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La novela Aves sin nido : entre la subversión y la ley

Pineda Rodríguez, Edgard Grego 06 August 2019 (has links)
El presente trabajo relee la novela Aves sin nido de Clorinda Matto desde una perspectiva jurídico-legal con el Derecho Positivo vigente en 1889, año en que se publicó. La novela cuestiona el statu quo de la época con el propósito de trastornarlo. La novela, por lo tanto, no solo resultó ser innovadora y atrevida en el plano sociocultural, sino que, según la Ley de Imprenta de 1823, debió ser considerada como subversiva y pudo ser llevada a juicio. Esta nueva dimensión nos permite afirmar que la autora se atrevió a publicar un texto que resultó incómodo a muchas instancias del poder, el religioso en particular, con la conciencia de su parte de poder ser enjuiciada y encarcelada. Se analiza porqué la novela Aves sin nido era un libro subversivo que pretendía y aspiraba a subvertir el statuo quo a través de crear conciencia personal y social en sus lectores y a través de ellos y con ellos incidir en la sociedad a fin de crear cambios positivos en la estructura política-jurídica, religiosa y social que redundaran en aliviar la vida de los indígenas y mujeres quienes eran vulnerables a los abusos y crímenes cometidos por los curas, autoridades civiles y militares en los pueblos chicos del Perú. Para todo lo anterior se analiza la novela Aves sin nido y el contexto en que vivía Matto cuando publicó dicha novela. Se analiza también comparativamente con la novela La cabaña del Tío Tom de la escritora norteamericana Harriet Beecher Stowe y Los Tiempos difíciles y Oliver Twist del británico Charles Dickens. Esta tesis cumple el deseo de Clorinda Matto expresado en el Proemio, consistente en que el lector Juzgue y Falle sobre el contenido y pretensiones de cambio de la novela Aves sin nido. / Tesis
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Tensões políticas e psicológicas em 'MacBeth' e no drama de Shakespeare / Political and psychological tensions in Macbeth and in the Shakespearean drama

Ludwig, Carlos Roberto January 2008 (has links)
A proposta de dissertação de mestrado, intitulada Tensões Políticas e Psicológicas em Macbeth e no Drama de Shakespeare, é fazer uma leitura crítica à luz dos aspectos históricos e dos problemas psicológicos apresentados na obra de Shakespeare (1564-1616). Serão analisados os problemas políticos, históricos e psicológicos em Macbeth e no drama shakespeariano, pois, percebe-se uma intrínseca relação entre as tensões políticas e históricas e a consciência na obra de Shakespeare, nem sempre elucidada pela crítica contemporânea. Assim, notam-se dois elementos opostos, que geram tais conflitos: de um lado, o Estado monárquico, cuja necessidade é manter uma ordem harmônica e estável, que, para isso, cria mecanismos punitivos que regem e determinam a conduta do indivíduo, como por exemplo as idéias de ordem, de justiça retributiva, pregadas nas homilias, e da mística dos dois corpos do rei; de outro, o indivíduo, por exemplo Macbeth, cujo desejo entra em conflito com o Estado e sua necessidade de ordem, a fim de tentar sobrepô-los para satisfazer sua vontade. Como se observa, a oposição dos problemas históricos se revelam não só no plano político, mas Shakespeare também cria artifícios estéticos que ampliam as tensões políticas no plano psicológico. Assim, elementos históricos como o tiranicídio e a monarcomaquia vão figurar como elementos propulsores das tensões psicológicas. Essa dissertação está organizada em três capítulos. O primeiro capítulo, intitulado Tensões Políticas e Históricas em Macbeth e no Drama de Shakespeare, apresenta problemas históricas amplamente discutidos na era elisabetana e jacobina como a tirania, a monarcomaquia, a violação da soberania, as idéias de ordem e a teoria os dois corpos do rei. No segundo capítulo, Consciência no Drama de Shakespeare e na era Elisabetana e Jacobina, pretende-se mostrar como tais problemas históricos desencadeiam tensões psicológicos em algumas peças de Shakespeare, em particular em Macbeth, Richard II, Richard III e Hamlet. No terceiro capítulo, Tensões Psicológicas em Macbeth: a Consciência e a Ambição, apresenta-se uma análise da consciência e da ambição em Macbeth, como uma reação a esses embates entre o estado, seus mecanismos superegóicos e o indivíduo. / This master thesis, entitled Political and Psychological Tensions in Macbeth and in the Shakespearean Drama, aims to analise Shakespeare’s (1564-1616) masterpiece in terms of historical aspects and psychological issues. I propose to analise political, historical and psychological problems in Macbeth and in the Shakespearean Drama, for we can perceive an intrinsic connection between these political and historical tensions, and conscience in Shakespearean work, which is not always explained by some contemporary critics. At this point, there are two opposing elements, which create such conflicts: on the one hand, there is the monarchal State, whose necessity is to keep the harmonious and stable order, which hence forge punitive tools in order to control and determine the individual behaviour, such as the order ideas, retributive justice, and the theory of the King’s two bodies, which were preached in the homilies; on the other hand, there is the individual, for instance Macbeth, whose desire comes into conflict with the monarchal State and its necessity of order, for satisfying his will. That opposition of the historical problems appears not only in the political realm, but Shakespeare creates aesthetic devices as well, which spread out the political tension into the psychological level. Thus, historical issues as tyrannicide and monarchomachy will reappear as propulsioning elements to the psychological tensions. This thesis is organised in three chapters. The first one, entitled Political and Historical Tensions in Macbeth and in the Shakespearean Drama, presents some historical issues widely discussed in the Elizabethan and Jacobean Ages, such as tyrany, monarchomachy, the violation of sovereignty, the order ideas and the theory of the king’s two bodies. In the second chapter, Conscience in the Shakespearean Drama and in the Elizabethan and Jacobean Ages, it is presented how these historical problems unchain psychological tensions in some of the Shakespeare’s plays, especially in Macbeth, Richard II, Richard III and Hamlet. In the third one, Psychological Tensions in Macbeth: Conscience and Ambition, it is provided an analysis of conscience and ambition in Macbeth, as a result of a reaction against these collisions between the monarchal State, its superegoic mecanicisms and the individual.
