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Existência e aparelho psíquico: a crítica ontológica da psicanálise freudiana com base na analítica da existência de Martin Heidegger

Barretta, João Paulo F 28 November 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Joao Paulo F Barretta.pdf: 1027000 bytes, checksum: 00e7b78fd29fddd5e78195ac9fcc37ae (MD5) Previous issue date: 2007-11-28 / The main aim of this work is to iluminate Heidegger s ontological criticism of the freudian theory, which was collected by Medard Boss in the Zollikon s Seminars (1987). This criticism can only be understood in the light of the developments made by the philosopher in relation to Husserl s phenomenology. The main point is that Heidegger had investigated, in the 1920 s, the way of being of human beings, in order to have access to the fundamental question of the meaning of being in general (Seinsfrage). Such a procedure brought Heidegger to the development of a fundamental ontology which has psique as its subject matter. Therefore, he is able to approach phenomenologically something which is only implicit in the freudian theory. This one is concerned itself explicitly with certains pathologicals (neurotical symptoms) and non-pathologicals (dreams, misbehaviors, lapsos linguae etc) psiquic processes, on the base of which it developed a model of the mental functioning. Based on this common subject matter, Heidegger will criticize Freud for not having understood correctly the meaning of being of the psiquic, for having done an objetification, that means, for having understood it in the light of the unproper category of substance. Notwithstanding, both the philosopher nor the specialists after him, succeeded in identifying which substance is the psiquism in Freud s theory. What we intend to show is that for him it is an irritable substance. This is a caracterization that comes from the XIX century s physiology. Such a substance should further be understood in the light of physical (physicalism) and biological (darwinism) concepts. With this caracterization we were able then to contrast Freud s way of conceiving psiquism with Heidegger s proposal, that is to say, to contrast the concepts of irratable substance and fundamental openness. This can only be properly understood thou on the base of the differences in the way each one of the autors here in question understands what does it means to have an experience. The concept of experience plays, therefore, a decisive role, as we tried to show, in the determination of the being of the psiquic / Este trabalho teve por objetivo fundamental explicitar a crítica ontológica de Heidegger à teoria freudiana, compilada por Medard Boss nos Seminários de Zollikon (1987). Essa crítica só pode ser compreendida à luz das reformulações levadas a cabo pelo filósofo em relação à fenomenologia de Husserl. No essencial, Heidegger irá perguntar, nos anos 1920, pelo modo de ser do ente homem para, com isso, ter acesso à pergunta fundamental do sentido do ser em geral (Seinsfrage). Ao proceder dessa forma, Heidegger é levado a uma ontologia fundamental que tem como tema o modo de ser da psique. Com isso, ele aborda fenomenologicamente algo que é apenas implícito na teoria freudiana, que se ocupa, explicitamente, de certos processos psíquicos patológicos (sintomas neuróticos) e não patológicos (sonhos, chistes, atos falhos, lapsos de linguagem, etc) e a partir dos quais constrói um modelo do funcionamento mental. Com base nessa temática comum a ambos, Heidegger irá criticar Freud por esse último não ter compreendido corretamente o sentido do ser do psiquismo, de objetificá-lo, isto é, de compreendê-lo à luz da categoria não adequada de substância. Contudo, nem o filósofo, nem os estudiosos da área, identificaram que tipo de substância é o psiquismo para Freud. Pretendemos mostrar, no presente trabalho, que Freud o concebe como uma substância irritável, caracterização essa oriunda da fisiologia do século XIX, e essa última como devendo ser compreendida à luz de conceitos físicos (fisicalismo) e biológicos (darwinismo). Com essa caracterização pudemos, então, contrapor a maneira como Freud concebe o psiquismo com a maneira proposta por Heidegger, isto é, contrapor os conceitos de substância irritável ao de abertura fundamental. Contudo, essa contraposição só pode ser corretamente compreendida com base na maneira como se concebe a experiência humana. Essa última joga um papel decisivo, como procuramos mostrar, na determinação do ser do psiquismo

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