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O paradoxo do conhecimento imediato ou o desespero da consciência natural / The paradox of immediate knowledge or the despair of natural consciousnessPaulo Roberto Pinheiro da Silva 21 June 2017 (has links)
Poderíamos sintetizar a nossa intenção nesse trabalho como uma tentativa de compreender uma interpretação da questão da realização proposta por Hegel no prefácio à Fenomenologia do espírito de 1807, quando faz referência à uma filosofia que se torna saber, ou seja, de uma filosofia que abandona a partícula \"filo\". Questão herdada da segunda formulação do Imperativo categórico, ganha uma dimensão que não tinha em Kant. Para Lukacs, essa realização é a Revolução e a efetivação da consciência de si de um para-nós (proletariado). Hyppolite, por outro lado, interpreta essa realização como um fato que caberia tratar em toda sua amplitude de significação, ou seja, de forma que essa efetivação não poderia ser concebida sem uma valoração positiva da singularidade. Esse trabalho procura ressaltar os pontos de contato entre Hegel e Kant, seguindo a leitura de Hyppolite, onde uma consciência natural segue um caminho da desilusão até se tornar consciência de si (filosófica e singular). Essa opção existencial de ler Hegel implica definir alguns significados e termos. O para-nós deve ser entendido como o ponto de vista filosófico do trajeto da consciência natural em direção à consciência-de-si e não o ponto de vista final da história que cabe à dialética, como movimento real, efetivar. Da mesma forma, para Hyppolite, a história universal, na Fenomenologia do espirito, deve ser compreendida como um termo médio da ascensão do espírito e não como movimento necessário da consciência de si do proletariado. A leitura de Hyppolite não é indiferente ao ponto de vista subversivo-revolucionário da Fenomenologia, mas como condição cognitivo-filosófica do surgimento do espírito como efetivação da razão na filosofia e não como referência exclusiva da razão na história. Não se trata de defender a incompatibilidade do materialismo histórico com a Fenomenologia, pois ela não existe, mas apenas de notar que toda a questão da singularidade não precisa ser abandonada como resquício conservador em Hegel. / We could abbreviate our intent in this work as an attempt to understand an interpretation of the question of achievement proposed by Hegel in the preface to the Phenomenology of the Spirit, when he refers to a philosophy that becomes knowledge or a philosophy that discards the prefix \"philo\". Question inherited from the second formulation of the Categorical Imperative, it gains a dimension that it did not have in Kant. For Lukacs, this realization is the Revolution and the realization of self-consciousness of a for-us (proletariat). Hyppolite, on the other hand, interprets this realization as a fact that would be dealt with in all its amplitude of signification, that is, this realization could not be conceived without a positive valuation of singularity. This work intends to highlight the points of contact between Hegel and Kant, following the reading of Hyppolite, where a natural consciousness follows a path of disillusionment until it becomes an selfconsciousness (philosophical and singular). This existential option of reading Hegel implies defining some meanings and terms. The for-us must be understood as the philosophical point of view of the path of the natural consciousness towards the self-consciousness and not the final point of view of the history that the dialectics, as a real movement, should consummate. Likewise, for Hyppolite, universal history in the Phenomenology of the spirit must be understood as a middle term of the ascension of the spirit and not as a necessary movement of self-consciousness of the proletariat. Hyppolite\'s reading is not indifferent to the subversive-revolutionary point of view of Phenomenology, but as a cognitive-philosophical condition of the emergence of the spirit as the actualization of reason in philosophy and not as the exclusive reference of reason in history. It is not a question of defending the incompatibility of historical materialism with the Phenomenology, because it does not exist, but only to note that the whole question of singularity need not be abandoned as a conservative remnant in Hegel.
