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Desorganização da polpa branca esplênica está associada com a apresentação clínica mais grave da leishmaniose visceral em cães naturalmente infectadosLima, Isadora dos Santos January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / O baço é o maior órgão linfoide secundário em seres humanos e em cães. Em
ambos, a ausência do baço está associada com um risco aumentado de
ocorrência de infecções localizadas e disseminadas, incluindo sepse
generalizada. A leishmaniose visceral e outras infecções podem alterar a
estrutura histológica do baço, o que leva a uma destruição dos microambientes
da polpa branca. Trabalhos anteriores mostraram que a ruptura da estrutura de
polpa branca é mais frequente em cães com marcadores laboratoriais de
suscetibilidade à leishmaniose visceral, como a cultura esplênica positiva e LST
negativo, do que nos animais em que estes marcadores de susceptibilidade
estavam ausentes. Neste estudo, o nosso objetivo é examinar a relação entre a
desorganização histológica da polpa branca esplênica e a gravidade da
leishmaniose visceral. As amostras e os dados utilizados neste estudo foram
coletados de 206 cães de rua provenientes de uma área endêmica para
leishmaniose visceral, a cidade de Jequié (Bahia, Brasil). Os animais foram
examinados clinicamente e foram realizados os testes ELISA e LST. Aspirados
de baço foram coletados para a cultura, e fragmentos de baço foram coletadas
para estudos de biologia molecular e de estudos morfológicos. Os animais foram
classificados de acordo com o grau de organização estrutural da polpa branca
esplênica em grupos com baço (a), bem organizado, (b) ligeiramente
desorganizado, (c) a moderadamente a extensivamente desorganizado. Em
relação à positividade no ELISA juntamente com a desorganização do baço,
conjuntivite ( P= 0,0116), hiperproteinemia (p= 0,021) foram mais frequentes no
grupo de animais com ELISA positivo e baço desorganizado, quando
comparado com os outros grupos. Os animais polissintomáticos são mais
frequentes no grupo com ELISA positivo e baço do tipo 3 (p= 0,004). Os scores
clínicos atribuídos à intensidade da conjuntivite (P <0,05), dermatite (P <0,05) e
linfadenopatia (P <0,01), alopecia (P <0,01), onicogrifose (P <0,05) foram mais
elevados nos animais com ELISA positivo e baço desorganizado do que outros
grupos, bem como o número de sinais clínicos atribuíveis à leishmaniose
visceral canina (p= 0,0014).Em relação à análise da positividade na cultura
esplênica juntamente com a desorganização do baço, a frequência de cães
polissintomáticos foi maior em animais com baço ligeiramente desorganizado (P
<0,05) e baço desorganizado (P <0,005), do que em animais com baço
organizado. Alopecia (P <0,01), conjuntivite (P <0,05), desidratação (P <0,001),
dermatite (P <0,05), onicogrifose (p <0,01), anemia (P <0,05), úlcera (P <0,001 )
e alto escore clínico (P <0,001) foram mais frequentes em animais com cultura
esplênica positiva e baço desorganizado, do que nos animais com cultura
negativa e baço organizado. Em conclusão, os cães com desorganização do
baço associada com leishmaniose visceral têm mais sinais clínicos e pior estado
clínico do que os animais com leishmaniose visceral, mas sem desorganização
do baço. / The spleen is the largest secondary lymphoid organ in human beings and in
dogs. In both in human beings and in dogs, the absence of the spleen is
associated with increased risk of localized and disseminated infection including
overwhelm sepsis. Visceral leishmaniasis and other infections alter the
histological structure of the spleen, leading to a disruption of the white pulp
microenvironments. Previous works have shown that the disruption of the white
pulp structure is more frequent in dogs with laboratorial markers of susceptibility
to visceral leishmaniasis such as positive spleen culture and negative leishmanin
skin test than in animals in which these susceptibility markers were absent. In
this study, our goal is to examine the relationship between the histological
disorganization of splenic white pulp and severity of visceral leishmaniasis.The
samples and data used in this study were collected from 206 stray dogs from an
endemic area for visceral leishmaniasis, the city of Jequie (Bahia, Brazil). The
animals were examined clinically and ELISA and LST were performed. Splenic
aspirates were collected for culture, and fragments of spleen were collected for
molecular and morphological studies. The animals were ranked according to the
degree of structural organization of splenic white pulp of the spleen in groups (a),
well-organized, (b) slightly disordered, (c) moderately extensively disorganized.
In relation to the positive in the ELISA with the disorganization of the spleen,
conjunctivitis (P = 0.0116) hyperproteinemia (p = 0.021) were more frequent in
the group of animals with positive ELISA and disorganized spleen when
compared to the other groups. Polisymptomatic animals are more frequent in the
group with positive ELISA and spleen type 3 (p = 0.004). Clinical scores
attributed to the intensity of conjunctivitis (P <0.05), dermatitis (P <0.05) and
lymphadenopathy (P <0.01), alopecia (P <0.01), onychogryphosis (P <0.05 )
were higher in animals with positive ELISA and disorganized spleen than other
groups, as well as the number of clinical signs attributable to canine visceral
leishmaniasis (p = 0.0014). Regarding the analysis of positive spleen culture
together with splenic disorganization, the frequency of polisymptomatic dogs was
higher in animals with slightly disordered spleen (P <0.05) and disorganized
spleen (P <0.005) than in animals with organized spleen. Alopecia (P <0.01),
conjunctivitis (P <0.05), dehydration (P <0.001), dermatitis (P <0.05),
onychogryphosis (p <0.01), anemia (P <0.05 ), ulcers (P <0.001) and high
clinical score (P <0.001 were more frequent in animals with positive spleen
culture and disorganized spleen than in animals with negative culture and
organized spleen . In conclusion, dogs with disorganization of the spleen
associated with visceral leishmaniasis have more clinical signs and worse clinical
status than animals with visceral leishmaniasis, but without disruption of the
spleen.