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A construção do Estado Brasileiro em Erico Verissimo e Raymundo Faoro

Sousa, Alexandre Ricardo Lobo de January 2013 (has links)
La présente thèse a eu pour objectif de montrer comment Erico Verissimo et Raymundo Faoro, dans leurs oeuvres O Tempo e o Vento (Le temps et le Vent) et Os Donos do Poder (Les Patrons du pouvoir), ont-ils entendu le processus de formation de l’État Moderne brésilien. Alors que la première a comme protagoniste une famille, les Terra Cambarás, qui représente une partie de la classe dominante, la seconde, une élite politique qui constitue l’ordre bureaucratique et ne possède pas d’origines dans la société. L’oeuvre littéraire narre la saga de la famille des Terras pendant quatre siècle, de son origine, dans la régions des Missoes, à son ascension économique et politique dans la ville fictive de Santa Fé. Au début du récit, le noyau familial est régi par un pouvoir à caractère patriarcal, et la relation de l’État, portugais, avec ce noyau a un caractère d’usurpation en réalisant des recrutements et des recouvrements d’impôts, mais sans avoir de représentativité. À la fin du récit, cette “brouille” entre le groupe de pouvoir local et l’État est diluée, lorsque le personnage Rodrigo Terra Cambara entre au gouvernement de Getulio Vargas. L’oeuvre historiographique, Os Donos do Poder, à partir d’une relecture des concepts développés par le sociologue allemand, Max Weber, développe une lecture innovatrice à propos de l’Histoire du Brésil. L’originalité consiste à déplacer le débat sur la formation du Brésil de la société civile vers le jeu politique. Et Raymundo Faoro n’adapte pas seulement le concept d’ordre à la réalité brésilienne, mais il lui confère également une autre signification. Le concept, adopté à l’origine pour caractériser la stratification sociale du féodalisme, a été ré-élaboré dans sa fonction pour caractériser une élite politique dominante dans l’apparat bureaucratique brésilien. L’ordre bureaucratique est alors un groupe qui commande les instances bureaucratiques de la machine de l’État. Avec l’objectif de montrer la formation de l’ordre bureaucratique brésilien et sa séparation avec la société brésilienne, Raymundo Faoro débute son analyse dans la formation de l’État portugais et conclut que l’État brésilien est un corps étranger à la société. Cherchant à analyser les oeuvre avec un référentiel webérien de type idéal, des concepts qui ne prétendent pas être définitifs et essentialistes, mais opérationnels, la thèse conclut que Verissimo et Faoro, même avec des perspectives et des formes narratives différentes, possèdent une méfiance semblable en ce qui concerne l’apparat d’état, qu’il soit moderne ou pas. Et le groupe qui le compose se situe au-delà de la question des classes sociales. / A presente tese objetivou mostrar como Erico Verissimo e Raymundo Faoro, em suas obras O Tempo e o Vento e Os Donos do Poder, entenderam o processo de formação do Estado Moderno brasileiro. Enquanto a primeira tem como protagonista uma família, os Terra Cambarás, que representa parte da classe dominante, a segunda, uma elite política que constitui o estamento burocrático e não possui origens na sociedade. A obra literária narra a saga da família dos Terra durante quase três séculos, de sua origem, pela região das Missões, à ascensão econômica e política na cidade fictícia de Santa Fé. No início da narrativa, o núcleo familiar é regido por um poder de caráter patriarcal, e a relação do Estado, português, com esse núcleo, tem caráter de usurpação ao realizar recrutamento e cobranças de impostos, mas sem ter representatividade. Ao fim da narrativa, dilui-se esse “estranhamento” entre o grupo de poder local e o Estado, quando a personagem Rodrigo Terra Cambará passa a fazer parte do governo de Getúlio Vargas, dilui. A obra historiográfica, Os Donos do Poder, a partir de uma releitura dos conceitos desenvolvidos pelo sociólogo alemão, Max Weber, desenvolve uma leitura inovadora a respeito da História do Brasil. A originalidade consiste em deslocar o debate sobre a formação do Brasil da sociedade civil para o jogo político. E Raymundo Faoro não apenas adapta o conceito de estamento para a realidade brasileira, como também lhe confere outro significado. O conceito, originalmente elaborado para caracterizar a estratificação social do feudalismo, foi reelaborado em sua função para caracterizar uma elite política dominante no aparato burocrático brasileiro. É então o estamento burocrático um grupo que comanda as instâncias burocráticas do maquinário estatal. Com o objetivo de mostrar a formação do estamento burocrático brasileiro e seu desligamento com a sociedade brasileira, Raymundo Faoro inicia sua análise na formação do Estado português e conclui que o Estado brasileiro é um corpo estranho à sociedade. Procurando analisar as obras com o referencial weberiano de tipo ideal, conceitos que não se pretendem definitivos e essencialistas, mas operacionais, a tese conclui que Verissimo e Faoro, mesmo com perspectivas e formas narrativas diversas, possuem uma desconfiança semelhante em relação ao aparato estatal, seja ele moderno ou não. E o grupo que o compõe está além da questão das classes sociais. / This thesis aims at showing Erico Verissimo and Raymundo Faoro’s view, in their works O Tempo e o Vento [Time and the Wind] and Os Donos do Poder [The Owners of Power] respectively, on the formation process of the Brazilian modern State. As regards the former, the protagonist is a family, the Terra Cambarás, representing part of the dominant social class, while the latter is about a political elite representing the burocratic layer, with no origins in the society. The literature piece tells the saga of the Terra family along almost three centuries, from their origins in the Missions area, to their economic and political rise in the fictional city of Santa Fé. At the beginning of the narrative, the family nucleus is ruled by a patriarchal power, and the relation of the Portuguese State with said nucleus is of a rather usurpatory nature, as it recruits and collects taxes, but has no representation. At the end of the narrative, such dissociation between the local power group and the State weakens, when Rodrigo Terra Cambará, one of the characters, takes office as a member of Getúlio Vargas’s administration. The historiographic work, Os Donos do Poder [The Owners of Power], based on a reinterpretation of the concepts developed by German sociologist Max Weber, offers an innovative reading of the History of Brazil. Its originality consists in shifting the debate on the formation of Brazil from the civil society to the political game. And Raymundo Faoro not only adapts the concept of social structure to Brazilian reality, but also gives it a new meaning. Said concept, originally devised to describe the feudal social structure, was overhauled as regards its function in order to describe a dominant political elite in the Brazilian burocratic system. Therefore, the burocratic structure is a group managing the burocratic requirements of the different State bodies. In order to show the Brazilian burocratic structure and its dissociation from the Brazilian society, Raymundo Faoro starts his analysis by the formation of the Portuguese State, and concludes that the Brazilian State is alien to the society. In an intent to analyze the works under the weberian ideal standard, concepts non intended to be conclusive or essentialist but operational, the thesis concludes that both Verissimo and Faoro, even if with different views and narrative styles, mistrust the state structure, whether modern or not. And the group it is made up of is beyond the social classes matter.