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A antinomia da teoria do conhecimento de Schopenhauer / The antinomy of Schopenhauer\'s theory of knowledgeKatia Cilene da Silva Santos 04 July 2017 (has links)
Este trabalho versa sobre a antinomia da faculdade de conhecimento, também conhecida como paradoxo de Zeller, que Schopenhauer refere no primeiro livro de O mundo como Vontade e representação. Essa questão tem sido bastante discutida na história do pensamento schopenhaueriano e permanece ainda hoje como um problema em aberto. Desde os primeiros leitores de Schopenhauer, a antinomia da faculdade de conhecimento foi apontada como um problema de solução difícil, quando não impossível, e explicada de maneiras diversas. Algumas vezes, apontou-se a heterogeneidade das teorias sobre as quais o pensamento schopenhaueriano se ergue; em outras, a antinomia foi atribuída a erros de interpretação da filosofia kantiana; por vezes, remeteram-na a um dualismo em que se chocam materialismo e idealismo, ou realismo e idealismo, e há ainda outras visões. Nesta tese, propomos uma interpretação alternativa, que toma as dificuldades da filosofia schopenhaueriana como constitutivas, e, sem pretender justificá-la nem impugná-la, busca sua compreensão a partir das questões teóricas com as quais o filósofo se defrontou. Como resultado, encontramos que Schopenhauer evidencia a insuficiência tanto do idealismo quanto do realismo para a explicação completa e correta do mundo, bem como a mútua exigência entre ambos. A complementaridade entre os pontos de vista opostos do idealismo e do realismo impõe que sejam articulados, embora sua combinação origine os diversos problemas presentes na obra schopenhaueriana, entre os quais está a antinomia da faculdade de conhecimento. Adicionalmente, analisamos outras questões e dificuldades que surgiram no pensamento de Schopenhauer, algumas mencionadas pelo filósofo, outras não. / This work deals with the antinomy of the faculty of knowledge, also known as Zeller\'s paradox, to which Schopenhauer refers in the first book of The world as Will and representation. This question has been much discussed in the history of Schopenhauer\'s thought and still remains today as an unsolved problem. Since the early readers of Schopenhauer, the antinomy of the faculty of knowledge was pointed out as a problem of difficult solution, if not impossible, and explained in different ways. At times, the heterogeneity of the theories on which Schopenhauer\'s thought stands has been pointed out; other times, the antinomy was attributed to errors in the interpretation of Kantian philosophy; for many times referred to a dualism in which collide materialism and idealism, or realism and idealism; and there are still other viewpoints. In this thesis, we propose an alternative interpretation, which takes the difficulties of Schopenhauer\'s philosophy as constitutive, and not pretending to justify or contest it, we search for an understanding from the theoretical questions with which the philosopher faced. As a result, we find that Schopenhauer evidences the inadequacy of both idealism and realism for the complete and correct explanation of the world, as well as the mutual demand between them. The complementarity between the opposing viewpoints of idealism and realism demands they to be articulated, although their combination gives rise to the various problems present in Schopenhauer\'s work, among which is the antinomy of the faculty of knowledge. In addition, we analyzed other issues and difficulties that arose in Schopenhauer\'s thought, some mentioned by the philosopher.
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A dupla reflexão: um percurso sobre o conceito de reflexão da reflexão em Kierkegaard, Fichte e o primeiro romantismo alemão / Double reflection: a course about the concept of reflection of reflection in Kierkegaard, Fichte and Early german romanticismGomes, Arthur Bartholo 10 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This thesis aims to clarify the meaning of the concept of double reflection in Kierkegaard, by elaborating reflexivity in kierkegaardian philosophy and by a retrospective tracing of how this concept can be found and formulated in Fichte and in early German romanticism. The idea of a reflection on reflection, which Kierkegaard identifies with the double reflection in his work and which is used as an operative concept to explain his philosophical, literary and religious authorship, was first formulated in Fichte's critical philosophy, and from then on it was submitted to a metacritical interpretation in the Frühromantik, which directly influenced Kierkegaard's appropriation. In order to lay the foundations for an understanding of the concept of double reflection, the work should cover not only the delineation of the concept of reflection by itself in each of these authors, but also in parallel to relate it with the conception of a reflective consciousness or individuality in each author. Although it is possible to trace this sequential line formed by this concept in these three authors, the specific differences it acquires in each of them compels the confrontation with both romanticism and idealism in Kierkegaard's work, with which he seeks to dialogue in order to delimit his religious philosophy. / Esta tese pretende esclarecer o significado do conceito de dupla reflexão em Kierkegaard, a partir de uma elaboração da reflexividade na filosofia kierkegaardiana e de um traçamento retrospectivo da forma como este conceito pode ser encontrado e formulado em Fichte e no primeiro romantismo alemão. A ideia de uma reflexão da reflexão, que Kierkegaard identifica com a dupla reflexão em sua obra e dela se utiliza como conceito operativo para explicar sua autoria filosófica, literária e religiosa, foi formulada primeiramente na filosofia crítica de Fichte, e a partir daí sofreu uma interpretação metacrítica nos Frühromantik, que influenciou diretamente a apropriação de Kierkegaard. Para lançar as bases para a compreensão do conceito de dupla reflexão, o trabalho deverá percorrer não somente o delineamento do conceito reflexão por si mesmo em cada um destes autores, mas também relacioná-lo paralelamente com a concepção que cada um deles tem da ideia de uma consciência ou individualidade reflexiva. Embora seja possível traçar esta linha sequencial formada por este conceito nestes três autores, as diferenças específicas que ele adquire em cada um deles compele à confrontação tanto com o romantismo quanto com o idealismo na obra de Kierkegaard, com os quais ele busca dialogar para delimitar sua filosofia religiosa.
