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Hipertexto e hiperleitura: contribuições para uma teoria do hipertextoNonato, Emanuel do Rosário Santos January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Universidade do Estado da Bahia - UNEB / A emergência das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) alçou o hipertexto a um lugar de destaque entre as mídias mediante as quais é construído e difundido o conhecimento e fomentou o debate a cerca da natureza do fenômeno hipertextual, opondo uma percepção do hipertexto como construto dessas tecnologias a um conceito de hipertexto como potencialidade cognitiva humana preexistente às TIC. No centro desse debate está a questão de qual seja o elemento definidor da hipertextualidade: as TIC e os hyperlinks ou o sujeito e a hiperleitura. Partindo desta segunda premissa, esta pesquisa investiga qual seja o papel da hiperleitura no processo de conformação do hipertexto concreto vis-à-vis os elos e nós do hipertexto digital. Com lastro praxiológico-fenomenológico, o objetivo geral do estudo é demonstrar o papel central do hiperleitor no processo de construção do hipertexto concreto e a lateralidade do grau de hipertextualidade potencial para a concretização do percurso hipertextual. Seus objetivos específicos são: 1. demonstrar o papel prevalente da hiperleitura como procedimento de conformação do hipertexto concreto; 2. descrever os diferentes níveis de hipertextualidade potencial a partir dos quais o hipertexto concreto se pode configurar; 3. demonstrar a condição acessória das TIC em relação ao hipertexto concreto. O método proposto é a aferição do grau de hipertextualidade potencial e concreta pelo qual se buscou verificar as três desta pesquisa: H1 – que o hipertexto se constitui prevalentemente pela práxis hiperleitora dos sujeitos; H2 – que a hiperleitura – entendida como processo multilinear e dialógico de construção de sentidos a partir de elos semânticos que ligam fragmentos eidéticos em um todo coeso e coerente denominado hipertexto – é um processo subjetivo facilitado, mas não determinado, pelos hyperlinks; H3 – os elos e nós do hipertexto – hipermidiáticos ou apenas eidéticos – não implicam correspondência de percursos hipertextuais, bem como não condicionam prevalentemente esses percursos, estabelecendo proporções necessárias entre o grau de hipertextualidade potencial e o grau de hipertextualidade concreta. Nove sujeitos de pesquisa – três profissionais da área de Artes, três de Saúde e três graduandos de Letras – produziram (hiper)leituras relativas a três textos tradicionais (grau de hipertextualidade potencial igual a zero) e três hipertextos digitais (grau de hipertextualidade potencial maior que zero). No fenômeno investigado, os sujeitos produziram percursos hipertextuais concretos (grau de hipertextualidade concreta maior que zero) e percursos não hipertextuais (grau de hipertextualidade concreta igual a zero) em ambas as situações, pelo que os resultados permitiram validar as hipóteses indicando que a hiperleitura é o fator constituinte básico do hipertexto concreto. / Salvador
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