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Tensões políticas e psicológicas em 'MacBeth' e no drama de Shakespeare / Political and psychological tensions in Macbeth and in the Shakespearean drama

Ludwig, Carlos Roberto January 2008 (has links)
A proposta de dissertação de mestrado, intitulada Tensões Políticas e Psicológicas em Macbeth e no Drama de Shakespeare, é fazer uma leitura crítica à luz dos aspectos históricos e dos problemas psicológicos apresentados na obra de Shakespeare (1564-1616). Serão analisados os problemas políticos, históricos e psicológicos em Macbeth e no drama shakespeariano, pois, percebe-se uma intrínseca relação entre as tensões políticas e históricas e a consciência na obra de Shakespeare, nem sempre elucidada pela crítica contemporânea. Assim, notam-se dois elementos opostos, que geram tais conflitos: de um lado, o Estado monárquico, cuja necessidade é manter uma ordem harmônica e estável, que, para isso, cria mecanismos punitivos que regem e determinam a conduta do indivíduo, como por exemplo as idéias de ordem, de justiça retributiva, pregadas nas homilias, e da mística dos dois corpos do rei; de outro, o indivíduo, por exemplo Macbeth, cujo desejo entra em conflito com o Estado e sua necessidade de ordem, a fim de tentar sobrepô-los para satisfazer sua vontade. Como se observa, a oposição dos problemas históricos se revelam não só no plano político, mas Shakespeare também cria artifícios estéticos que ampliam as tensões políticas no plano psicológico. Assim, elementos históricos como o tiranicídio e a monarcomaquia vão figurar como elementos propulsores das tensões psicológicas. Essa dissertação está organizada em três capítulos. O primeiro capítulo, intitulado Tensões Políticas e Históricas em Macbeth e no Drama de Shakespeare, apresenta problemas históricas amplamente discutidos na era elisabetana e jacobina como a tirania, a monarcomaquia, a violação da soberania, as idéias de ordem e a teoria os dois corpos do rei. No segundo capítulo, Consciência no Drama de Shakespeare e na era Elisabetana e Jacobina, pretende-se mostrar como tais problemas históricos desencadeiam tensões psicológicos em algumas peças de Shakespeare, em particular em Macbeth, Richard II, Richard III e Hamlet. No terceiro capítulo, Tensões Psicológicas em Macbeth: a Consciência e a Ambição, apresenta-se uma análise da consciência e da ambição em Macbeth, como uma reação a esses embates entre o estado, seus mecanismos superegóicos e o indivíduo. / This master thesis, entitled Political and Psychological Tensions in Macbeth and in the Shakespearean Drama, aims to analise Shakespeare’s (1564-1616) masterpiece in terms of historical aspects and psychological issues. I propose to analise political, historical and psychological problems in Macbeth and in the Shakespearean Drama, for we can perceive an intrinsic connection between these political and historical tensions, and conscience in Shakespearean work, which is not always explained by some contemporary critics. At this point, there are two opposing elements, which create such conflicts: on the one hand, there is the monarchal State, whose necessity is to keep the harmonious and stable order, which hence forge punitive tools in order to control and determine the individual behaviour, such as the order ideas, retributive justice, and the theory of the King’s two bodies, which were preached in the homilies; on the other hand, there is the individual, for instance Macbeth, whose desire comes into conflict with the monarchal State and its necessity of order, for satisfying his will. That opposition of the historical problems appears not only in the political realm, but Shakespeare creates aesthetic devices as well, which spread out the political tension into the psychological level. Thus, historical issues as tyrannicide and monarchomachy will reappear as propulsioning elements to the psychological tensions. This thesis is organised in three chapters. The first one, entitled Political and Historical Tensions in Macbeth and in the Shakespearean Drama, presents some historical issues widely discussed in the Elizabethan and Jacobean Ages, such as tyrany, monarchomachy, the violation of sovereignty, the order ideas and the theory of the king’s two bodies. In the second chapter, Conscience in the Shakespearean Drama and in the Elizabethan and Jacobean Ages, it is presented how these historical problems unchain psychological tensions in some of the Shakespeare’s plays, especially in Macbeth, Richard II, Richard III and Hamlet. In the third one, Psychological Tensions in Macbeth: Conscience and Ambition, it is provided an analysis of conscience and ambition in Macbeth, as a result of a reaction against these collisions between the monarchal State, its superegoic mecanicisms and the individual.