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A Teoria Cartesiana da Criação / The Cartesian Theory of CreationCarlos Eduardo Pereira Oliveira 06 February 2014 (has links)
Esta tese tem como objetivo expor a teoria cartesiana da criação, desenvolvida nas Meditações. Começando pela submissão dos fundamentos da tradição filosófica (o realismo e o idealismo) ao método da dúvida, a crítica cartesiana acabará por atingir a cosmologia cristã, consolidada por Tomás de Aquino sobre o realismo aristotélico, bem como as soluções idealistas favoráveis à existência de verdades, essências e naturezas eternas e incriadas. A partir daí, Descartes desenvolve uma concepção de criação cuja universalidade envolve a ideia de Deus, a coisa pensante, as coisas simples e universais e as coisas materiais. A universalidade da criação é uma exigência da ideia cartesiana de Deus como ser sumamente perfeito. Entendida como perfeição, a onipotência divina requer a dependência absoluta de todas as coisas em relação a Deus enquanto causa eficiente, isto é, causa criadora. Do contrário, há uma clara negação da onipotência e, consequentemente, da perfeição divina. Pretendemos ainda mostrar que a teoria cartesiana da criação é o fundamento da teoria da livre criação das verdades eternas, que alguns intérpretes consideram incompatível com o sistema cartesiano. / This thesis aims to expose the Cartesian theory of creation, developed in Meditations. Submitting the foundations of the philosophical tradition, namely realism and idealism, to the methodical doubt, Cartesian criticism will eventually reaches out the Christian cosmology, consolidated by Thomas Aquinas on Aristotelian realism, as well as the favorable idealistic solutions to the existence of truths, essences and eternal and uncreated natures. From there, Descartes develops a conception of creation whose universality involves the idea of God, the thinking thing, the simple and universal things and the material things. The universality of creation is a requirement of the Cartesian idea of God as a supremely perfect being. Understood as perfection, divine omnipotence requires the absolute dependence of all things in relation to God while efficient cause, that is, creative cause. Otherwise, there is a clear denial of the omnipotence and consequently of the divine perfection. We also intend to show that the Cartesian theory of creation is the foundation of the theory of the creation of the eternal truths, that some interpreters consider incompatible with the Cartesian system.
