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Determinantes sociais da distribuição espacial das hospitalizações por doenças do aparelho respiratório em Salvador,Ba.Antunes, Fernanda Pedro January 2011 (has links)
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Diss_Fernanda Antunes_.pdf: 1373501 bytes, checksum: e137670ba6e6cc9c457242065964b134 (MD5) / As doenças do aparelho respiratório (DAR) representam um importante problema de saúde para a população brasileira, assim como para a capital baiana, o que aponta para a necessidade de estratégias efetivas para o controle da situação. Reconhecendo o papel dos determinantes sociais sobre a situação de saúde e a existência de iniquidades em saúde, buscou-se identificar a distribuição espacial das internações por DAR e seus principais diagnósticos (asma, DPOC e pneumonia) e seus determinantes sociais com o intuito de contribuir para a formulação de políticas mais efetivas e equânimes. Inicialmente, a fim de explorar a situação das hospitalizações por DAR e seus tipos em Salvador, realizou-se um estudo de série-temporal, a partir de fontes do IBGE e do Sistema de Informações Hospitalares/DATASUS. Mediante análises de Regressão Linear Simples verificou-se a redução das taxas de internação por DAR em Salvador, entre os anos 1998 e 2009, sendo mais acentuado em crianças até cinco anos. Possivelmente, esses achados possam ser explicados pela melhoria nas condições de vida da população, elevadas coberturas alcançadas com a vacina Hib e pelo controle do sarampo, visto que pneumonia é a complicação mais frequente deste vírus. Dentre as patologias, as hospitalizações por asma foram as que apresentaram maior queda no período, enquanto aquelas por pneumonia exibiram redução mais acentuada até 2002, tendendo posteriormente à estabilidade. Internações por DPOC permaneceram inalteradas. O alcance dos demais objetivos foi possível a partir do uso do espaço como categoria de análise. Os dados socioeconômicos foram obtidos do Censo de 2000, e consistiram em informações sobre renda, educação, rede de abastecimento de água, saneamento, coleta de lixo, índice de GINI, proporção de favelas, aglomeração intradomiciliar e quantidade de postos e centros de saúde, para cada Zona de Informação (ZI), divisão geográfico-administrativa de Salvador. Inicialmente realizou-se o geoprocessamento dos endereços de residência dos pacientes por ZI, calculando-se as taxas de internação por DAR e seus tipos para cada ZI. Estas foram posteriormente estratificadas em quartis a partir da situação de condições de vida (elevada, intermediária, baixa e muito baixa), calculadas por um indicador composto construído a partir das variáveis: renda, educação, favelas, saneamento e aglomeração familiar. A partir da estratificação das ZIs foi possível verificar a existência de um forte gradiente social, mesmo após padronização por idade, reforçando a idéia de que os aspectos socioeconômicos são determinantes das hospitalizações das doenças respiratórias e seus tipos. A partir dos diferentes acessos às condições materiais de existência, os indivíduos experienciam diferenciais de exposição e vulnerabilidades, resultando nas iniquidades. Observou-se que enquanto as desigualdades entre as taxas de pneumonia dos estratos reduziram, as de asma e DPOC aumentaram. O Índice de Moran confirmou autocorrelação espacial das taxas de internações por DAR, demonstrando a influência da vizinhança sobre as mesmas. A identificação de associação entre os determinantes sociais e as taxas foi realizada através de regressão linear bivariada e multivariada. Os resultados confirmaram a importância dos DSS
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sobre as internações por DAR, asma e pneumonia, apresentando o índice de Gini, número de centros de saúde da atenção básica e renda como os mais importantes. Populações que moram em áreas da cidade com níveis de escolaridade e renda mais baixos apresentaram maior risco de internar-se por DAR e seus tipos. O maior número de Centros de Saúde foi acompanhado de maiores taxas de internação por DAR, asma e pneumonia. Este inesperado efeito inverso pode ser resultante da incapacidade dessas unidades na resolução dos problemas de saúde da população. A aglomeração intradomiciliar não exerceu nenhuma influência sobre as taxas de hospitalizações por doenças respiratórias, asma e pneumonia. Estes resultados auxiliam na tomada de decisão dos gestores no redirecionamento das intervenções para as áreas-problemas e na definição de medidas efetivas e intersetoriais para o combate das iniquidades em saúde.
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