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Avaliação da qualidade de vida e de indicadores assistenciais de pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico

Morsch, Cássia Maria Frediani January 2002 (has links)
As medidas de qualidade de vida (QV) indicam o quanto a doença limita a capacidade de desempenhar um papel “normal”. Elas não substituem as medidas de resultados clínicos associados à doença, mas são complementares a elas. Inúmeros instrumentos têm sido utilizados para avaliar a QV em pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC), entre eles o Medical Outcome Study Short Form 36 – Item Health Survey (SF-36). Este trabalho tem como objetivo avaliar a percepção da QV de pacientes com IRC em tratamento hemodialítico através do SF-36 e sua relação com indicadores assistenciais – Kt/V, Hematócrito (Ht) e Albumina Sérica (As), e com o grau de morbidade, através do Índice de Severidade da Doença Renal (ISDR). Foram acompanhados 40 pacientes com IRC em hemodiálise há mais de três meses, durante 12 meses. Os pacientes foram avaliados em relação às características sócio-demográficas, etiologia da IRC, ISDR, indicadores assistenciais e percepção da QV no início e ao término do acompanhamento. A média de idade dos pacientes foi 50,5±17 anos, sendo que 37,5% apresentavam idade superior a 60 anos e 29% tinham Diabete Melito como causa da IRC. Durante o seguimento, seis (15%) pacientes foram a óbito e três (7,5%) foram submetidos a transplante renal. A média dos escores de ISDR dos sobreviventes foi menor que a dos que faleceram, assim como nos pacientes não diabéticos comparados aos diabéticos. A razão de chances de óbito para cada ponto do ISDR foi de 1,09 (IC 95% :1,02 – 1,18 - P = 0,0093) Os indicadores assistenciais não foram associados à mortalidade. Os homensapresentaram escores de QV maiores na maioria doscomponentesdo SF-36. Pacientes com mais de umano de tratamento tiveram melhores resultados em Estado Geral de Saúde (P=0,004), Aspectos Emocionais (P=0,033). Os pacientes com menor grau de escolaridade perceberam seu EstadoGeral de Saúde deforma mais positiva (P=0,048). Os pacientesque forama óbito e os diabéticos apresentaram uma percepção pior emrelação àCapacidade Funcional (P=0,05). Houve correlação de Capacidade Funcional com AS (r= 0,341, P<0,05) e com Ht (r= 0,317, P<0,05). O Kt/V não se relacionou com QV. O ISDR relacionou-se com Capacidade Funcional (r= -0,636, P<0,001), Aspectos Físicos (r= -0,467, P<0,005) e com Aspectos Emocionais (r= -0,352, P<0,05). A amostra estudada é constituída de um grande percentual de pacientes idosos, diabéticos e com escores elevados de ISDR. Os resultados referentes aos indicadores assistenciais não foram associados à mortalidade, possivelmente em função do tamanho da amostra. Tiveram melhores resultados em QV, os homens, os pacientes com baixa escolaridade, os com mais de um ano de tratamento e os não diabéticos. É importante considerar que há uma relação estreita entre QV e morbidade e mortalidade. Esta conexão parece óbvia porque muitos fatores, incluindo indicadores medidos na prática clínica, como Hematócrito e Albumina, influenciam esses parâmetros.