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A matemática como propedêutica da “razão pura”: Platão e o lugar da matemática na crítica da razão puraSODRÉ, Felipe Arruda 07 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-07 / Capes / A pergunta central dessa tese é: qual o sentido da Matemática na Crítica da Razão Pura? Assim, antes de tudo, é preciso deixar claro que na própria pergunta está implícita a informação de que esse é um problema de Metafísica que vai ser tratado ao modo kantiano. Nesse contexto, apresentar o sentido propedêutico da Matemática representa o resgate de um tema metafísico que, apesar de presente, parece que permaneceu latente e inexplorado, pelo menos na forma como o apresentamos nessa tese. Assim, no primeiro capítulo, o nosso tema é definido e resgatado a partir de uma breve história das interpretações da filosofia de Kant. Isso, por sua vez, projeta a nossa investigação no horizonte da tradição filosófica, conduzindo-nos até Platão, através do neokantismo de Cohen. Contudo, a leitura cientificista de Cohen joga sombra sobre o nosso tema. Por isso, o nosso distanciamento de Cohen permite, ao mesmo tempo, que a nossa investigação incida diretamente sobre os Diálogos de Platão, especificamente a República. O recurso a Platão revela a estratégia argumentativa capaz de subordinar o sentido epistemológico da Matemática ao seu sentido metafísico. Isso determina um modelo interpretativo que sem comprometer-se com os princípios filosóficos de Platão serve para mostrar, no segundo capítulo, como a Matemática, ao ser submetida ao crivo da filosofia crítica, impulsiona a razão na sua totalidade a se reposicionar voltando-se sobre si mesma. O idealismo crítico da Matemática descreve o primeiro impulso propedêutico do pensamento em direção ao interior da razão pura. Portanto, no último capítulo, mostramos como o sentido metafísico da Matemática para Kant não pode servir como método para a Metafísica, mas, ao contrário, determina uma legislação negativa para a razão pura. Essa é, precisamente, a centralidade da Matemática no Idealismo Transcendental de Kant: a crítica da Matemática desencadeia o processo de educação da razão, regulando o seu uso teórico e esclarecendo o caminho metodológico da própria Filosofia. / The central question of this thesis is: what is the meaning of Mathematics in the Critique of Pure Reason? So, first of all, it must make it clear that is implicit the information in this question that this is a problem of metaphysics that will be treated to the Kantian way. In this context, to show the propaedeutic sense of the Mathematics represents to regain a metaphysical theme that, despite to be present, it appears that remained latent and unexplored, at least in the way we presented in this thesis. Thus, in the first chapter, our theme is defined and regained from a brief history of the interpretations of Kant's philosophy. This, at its turn, projects our investigation into the horizon of the philosophical tradition, leading us back to Plato, through Cohen's neo-Kantianism. However, the Cohen’s scientistic reading throws shadow over our theme. Therefore, at the same time, our detachment of Cohen allows our research focuses directly on Plato´s Dialogues, particularly the Republic. The use of Plato reveals the argumentative strategy capable of subordinate the epistemological sense of mathematics to its metaphysical sense. This determines an interpretive model that - without compromising it with the philosophical principles of Plato - goes to show, in the second chapter, how the mathematics, when submitted to the appraisement of critical philosophy, gives impulse to the reason in its totality to reposition itself coming back to itself. The critical idealism of Mathematics describes the first propaedeutic impulse of thought into the direction of the pure reason interior. So in the last chapter, we show how the metaphysical sense of Mathematics for Kant can not serve as method for Metaphysics, but rather, determines a negative legislation to the pure reason. This is precisely the centrality of Mathematics in Kant's Transcendental Idealism: a critique of mathematics triggers the education process of the reason, that regulate its theoretical use and that clarify the methodological way of the philosophy itself.
