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Efeitos de intervenção cognitivo-comportamental sobe a percepção de doença de pessoas que vivem com HIV/AIDSNogueira, Graziela Sousa 15 February 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2016. / Existe uma carência de estudos que investigam a efetividade de intervenções psicológicas em relação à percepção de doença de pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA). Assim, o objetivo geral desse estudo foi avaliar os efeitos de uma intervenção cognitivo-comportamental sobre a percepção de doença de PVHA. Participaram da pesquisa 11 pessoas em tratamento antirretroviral acompanhados por serviços de saúde do Distrito Federal, que compuseram três grupos: grupo experimental 1 (GE 1) (recebeu a intervenção cognitivo-comportamental em grupo) (n = 3); grupo experimental 2 (GE 2) (fez apenas a leitura de um manual psicoeducativo sobre HIV/aids, especialmente desenvolvido para o estudo) (n = 5); e grupo controle (GC) (não recebeu nenhuma das intervenções mencionadas) (n = 3). A pesquisa foi realizada no Hospital Universitário de Brasília. O delineamento do estudo foi misto, quase-experimental e longitudinal. Inicialmente, foi conduzida a linha de base (etapa 1), na qual os participantes da pesquisa, selecionados por conveniência, responderam aos instrumentos: questionário sociodemográfico e médico-clínico, entrevista para avaliação da percepção de doença, Questionário de Percepção de Doenças Versão Breve (Brief IPQ), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), Escala de Autoeficácia para Seguir Prescrição Antirretroviral e monitoramento dos níveis de CD4 e carga viral, por meio do prontuário. Na etapa seguinte (etapa 2) foi conduzida a intervenção cognitivo-comportamental para o GE 1, composta de seis encontros de aproximadamente duas horas, na qual foi utilizado o manual psicoeducativo e estratégias e técnicas cognitivo-comportamentais. Logo após a intervenção cognitivo-comportamental os participantes do GE 1 e do GC responderam novamente aos instrumentos da pesquisa (etapa 3). Já o GE 2, após responder aos instrumentos da linha de base, levou o manual psicoeducativo sobre HIV/aids para sua residência para leitura (etapa 2), retornando após 15 dias para nova avaliação (etapa 3). Todos os participantes da pesquisa responderam novamente os instrumentos após seis meses (etapa 4) e após um ano (etapa 5). Foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais dos dados por meio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18,5, bem como análises qualitativas baseadas no método de Bardin. Os resultados indicaram uma tendência à redução do escore médio de percepção de doença no decorrer da pesquisa nos GE 1 (1ª avaliação = 32; 2ª avaliação = 32; 3ª avaliação = 30,3; e 4ª avaliação = 29,3) e GE 2 (1ª avaliação = 28,2; 2ª avaliação = 29,8; 3ª avaliação = 24,4; e 4ª avaliação = 24), tendência não observada no GC (1ª avaliação = 27,3; 2ª avaliação = 30; 3ª avaliação = 25; e 4ª avaliação = 27,7). A análise da entrevista sobre percepção de doença evidenciou efeitos positivos sobre componentes de representação cognitiva e emocional da doença nos GE 1 e GE 2. Nesses dois grupos também ocorreram efeitos positivos sobre as variáveis: ansiedade, enfrentamento e autoeficácia. Apenas o GE 1 obteve redução expressiva de sintomas de depressão. Não ocorreram alterações relevantes nos níveis de CD4 e carga viral. Não foram encontradas diferenças estaticamente significativas entre os grupos e nas variáveis investigadas no decorrer da pesquisa. Em contrapartida, houve relatos de efeitos positivos da intervenção cognitivo-comportamental por todos os participantes do GE 1. Conclui-se que a intervenção cognitivo-comportamental acarretou efeitos positivos sobre variáveis psicológicas de PVHA, sendo superior à leitura exclusiva do manual. Espera-se que este estudo contribua para a implementação de intervenções psicológicas