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Insuficiência renal aguda em pacientes com Síndrome Hellp

Dorigoni, Sílvia Maria January 2001 (has links)
A síndrome HELLP ocorre em gestantes ou puérperas e é caracterizada pelo surgimento de hemólise, elevação de enzimas hepáticas e plaquetopenia. Desenvolve-se em aproximadamente 10% das gestantes com pré-eclampsia, sendo mais freqüente entre a 22a e 36a semanas de gestação. Insuficiência renal aguda é uma complicação freqüente e grave nessas pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar, em pacientes com síndrome HELLP, a prevalência de insuficiência renal aguda e estudar fatores a ela associados. Foram estudadas 49 gestantes com síndrome HELLP, internadas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de janeiro de 1990 a fevereiro de 2000. A elevação da creatinina sérica acima de de 1,5 mg/dl foi o critério utilizado para definir insuficiência renal aguda. As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo 1-pacientes que apresentaram insuficiência renal aguda e Grupo 2-pacientes que não apresentaram alteração da função renal. O Grupo 1 foi constituído de 23 pacientes (46,9%), dos quais 13 pacientes (26,6%) recuperaram gradualmente a função renal e 10 pacientes (20,4%) necessitaram de tratamento dialítico. Dos pacientes submetidos à diálise, três pacientes recuperaram função renal e 3 permanecem em hemodiálise crônica (6,1%) por danos renais irreversíveis. Ocorreram 6 óbitos (12,2%): 5 (10,2%) deles nas pacientes do grupo que desenvolveu insuficiência renal. Concluímos que a insuficiência renal aguda e crônica foi uma complicação freqüente e grave da síndrome HELLP nas gestantes estudadas. As pacientes submetidas à diálise apresentaram maior morbimortalidade e pior prognóstico. Essa situação pode levar à insuficiência renal terminal com necessidade de diálise crônica indefinidamente, com graves repercussões clínicas, econômicas e sociais.
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Utilidade da ultra-sonografia e cintilografia da paratireóide no diagnóstico do hiperparatireoidismo secundário em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise

Karohl, Cristina January 1998 (has links)
A osteodistrofia renal é uma complicação comum da insuficiência renal crônica. A biópsia óssea continua sendo o melhor método para o diagnóstico das doenças ósseas metabólicas. O objetivo deste estudo foi avaliar a utilidade da ultra-sonografia e da cintilografia com Tc-99m-sestamibi da paratireóide, como métodos diagnósticos não invasivos em pacientes com osteodistrofia renal em hemodiálise. Foram investigados 30 pacientes com insuficiência renal crônica, em tratamento com hemodiálise por no mínimo 6 meses, com sintomas e/ou com alterações bioquímicas sugestivas de doença óssea renal, sendo 19 mulheres e 11 homens, com média de idade de 43,9  9,17 anos. Quinze pacientes (50%) apresentaram diagnóstico de hiperparatireoidismo secundário, 5 (16,7%) de doença óssea mista, 3 (10%) de osteomalácia e 3 (10%) de doença óssea adinâmica. Glândulas aumentadas da paratireóide foram observadas em 12 (40%) pacientes na ultra-sonografia e em 15 (50%) na cintilografia com Tc-99m-sestamibi. O grupo de pacientes com glândulas aumentadas da paratireóide na ultra-sonografia, comparado com o grupo com glândulas não detectadas, apresentaram níveis séricos de PTHi aumentados (1536,6  881,8 x 811,7  705,5 pg/ml, p<0,05) e níveis séricos de albumina menores (3,690,24 x 4,030,44 g/dl, p<0,05). Todos os pacientes com níveis séricos de PTHi inferiores a 280 pg/ml apresentaram ecografias da paratireóide com resultados normais. Nove de 12 pacientes (83,3%), com ultra-sonografia com glândulas aumentadas da paratireóide, apresentavam níveis de PTHi superiores a 720 pg/ml. Ultra-sonografia mostrando glândulas aumentadas da paratireóide apresentou uma sensibilidade de 50%, uma especificidade de 66% e um valor preditivo positivo de 83% para o diagnóstico de doenças de alto remanejamento ósseo. Em relação aos resultados das cintilografias de paratireóide com Tc-99m-sestamibi, não houve diferenças nas médias dos níveis de PTHi entre os pacientes com ou sem glândulas aumentadas da paratireóide, assim como para os outros exames bioquímicos. Quando comparado aos níveis de PTHi, 2 pacientes apresentaram resultados positivos na cintilografia com PTHi inferior a 280 pg/ml e 8 (53,4%) acima de 720 pg/ml. Semelhante aos resultados das ultra-sonografias, a sensibilidade, a especificidade e o valor preditivo positivo da cintilografia para o diagnóstico das doenças de alto remodelamento ósseo foram baixos, 50%, 33% e 71%, respectivamente. Podemos concluir que a ultra-sonografia e a cintilografia com Tc-99m-sestamibi da paratireóide não foram bons métodos para o diagnóstico de doenças ósseas com alto remodelamento, no entanto, a ultra-sonografia da paratireóide foi superior a cintilografia com Tc-99m-sestamibi na detecção de glândulas aumentadas, sugerindo ser um marcador mais útil de gravidade em pacientes sintomáticos com hiperparatireoidismo secundário severo.