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Hegel e a ideia de um idealismo especulativo da subjetividade e da intersubjetividade / Hegel and the idea of a speculative idealism of subjectivity and intersubjectivitySilva, Manuel Moreira da 04 January 2011 (has links)
Orientador: Marcos Lutz Muller / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-17T21:37:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: A presente tese propõe-se a uma dedução especulativa da Intersubjetividade a partir da dirempção da Subjetividade na Lógica de Hegel. Para isso, busca retomar e desenvolver o programa da Lógica enquanto Filosofia especulativa pura, esboçado na Anotação ao § 17 da Enciclopédia de 1817 e no significado mais preciso da Lógica, aludido nas Preleções sobre Lógica e Metafísica ministradas em 1817. Assim, mediante a sistematização de tal significado e de uma reconfiguração dos silogismos da Filosofia, o trabalho desenvolve os significados fundamentais da Lógica como Ciência universal-formal, subjetiva e primeira, como Ciência universal-real, objetiva ou última e como Teologia especulativa. Com isso, o estudo pretende mostrar que a Intersubjetividade resulta essencialmente da dirempção do Espírito em diversos Si mesmos livres em si e para si; a qual, enquanto um momento da realização do Conceito ou da Ideia, suprassume-se imediatamente a si mesma. Desse modo, cada Si mesmo livre em si e para si suprassume sua singularidade particular desigual, com o que sua objetividade se sabe como subjetividade idêntica a si ou como universal na universalidade efetiva do outro Si mesmo, elevando-se assim à Ideia e, por conseguinte, à Comunidade ideal do Espírito. Nesta, mediante o reconhecimento do sujeito como seu membro ou enquanto cidadão do Reino de Deus, se suprassume enfim a oposição da Subjetividade e da Intersubjetividade, permitindo a emergência, ou antes, o estabelecimento da Ideia de um Idealismo especulativo da Subjetividade e da Intersubjetividade / Abstract: The present thesis proposes a speculative deduction of Intersubjectivity from diremption of Subjectivity in Hegel's Logic. For this, it searchs to retake and to develop the program of the Logic as pure speculative philosophy, sketched in the Annotation to § 17 of the Encyclopedia of 1817 and more precise meaning of Logic, alluded in Lectures on Logic and Metaphysics taught in 1817. Thus, by means of the systematization of such meaning and a reconfiguration of the syllogisms of Philosophy, this thesis provides the fundamental meanings of Logic as subjective, universal-formal and first science; as objective, universal-real or ultimate science and as speculative theology. With this, the study aims to show that the Intersubjectivity results essentially from diremption of the Spirit in divers free Selves in and for itself, which, as a moment of realization of the Concept or the Idea, immediately sublates itself. In this manner, each free Self in and for itself sublates its unequal particular singularity, with what its objectivity if knows as identical subjectivity with itself or as universal in the effective universality of the other Self, rising like the idea, and therefore for the ideal Community of the Spirit. In this, by recognizing of the subject as a member this Community or as a citizen of the Kingdom of God is finally sublates the opposition of Subjectivity and Intersubjectivity, allowing the emergence or before the establishment of the Idea of a speculative Idealism of Subjectivity and Intersubjectivity / Doutorado / Historia da Filosofia Contemporanea / Doutor em Filosofia
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A fragilidade da beleza: um estudo sobre subjetividade na composição lírica / The frailty of beauty: a study about subjectivity in lyrical compositionAlmeida , Patrícia Sheyla Bagot de 18 May 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-05-18 / In this thesis, we intend to discuss subjectivity in the formation of modern lyric, in view of its development along with German Romanticism and Idealism from the 18th century. In this sense, we start from the hypothesis that the subjectivity was fruit of the spirit of the time stuck to the development of the arts that walked faster and faster towards the formatting of the subject as mediating center and configurator of the world and of the arts. The notion of a reflective self that had arisen in political, social, and philosophical events made subjectivity appear as the essence of modernity. However, in the field of lyricism, it has slipped in the problem of the method of theories of knowledge, linked to the foundational idealism of the leap into the thinking interiority of a new ontology of the arts, to its own conception that we will call fragile beauty, The lyric was born without a lyre, within the limits of a self that experiences the present preterite of the world when it undoes its own self in unity in the materiality of the word. From this we have structured this thesis in the idealism of Fichte and Schelling, in the reflexive romanticism of Novalis and in the dialectic of Hegel like resolution of the previous idealists. The latter being the object of contestation in the position of lyrical subjectivity. Guided by the analysis of such theorists, we set out to examine the work of Dora Ferreira da Silva (1918 - 2006), demonstrating how a new subjectivity, in no way indebted to the idealists, was formed in the pages of the poet herself, her poetics being entangled by Thought, sensitivity and truth. Thus, we selected works and poems in which the question of subjectivity became visible so that we could associate subjectivity, lyrical, truth, reflection and existentiality as forms and performances of new subjectivities. / Nesta