que modifiquem a percepção de doença de maneira a reduzir o sofrimento psíquico, favorecendo a adaptação à enfermidade. / There is a lack of studies investigating the effectiveness of psychological interventions related to the illness perception of people living with HIV/SIDA (PLWHA). Thus, the main objective of this study was to evaluate the effects of a cognitive-behavioral intervention on the illness perception of PLWHA. The participants of the research were 11 people on antiretroviral treatment accompanied by health services in the Federal District, which composed three groups: experimental group 1 (GE 1) (received cognitive behavioral intervention in group) (n = 3); experimental group 2 (GE 2) (only read the psychoeducational manual on HIV/AIDS, developed especially for the study) (n = 5); and control group (CG) (did not receive neither of the mentioned interventions) (n = 3). The research was conducted at the University Hospital of Brasilia. The study design was mixed, quasi-experimental and longitudinal. Initially, the baseline was conducted (step 1), in which research participants, selected by convenience, answered the instruments: sociodemographic and medical-clinical questionnaire, interview to evaluate the illness perception, Illness Perception Questionnaire Brief Version (Brief IPQ), Hospital Anxiety and Depression (HADS) Scale, Coping Scale (EMEP) (Brazilian version), Self-efficacy Scale for Following Antiretroviral Prescription and monitoring of CD4 levels and viral load through of the records. The next step (step 2) was conducted the cognitive-behavioral intervention for the GE 1, composed of six meetings of approximately two hours, in which was used the psychoeducational manual and strategies and techniques cognitive-behavioral. Immediately after the cognitive-behavioral intervention the participants of the GE 1 and GC answered again the research instruments (step 3). On the other hand, the GE 2, after answering the instruments in baseline, carried the psychoeducational manual on HIV/SIDA to residence for reading (step 2), returning after 15 days for new evaluation (step 3). All participants of the research answered again the instruments after six months (step 4) and after one year (step 5). Descriptive and inferential statistics analyses of the data were performed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 18.5, as well as qualitative analysis based on Bardin method. The results showed a tendency to decrease of the average score of illness perception during the research on GE 1 (1st assessment = 32; 2nd evaluation = 32; 3rd assessment = 30.3, and 4th assessment = 29.3) and GE 2 (1st assessment = 28.2; 2nd evaluation = 29.8; 3rd assessment = 24.4, and 4th assessment = 24), a trend not observed in the GC (1st assessment = 27.3; 2nd evaluation = 30; 3rd assessment = 25; and 4th assessment = 27.7). The analysis of the interview about illness perception revealed positive effects on components of cognitive and emotional representation of the disease in GE 1 and GE 2. In both groups there were also positive effects on the variables: anxiety, coping and self-efficacy. Only the GE 1 obtained significant reduction of depression symptoms. It was not found statistically significant changes in CD4 levels and viral load. It were not found statistically significant differences between the groups and on the variables investigated in the course of the study. In contrast, there were reports of the positive effects of cognitive-behavioral intervention by all participants in the GE 1. It was concluded that cognitive-behavioral intervention resulted in positive effects on psychological variables of PLWHA, being superior to the exclusive manual reading. It is expected that this study will contribute to the implementation of psychological interventions that change the illness perception in order to reduce the psychological distress, promoting adaptation to illness.