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Resposta cronotrópica ao exercício em pacientes com insuficiência renal crônica em programa de hemodiálise

Moreira, Paulo Ricardo January 2003 (has links)
Resumo não disponível
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Insuficiência renal aguda em pacientes após acidente com lagartas da espécie lonomia oblíqua

Gamborgi, Geni Portela January 2004 (has links)
Resumo não disponível
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Alterações ultra-estruturais do miocárdio determinadas pela hipoxemia crônica secundária à anemia decorrrente da insuficiência renal crônica

Sarturi, Péricles Serafim January 2007 (has links)
Objetivo: Estudo transversal prospectivo para determinar as alterações ultraestruturais do miocárdio devido a hipoxemia crônica secundária à anemia decorrente da doença renal crônica em pacientes em programa dialítico. Material e métodos: Foram selecionados quatorze pacientes urêmicos, sendo doze pacientes anêmicos e dois não anêmicos em uso de eritropoietina humana recombinante. Dois pacientes não urêmicos serviram como controle. Todos os pacientes utilizaram com critério de exclusão obstrução coronariana ≥ 70% à cineangiocoronariografia. Realizaram-se biópsias de septo interventricular esquerdo do miocárdico que foram avaliadas por microscopia óptica e eletrônica de transmissão. Utilizou-se o método de Carnoy para contagem e medidas das ultraestruturas do miocárdio. Foram consideradas estatisticamente significativas as diferenças cujo valor de p fosse ≤ 0,05. Resultados: Nos 16 pacientes incluídos no estudo, a média dos hematócritos e hemoglobinas dos pacientes urêmicos e não urêmicos foram 29,3±5,4% e 46,5±0,7% e 9,5±1,9 g% e 15,5±0,35 g%, respectivamente (p< 0,05). Dos quatorze pacientes urêmicos, doze eram anêmicos e dois não anêmicos, a média dos hematócritos e hemoglobinas foram 27,7±3,7% e 39,0±4,2% e 9,0±1,3 g% e 12,8±1,7 g%, respectivamente (p<0,05). As demais variáveis: idade, sexo, fração de ejeção e outras, não diferiram entre os grupos estudados. O número de mitocôndrias foi significativamente maior quando comparou-se os grupos de pacientes urêmicos com os não urêmicos (p<0,05), o mesmo ocorrendo quando comparou-se os grupos de pacientes urêmicos anêmicos com os não anêmicos (p<0,05). Nas alterações na forma das mitocôndrias, houve diferença com significância estatística entre os grupos de pacientes urêmicos e não urêmicos (p<0,05), porém esta não ocorreu quando comparou-se os grupos de pacientes urêmicos anêmicos com os não anêmicos (p>0,05). Na análise das fibras miocárdicas observou-se alterações morfológicas das bandas Z e H comparando-se os pacientes urêmicos com os não urêmicos (p<0,05) e os pacientes urêmicos anêmicos com os não anêmicos (p<0,05). Encontrou-se uma correlação inversa e forte entre o número de mitocôndrias, com os níveis de hematócrito e hemoglobina (r=-0,70, p<0,001 e r=-0,69, p<0,001), respectivamente. Conclusões: Nesta amostra de pacientes com doença renal crônica em programa de terapia renal substitutiva e com diferentes níveis de hematócrito e hemoglobina, encontrou-se alterações ultra-estruturais, na forma e número das mitocôndrias e na morfologia das bandas Z e H das células miocárdicas, possivelmente como uma conseqüência adaptativa à hipoxemia crônica secundária a anemia decorrente da insuficiência renal crônica.
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Revelando e estratificando a disfunção diastólica em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise : papel do aumento da pré-carga por elevação dos membros inferiores na avaliação por doppler pulsado tissular

Freitas, Valéria Centeno de January 2004 (has links)
Resumo não disponível.
