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Revisão taxonômica das espécies do gênero Ornithonyssus (Acari: Macronyssidae) parasitos de pequenos mamíferos terrestres no Brasil e avaliação da infecção desses ácaros por Rickettsia spp / Taxonomic revision of species of the genus Ornithonyssus (Acari: Macronyssidae) on small wild mammals from Brazil and the rickettsial infection evaluation in these mites

Bastos, Fernanda Aparecida Nieri 31 January 2008 (has links)
Até a metade do século passado o gênero Ornithonyssus Sambon (Acari: Macronyssidae) no Brasil estava representado por 12 espécies, sendo 7 espécies de pequenos mamíferos terrestres, 1 espécie de morcego e 4 espécies de aves. Nos anos 80 as espécies brasileiras de Ornithonyssus de roedores e marsupiais foram sinonimizadas e reduzidas a quatro somente, O. bacoti (Hirst), O. matogrosso (Fonseca), O. pereirai (Fonseca) e O. wernecki (Fonseca). O presente estudo reuniu informações sobre a morfologia dessas espécies a partir de tipos e material depositados na Coleção Acarológica do Instituto Butantan, bem como, de espécimes recentemente coletado em pequenos mamíferos terrestres. Para dar suporte à morfologia, estudos de biologia molecular foram conduzidos a fim de esclarecer o status taxonômico desse gênero. Adicionalmente foi investigada a presença de bactérias do gênero Rickettsia no material coletado. Os caracteres morfológicos foram estudados através de microscopia óptica e eletrônica de varredura. Para a taxonomia molecular o DNA foi extraído e a região 16SrDNA do gene mitocondrial foi seqüenciada, incluindo espécimes dos Estados Unidos e Peru. Na pesquisa de Rickettsia foi utilizada a técnica da PCR para dois genes, citrato sintase (gltA) e proteína externa de membrana A (ompA), além de seqüências obtidas do gene gltA para análises de distância. Os estudos de morfologia e molecular sugerem a ausência de O. bacoti no Brasil, e a incerteza da validade de registros na América Latina. Das sinonímias previamente propostas, nenhuma delas é válida com exceção de O. lutzi (Fonseca) que é de fato sinonímia de O. monteiroi (Fonseca). As outras 6 espécies brasileiras de Ornithonyssus, O. brasiliensis, O. matogrosso, O. monteiroi, O. pereirai, O. vitzthumi (Fonseca) e O. wernecki, estão taxonomicamente confirmadas, e uma chave dicotômica ilustrada para a identificação dessas espécies, foi proposta. A presença de Rickettsia foi detectada em 45 (57%) e em 3 (3,8%) das 79 amostras de ácaros testadas para os genes gltA e ompA, respectivamente. A análise de distância das 17 seqüências obtidas para o gene gltA revelou similaridade da maioria das amostras com o Grupo da Febre Maculosa. A alta porcentagem de positividade encontrada para Rickettsia foi inesperada, uma vez que a taxa no vetor (carrapato) naturalmente infectado, é baixa. This fact suggest / Until meddle of last Century the Ornithonyssus Sambon genus (Acari: Macronyssidae) in Brazil was represented by 12 species, with 7 species from small wild land mammals, 1 species from bat, and 4 species from birds. Unfortunately in the 80\'s the Brazilian species of Ornithonyssus from rodents and marsupials were synonymyzed and reduced into four species only, O. bacoti (Hirst), O. matogrosso (Fonseca), O. pereirai (Fonseca), and O. wernecki (Fonseca). The present study joins information about their morphology from types and material deposited at the Coleção Acarológica do Instituto Butantan as well as from specimens recently collected on small wild land mammals. Molecular biology was conducted to clarify the taxonomic status of this genus in order to support the morphology studies. In addition, the presence of bacteria of the genus Rickettsia in the collected material was investigated. The morphologic characters were studied under optical and scanning electron microscopy. The DNA was extracted and the region of the mitochondrial gene 16SrDNA was sequenced for the molecular taxonomy, including specimens from North America and Peru. It was used the PCR technique for two genes, citrato sintase (gltA) and outer membrane protein A (ompA) in the rickettsial research, besides of the sequences from gltA gene to analyze the distance between them. The morphology and molecular studies suggest the absence of O. bacoti in Brazil, and the validity of the records from Latin America is uncertainness. From those synonymies, no one of them is valid, except for O. lutzi (Fonseca) that is in fact a synonym of O. monteiroi (Fonseca). The other six Brazilian species of Ornithonyssus, O. brasiliensis, O. matogrosso, O. monteiroi, O. pereirai, O. vitzthumi (Fonseca) and O. wernecki, are taxonomically confirmed, and a dichotomic key for these species is proposed. Among the 79 mite samples the rickettsial infection was detected in 45 (57%) and 3 (3.8%), to gltA and ompA genes, respectively. The distance between 17 analyzed sequences to gene gltA showed similarity to the Maculosa Fever Group for most of them. The high percentage of positiveness was not expected once the naturally infected vector rate (ticks) is low. This fact suggests new hypothesis about the enzootic cycle maintenance and rickettsial transmission.