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Discursive and mediatic battles in Thomas King's Green Grass, Running Water

Scholles, Carlos Eduardo Meneghetti January 2010 (has links)
O objetivo desta dissertação é o de investigar as disputas pelo poder subjacentes no texto literário do autor cherokee/canadense Thomas King, mais especificamente em seu romance publicado em 1993 intitulado Green Grass, Running Water. Serão destacadas as estratégias performáticas empregadas na desconstrução de representações opressivas de nativo-americanos por discursos ocidentais que compõem um complexo campo de batalha onde vozes em conflito disputam por direitos discursivos nas relações de poder. Se por um lado temos a tradição epistemológica positivista/cartesiana que trabalha há cinco séculos no sentido de exercer controle sobre as representações simbólicas dos nativo-americanos, a fim de que poder executivo e discursivo possa ser exercido sobre eles, por outro lado temos que Thomas King proporciona ao leitor o acesso a uma estrutura cíclica, não hierarquizada da narrativa e do epistêmio nativo-americanos. Esta investigação irá apontar os momentos de conflito entre essas vozes e analisará uma potencial interpretação democrática, de terceira via para esses encontros aparentemente binários. Espera-se ser possível indicar que Green Grass, Running Water propicia um privilegiado campo simbólico para que conflitos culturais e epistemológicos possam ocorrer e ser resolvidos com alguma espécie de resolução positiva em relação ao aspecto frequentemente belicoso dos engajamentos nativos e ocidentais. Para tanto, investigaremos a tradição bíblica e judaico-cristã de hierarquização e como o processo de nomeação de indivíduos e categorias permite que ocorra uma relação de dominação. Discutiremos a estrutura organizacional das comunidades, baseando-nos nas proposições de Zygmunt Bauman, com o intuito de averiguar de que forma o texto literário lida com questões como o pertencimento a grupos que possuem critérios subjetivos de aceitação, permitindo-nos responder se tais critérios permitem uma opção de filiação ou se representam uma demanda coletiva opressiva sobre o indivíduo. Uma análise dos discursos científicos de verdade também será feita, contrastando-os com a construção mítica coletiva das narrativas nativo-americanas como construções alternativas de verdade. Finalmente, teremos um capítulo sobre o poder narrativo da fotografia (mídia presente no romance em diversos momentos), no qual os usos da câmera serão descritos e analisados em seus potenciais de malícia e de narração distorcida. / The aim of this paper is to investigate the power struggles underlying the literary text of Canadian/Cherokee author Thomas King in the novel Green Grass, Running Water, published in 1993. We will highlight the performative strategies employed in the deconstruction of oppressive representations of the Native American by Western discursive and mediatic voices. The novel offers an interweaved narrative of Native and Western cultural materials that, together, will compose a complex battlefield of contentious voices that, ultimately, weigh on the balance of power relations to claim discursive rights. On the one hand, we have the epistemological tradition of a Positivist/Cartesian logic that has been working for five centuries to hold sway over the symbolic representations of the Native Americans in order to exert executive and discursive power over them; on the other hand, Thomas King provides the reader a glimpse of the cyclical, non-hierarchized structure of Native narrative and episteme. This investigation will point out the moments of conflict between these two voices and attempt to elaborate on the potential democratic/third-way interpretation of these seemingly binary encounters. We hope to be able to indicate that Green Grass, Running Water provides a privileged symbolic battleground for cultural and epistemological clashes to occur and be settled with some sort of positive resolution to the long-lasting contentious nature of Native and Western engagements. In order to accomplish that, we will delve into the biblical and Judeo-Christian tradition of hierachization and how the process of naming of individuals and categories allows for domination to occur. We will elaborate on the structural organization of communities, based on the propositions of Zygmunt Bauman, in order to assess how the literary text handles issues such as belonging to groups that have subjective criteria for acceptance, aiming at answering whether these criteria allow for an option of membership or if they pose as oppressive collective demands over the individual. An analysis of the scientific discourses of truth will also be provided, contrasting them with the collective mythmaking of Native American narratives as alternative constructors of truths. Finally, we will have a chapter on the narrative power of photography (a medium present in the novel at various moments), in which the uses of the camera are described and analyzed in their guileful and (mis)narrating potentials.
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Tensões políticas e psicológicas em 'MacBeth' e no drama de Shakespeare / Political and psychological tensions in Macbeth and in the Shakespearean drama

Ludwig, Carlos Roberto January 2008 (has links)
A proposta de dissertação de mestrado, intitulada Tensões Políticas e Psicológicas em Macbeth e no Drama de Shakespeare, é fazer uma leitura crítica à luz dos aspectos históricos e dos problemas psicológicos apresentados na obra de Shakespeare (1564-1616). Serão analisados os problemas políticos, históricos e psicológicos em Macbeth e no drama shakespeariano, pois, percebe-se uma intrínseca relação entre as tensões políticas e históricas e a consciência na obra de Shakespeare, nem sempre elucidada pela crítica contemporânea. Assim, notam-se dois elementos opostos, que geram tais conflitos: de um lado, o Estado monárquico, cuja necessidade é manter uma ordem harmônica e estável, que, para isso, cria mecanismos punitivos que regem e determinam a conduta do indivíduo, como por exemplo as idéias de ordem, de justiça retributiva, pregadas nas homilias, e da mística dos dois corpos do rei; de outro, o indivíduo, por exemplo Macbeth, cujo desejo entra em conflito com o Estado e sua necessidade de ordem, a fim de tentar sobrepô-los para satisfazer sua vontade. Como se observa, a oposição dos problemas históricos se revelam não só no plano político, mas Shakespeare também cria artifícios estéticos que ampliam as tensões políticas no plano psicológico. Assim, elementos históricos como o tiranicídio e a monarcomaquia vão figurar como elementos propulsores das tensões psicológicas. Essa dissertação está organizada em três capítulos. O primeiro capítulo, intitulado Tensões Políticas e Históricas em Macbeth e no Drama de Shakespeare, apresenta problemas históricas amplamente discutidos na era elisabetana e jacobina como a tirania, a monarcomaquia, a violação da soberania, as idéias de ordem e a teoria os dois corpos do rei. No segundo capítulo, Consciência no Drama de Shakespeare e na era Elisabetana e Jacobina, pretende-se mostrar como tais problemas históricos desencadeiam tensões psicológicos em algumas peças de Shakespeare, em particular em Macbeth, Richard II, Richard III e Hamlet. No terceiro capítulo, Tensões Psicológicas em Macbeth: a Consciência e a Ambição, apresenta-se uma análise da consciência e da ambição em Macbeth, como uma reação a esses embates entre o estado, seus mecanismos superegóicos e o