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Uso e abuso de substancias para o alivio imediato da cefaleiaHeinisch, Liana Miriam Miranda January 1996 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciencias da Saude / Made available in DSpace on 2012-10-16T23:26:34Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Os objetivos do estudo foram: i) avaliar o nível de consumo atual de medicamentos empregados para o alívio da dor em pacientes com cefaléia atendidos em setor ambulatorial de hospital geral, universitário; ii) quantificar a freqüência de pacientes classificados como sofredores de cefaléia crônica diária e de cefaléia induzida por medicamentos; iii) comparar as principais características clínicas entre o grupo que usava e o que abusava de medicação; iv) identificar as atitudes dos pacientes diante do fato de sentir dor. O estudo incluiu 149 pacientes adultos atendidos no ambulatório de cefaléia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, no período de janeiro a agosto de 1995. A maioria dos pacientes tinha uma história de cefaléia com tempo superior a seis meses. Os resultados demonstraram que 99% dos pacientes usavam substância para alívio imediato da cefaléia, sendo que 50,7% utilizavam de modo abusivo. Comparando os grupos de usadores e abusadores, encontramos diferenças estatisticamente significativas (P<0,05) na intensidade, freqüência e duração da dor. Os dados demonstram que os pacientes estudados possuem um elevado nível de consumo de medicamentos para alívio da cefaléia. Os achados reforçam a idéia da necessidade de um enfoque multidisciplinar nesse grupo de sofredores crônicos, visando assistência, educação continuada e pesquisas nesta área.
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Avaliação do desempenho logístico de fornecedores de medicamentosRazzolini Filho, Edelvino January 2000 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. / Made available in DSpace on 2012-10-17T11:46:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
172570.pdf: 5968119 bytes, checksum: 45b0a119e989b7bdf2ff448c0b4e00bc (MD5) / Um adequado gerenciamento logístico não pode prescindir de medidas para avaliar o desempenho dos sistemas afetos à área. Assim, a avaliação do desempenho dos sistemas logísticos assume papel central nas estratégias logísticas das organizações. Um dos sistemas que apresenta grande potencial de contribuição, a tais estratégias, é o de suprimentos. Nas organizações médico-hospitalares, o desempenho dos fornecedores de medicamentos é de importância fundamental, uma vez que falhas podem significar a diferença entre a vida e a morte. Portanto, avaliar tais fornecedores significa possibilitar um melhor desempenho às organizações médico-hospitalares e aos próprios fornecedores. Este estudo desenvolve um modelo que permite avaliar o desempenho dos fornecedores das organizações médico-hospitalares, através de um conjunto de fatores considerados relevantes ao processo decisório de compras, possibilitando melhorar a competitividade dos mesmos e, ao mesmo tempo, melhorar o gerenciamento logístico.
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Avaliação do serviço de dispensação de medicamentos na rede de atenção básica do SUSSartor, Vanessa de Bona 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T05:00:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
287595.pdf: 1494724 bytes, checksum: 567dacd34da81a40619190465e838b26 (MD5) / Os medicamentos assumem um papel importante nos serviços de saúde pública, constituindo-se no principal instrumento terapêutico utilizado na sociedade atual. Considerando que no Brasil a saúde é um direito constitucional, que deve ser garantido pelo Estado e que seus serviços devem estar organizados conforme os princípios e diretrizes do SUS; consiste o objetivo deste estudo: propor uma modelo de avaliação do serviço de dispensação de medicamentos na atenção básica do SUS. Realizou-se levantamento bibliográfico e discussão com experts na elaboração do modelo lógico-teórico para dispensação. O critério adotado foi de eficácia para construção do modelo e seus indicadores. Foram elaborados parâmetros e modelo de classificação para o julgamento de valor. A validação do modelo de avaliação ocorreu no município de Florianópolis/SC, em quinze unidades de saúde, através da observação direta utilizando formulário próprio para coleta dos dados. As características contextuais dos serviços foram levantadas. O modelo apresentou-se adequado para avaliação de eficácia do serviço, elaborado com cinco dimensões de análise, permitindo identificar os pontos críticos de cada uma das dimensões do serviço. A escolha do critério de eficácia possibilitou avaliar o processo de trabalho deixando alguns aspectos estruturais para a contextualização do achado e de resultados para futuras avaliações de efetividade e relevância do serviço. Adaptações à técnica de coleta de dados poderão ser necessárias para a realidade e necessidade de cada situação. Na análise dos achados, a eficácia do serviço no município foi classificada como regular. A Orientação foi o nó crítico dos serviços, seguido pelo Acolhimento e pela Separação e Preparação do medicamento. Apesar de este serviço estar à disposição da população brasileira há tempos, o seu estudo pelas instituições ainda é insuficiente. Tanto esta pesquisa quanto aquelas encontradas, apontam uma situação preocupante em que os serviços de dispensação de medicamentos em nosso país se encontram. A eficácia destes deve propiciar o acesso qualificado aos medicamentos disponibilizados pelo SUS. Espera-se que este estudo também sirva de incentivo para institucionalização de avaliações permanentes nos quais o princípio democrático seja respeitado e com direcionalidade política para a transformação social.