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Revisão taxonômica das espécies do gênero Ornithonyssus (Acari: Macronyssidae) parasitos de pequenos mamíferos terrestres no Brasil e avaliação da infecção desses ácaros por Rickettsia spp / Taxonomic revision of species of the genus Ornithonyssus (Acari: Macronyssidae) on small wild mammals from Brazil and the rickettsial infection evaluation in these mites

Fernanda Aparecida Nieri Bastos 31 January 2008 (has links)
Até a metade do século passado o gênero Ornithonyssus Sambon (Acari: Macronyssidae) no Brasil estava representado por 12 espécies, sendo 7 espécies de pequenos mamíferos terrestres, 1 espécie de morcego e 4 espécies de aves. Nos anos 80 as espécies brasileiras de Ornithonyssus de roedores e marsupiais foram sinonimizadas e reduzidas a quatro somente, O. bacoti (Hirst), O. matogrosso (Fonseca), O. pereirai (Fonseca) e O. wernecki (Fonseca). O presente estudo reuniu informações sobre a morfologia dessas espécies a partir de tipos e material depositados na Coleção Acarológica do Instituto Butantan, bem como, de espécimes recentemente coletado em pequenos mamíferos terrestres. Para dar suporte à morfologia, estudos de biologia molecular foram conduzidos a fim de esclarecer o status taxonômico desse gênero. Adicionalmente foi investigada a presença de bactérias do gênero Rickettsia no material coletado. Os caracteres morfológicos foram estudados através de microscopia óptica e eletrônica de varredura. Para a taxonomia molecular o DNA foi extraído e a região 16SrDNA do gene mitocondrial foi seqüenciada, incluindo espécimes dos Estados Unidos e Peru. Na pesquisa de Rickettsia foi utilizada a técnica da PCR para dois genes, citrato sintase (gltA) e proteína externa de membrana A (ompA), além de seqüências obtidas do gene gltA para análises de distância. Os estudos de morfologia e molecular sugerem a ausência de O. bacoti no Brasil, e a incerteza da validade de registros na América Latina. Das sinonímias previamente propostas, nenhuma delas é válida com exceção de O. lutzi (Fonseca) que é de fato sinonímia de O. monteiroi (Fonseca). As outras 6 espécies brasileiras de Ornithonyssus, O. brasiliensis, O. matogrosso, O. monteiroi, O. pereirai, O. vitzthumi (Fonseca) e O. wernecki, estão taxonomicamente confirmadas, e uma chave dicotômica ilustrada para a identificação dessas espécies, foi proposta. A presença de Rickettsia foi detectada em 45 (57%) e em 3 (3,8%) das 79 amostras de ácaros testadas para os genes gltA e ompA, respectivamente. A análise de distância das 17 seqüências obtidas para o gene gltA revelou similaridade da maioria das amostras com o Grupo da Febre Maculosa. A alta porcentagem de positividade encontrada para Rickettsia foi inesperada, uma vez que a taxa no vetor (carrapato) naturalmente infectado, é baixa. This fact suggest / Until meddle of last Century the Ornithonyssus Sambon genus (Acari: Macronyssidae) in Brazil was represented by 12 species, with 7 species from small wild land mammals, 1 species from bat, and 4 species from birds. Unfortunately in the 80\'s the Brazilian species of Ornithonyssus from rodents and marsupials were synonymyzed and reduced into four species only, O. bacoti (Hirst), O. matogrosso (Fonseca), O. pereirai (Fonseca), and O. wernecki (Fonseca). The present study joins information about their morphology from types and material deposited at the Coleção Acarológica do Instituto Butantan as well as from specimens recently collected on small wild land mammals. Molecular biology was conducted to clarify the taxonomic status of this genus in order to support the morphology studies. In addition, the presence of bacteria of the genus Rickettsia in the collected material was investigated. The morphologic characters were studied under optical and scanning electron microscopy. The DNA was extracted and the region of the mitochondrial gene 16SrDNA was sequenced for the molecular taxonomy, including specimens from North America and Peru. It was used the PCR technique for two genes, citrato sintase (gltA) and outer membrane protein A (ompA) in the rickettsial research, besides of the sequences from gltA gene to analyze the distance between them. The morphology and molecular studies suggest the absence of O. bacoti in Brazil, and the validity of the records from Latin America is uncertainness. From those synonymies, no one of them is valid, except for O. lutzi (Fonseca) that is in fact a synonym of O. monteiroi (Fonseca). The other six Brazilian species of Ornithonyssus, O. brasiliensis, O. matogrosso, O. monteiroi, O. pereirai, O. vitzthumi (Fonseca) and O. wernecki, are taxonomically confirmed, and a dichotomic key for these species is proposed. Among the 79 mite samples the rickettsial infection was detected in 45 (57%) and 3 (3.8%), to gltA and ompA genes, respectively. The distance between 17 analyzed sequences to gene gltA showed similarity to the Maculosa Fever Group for most of them. The high percentage of positiveness was not expected once the naturally infected vector rate (ticks) is low. This fact suggests new hypothesis about the enzootic cycle maintenance and rickettsial transmission.