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Estudo da atividade das enzimas NTPDase e 5'-nucleotidase e do perfil oxidativo em pacientes com insuficiência renal crônica

Silva, Adriane Cismoski da January 2008 (has links)
As anormalidades hemostáticas são comumente encontradas em pacientes com doença renal. Ambos, sangramento e estados pró-trombóticos, podem ser observados em pacientes com doença renal crônica (DRC). O principal papel das plaquetas é assegurar a hemostasia primária, a manutenção da integridade do vaso e cessar o sangramento após uma injúria. As plaquetas também estão envolvidas na trombose arterial aguda, na inflamação, na aterosclerose, e na angiogênese. Quando as plaquetas são ativadas elas se aderem à matrix endotelial onde ocorre a ativação e a liberação de agonistas secundários tais como o ATP, ADP, tromboxano A2, serotonina e outras substâncias biologicamente ativas. O ADP possui um papel crucial na ativação plaquetária, atuando em receptores P2. Está liberação pode ser responsável pela ativação, recrutamento e indução da agregação adicional de plaquetas no microambiente de lesão no vaso. Assim, o metabolismo do ADP no sangue é um importante mecanismo de regulação da função plaquetária. A NTPDase (ecto-CD39) hidrolisa o ATP e ADP extracelulares formando monofosfato de adenosina (AMP), que é subseqüentemente convertido para adenosina pela ação da enzima 5’- nucleotidase (CD73). O objetivo deste estudo foi explorar a relação entre a disfunção plaquetária na uremia com as anormalidades hemostáticas e a severidade na doença renal em pacientes com insuficiência renal crônica sob tratamento conservador ND (pacientes que não realizam hemodiálise) e HD (pacientes que realizam hemodiálise) comparando com indivíduos normais de mesma faixa etária. Os resultados demonstraram um aumento na atividade da NTPDase em plaquetas de pacientes HD (52,88%) com o substrato ATP. A hidrólise do ADP apresentou-se diminuída (33,68% e 39,75%) em HD e ND pacientes, respectivamente. Além disso, a atividade da 5’-nucleotidase mostrou-se elevada em HD (160%) e ND (81,49%) quando comparado com o grupo controle. Correlações significativas foram encontradas entre a hidrólise do ATP, ADP e AMP e os níveis plasmáticos de creatinina e uréia. Foram realizadas comparações entre o tempo de hemodiálise a que os pacientes estavam submetido e a alterações na hidrólise dos nucleotídeos ATP, ADP e AMP. Encontrou-se aumento na atividade da NTPDase com substrato ATP, diminuição com o substrato ADP e aumento da atividade da 5´-nucleotídase entre 49 e 72 meses em paciente HD. Os resultados sugeriram que as alterações na hidrólise dos nucleotídeos em plaquetas podem contribuir para anormalidades hemostáticas em pacientes com DRC, podendo realçar o risco de complicações tromboembólicas e aterosclerose acelerada em pacientes com DRC. Podemos inferir que tanto a uremia como a hemodiálise têm influência nas desordens hemostáticas apresentadas nesses pacientes, e descritas nesse trabalho. Os conhecimentos sobre estresse oxidativo e seu papel como importante cofator contribuindo para disfunção endotelial, inflamação, aterosclerose e glomeruloesclerose têm substancialmente aumentado nos últimos anos. A doença cardiovascular (DCV) é a maior causa de morte em pacientes com insuficiência renal, sendo que cerca de 50% de todas as mortes em pacientes com terapia substitutiva e que receberam transplante renal estão relacionadas a DCV. A mortalidade por DCV em pacientes com insuficiência renal é aproximadamente 9% por ano, o que chega a ser 30 vezes maior do que da população em geral. O estresse oxidativo é definido como um desequilíbrio entre a formação de espécies reativas de oxigênio (ROS) e os mecanismos de defesa antioxidante. Nos últimos anos, foi estudado o efeito biológico das ROS, e, em estudos clínicos e experimentais recentes, foram notados sinais de estresse oxidativo