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O efeito de um programa de estimulação cognitivo-motora na habilidade de dirigir em adultos jovensLima, Michelle Cristina Mattoso Brandt de Araújo 14 February 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Processos Psicológicos Básicos, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Comportamento, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-05-15T20:07:25Z
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2017_MichelleCristinaMattosoBrandtdeAraújoLima.pdf: 693361 bytes, checksum: ee1eb8066fd65f4e5b368db0708ce18d (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline (jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2017-05-17T13:32:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2017_MichelleCristinaMattosoBrandtdeAraújoLima.pdf: 693361 bytes, checksum: ee1eb8066fd65f4e5b368db0708ce18d (MD5) / A habilidade de dirigir envolve planejamento e ações apropriadas. As funções executivas, destacando-se atenção e memória de trabalho, são consideradas capacidades cognitivas primárias para a realização eficaz desta habilidade (Sakai, Takahara, Honjo, Doi, Sadato, & Uchiyama, 2012). Este estudo analisa a eficácia de um programa de estimulação cognitivo-motora para motoristas adultos jovens, buscando aprimorar a habilidade de dirigir. O programa focou em atividades que estimulassem a atenção e a memória de trabalho associadas à atividades motoras. Participaram da pesquisa 22 indivíduos(20 mulheres e 2 homens) com idade média de 19 anos, estudantes de graduação da Universidade de Brasília. Os participantes foram divididos em dois grupos: Grupo Experimental (N=9) e Grupo Controle (N=13). Foram realizadas comparações a fim de avaliar o efeito do programa e do momento da testagem sobre a memória de trabalho, atenção e habilidade de dirigir através de testes de atenção (Trilhas formas A e B), de memória de trabalho (teste OSPAN) e por meio da avaliação do desempenho na direção. Os resultados demonstraram efeito significativo da estimulação na memória de trabalho. Houve melhora nas medidas de atenção e prática da habilidade de dirigir antes e após a intervenção, porém não houve diferença significativa entre os grupos. Sugere-se que estudos futuros aumentem o número de sessões de estimulação, incluindo também na amostra motoristas idosos, visto que o envelhecimento acarreta declínios cognitivos nas áreas específicas analisadas nesta pesquisa e que, assim, poderiam se beneficiar deste programa. / The drive ability involves planning and appropriate actions. Executive functions, especially attention and working memory, are considered primary cognitive capacities for the effective
performance of this ability (Sakai, Takahara, Honjo, Doi, Sadato, & Uchiyama, 2012). This study analyzes the effectiveness of cognitive-motor stimulation for young adult drivers, in order to improve their performance of driving ability. The focused on activities that stimulated attention and work memory associated with motor activities. Participated in the study 22 subjects (20 women, 2 men) with a mean age of 19 years, graduate students of the Universidade de Brasília ). Participants were divided into two groups: Experimental Group (N = 9) and Control Group (N = 13). Comparisons were made to evaluate the effect of stimulation program and testing moment on work memory, attention and drive ability though attention tests (Tracks forms A and B), working memory (OSPAN Test ) and by assessing performance in drive ability. The results demonstrated a significant effect of stimulation program in working memory. There was an improvement in attention and performance of driving ability measures after the intervention, but there was no significant difference between control and experimental groups. It is suggested that future studies increase the number of stimulation sessions and sample size, including older drivers. Aging brings cognitive declines in the specific areas analyzed in this study and, therefore, these drivers could be benefited by this program.