tese, pretendemos discutir a subjetividade na formação da lírica moderna, tendo em vista o seu desenvolvimento junto ao Idealismo e ao Romantismo alemão a partir do século XVIII. Neste intuito, partimos da hipótese que a subjetividade fora fruto do espírito de época preso ao desenvolvimento das artes que caminhavam cada vez mais rápido em direção à formatação do sujeito como centro mediador e configurador do mundo e das artes. A noção de um eu reflexionante que se erguera nos acontecimentos políticos, sociais e filosóficos fizeram vislumbrar a subjetividade como essência da modernidade. Entretanto, no campo da lírica, ela veio resvalando no problema de método das teorias do conhecimento, atrelada que esteve ao idealismo fundador do salto na interioridade pensante de uma nova ontologia das artes, até sua própria concepção que denominaremos de frágil beleza, ou seja, a lírica nasceu sem lira, nos limites de um eu que vivência o pretérito presentificado do mundo quando desfaz o próprio eu em unidade na materialidade da palavra. A partir disso, estruturamos esta tese no idealismo de Fichte e Schelling,
no romantismo reflexivo de Novalis e na dialética de Hegel como resolução dos idealistas anteriores. Sendo este último, objeto de contestação na posição da subjetividade lírica. Orientados pela análise de tais teóricos, partimos para o exame da obra de Dora Ferreira da Silva (1918 - 2006), demonstrando como uma nova subjetividade, em nada devedora aos idealistas, foi se formando nas páginas da própria poeta, sendo sua poética enredada por pensamento, sensibilidade e verdade. Assim sendo, selecionamos obras e poemas em que a questão da subjetividade ficasse visível para que pudéssemos associar subjetividade, lírica, verdade, reflexão e existencialidade como formas e performances de novas subjetividades.
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Das formas concretas à lógica do conceito: o papel da teoria do silogismo na ciência da lógica de Hegel / Concrete forms of the concept logic: the role of syllogism theory in the science of logic HegelZoz, Maglaine Priscila 30 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / It is not uncommon when it comes to logical thinking in Aristotelian logic and all the tradition that was accomplished later, which is considered a completed science, and that any increase seems to him unnecessary. What this paper seeks to show is a different way and possible to think about the logic, without that get stuck in a purely formal and closed construction. For this task, the prospect that Hegel gives this science will be set. Hegel's Logic has ramifications that differs from that had been conceived since Aristotle by "logic", because it is not a purely subjective logic, but whose actual truth was laid in autodeterminadora union at the same time subject and object, which can be understood as giving life to the logical processes. It is north of this research and move through their developments, comparing and analyzing in parallel some earlier approaches of logic (as in Aristotle, Kant and Fichte). We will try to expose the development of objective logic, explained in the first and second of the Science of Logic Hegel books. This is to show that reality is thought of as developed in thinking concept as unification of opposites. For this, the course has to be designed as a movement of thought, as a junction of being and thinking, of object and subject, the form and content, and presents this union the element that gives life to the course, because this is the movement in which it carries out the true concept. It is in this context that the syllogism is entered as mediates element whose function sometimes goes unnoticed, but it plays a significant role in the set. The syllogism gives the link that had been missing when it was thought the reconciliation of opposing elements, which ended up turning them into irreconcilable opposites. / Não é raro quando se trata da Lógica pensar na lógica aristotélica e toda a tradição que se efetivou posteriormente, sendo esta considerada como uma ciência finalizada e que, qualquer acréscimo lhe parece desnecessário. O que este trabalho busca mostrar é um modo diferente e possível para se pensar a lógica, sem que essa fique presa a uma construção puramente formal e fechada. Para tal tarefa, será definida a perspectiva que Hegel dá a essa ciência. A Lógica hegeliana possui desdobramentos que a distingue do que se vinha concebendo, desde Aristóteles, por Lógica", por não se tratar de uma lógica puramente subjetiva, mas cuja verdade efetiva foi assentada na união autodeterminadora ao mesmo tempo do sujeito e do objeto, o que pode ser compreendido como dar vida aos processos lógicos. Constitui o norte dessa pesquisa e percorrer os seus desdobramentos, contrapondo e analisando em paralelo algumas abordagens anteriores da Lógica (como em Aristóteles, Kant e Fichte). Trataremos de expor o desenvolvimento da Lógica Objetiva, explicitada nos livros primeiro e segundo da Ciência da Lógica de Hegel. Trata-se de mostrar que a realidade é pensada como desenvolvida no pensar do Conceito enquanto unificação dos opostos. Para isso o Lógico tem de ser concebido como um movimento do pensar, como junção do ser e do pensar, do objeto e do sujeito, da forma e do conteúdo, sendo que se apresenta nessa união o elemento que dá vida ao Lógico, pois este é o movimento no qual se realiza a verdade do Conceito. E é neste contexto que o Silogismo é inserido como elemento mediatizante, cuja função por vezes passa despercebida, mas que tem um papel significativo no conjunto. O silogismo dá o elo que vinha faltando quando se pensava na conciliação de elementos opostos, o que acabava os transformando em opostos inconciliáveis.