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Estudo dos ?caros (Acari: Mesostigmata: Spinturnicidae, Macronyssidae) ectoparasitos de morcegos (Mammalia: Chiroptera) no Brasil

ALMEIDA, Juliana Cardoso de 01 May 2016 (has links)
Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2017-08-23T18:37:59Z No. of bitstreams: 1 2016 - Juliana Cardoso de Almeida.pdf: 1788977 bytes, checksum: 32bed37dce6adc8c6b81527f64e5c72a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-23T18:37:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016 - Juliana Cardoso de Almeida.pdf: 1788977 bytes, checksum: 32bed37dce6adc8c6b81527f64e5c72a (MD5) Previous issue date: 2016-05-01 / FAPERJ / CNPq / CAPES / This study refer to the interaction of ectoparasites mites (Macronyssidae and Spinturnicidae) and their hosts bats in Brazil. These mites have a cosmopolitan distribution and are hematophagous. Also they show high degree of specificity with their hosts, suggesting cospeciation and cophylogeny. The first chapter of this research is a taxonomic catalog of macronyssids and spinturnicids species with their respective hosts in Brazilian collection site. Through literature review was presented a current overview about the distribution of these mites in Brazil. Chapter II reports for the first time, spinturrnicids mites in the states of Cear? and Mato Grosso. Specimens of bats and their ectoparasites were collected in areas of Caatinga and Pantanal biomes, the Private Reserve of the Natural Patrimony Serra das Almas and RPPN SESC Pantanal, respectively. In both areas was captured a total of 588 espinturnic?deos. The occurrence of Cameronieta Machado-Allison, 1965 genus and the species Mesoperiglischrus natali (Furman, 1966) as well as four new associations (Periglischrus iheringi Oudemans, 1902 - Chiroderma vizottoi Taddei & Lim, 2010; Periglischrus micronycteridis Furman, 1966 - Micronycteris sanborni Simmons, 1996; P. paracutisternus Machado-Allison & Antequera, 1971 ? Trachops cirrhosus Spix 1823; Spinturnix americanus (Banks, 1902) - Myotis riparius Handley, 1960) are registered for the first time in Brazil. In chapter III is present a brief review of the taxonomic history of Cameronieta (Acari: Spinturnicidae), redefining the genus, and clarifying some questions that remain concerning the biology and systematic of the group. Were examined over 300 comparative specimens of Cameronieta Machado-Allison, 1965 in slides collections from Cear? (Brasil), Michoacan (M?xico) and Falcon (Venezuela). Additionally, Cameronieta almaensis n.sp. is described on pteronotus parnelli (Gray, 1843) from the in Reserva Serra das Almas, northeastern Brazil, Cear?, Brazil. / Este trabalho apresenta a intera??o de ?caros ectoparasitos (Macronyssidae e Spinturnicidae) e seus hospedeiros morcegos no Brasil. Os membros dessas fam?lias s?o hemat?fagos e possuem distribui??o cosmopolita. Al?m disso, mostram um alto grau de especificidade com seus hospedeiros, sugerindo coespecia??o e cofilogenia. O primeiro cap?tulo deste trabalho ? um cat?logo taxon?mico das esp?cies de ?caros macronyss?deos e espinturnic?deos com seus respectivos hospedeiros e as localidades de coleta no Brasil. Atrav?s de revis?o bibliogr?fica foi constru?do um panorama atual da distribui??o desses ?caros no territ?rio brasileiro. O cap?tulo II reporta pela primeira vez, ?caros espinturnic?deos nos estados do Cear? e Mato Grosso. Os esp?cimes de morcegos com seus ectoparasitos foram coletados em ?reas dos biomas Caatinga e Pantanal, na Reserva Particular do Patrim?nio Natural Serra das Almas e RPPN Sesc Pantanal respectivamente. Em ambas as ?reas foram coletados o total de 588 espinturnic?deos. A ocorr?ncia do g?nero Cameronieta Machado-Allison, 1965 e da esp?cie Mesoperiglischrus natali (Furman, 1966), al?m de quatro novas associa??es (Periglischrus iheringi Oudemans, 1902 - Chiroderma vizottoi Taddei & Lim, 2010; Periglischrus micronycteridis Furman, 1966 - Micronycteris sanborni Simmons, 1996; P. paracutisternus Machado-Allison & Antequera, 1971 ? Trachops cirrhosus Spix 1823; Spinturnix americanus (Banks, 1902) - Myotis riparius Handley, 1960) s?o registradas pela primeira vez no Brasil. No cap?tulo III ? apresentado uma revis?o hist?rica da taxonomia de Cameronieta Machado-Allison, 1965 (Acari: Spinturnicidae), redefinindo o g?nero e considerando quest?es que envolvem a sistem?tica e biologia deste grupo. Foram examinadas mais de 300 amostras comparativas de Cameronieta coletadas no Cear? (Brasil), Michoacan (M?xico) e Falcon (Venezuela). Adicionalmente, Cameronieta almaensis n.sp. ? descrita em Pteronotus parnelli (Gray, 1843) e coletada da Reseva Serra das Almas, nordeste brasileiro, estado do Cear?, Brasil.

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