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Experiências do adoecimento de mulheres e homens com doença falciforme em comunidades rurais.Silva, Cristiane dos Santos 26 August 2013 (has links)
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326 - DISSERTAÇÃO Cristiane dos Santos Silva (2).pdf: 2435624 bytes, checksum: 37f1d593a52d5de73ec404c30b4bf0f2 (MD5) / Esta pesquisa analisa as experiências do adoecimento de mulheres e homens com doença
falciforme em comunidades rurais. Estas mulheres e homens se diferenciam das/os demais por
terem origem e viverem em comunidades rurais, onde o contexto sociocultural se diferencia
do contexto urbano, e confere características peculiares de vida e de existência a esse grupo
social. Trata-se de um estudo qualitativo. A coleta de dados foi realizada em três distritos que
fazem parte da zona rural de Feira de Santana, sendo eles Matinha, Jaíba e Maria Quitéria.
Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada gravada. Os dados foram
organizados utilizando-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Participaram 09
pessoas com doença falciforme, sendo 04 mulheres e 05 homens. Cinco tinham anemia
falciforme enquanto que as quatro demais possuíam doença falciforme do tipo SC. A faixa
etária variou entre 23 e 50 anos de idade. Sobre o estado civil, cinco deles/as são solteiros/as e
os outros quatro se distribuíram entre casados/as, vivendo em união estável ou divorciados/as.
Quanto à raça/cor da pele, o grupo estudado classificou-se como pardos/as e pretos/as. Com
relação à escolaridade, quatro possuem ensino médio completo, dois possuem ensino
fundamental incompleto e uma pessoa tem ensino fundamental completo. Possuem como
ocupação auxiliar de produção, lavradora, trabalhadora doméstica, pintor, cobrador de
transporte alternativo, biscateiro, do lar e sem ocupação. Dados sobre a renda mensal
evidenciaram que, a maior parte destas pessoas, possui renda entre um e dois salários
mínimos ou até inferior a um salário mínimo. A maioria deles/as também afirmou não receber
qualquer benefício como fonte de renda; porém dois recebem aposentadoria por invalidez e
uma recebe bolsa família. Quanto à religião, prevaleceram a protestante e a católica,
respectivamente. A partir dos discursos pode-se pensar que o marco definitivo da experiência
da enfermidade das mulheres e homens desse estudo é o momento do diagnóstico, e que tal
circunstância demarca um estado de mudança de vida. Este estudo chama atenção para as
peculiaridades do contexto de vida de pessoas com doença falciforme da zona rural, que em
muitos aspectos difere daquele da zona urbana por conta das desigualdades de gênero, de raça
e culturais que se inscrevem num conjunto de outras desigualdades sociais e elaboram
situações de desvantagens socias entre pessoas da zona rural e da zona urbana. A vivência
cotidiana com a doença falciforme é também demarcada por sentimentos negativos com
relação a si próprio/a e à doença, mas estas pessoas encontram suporte emocional, financeiro,
familiar e espiritual que funciona como uma rede que os ajuda a superar as adversidades da
vida cotidiana. Conforme foi trazido nos discursos, a doença falciforme interfere em todo o
cotidiano de homens e mulheres, os quais aprendem no dia a dia a conviver com a doença e
suas complicações. A dor é o sinal que está mais presente e que constantemente ameaça a vida
e as possibilidades de viver com mais qualidade, afetando diretamente o trabalho, a vida
social, familiar, afetiva e sexual. / This research aimed to analyze the experiences of illness in women and men with sickle cell
disease in rural communities. These women and men are different from others because of
their origin and they live in rural communities, where the socio-cultural context differs from
the urban context and gives unique characteristics of life and existence in this social group.