em pacientes renais. No entanto, a influência da uremia e do procedimento de hemodiálise não foi elucidada. Nesse estudo, avaliou-se a influência da uremia e da hemodiálise sobre o estresse oxidativo e a atividade da enzima delta aminolevulinato deidratase (δ- ALA-D) em pacientes com DRC em HD e ND comparando com o grupo controle. Observou-se um aumento na peroxidação lipídica em soro de pacientes HD e ND. O nível de TBARS em hemácias foi elevado somente em pacientes HD. A atividade da catalase mostrou-se aumentada (83,56% e 61,23%) em pacientes HD e ND, respectivamente. Neste estudo, demonstrou-se a inibição da atividade da δ- ALA-D em pacientes HD e ND quando comparado ao grupo controle. Observouse, uma correlação positiva entre δ-ALA-D e δ-ALA-D/DTT com a quantidade de hemoglobina (r= 0.55, r= 0.42), respectivamente, e também observou-se uma correlação entre δ-ALA-D e δ-ALA-D/DTT e o nível de TBARS em eritrócitos (r= - 0.54, r= -0.51), respectivamente. Além disso, uma correlação negativa foi encontrada entre δ-ALA-D ou δ-ALA-D/DTT e a atividade da enzima CAT (r= - 0.63, r= -0.5), respectivamente. Nesse trabalho, demonstrou-se que a uréia pode ser o principal fator na geração de estresse oxidativo em pacientes com DRC. Além disso, a inibição da atividade d-ALA-D foi positivamente correlacionada com níveis de hemoglobina, demonstrando o papel fundamental da enzima d-ALA-D na biossíntese do heme e no desenvolvimento de anemia em pacientes com CRF. Estudos descreveram que o acúmulo de d-ALA pode levar ao aumento do estresse oxidativo, e a diminuição da eficiência nos mecanismos de defesa celular contra as espécies reativas de oxigênio pode levar a peroxidação lipídica e também a inibição da atividade da d- ALA-D, com concomitante alteração na síntese do heme, formando assim um ciclo de destruição. Esse estudo demonstrou várias alterações em pacientes com insuficiência renal crônica, sendo que muitas delas ajudam a explicar a tendência a desenvolver doença cardiovascular precoce nesses pacientes. / Hemostatic abnormalities are commonly found in patients with renal failure. Both a bleeding diathesis and the uremic prothrombotic state may be caused by renal disease. The main role of blood platelets is to ensure primary hemostasis, which is the maintenance of vessel integrity and cessation of bleeding upon injury. While playing a major part in acute arterial thrombosis, platelets are also involved in inflammation, atherosclerosis, and angiogenesis. When platelets are undergo activation first adhere to the subendothelial matrix where they become activated and release secondary agonists such as ATP, ADP, thromboxane A2, serotonin and several other biologically active substances. ADP and ATP play a crucial role in platelet activation, acting through P2 receptors. This release may be responsible for the activation, recruitment, and induction of aggregation of additional platelets in the microenvironment. Thus, the metabolism of ADP in the blood is important for the regulation of platelet functions. NTPDase (ecto-CD39) is that hydrolyzes extracellular adenosine tri- and diphosphate (ATP, ADP) to adenosine monophosphate (AMP), which is subsequently converted into adenosine by 5’- nucleotidase (CD73). The objectives of this study were to explore the relations between platelet dysfunction in uremia with hemostatic abnormalities and the severity of kidney disease in patients with CRF under conservative treatment (nondialysed - ND) and hemodialysis (HD) treatment companing to heathy subjects with the same age. The activities of the enzymes NTPDase and 5´-nucleotidase were analyzed in platelets from patients with chronic renal failure (CRF), both undergoing hemodialysis treatment (HD) and not undergoing hemodialysis (ND), as well as from a control group. The results showed an increase in platelet NTPDase activity in CRF patients on HD treatment (52.88%) with