumin presented 1.4 times great IL-6 secretion, which was prevented by losartan (p < 0.05). In these cells, AGE-albumin increased Il1b and Il18 mRNA expression in AGE group, but this was not prevent by losartan. CONCLUSION: Chronic administration of AGE-albumin in non diabetic dyslipidemic mice increased aortic lipid infiltration, independently of changes in blood pressutre, plasma lipids and local modulation of renin angiotensin system components. The role of AGE-albumin was consequent to the enhanced inflammatory and oxidative insult associated to the higher content of CML and RAGE. Losartan by reducing oxidation and inflammation counteracts the effects of AGE-albumin contributing to prevent atherogenesis
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