indivíduo. / This master thesis, entitled Political and Psychological Tensions in Macbeth and in the Shakespearean Drama, aims to analise Shakespeare’s (1564-1616) masterpiece in terms of historical aspects and psychological issues. I propose to analise political, historical and psychological problems in Macbeth and in the Shakespearean Drama, for we can perceive an intrinsic connection between these political and historical tensions, and conscience in Shakespearean work, which is not always explained by some contemporary critics. At this point, there are two opposing elements, which create such conflicts: on the one hand, there is the monarchal State, whose necessity is to keep the harmonious and stable order, which hence forge punitive tools in order to control and determine the individual behaviour, such as the order ideas, retributive justice, and the theory of the King’s two bodies, which were preached in the homilies; on the other hand, there is the individual, for instance Macbeth, whose desire comes into conflict with the monarchal State and its necessity of order, for satisfying his will. That opposition of the historical problems appears not only in the political realm, but Shakespeare creates aesthetic devices as well, which spread out the political tension into the psychological level. Thus, historical issues as tyrannicide and monarchomachy will reappear as propulsioning elements to the psychological tensions. This thesis is organised in three chapters. The first one, entitled Political and Historical Tensions in Macbeth and in the Shakespearean Drama, presents some historical issues widely discussed in the Elizabethan and Jacobean Ages, such as tyrany, monarchomachy, the violation of sovereignty, the order ideas and the theory of the king’s two bodies. In the second chapter, Conscience in the Shakespearean Drama and in the Elizabethan and Jacobean Ages, it is presented how these historical problems unchain psychological tensions in some of the Shakespeare’s plays, especially in Macbeth, Richard II, Richard III and Hamlet. In the third one, Psychological Tensions in Macbeth: Conscience and Ambition, it is provided an analysis of conscience and ambition in Macbeth, as a result of a reaction against these collisions between the monarchal State, its superegoic mecanicisms and the individual.
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A construção do Estado Brasileiro em Erico Verissimo e Raymundo Faoro

Sousa, Alexandre Ricardo Lobo de January 2013 (has links)
La présente thèse a eu pour objectif de montrer comment Erico Verissimo et Raymundo Faoro, dans leurs oeuvres O Tempo e o Vento (Le temps et le Vent) et Os Donos do Poder (Les Patrons du pouvoir), ont-ils entendu le processus de formation de l’État Moderne brésilien. Alors que la première a comme protagoniste une famille, les Terra Cambarás, qui représente une partie de la classe dominante, la seconde, une élite politique qui constitue l’ordre bureaucratique et ne possède pas d’origines dans la société. L’oeuvre littéraire narre la saga de la famille des Terras pendant quatre siècle, de son origine, dans la régions des Missoes, à son ascension économique et politique dans la ville fictive de Santa Fé. Au début du récit, le noyau familial est régi par un pouvoir à caractère patriarcal, et la relation de l’État, portugais, avec ce noyau a un caractère d’usurpation en réalisant des recrutements et des recouvrements d’impôts, mais sans avoir de représentativité. À la fin du récit, cette “brouille” entre le groupe de pouvoir local et l’État est diluée, lorsque le personnage Rodrigo Terra Cambara entre au gouvernement de Getulio Vargas. L’oeuvre historiographique, Os Donos do Poder, à partir d’une relecture des concepts développés par le sociologue allemand, Max Weber, développe une lecture innovatrice à propos de l’Histoire du Brésil. L’originalité consiste à déplacer le débat sur la formation du Brésil de la société civile vers le jeu politique. Et Raymundo Faoro n’adapte pas seulement le concept d’ordre à la réalité brésilienne, mais il lui confère également une autre signification. Le concept, adopté à l’origine pour caractériser la stratification sociale du féodalisme, a été ré-élaboré dans sa fonction pour caractériser une élite politique dominante dans l’apparat bureaucratique brésilien. L’ordre bureaucratique est alors un groupe qui commande les instances bureaucratiques de la machine de l’État. Avec l’objectif de montrer la formation de l’ordre bureaucratique brésilien et sa séparation avec la société brésilienne, Raymundo Faoro débute son analyse dans la formation de l’État portugais et conclut que l’État brésilien est un corps étranger à la société. Cherchant à analyser les oeuvre avec un référentiel webérien de type idéal, des concepts qui ne prétendent pas être définitifs et essentialistes, mais opérationnels, la thèse conclut que Verissimo et Faoro, même avec des perspectives et des formes narratives différentes, possèdent une méfiance semblable en ce qui concerne l’apparat d’état, qu’il soit moderne ou pas. Et le groupe qui le compose se situe au-delà de la question des classes sociales. / A presente tese objetivou mostrar como Erico Verissimo e Raymundo Faoro, em suas obras O Tempo e o Vento e Os Donos do Poder, entenderam o processo de formação do Estado Moderno brasileiro. Enquanto a primeira tem como protagonista uma família, os Terra Cambarás, que representa parte da classe dominante, a segunda, uma elite política que constitui o estamento burocrático e não possui origens na sociedade. A obra literária narra a saga da família dos Terra durante quase três séculos, de sua origem, pela região das Missões, à ascensão econômica e política na cidade fictícia de Santa Fé. No início da narrativa, o núcleo familiar é regido por um poder de caráter patriarcal, e a relação do Estado, português, com esse núcleo, tem caráter de usurpação ao realizar recrutamento e cobranças de impostos, mas sem ter representatividade. Ao fim da narrativa, dilui-se esse “estranhamento” entre o grupo de poder local e o Estado, quando a personagem Rodrigo Terra Cambará passa a fazer parte do governo de Getúlio Vargas, dilui. A obra historiográfica, Os Donos do Poder, a partir de uma releitura dos conceitos desenvolvidos pelo sociólogo alemão, Max Weber, desenvolve uma leitura inovadora a respeito da História do Brasil. A originalidade consiste em deslocar o debate sobre a formação do Brasil da sociedade civil para o jogo político. E Raymundo Faoro não apenas adapta o conceito de estamento para a realidade brasileira, como também lhe confere outro significado. O conceito, originalmente elaborado para caracterizar a estratificação social do feudalismo, foi reelaborado em sua função para caracterizar uma elite política dominante no aparato burocrático brasileiro. É então o estamento burocrático um grupo que comanda as instâncias burocráticas do maquinário estatal. Com o objetivo de mostrar a formação do estamento burocrático brasileiro e seu desligamento com a sociedade brasileira, Raymundo Faoro inicia sua análise na formação do Estado português e conclui que o Estado brasileiro é um corpo estranho à sociedade. Procurando analisar as obras com o referencial weberiano de tipo ideal, conceitos que não se pretendem definitivos e essencialistas, mas operacionais, a tese conclui que Verissimo e Faoro, mesmo com perspectivas e formas narrativas diversas, possuem uma desconfiança semelhante em relação ao aparato estatal, seja ele moderno ou não. E o grupo que o compõe está além da questão das classes sociais. / This