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Estimativa dos custos relacionados à artrite reumatóide em pacientes atendidos por meio do componente especializado da assistência farmacêutica/MS na Farmácia Escola UFSC/PMF, 2008-2010Bagatini, Fabíola 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T07:02:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
285329.pdf: 5620210 bytes, checksum: 1b9bb6ac8bbcbc3643f5c4dfc08d52ab (MD5) / A artrite reumatóide é uma desordem autoimune, de etiologia desconhecida, caracterizada por acometimento poliarticular simétrico progressivo que leva à deformidade e destruição das articulações devido à erosão da cartilagem e do osso. Além disso, pode apresentar sintomas constitucionais e acometimento de outros órgãos, que aumenta a morbidade e a gravidade da doença. É responsável por um impacto econômico significativo, não apenas para os pacientes, familiares e provedores de saúde, mas, também, para a sociedade como um todo. Diante deste contexto, o presente estudo teve como objetivo estimar os custos relacionados à artrite reumatóide, em pacientes atendidos por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica/MS (CEAF) na Farmácia Escola UFSC/PMF, em 2008-2010. De caráter observacional e prospectivo, a pesquisa envolveu 103 pacientes adultos, de ambos os sexos, portadores de artrite reumatóide, residentes no município de Florianópolis e cadastrados no CEAF, para receberem os medicamentos adalimumabe, infliximabe, etanercepte e leflunomida. Os pacientes foram acompanhados, mensalmente, durante um período de 13 meses. Para tanto, fez-se uso de formulários específicos para coleta de dados, referentes à utilização de recursos por portadores de artrite reumatóide. Realizou-se uma avaliação econômica, do tipo estudo de custo-doença adotando a perspectiva da sociedade. Os custos diretos médicos foram estimados, utilizando-se a técnica micro-costing, e os custos indiretos por meio do método do capital humano. Os dados coletados foram analisados, com a ajuda do Microsoft Excel, 2007. A amostra estudada, em sua maioria, foi constituída por pacientes do sexo feminino (89,7%), com idade superior a 50 anos (70,9%), casados (69,9%), aposentados (43,7%), escolaridade igual ou superior a 11 anos (52,4%), com 10 anos ou mais de doença (55,3%) e beneficiários de plano de saúde (74,8%). O custo direto médico total, durante o período de estudo, foi de R$ 2.200.361,47, sendo que 91,4% deste total foram referentes à aquisição de medicamentos, 2,3% às hospitalizações, 2,1% aos exames complementares e 2,0% às consultas médicas. O restante dos componentes, juntos, somou 2,2%. O SUS foi responsável por 70,4% deste total. O custo com medicamentos foi principalmente atribuído à aquisição de medicamentos pertencentes ao grupo terapêutico L04 - Imunossupressores (86,9%), que inclui os agentes biológicos e leflunomida. O custo direto médico total por paciente foi de R$ 21.362,73. A estimativa dos custos indiretos por paciente foi de R$ 3.317,80, o que representou 20,2% do produto interno bruto (PIB) per capita, estimado com base para o ano de 2009. O custo total estimado para artrite reumatóide sob a perspectiva da sociedade, em 13 meses de acompanhamento, foi de R$ 24.680,53 por paciente. Deste total, 86,5% representaram os custos diretos médicos e 13,5% os custos indiretos. O presente estudo forneceu dados primários, tidos como fundamentais para a realização de avaliações econômicas completas, envolvendo a artrite e informações referentes ao impacto econômico da doença sobre os serviços de saúde. / Lippia alba is a medicinal plant wich is find in all regions of Brazil. This especie is largely used in the folk medicine, especially as a tranquilizer. It needs cientific studies about isolation and identification of its constituents. In previous studies, the n-butanolic fraction, obtained from a hidroalcoolic extract showed sedative and anticonvulsant effects. The objective of this work was the study of the same fraction, searching the isolation and identification from its chemical constituents, the qualitative seasonal accompaniment of this substances and the achievement from pharmacological experiments (verification of the body temperature and sedative activity, through the induction with pentobarbital and ether). Thus, from a hidroalcoolic extract of the leaves from the vegetable material, followed by partition with solvents of increasing polarity, the n-butanolic fraction was