ATP as substrate. ADP hydrolysis was decreased (33.68% and 39.75%) in HD and ND patients, respectively. In addition, 5’-nucleotidase activity was elevated in the HD (160%) and ND (81.49%) groups when compared to the control group. Significant correlation was found among ATP, ADP and AMP hydrolysis and plasma creatinine and urea levels. Patients were compared statistically according the time of hemodialysis treatment. We found enhanced NTPDase with ATP substrate and decrease with ADP substrate, and increase in 5’-nucleotidase activity between 49 and 72 months on HD patients. Our results suggest the existence of alterations in nucleotide hydrolysis in platelets, which might contribute to abnormal homeostasis in renal failure patients, thus and the enhanced risk of thromboembolic complication and accelerated atherosclerosis in patients with renal failure. Our knowledge about stimuli and sources of oxidative stress, and about its role as an important cofactor contributing to endothelial dysfunction, inflammation, atherosclerosis and glomerulosclerosis has substantially increase over the last years. Cardiovascular disease (CVD) is the major cause of death in patients with renal insufficiency, accounting for 50% of all deaths in renal replacement therapy patients and in recipients of renal transplants. Mortality from CVD in patients with renal insufficiency is approximately 9% per year, which is about 30 times the risk in the general population. Oxidative stress defines an imbalance between formation of reactive oxygen species (ROS) and antioxidative defense mechanisms. In view of the profound biological effects of ROS, in recent years numerous clinical and experimental studies focused on detection of signs of oxidative stress in renal patients. However, the influence of uremia and the hemodialysis procedure, respectively, has not been elucidated. Oxidative stress has been implicated in long-term complications including anemia, amyloidosis, accelerated atherosclerosis, and malnutrition. In this study, we studied the influence of uremia and hemodialysis on oxidative stress and δ-aminolevulinic acid dehydratase (δ-ALA-D) activity in patients with CRF on HD treatment, in patients ND and in a control group. An increased lipid peroxidation was observed in the serum of HD and ND patients, as measured by TBARS serum levels. However, erythrocytic TBARS was only elevated in HD patients. The activity of catalase was increased (83.56%, 61.23%) in HD and ND groups, respectively. This study also showed an inhibition Blood δ--ALA-D activity of HD and ND patients was significantly lower when compared with the control group. A positive correlation was also observed between δ-ALA-D or δ-ALA-D/DTT with hemoglobin (r=0.55, r=0.42), respectively, and a negative correlated were observed between δ-ALA-D or δ-ALA-D/DTT with TBARS level in erythrocytes (r= - 0.54, r=-0.51), respectively. Furthermore, a negative correlation was found between δ-ALA-D or δ-ALA-D/DTT and CAT activity (r= -0.63, r= -0.5), respectively. In this study, it was shown that uremia itself could be the principal factor in generating oxidative stress in CRF patients. Furthermore, the inhibition of d-ALA-D activity was positively correlated with hemoglobin levels, showing the fundamental role of this enzyme in heme biosynthesis and the development of anemia in patients with CRF. Studies reported that the accumulation of d-ALA may lead to increased oxidative stress. In addition an existence of a decreased efficiency in the mechanisms of cellular defense against reactive oxygen species can lead to lipid peroxidation and inhibition of the activity of d-ALA-D with concomitant change in the synthesis of heme, thus forming a cycle of destruction. This study showed several changes in patients with chronic renal failure, which may to explain the tendency to develop cardiovascular disease in these patients early.