thesis aims at showing Erico Verissimo and Raymundo Faoro’s view, in their works O Tempo e o Vento [Time and the Wind] and Os Donos do Poder [The Owners of Power] respectively, on the formation process of the Brazilian modern State. As regards the former, the protagonist is a family, the Terra Cambarás, representing part of the dominant social class, while the latter is about a political elite representing the burocratic layer, with no origins in the society. The literature piece tells the saga of the Terra family along almost three centuries, from their origins in the Missions area, to their economic and political rise in the fictional city of Santa Fé. At the beginning of the narrative, the family nucleus is ruled by a patriarchal power, and the relation of the Portuguese State with said nucleus is of a rather usurpatory nature, as it recruits and collects taxes, but has no representation. At the end of the narrative, such dissociation between the local power group and the State weakens, when Rodrigo Terra Cambará, one of the characters, takes office as a member of Getúlio Vargas’s administration. The historiographic work, Os Donos do Poder [The Owners of Power], based on a reinterpretation of the concepts developed by German sociologist Max Weber, offers an innovative reading of the History of Brazil. Its originality consists in shifting the debate on the formation of Brazil from the civil society to the political game. And Raymundo Faoro not only adapts the concept of social structure to Brazilian reality, but also gives it a new meaning. Said concept, originally devised to describe the feudal social structure, was overhauled as regards its function in order to describe a dominant political elite in the Brazilian burocratic system. Therefore, the burocratic structure is a group managing the burocratic requirements of the different State bodies. In order to show the Brazilian burocratic structure and its dissociation from the Brazilian society, Raymundo Faoro starts his analysis by the formation of the Portuguese State, and concludes that the Brazilian State is alien to the society. In an intent to analyze the works under the weberian ideal standard, concepts non intended to be conclusive or essentialist but operational, the thesis concludes that both Verissimo and Faoro, even if with different views and narrative styles, mistrust the state structure, whether modern or not. And the group it is made up of is beyond the social classes matter.
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Discursive and mediatic battles in Thomas King's Green Grass, Running Water

Scholles, Carlos Eduardo Meneghetti January 2010 (has links)
O objetivo desta dissertação é o de investigar as disputas pelo poder subjacentes no texto literário do autor cherokee/canadense Thomas King, mais especificamente em seu romance publicado em 1993 intitulado Green Grass, Running Water. Serão destacadas as estratégias performáticas empregadas na desconstrução de representações opressivas de nativo-americanos por discursos ocidentais que compõem um complexo campo de batalha onde vozes em conflito disputam por direitos discursivos nas relações de poder. Se por um lado temos a tradição epistemológica positivista/cartesiana que trabalha há cinco séculos no sentido de exercer controle sobre as representações simbólicas dos nativo-americanos, a fim de que poder executivo e discursivo possa ser exercido sobre eles, por outro lado temos que Thomas King proporciona ao leitor o acesso a uma estrutura cíclica, não hierarquizada da narrativa e do epistêmio nativo-americanos. Esta investigação irá apontar os momentos de conflito entre essas vozes e analisará uma potencial interpretação democrática, de terceira via para esses encontros aparentemente binários. Espera-se ser possível indicar que Green Grass, Running Water propicia um privilegiado campo simbólico para que conflitos culturais e epistemológicos possam ocorrer e ser resolvidos com alguma espécie de resolução positiva em relação ao aspecto frequentemente belicoso dos engajamentos nativos e ocidentais. Para tanto, investigaremos a tradição bíblica e judaico-cristã de hierarquização e como o processo de nomeação de indivíduos e categorias permite que ocorra uma relação de dominação. Discutiremos a estrutura organizacional das comunidades, baseando-nos nas proposições de Zygmunt Bauman, com o intuito de averiguar de que forma o texto literário lida com questões como o pertencimento a grupos que possuem critérios subjetivos de aceitação, permitindo-nos responder se tais critérios permitem uma opção de filiação ou se representam uma demanda coletiva opressiva sobre o indivíduo. Uma análise dos discursos científicos de verdade também será feita, contrastando-os com a construção mítica coletiva das narrativas nativo-americanas como construções alternativas de verdade. Finalmente, teremos um capítulo sobre o poder narrativo da fotografia (mídia presente no romance em diversos momentos), no qual os usos da câmera serão descritos e analisados em seus potenciais de malícia e de narração distorcida. / The aim of this paper is to investigate the power struggles underlying the literary text of Canadian/Cherokee author Thomas King in the novel Green Grass, Running Water, published in 1993. We will highlight the performative strategies employed in the deconstruction of oppressive representations of the Native American by Western discursive and mediatic voices. The novel offers an interweaved narrative of Native and Western cultural materials that, together, will compose a complex battlefield of contentious voices that, ultimately, weigh on the balance of power relations to claim discursive rights. On the one hand, we have the epistemological tradition of a Positivist/Cartesian logic that has been working for five centuries to hold sway over the symbolic representations of the Native Americans in order to exert executive and discursive power over them; on the other hand, Thomas King provides the reader a glimpse of the cyclical, non-hierarchized structure of Native narrative and episteme. This investigation will point out the moments of conflict between these two voices and attempt to elaborate on the potential democratic/third-way interpretation of these seemingly binary encounters. We hope to be able to indicate that Green Grass, Running Water provides a privileged symbolic battleground for cultural and epistemological clashes to occur and be settled with some sort of positive resolution to the long-lasting contentious nature of Native and Western engagements. In order to accomplish that, we will delve into the biblical and Judeo-Christian tradition of hierachization and how the process of naming of individuals and categories allows for domination to occur. We will elaborate on the structural organization of communities, based on the propositions of Zygmunt Bauman, in order to assess how the literary text handles issues such as belonging to groups that have subjective criteria for acceptance, aiming at answering whether these criteria allow for an option of membership or if they pose as oppressive collective demands over the individual. An analysis of the scientific discourses of truth will also be provided, contrasting them with the collective mythmaking of Native American narratives as alternative constructors of truths. Finally, we will have a chapter on the narrative power of photography (a medium present in the novel at various moments), in which the uses of the camera are described and analyzed in their guileful and (mis)narrating potentials.