obtained. After purification of subfractions, was possible to isolate the substances LA-1 (verbascoside), LA-2, LA-3 (3 , 16 , 23 trihydroxiolean-12-en-28 oic acid bidesmosidic) and LA-4. To the elucidation of the substance LA-2, is necessary wait for the NMR spectrum; to the substance LA-4, is necessary the purification from CLAE to its elucidation. About the pharmacological trials, it is no possible to assure that the n-butanolic fraction shows sedative activity; it increased the barbiturate sleeping time (300 mg/ Kg body wt., 1 h after the treatment v.o.) but not increased the ether sleeping time, at the same previously dose and time; not modified significative the latency of the sleep, including the control group; decreased the body temperature (100 and 300 mg/ Kg wt., 1 and 2 h after the treatment v.o.) but it is no possible to say that is because a central effect. In that way, L. alba is shown as a viable source of potentially active secondary metabolites. The chemical constituents analysed in this work could be find in all assessments, so there is no qualitative seasonal variation. Posterior studies could achieve more researches about the pharmacological activities from the n-butanolic fraction and from its chemical constituents isolated and from the infusion. Furthermore, could elucidate the structures not yet identified.
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A Bíblia da farmacologia e os antidepressivosBittencourt, Silvia Cardoso 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T08:53:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
282542.pdf: 1661074 bytes, checksum: d87cc4e35dc66275e78cb7f7a637cb4b (MD5) / Se a dor e o sofrimento são inerentes à condição humana, a forma como lidamos com essas condições tem sido diversa em diferentes contextos socioculturais e históricos. O uso de medicamentos chamados antidepressivos para tratar situações relacionadas à tristeza com sintomas que caracterizam sofrimento físico e psíquico é uma estratégia terapêutica na biomedicina desde o surgimento dessas drogas. O uso abusivo desses medicamentos tem sido questionado. Estão sendo levantadas questões como a redução do sofrimento a aspectos puramente biológicos, excluindo desse modo uma abordagem compreensiva de problemas de saúde que não estariam restritos apenas à intervenção em alterações bioquímicas endógenas. O objetivo deste estudo é conhecer o modo como a armacologia e os medicamentos antidepressivos foram apresentados a profissionais e estudantes de medicina ao longo da segunda metade do século XX e analisar quais as estratégias argumentativas utilizadas para justificar o uso dessas drogas a partir do discurso científico. Para atingir esse objetivo, foram analisadas as diferentes edições do principal livro-texto de farmacologia, utilizado no século XX em diferentes países como modo de divulgação do conhecimento científico: o livro Goodman e Gilman: as
bases farmacológicas da terapêutica, conhecido como a #bíblia da farmacologia#. Inicialmente foi feita uma abordagem dos quadros relacionados à depressão, categoria médica que deu origem aos #antidepressivos#, a partir da melancolia nos primórdios da biomedicina. Foram abordados textos de médicos como Pinel, Esquirol e Dagonet, do início do período em que #nasce# a medicina moderna, a segunda metade do século XVIII e o século XIX, com uma breve passagem pelo início do século XX, quando surgem os trabalhos de autores como Kraepelin e Freud, trazendo a questão da imprecisão dos diagnósticos médicos na área do sofrimento psíquico. Os livros-texto de Goodman e Gilman, desde sua 1ª edição (em 1941) até a 11ª edição (em 2006), foram analisados a partir de uma perspectiva histórica, utilizando como estratégia metodológica a análise de discurso. Buscou-se identificar questões que influenciaram tanto o desenvolvimento da farmacologia quanto o desenvolvimento dos medicamentos chamados antidepressivos. A partir da análise dos textos, pode-se concluir que: existe dificuldade para especificar as situações em que os antidepressivos são utilizados, por causa das incertezas do iagnóstico clínico; as tentativas realizadas a partir do conhecimento farmacológico para estabelecer uma relação causal entre diferentes substâncias endógenas e os sintomas clínicos não são comprovadas até a última edição do livro-texto; os avanços na área do conhecimento técnico-científico no sentido de controle dos sintomas têm obtido um êxito relativo (pelo menos em curto