This is a qualitative study. Data collection was conducted in three districts that are part of
rural Feira de Santana and they‟re: Matinha Jaíba and Maria Quitéria. For data collection we
used the semi-structured recorded interviewing. The data were organized using the technique
of the Collective Subject‟s Discourse (CSD). It was participated 09 people with sickle cell
disease, with 04 women and 05 men. Five of them had sickle cell anemia while the other four
had sickle cell disease type SC. Their ages varied between 23 and 50 years old. About marital
status, five of them (men/women) are single (men/women) and the other four were distributed
among cohabitating married (men/women) or divorced (men/women). Regarding race /
ethnicity, the studied group was classified as brown (men/women) and black
(men/women).By relating to education, four of them have completed high school, two of them
have uncompleted elementary school and a person has completed elementary school. They
have occupation as production assistant, agricultural worker, domestic worker, painter,
collector of alternative transportation, handyman, home one and without occupation. Data
about the monthly income showed that most of these people have income between one and
two minimum wages or even less than one minimum wage. Most of them (men/women) also
stated not receive any benefit as an income source; two of them receive disability retirement
and one receive family allowance. As for religion, it was prevailed the Protestant and
Catholic, respectively. From the speeches it may thinks that the ultimate mark of the illness
experience of women and men in this study is the time of diagnosis and that such
circumstance demarcates a state of life change.This study calls up attention to the peculiarities
of the context of life of people with sickle cell disease in rural area. In many aspects differ
from those of the urban area due to the gender, race and cultural inequalities that are inscribe
in a set of other social inequalities and elaborate situations of social disadvantages among
rural and urban area‟s people. The everyday living with sickle cell disease is also marked by
negative feelings about him/herself and the disease; but these people find emotional, financial,
family and spiritual support that works as a network that helps them to overcome the
adversities of everyday life. As it was brought in speeches, the sickle cell disease affects
around the men and women‟s everyday, who learn day by day living with the disease and its
complications. The pain is the signal that is more present and constantly threatens the life and
living possibilities with more quality, directly affecting at work; social, family, emotional and
sexual life. / Esta investigación se propuso a analizar las experiencias de la enfermedad de hombres y
mujeres con enfermedad falciforme en comunidades rurales. Estos hombres y mujeres se
diferencian de los/as otros/as por tener origen y vivir en comunidades rurales, donde el
contexto sociocultural se diferencia del contexto urbano, y le atribuye características
peculiares de vida y de existencia a ese grupo social. Se trata de un estudio cualitativo. La
recolección de datos fue realizada en tres distritos que forman parte de la zona rural de la
ciudad de Feira de Santana, son ellos: Matinha, Jaíba y Maria Quitéria. Para la recolección de
los datos se utilizó la entrevista semiestructurada grabada. Los datos fueron organizados
utilizando la técnica del Discurso del Sujeto Colectivo (DSC). Participaron 09 personas con
enfermedad falciforme, entre ellas 04 mujeres y 05 hombres. Cinco tenían anemia falciforme
mientras las otras cuatro tenían anemia falciforme del tipo SC. La edad varió entre 23 y 50
años. Sobre el estado civil, cinco de ellos/as son solteros/as y los/as otros/as cuatro se
distribuyeron entre casados/as, viviendo en unión estable o divorciados/as. En relación a la
raza/al color de la piel, el grupo estudiado se clasificó como pardos/as y negros/as. En
relación a la escolaridad, cuatro poseen la enseñanza media completa, dos poseen la
enseñanza fundamental incompleta y una persona tiene enseñanza fundamental completa.
Poseen como ocupación: asistente de producción, cultivadora, trabajadora doméstica, pintor,
cobrador de transporte alternativo, trabajador que realiza pequeñas tareas, ama de casa y sin
ocupación. Datos sobre el ingreso mensual evidenciaron que, la mayor parte de estas personas
tiene renta entre uno y dos salarios mínimos o incluso inferior a un salario mínimo. La
mayoría de ellos/as también afirmó no recibir cualquier beneficio como fuente de renta; pero
dos reciben jubilación por invalidez y uno recibe Bolsa Familia. En relación a la religión,
prevalecieron la protestante y la católica, respectivamente. A partir de los discursos se puede
pensar que el marco definitivo de la experiencia de la enfermedad de los hombres y mujeres
de ese estudio es el momento del diagnóstico, y que esa circunstancia demarca un estado de
cambio de vida. Este estudio llama la atención sobre las peculiaridades del contexto de vida
de las personas con enfermedad falciforme de la zona rural, que en muchos aspectos
diferencia del contexto de la zona urbana por causa de las desigualdades de género, de raza, y
culturales que forman parte de un conjunto de otras desigualdades sociales y elaboran
situaciones de desventajas sociales entre las personas de la zona rural y de la zona urbana. La
vivencia cotidiana con la enfermedad falciforme es también demarcada por sentimientos
negativos en relación a si mismo/a y a la enfermedad, pero estas personas encuentran soporte
emocional, financiero, familiar y espiritual que funciona como una red que les ayuda a
superar las adversidades de la vida cotidiana. De acuerdo con lo que fue visto en los
discursos, la enfermedad falciforme interfiere en toda la vida diaria de hombres y mujeres, los
cuales aprenden día a día a convivir con la enfermedad y sus complicaciones. El dolor es la
señal que está más presente y que constantemente amenaza la vida y las posibilidades de vivir
con más calidad, lo que afecta directamente el trabajo, la vida social, familiar, afectiva y
sexual.
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