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Alterações histopatológicas em cães com leishmaniose visceral naturalmente infectados do município de Jequié-Ba (Brasil)Munford, Nanci Derevtsoff January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-20 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / INTRODUÇÃO: Leishmaniose visceral é uma zoonose grave que acomete uma
gama de animais. O cão é considerado o principal reservatório urbano da
Leishmania infantum e pode ser clinicamente assintomático ou sintomático na
infecção. Poucos estudos abordam os aspectos clínicos e histopatológicos na
leishmaniose visceral, sobretudo estudos sistemáticos, que fazem descrição
detalhada dos achados de histopatologia e façam a correlação desses aspectos na
doença. A hipótese da pesquisa é que cães naturalmente infectados com L.
infantum apresentam alterações histopatológicas distintas que se relacionam com as
manifestações clínicas, tendo significados diagnóstico e prognóstico. OBJETIVO: O
objetivo do trabalho foi a descrição sistemática das alterações histopatológicas
encontradas nos diversos órgãos de cães com leishmaniose visceral naturalmente
infectados, correlacionando com diferentes manifestações clínicas. MÉTODOS: Para
este estudo foram coletados amostras e dados provenientes de 58 cães do
município de Jequié-Ba, área endêmica para leishmaniose. Os cães foram
submetidos a exame clínico, eutanásia e coleta de material para PCR, ELISA e
cultura, além de fragmentos de fígado, baço, linfonodo, pele, intestino, rins e
pulmões. Os animais foram classificados em assintomáticos, quando apresentaram
até dois sinais, e sintomáticos, quando exibiram mais de dois sinais. Cães com
positividade simultânea nos testes de cultura esplênica, ELISA e PCR tiveram cortes
dos tecidos submetidos a procedimento imunoistoquímico para avaliação da carga
parasitária em linfonodo, baço e fígado. Lâminas dos fragmentos obtidos foram
avaliadas sob microscopia óptica para análise das alterações. RESULTADOS: Ao
todo, nove animais foram classificados como assintomáticos e 49 sintomáticos. Os
58 cães da pesquisa foram positivos em pelo menos um dos testes realizados para
diagnóstico da infecção: PCR (n=91,38%), ELISA (n= 84,48%) ou cultura esplênica
(n= 34,48%). No fígado, a linfocitose intrassinusoidal moderada se mostrou mais
frequente no grupo dos sintomáticos (p=0,008). Nos demais parâmetros hepáticos,
os grupos não obtiveram diferenças estatisticamente significantes. No baço,
linfonodo, intestino, pele, rins e pulmões, as alterações se comportaram de forma
semelhante entre as manifestações clínicas. A maior carga parasitária foi
encontrada no baço. CONCLUSÃO: As alterações histopatológicas não mostraram
diferenças entre as manifestações clínicas. / INTRODUCTION: Visceral leishmaniasis is a serious zoonosis that affects a range of
animals. The dog is considered the main urban reservoir of Leishmania infantum
and may be clinically asymptomatic or symptomatic in infection. Few studies address
the clinical and histopathological aspects in visceral leishmaniasis, especially
systematic studies, which are detailed description of histopathology findings and
making the correlation of these aspects of the disease. The hypothesis of the
research is that dogs naturally infected with L. infantum have distinct histopathologic
changes that relate to the clinical manifestations, diagnosis and prognosis.
OBJECTIVE: The objective was the systematic description of histopathology found in
the various organs of dogs with visceral leishmaniasis naturally infected, correlated
with different clinical manifestations. METHODS: For this study were collected
samples and data from 58 dogs in the city of Jequié-Ba, endemic area for
leishmaniasis. The dogs underwent clinical examination, euthanasia and collection of
material for PCR, ELISA and culture, as well as fragments of liver, spleen, lymph
nodes, skin, intestine, kidneys and lungs. The animals were classified as
asymptomatic when presented two signs, and symptomatic when exhibited more
than two signals. Dogs with positive symptomatology for splenic culture, ELISA and
PCR were subjected to cuts tissue immunohistochemical procedure for evaluating
the parasite load in the lymph node, spleen and liver. Blades fragments obtained
were evaluated by optical microscopy for analysis of changes. RESULTS: In all, nine
animals were classified as asymptomatic and 49 symptomatic. The 58 dogs of the
survey were positive in one of the tests for the diagnosis of infection: PCR (n =
91.38%), ELISA (n = 84.48%) or splenic culture (n = 34.48%). In the liver, moderate
sinusoidal intra lymphocytosis was more frequent in the symptomatic group (p =
0.008). In other hepatic parameters, the groups no revealed statistically significant
differences. In spleen, lymph nodes, intestines, skin, kidneys and lungs, the changes
are similarly between the clinical manifestations. The largest parasitic load was found
in the spleen. CONCLUSION: The histopathological changes showed no differences
between the clinical manifestations
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