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Adaptação e implementação do programa de intervenção precoce sobre o funcionamento executivo para crianças e adolescentes com TDAH / Adaptation and implementation of the program of early intervention on executive functioning for children and adolescents with ADHDAndrade, Amanda Menezes 05 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-05 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / Many studies have investigated the association between deficits in executive functioning and the Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), having been found frequent relationship between both. As a result of these findings, it is increasingly necessary that interventions can be developed in an attempt to improve the impact of symptoms generated by this association in people's lives. Thus, this research had three phases. First, a cognitive assessment was conducted with the subjects, in order to characterize the sample, consisting of 38 children and adolescents from 7 to 17 years old, with diagnosis of ADHD. The instruments were a battery of assessment of executive functions and WISC III Cubes and Vocabulary's subtests. Additionally, parents and teachers responded tests about the behaviors of the participants and, complementary, parents filled out an interview of anamnesis. Second, it was conducted an adaptation of the intervention procedure called "Intervention's Program on Self-Regulation and Executive Functions" (PIA FEx) for the sample of this study. In the third stage, there was the implementation of the intervention's program, with 8 children, with the goal to establish whether the activities would be effective in reducing the impact of executive deficits in tests and scales. In parallel, there was a control group consisting of 10 members that were not inserted in any kind of activity conducted by the researcher. At the end of the intervention was carried out an evaluation post-test with participants of the experimental and control groups, following the same principles of the pre-test, but without the WISC III. The results present some aspects of adaptation of the intervention and show that all the training was conducted in groups, being stimulated mutual collaboration among peers, so that all activities were mediated by this author. To obtain quantitative results were conducted descriptive analyses of the performances in the pre and post-test, and analyses of covariance of group effect on the performances in each measure in the post-test, using the covariants estimated IQ, age and performance in equal measure in the pre-test. The data showed that, in general, the average of the performances of the experimental group in the pre-test were larger than those of the control group. In relation to the effect of the intervention, the proposed procedure was effective in stimulation of selective attention, inhibitory control and auditory component of working memory in GE participants. Although they have been found few significant data for the effect of the intervention, for all tests the GE showed tendency to play better than GC. In this way, it is possible to observe indications of effectiveness of the proposed intervention, although further studies are needed using the same intervention program on samples with ADHD. / Muitos estudos têm investigado a associação entre déficits no funcionamento executivo e o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), tendo sido encontrada frequente relação entre ambos. Em consequência desses achados, faz-se necessário cada vez mais que intervenções possam ser feitas na tentativa melhorar o impacto dos sintomas gerados por essa associação na vida das pessoas. Assim, esta pesquisa teve três etapas. Na primeira, foi realizada uma avaliação cognitiva dos participantes, a fim de caracterizar a amostra, composta por 38 crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, com diagnóstico de TDAH. Os instrumentos utilizados foram uma bateria de avaliação das funções executivas e os subtestes Cubos e Vocabulários do WISC III. Adicionalmente, pais e professores responderam a escalas sobre os comportamentos dos participantes e, de forma complementar, os pais responderam ainda a uma entrevista de anamnese. Na segunda etapa, foi efetuada a adaptação do procedimento de intervenção chamado Programa de Intervenção sobre a Autorregulação e Funções Executivas (PIA-FEx) para a amostra deste estudo. Na terceira fase, houve a implementação do programa com a participação de 8 crianças, tendo por objetivo averiguar se as atividades seriam eficazes na redução do impacto dos déficits executivos sobre os desempenhos dos participantes em testes e escalas. Em paralelo, foi mantido um grupo controle formado por 10 integrantes que não foram inseridos em nenhum tipo de atividade conduzida pela pesquisadora. Ao final da intervenção foi realizada uma avaliação pós-teste com os participantes dos grupos controle e experimental, seguindo os mesmos princípios do pré-teste, porém sem a inclusão do WISC III. Os resultados apresentam alguns aspectos da adaptação da intervenção e mostram que todo o treino foi realizado em grupos, sendo estimulada a colaboração mútua entre pares, de modo que todas as atividades foram mediadas pela presente autora. Para obter os resultados quantitativos foram conduzidas análises descritivas dos desempenhos no pré e no pós-teste, além de análises de covariância do efeito de grupo sobre os desempenhos em cada medida no pós-teste, tendo como covariante o QI estimado, a idade e o desempenho na mesma medida no pré-teste. Os dados mostraram que, de forma geral, as médias dos desempenhos do grupo experimental no pré-teste foram maiores que as do grupo controle. Em relação ao efeito da intervenção, o procedimento proposto foi eficaz na estimulação da atenção seletiva, do controle inibitório e do componente auditivo da memória de trabalho nos participantes do GE. Embora tenham sido encontrados poucos dados significativos para o efeito da intervenção, para todos os testes o GE mostrou tendência em desempenhar-se melhor do que o GC. Dessa forma, é possível observar indicativos de eficácia da intervenção proposta, embora sejam necessários mais estudos utilizando o mesmo programa de intervenção em amostras com TDAH.
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