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Utrikespolitisk idealism möter svenska exportintressen : En undersökning om realpolitiska och normativa intressen i svensk utrikespolitikLundin, Mimmi January 2018 (has links)
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La finitude infinie et ses figures : considérations philosophiques autour de la radicalisation de la finitude originaire chez Derrida / Infinite Finitude and its figures : philosophical considerations on the radicalization of originary finitude in Derrida’s workJullien, Stanislas 17 November 2014 (has links)
Cette thèse a l’allure d’une géographie de l’historial visant à cartographier le site où la philosophie atteint sa fin. Une telle géographie obéit à, au moins, deux contraintes matricielles. La première contrainte exige de décrire le site en vue de le localiser : notre thèse consistera alors à poser que le site en question ne pourra être occupé que par la finitude infinie car c’est seulement en elle que résiderait son avoir-Lieu matinal ; avoir-Lieu par où la finitude devra pousser son originarité créatrice jusqu’à libérer en elle une infinité affectée en retour d’un sens inédit. La seconde contrainte exige de défricher des territoires textuels permettant d’exhiber le système de coordonnées conceptuelles susceptible de cartographier le site de la FI : notre thèse consistera alors à poser que c’est le territoire élaboré par Derrida qui héberge en lui la cartographie natale de la FI en raison de l’intervention à la fois inaugurale et structurale de la FI sur ce territoire. Dès lors, séjourner dans l’unité articulée de ces deux contraintes exigera d’endurer l’installation spéculative dans la proposition cardinale suivante : la finitude infinie est la déconstruction. Cette endurance se donnera pour tâche de re-Marquer la FI sur le territoire derridien en (re)construisant d’une part le plan d’intelligibilité de la FI à travers l’agencement de ces deux lignes directrices (phénoménologico-Transcendantale et thanatologico-Transcendantale) et d’autre part, en montrant que si la FI confronte le territoire derridien à une charge aporétique opérant comme un pharmakon, cette pharmacologie pourrait libérer des figures inédites de la finitude infinie – figures herméneutiques (Heidegger) et spéculatives (Hegel). / We set out to construct a geography of historical aiming to cartograph the site where philosophy reaches its end. In so doing, two main constraints at least have to be taken into account. We first have to describe the site in order to locate it. We argue that the site in question can only be occupied by infinite finitude, for it is our assumption that only infinite finitude holds its inaugural taking-Place, a taking-Place wherein infinite finitude will have to push its creative originarity so far as to release in itself an infinity that will be affected in return by a novel meaning. Secondly, we have to break new ground in textual territories, which will enable us to uncover the system of conceptual coordinates that will make it possible to cartograph the site of infinite finitude. We argue that it is the territory constructed by Derrida that hosts the native cartography of infinite finitude because of the intervention, both inaugural and structural, of infinite finitude on that territory. It follows that, in order to dwell in the articulated unit of these two constraints, we have to maintain a speculative posture in the following cardinal proposition: infinite finitude IS deconstruction. This posture makes it possible to delineate and re-Inscribe infinite finitude on the Derridean territory by (re)constructing a plane of intelligibility through the combination of both the phenomenologico-Transcendental and thanatologico-Trancendental axes on the one hand; by showing, on the other hand, that if infinite finitude confronts the Derridean territory with an aporetic charge operating as a pharmakon, that pharmacology could release novel figures of infinite finitude - hermeneutic (Heidegger), as well as speculative (Hegel), ones.
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