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A vivencia do doente renal cronico em hemodialise : significados atribuidos pelos pacientes

Campos, Claudinei José Gomes, 1963- 26 February 2002 (has links)
Orientador : Egberto Ribeiro Turato / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-01T13:01:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Campos_ClaudineiJoseGomes_D.pdf: 15770280 bytes, checksum: c989694dfcbfb63acb4045f9225cb5d4 (MD5) Previous issue date: 2002 / Resumo: o tratamento de hemodiálise realizado por doentes renais crônicos é sabidamente conhecido na literatura como desgastante e impõe a estes indivíduos uma série de limitações no âmbito biológico, psicológico e social. Este trabalho objetivou estudar como os doentes renais vivenciam a experiência do tratamento de hemodiálise, num serviço especializado de um Hospital Público Universitário. Como objetivos específicos procurei analisar e compreender o significado que o paciente atribui ao seu tratamento; conhecer as limitações de âmbito biopsicossociais experimentados pelo doente renal em hemodiálise e compreender como lidam com elas, além de analisar, sob o ponto de vista do paciente, como percebe o atendimento dispensado a ele pelos profissionais de saúde desta área e suas relações interpessoais. O método utilizado foi o clínicoqualitativo, utilizando como instrumento de coleta de dados a técnica de entrevista semi-estruturada. Obtive uma amostra de sete pacientes selecionados por amostragem intencional e saturação de dados, sendo que as entrevistas foram gravadas em áudio e literalmente transcritos o conteúdo das mesmas, utilizou-se como técnica de tratamento do material, a análise de conteúdo temática. Como resultado, obtive cinco categorias segundo: 1) as vivências e significados da hemodiálise para o paciente, 2) aspectos psicológicos envolvidos, 3) restrições físicas e sociais impostas pela doença e tratamento, 4) a relação equipe multidisciplinar/paciente em hemodiálise e 5) a questão do transplante renal sob a ótica do doente renal crônico em hemodiálise. Concluo que o doente renal crônico apresenta significações as mais diversas ao tratamento de hemodiálise e as interpreta segundo suas crenças ou individualidade, sendo que a questão da sobrevivência surgiu como significado principal para tal evento. A doença renal e o tratamento de hemodiálise suscitam no indivíduo alterações emocionais de variados graus, que podem interferir no andamento do tratamento. Os pacientes apresentam, em relação à vivência no campo social, dificuldades no setor profissional, na relação com amigos e familiares, além de certa discriminação social. Na relação interpessoal com a equipe multidisciplinar, os pacientes referem necessitar:.. de maior atenção e mais tempo para serem ouvidos. Em alguns pacientes, surgiram sentimentos de medo e ambivalência sobre a possibilidade de realização de um transplante renal e desconfiança em relação a lei de transplantes, implantada no país / Doutorado / Saude Mental / Doutor em Ciências Médicas
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Acidose metabólica e estado nutricional de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise

Maria Couto Santos, Eduila 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:00:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4035_1.pdf: 2267829 bytes, checksum: b620c761a8a9a4516d4f657ff333ba79 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / A insuficiência renal crônica (IRC) constitui sério problema de saúde em todo mundo, com incidência crescente e elevada morbimortalidade. Com a perda da função renal, ocorre uma progressiva redução na excreção de ácidos e conseqüente desenvolvimento de acidose metabólica (AM), principalmente em estágios mais avançados da IRC. A terapia dialítica deveria ser suficiente para compensar a geração de ácidos, no entanto, um número significativo de pacientes permanece acidóticos. Evidências na literatura têm demonstrado que a AM é um importante fator na etiologia da desnutrição em pacientes com IRC por estimular a degradação protéica e a oxidação de aminoácidos. Considerando que a AM resulta em conseqüências negativas a pacientes com IRC, este estudo visa determinar a prevalência e os fatores implicados na AM em pacientes submetidos à hemodiálise, além de verificar o efeito da correção da acidemia sobre os parâmetros nutricionais e bioquímicos, sendo os resultados apresentados na forma de artigo de divulgação científica. De acordo com a regressão linear, o Índice de Massa Corpórea (IMC) foi o único fator determinante da AM (r2=0.51, p<0.05), apresentando uma correlação negativa (r=-0.413, p=0.023). Após a correção da AM, o bicarbonato sérico e o pH venoso aumentaram de 18.20 ± 1.64 para 22.00 ± 1.70 (p< 0.001) e de 7.32 ± 0.45 para 7.37 ± 0.41 (p<0.001), respectivamente. Houve melhora da Avaliação Subjetiva Global-ASG (21.7 ± 6.4 versus 16.8 ± 6.6, p<0.001) e aumento na ingestão calórica (1892.61 ± 454.30 versus 2110.30 ± 869.24, p<0.05). Nossos resultados demonstram que a manutenção do nível de bicarbonato sérico > 22mMol/L deveria ser objetivo na conduta de pacientes em hemodiálise, a fim de minimizar os efeitos deletérios sobre o estado nutricional

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