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O Paternalismo nas organizações brasileiras: reflexões à luz da análise cultural de empresas do pólo têxtil de americanaMoreira, Carlos Augusto Amaral 03 March 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-03-03T00:00:00Z / This thesis tries to discuss the present times of the paternalism as a cultural trait of the Brazilian organizations. Recovering the Brazilian cultural roots and being supported by established anthropological, sociological and psychoanalytical papers, it establishes a central hypothesis that the paternalism can be found nowadays, in Brazil, not only in small companies, where the paternal control is predominant, but also in bigger and more complex companies, with a tendency towards the development of a maternal control system, where the paternalism would give rise to a Brazilian control version. Ethnographic field research, made in three distinct extent companies from the Textile Pole of Americana-SP, showed favorable signs for the central hypothesis, presenting, however, important peculiarities which, the same way as give permission to refine it, it also indicates tracks for new studies. At the smaller and less complex company, the paternalism was shown in its most known way, in the practices either affectionate or severe of the company’s directors. At more complex companies, we could note the expression of the parents’ action that regulates their sons’ joy. The protective and the violent side are revealed in the moment that the mother’s love access is given or restricted. In the three studied cases, the paternalism appears with its warm side significantly predominant in relation to the violent side, what it seems to be an element associated with the success experienced by such companies. / Esta tese procura discutir a atualidade do paternalismo enquanto traço cultural das organizações brasileiras. Resgatando as raízes culturais brasileiras e apoiando-se em trabalhos de fundamentação antropológica, sociológica e psicanalítica, estabelece uma hipótese central de que o paternalismo possa ser encontrado hoje, no Brasil, tanto em empresas pequenas, onde predomina o controle de tipo paterno, quanto em empresas maiores e mais complexas, com tendência ao desenvolvimento de um sistema de controle de tipo materno, onde o paternalismo daria origem a uma versão abrasileirada deste. Pesquisa de campo de cunho etnográfico, realizada em três empresas de portes distintos do Pólo Têxtil de Americana-SP, mostrou indícios favoráveis à hipótese central, apresentando, todavia, importantes peculiaridades que, ao passo que permitem refiná-la, indicam trilhas para novos estudos. Na empresa de menor porte e complexidade, o paternalismo mostrou-se da maneira mais conhecida, nas práticas ora carinhosas, ora severas dos diretores da empresa. Nas empresas mais complexas, pudemos notar a expressão da ação dos pais que regulam o gozo dos filhos. A face protetora e a face violenta se revelam na medida em que se dá ou se restringe acesso ao amor da mãe. Nos três casos estudados, o paternalismo aparece com sua face afetiva predominado significativamente em relação à face violenta, o que parece ser elemento associado ao sucesso experimentado por tais empresas.
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