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A construção do Estado Brasileiro em Erico Verissimo e Raymundo Faoro

Sousa, Alexandre Ricardo Lobo de January 2013 (has links)
La présente thèse a eu pour objectif de montrer comment Erico Verissimo et Raymundo Faoro, dans leurs oeuvres O Tempo e o Vento (Le temps et le Vent) et Os Donos do Poder (Les Patrons du pouvoir), ont-ils entendu le processus de formation de l’État Moderne brésilien. Alors que la première a comme protagoniste une famille, les Terra Cambarás, qui représente une partie de la classe dominante, la seconde, une élite politique qui constitue l’ordre bureaucratique et ne possède pas d’origines dans la société. L’oeuvre littéraire narre la saga de la famille des Terras pendant quatre siècle, de son origine, dans la régions des Missoes, à son ascension économique et politique dans la ville fictive de Santa Fé. Au début du récit, le noyau familial est régi par un pouvoir à caractère patriarcal, et la relation de l’État, portugais, avec ce noyau a un caractère d’usurpation en réalisant des recrutements et des recouvrements d’impôts, mais sans avoir de représentativité. À la fin du récit, cette “brouille” entre le groupe de pouvoir local et l’État est diluée, lorsque le personnage Rodrigo Terra Cambara entre au gouvernement de Getulio Vargas. L’oeuvre historiographique, Os Donos do Poder, à partir d’une relecture des concepts développés par le sociologue allemand, Max Weber, développe une lecture innovatrice à propos de l’Histoire du Brésil. L’originalité consiste à déplacer le débat sur la formation du Brésil de la société civile vers le jeu politique. Et Raymundo Faoro n’adapte pas seulement le concept d’ordre à la réalité brésilienne, mais il lui confère également une autre signification. Le concept, adopté à l’origine pour caractériser la stratification sociale du féodalisme, a été ré-élaboré dans sa fonction pour caractériser une élite politique dominante dans l’apparat bureaucratique brésilien. L’ordre bureaucratique est alors un groupe qui commande les instances bureaucratiques de la machine de l’État. Avec l’objectif de montrer la formation de l’ordre bureaucratique brésilien et sa séparation avec la société brésilienne, Raymundo Faoro débute son analyse dans la formation de l’État portugais et conclut que l’État brésilien est un corps étranger à la société. Cherchant à analyser les oeuvre avec un référentiel webérien de type idéal, des concepts qui ne prétendent pas être définitifs et essentialistes, mais opérationnels, la thèse conclut que Verissimo et Faoro, même avec des perspectives et des formes narratives différentes, possèdent une méfiance semblable en ce qui concerne l’apparat d’état, qu’il soit moderne ou pas. Et le groupe qui le compose se situe au-delà de la question des classes sociales. / A presente tese objetivou mostrar como Erico Verissimo e Raymundo Faoro, em suas obras O Tempo e o Vento e Os Donos do Poder, entenderam o processo de formação do Estado Moderno brasileiro. Enquanto a primeira tem como protagonista uma família, os Terra Cambarás, que representa parte da classe dominante, a segunda, uma elite política que constitui o estamento burocrático e não possui origens na sociedade. A obra literária narra a saga da família dos Terra durante quase três séculos, de sua origem, pela região das Missões, à ascensão econômica e política na cidade fictícia de Santa Fé. No início da narrativa, o núcleo familiar é regido por um poder de caráter patriarcal, e a relação do Estado, português, com esse núcleo, tem caráter de usurpação ao realizar recrutamento e cobranças de impostos, mas sem ter representatividade. Ao fim da narrativa, dilui-se esse “estranhamento” entre o grupo de poder local e o Estado, quando a personagem Rodrigo Terra Cambará passa a fazer parte do governo de Getúlio Vargas, dilui. A obra historiográfica, Os Donos do Poder, a partir de uma releitura dos conceitos desenvolvidos pelo sociólogo alemão, Max Weber, desenvolve uma leitura inovadora a respeito da História do Brasil. A originalidade consiste em deslocar o debate sobre a formação do Brasil da sociedade civil para o jogo político. E Raymundo Faoro não apenas adapta o conceito de estamento para a realidade brasileira, como também lhe confere outro significado. O conceito, originalmente elaborado para caracterizar a estratificação social do feudalismo, foi reelaborado em sua função para caracterizar uma elite política dominante no aparato burocrático brasileiro. É então o estamento burocrático um grupo que comanda as instâncias burocráticas do maquinário estatal. Com o objetivo de mostrar a formação do estamento burocrático brasileiro e seu desligamento com a sociedade brasileira, Raymundo Faoro inicia sua análise na formação do Estado português e conclui que o Estado brasileiro é um corpo estranho à sociedade. Procurando analisar as obras com o referencial weberiano de tipo ideal, conceitos que não se pretendem definitivos e essencialistas, mas operacionais, a tese conclui que Verissimo e Faoro, mesmo com perspectivas e formas narrativas diversas, possuem uma desconfiança semelhante em relação ao aparato estatal, seja ele moderno ou não. E o grupo que o compõe está além da questão das classes sociais. / This thesis aims at showing Erico Verissimo and Raymundo Faoro’s view, in their works O Tempo e o Vento [Time and the Wind] and Os Donos do Poder [The Owners of Power] respectively, on the formation process of the Brazilian modern State. As regards the former, the protagonist is a family, the Terra Cambarás, representing part of the dominant social class, while the latter is about a political elite representing the burocratic layer, with no origins in the society. The literature piece tells the saga of the Terra family along almost three centuries, from their origins in the Missions area, to their economic and political rise in the fictional city of Santa Fé. At the beginning of the narrative, the family nucleus is ruled by a patriarchal power, and the relation of the Portuguese State with said nucleus is of a rather usurpatory nature, as it recruits and collects taxes, but has no representation. At the end of the narrative, such dissociation between the local power group and the State weakens, when Rodrigo Terra Cambará, one of the characters, takes office as a member of Getúlio Vargas’s administration. The historiographic work, Os Donos do Poder [The Owners of Power], based on