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Produtividade de biomassa e fixação biológica de N2 atmosférico em sistemas agroflorestais no Cariri ParaibanoCésar Rodrigues Martins, Júlio 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Na região semiárida do NE do Brasil, uma das conseqüências mais visíveis do processo de ocupação e uso do solo foi a eliminação da vegetação nativa e a redução da presença de espécies arbóreas nos agroecossistemas. A remoção do extrato arbóreo pode trazer diversas conseqüências negativas para os agroecossistemas, como aumento da erosão, perda de fertilidade, diminuição da infiltração de água no solo e diminuição da biodiversidade, entre outros. Por esse motivo, diversos agricultores estão fazendo uso dos sistemas agroflorestais, os quais além de aumentar a produtividade de biomassa e a diversidade na oferta de produtos, podem utilizar mais eficientemente os recursos como água e luz, e promover uma maior reciclagem de nutrientes. Dentre os nutrientes que são importantes para o funcionamento de ecossistemas, o nitrogênio merece especial atenção, dado que é o principal elemento limitante ao crescimento vegetal na maioria dos ecossistemas ao redor do globo. A entrada do N em ecossistemas ocorre principalmente através da fixação do N2 atmosférico em associações simbióticas entre espécies vegetais leguminosas e bactérias fixadoras. Diante do exposto, este trabalho teve por objetivos: 1) Quantificar e comparar produtividades de biomassa em sistemas agroflorestais e tradicionais (sem árvores); 2) Quantificar a fixação biológica de nitrogênio (FBN) pela gliricídia e pelo feijão-macassar, nos sistemas agroflorestais e tradicionais. O estudo foi conduzido na Estação Agroecológica Vila Maria Rita, no município de Taperoá, Paraíba. O experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados, em parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os dois tratamentos principais consistiram nos sistemas agroflorestais (CA), e tradicionais (SA), e os três tratamentos secundários consistiram nos diferentes tipos de culturas (feijão+milho, capim buffel, e palma). As parcelas SA foram estabelecidas com dimensões de 6 x 10 m e as parcelas CA com dimensões de 10 x 30 m. Nas parcelas CA foram introduzidas fileiras das espécies arbóreas gliricídia (Gliricidia sepium (Jacq.)) e (maniçoba (Manihot glaziovii Muel Arg.)), com espaçamento de 6 m entre fileiras e 1 m entre árvores nas fileiras, consorciadas com as demais herbáceas e arbustivas. Ao longo dos quatro anos de estudo, o sistema SA produziu 33% mais biomassa de feijão, milho, capim buffel, e palma que no sistema CA. Entretanto, a média de produtividade de biomassa total (árvores + culturas associadas) nas parcelas CA foi 260% maior que nas parcelas SA. Além disso, os coeficientes de variação da produtividade anual de biomassa foram menores nos sistemas CA. Nos tratamentos milho+feijão, buffel e palma, a proporção de N proveniente da atmosfera pela gliricídia foi de 21,74, 48,86 e 48,85%, respectivamente. Nas parcelas CA cultivadas com buffel a gliricídia foi capaz de fixar cerca de 43 Kg ha-1 de N atmosférico. Conclui-se, portanto, que a presença de árvores não só aumentou a produtividade, mas também conferiu maior estabilidade aos sistemas de produção de biomassa nos sistemas de uso da terra avaliados. A
gliricídia contribuiu fortemente para esse resultado devido ao fato de ser capaz de fixar quantidades significativas de N atmosférico
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