a reinterpretation of the concepts developed by German sociologist Max Weber, offers an innovative reading of the History of Brazil. Its originality consists in shifting the debate on the formation of Brazil from the civil society to the political game. And Raymundo Faoro not only adapts the concept of social structure to Brazilian reality, but also gives it a new meaning. Said concept, originally devised to describe the feudal social structure, was overhauled as regards its function in order to describe a dominant political elite in the Brazilian burocratic system. Therefore, the burocratic structure is a group managing the burocratic requirements of the different State bodies. In order to show the Brazilian burocratic structure and its dissociation from the Brazilian society, Raymundo Faoro starts his analysis by the formation of the Portuguese State, and concludes that the Brazilian State is alien to the society. In an intent to analyze the works under the weberian ideal standard, concepts non intended to be conclusive or essentialist but operational, the thesis concludes that both Verissimo and Faoro, even if with different views and narrative styles, mistrust the state structure, whether modern or not. And the group it is made up of is beyond the social classes matter.
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Discursive and mediatic battles in Thomas King's Green Grass, Running Water

Scholles, Carlos Eduardo Meneghetti January 2010 (has links)
O objetivo desta dissertação é o de investigar as disputas pelo poder subjacentes no texto literário do autor cherokee/canadense Thomas King, mais especificamente em seu romance publicado em 1993 intitulado Green Grass, Running Water. Serão destacadas as estratégias performáticas empregadas na desconstrução de representações opressivas de nativo-americanos por discursos ocidentais que compõem um complexo campo de batalha onde vozes em conflito disputam por direitos discursivos nas relações de poder. Se por um lado temos a tradição epistemológica positivista/cartesiana que trabalha há cinco séculos no sentido de exercer controle sobre as representações simbólicas dos nativo-americanos, a fim de que poder executivo e discursivo possa ser exercido sobre eles, por outro lado temos que Thomas King proporciona ao leitor o acesso a uma estrutura cíclica, não hierarquizada da narrativa e do epistêmio nativo-americanos. Esta investigação irá apontar os momentos de conflito entre essas vozes e analisará uma potencial interpretação democrática, de terceira via para esses encontros aparentemente binários. Espera-se ser possível indicar que Green Grass, Running Water propicia um privilegiado campo simbólico para que conflitos culturais e epistemológicos possam ocorrer e ser resolvidos com alguma espécie de resolução positiva em relação ao aspecto frequentemente belicoso dos engajamentos nativos e ocidentais. Para tanto, investigaremos a tradição bíblica e judaico-cristã de hierarquização e como o processo de nomeação de indivíduos e categorias permite que ocorra uma relação de dominação. Discutiremos a estrutura organizacional das comunidades, baseando-nos nas proposições de Zygmunt Bauman, com o intuito de averiguar de que forma o texto literário lida com questões como o pertencimento a grupos que possuem critérios subjetivos de aceitação, permitindo-nos responder se tais critérios permitem uma opção de filiação ou se representam uma demanda coletiva opressiva sobre o indivíduo. Uma análise dos discursos científicos de verdade também será feita, contrastando-os com a construção mítica coletiva das narrativas nativo-americanas como construções alternativas de verdade. Finalmente, teremos um capítulo sobre o poder narrativo da fotografia (mídia presente no romance em diversos momentos), no qual os usos da câmera serão descritos e analisados em seus potenciais de malícia e de narração distorcida. / The aim of this paper is to investigate the power struggles underlying the literary text of Canadian/Cherokee author Thomas King in the novel Green Grass, Running Water, published in 1993. We will highlight the performative strategies employed in the deconstruction of oppressive representations of the Native American by Western discursive and mediatic voices. The novel offers an interweaved narrative of Native and Western cultural materials that, together, will compose a complex battlefield of contentious voices that, ultimately, weigh on the balance of power relations to claim discursive rights. On the one hand, we have the epistemological tradition of a Positivist/Cartesian logic that has been working for five centuries to hold sway over the symbolic representations of the Native Americans in order to exert executive and discursive power over them; on the other hand, Thomas King provides the reader a glimpse of the cyclical, non-hierarchized structure of Native narrative and episteme. This investigation will point out the moments of conflict between these two voices and attempt to elaborate on the potential democratic/third-way interpretation of these seemingly binary encounters. We hope to be able to indicate that Green Grass, Running Water provides a privileged symbolic battleground for cultural and epistemological clashes to occur and be settled with some sort of positive resolution to the long-lasting contentious nature of Native and Western engagements. In order to accomplish that, we will delve into the biblical and Judeo-Christian tradition of hierachization and how the process of naming of individuals and categories allows for domination to occur. We will elaborate on the structural organization of communities, based on the propositions of Zygmunt Bauman, in order to assess how the literary text handles issues such as belonging to groups that have subjective criteria for acceptance, aiming at answering whether these criteria allow for an option of membership or if they pose as oppressive collective demands over the individual. An analysis of the scientific discourses of truth will also be provided, contrasting them with the collective mythmaking of Native American narratives as alternative constructors of truths. Finally, we will have a chapter on the narrative power of photography (a medium present in the novel at various moments), in which the uses of the camera are described and analyzed in their guileful and (mis)narrating potentials.

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