prazo, como, por exemplo, no controle dos efeitos colaterais e na facilidade de administração dos medicamentos), sendo esse um aspecto que tem dado força à expansão do uso dos antidepressivos; esses medicamentos, inicialmente utilizados para tratar sintomas depressivos (no sentido de pouca ou baixa atividade corporal) vêm tendo seu uso ampliado progressivamente para situações que não estão relacionadas aos sintomas que inicialmente lhes deram esse nome (antidepressivos); o desenvolvimento das pesquisas em farmacologia está vinculado a saberes e práticas de outras áreas do conhecimento, que, por sua vez, determinam o desenvolvimento de medicamentos; e, por fim, a industria farmacêutica está ligada ao desenvolvimento da farmacologia desde os primórdios desta. / If pain and suffering are inherent to the human condition, the manner in which we deal with such conditions has been diverse in different sociocultural and historical contexts. The use of antidepressive medication to cure conditions related to sadness, which can demonstrate symptoms characterized by physical and psychic suffering, is a biomedicinal therapeutic strategy used since the emergence of such drugs. The abuse of such medication has become highly questioned. Inquiries have surfaced in relation to the reduction of suffering to purely biological aspects, thereby excluding a comprehensive approach of health problems that would not be solely restricted to an intervention of endogenous biochemical alterations. The aim of this study is to identify how pharmacology and the antidepressant drugs were introduced to physicians and medical students in the second half of XX century and to analyze which argumentative strategies are utilized in justifying the use of such drugs via scientific discourse. In order to achieve this aim, we have analyzed the different editions of the primary textbook of pharmacology, used in various countries during the XX century as a means of disseminating scientific knowledge: Goodman and Gilman: The Pharmacological Basis of Therapeutics, the commonly recognized #bible of Pharmacology#. Initially examined are the clinical conditions related to depression, a medical category that gave origin to #antidepressants#, by means of melancholia in the early days of biomedicine. Analyzed were texts from doctors such as Pinel, Esquirol, and Dagonet from earlier periods, in which modern medicine was #born#, the second half of the XVIII century, the XIX century, and a brief passage through the beginning of the XX century, when works from such authors as Kraeplin and Freud brought forth questions regarding the imprecision of medical diagnosis in the area of psychological distress. Goodman and Gilman#s textbooks, from the first edition (in 1941) through the eleventh edition (in 2006), have been analyzed from a historical perspective, using discourse analysis as a methodological strategy. We tried to identify issues that influenced both the development of knowledge in the area of pharmacology as well as the development of such medications labeled antidepressants. From the analysis of texts, one can conclude that: difficulties exist when specifying the situations in which the antidepressants are utilized, via the uncertainties of clinical diagnosis; the attempts, from de
pharmacological knowledge, to establish a causal relationship between various endogenous substances and clinical symptoms are not supported in any of the textbook editions; the advances in the field of technicalscientific knowledge in order to control the symptoms have obtained a relative amount of success (at least short-term, for example, in the control of side effects and in the ease of administering medication), this being one aspect that has given strength to the expansion of antidepressants being used; these drugs, originally used to treat depressive symptoms (in the sense of little or low body activity), have had their use extended progressively to situations that are not related to the symptoms that initially gave them that name (antidepressants); the development of research in pharmacology is linked to understandings and practices from other areas of knowledge, which in turn determine the development of such drugs as antidepressants; and finally, that the pharmaceutical industry is associated to the development of pharmacology since its inception.
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Estudo da influência da composição da dieta e da administração de pioglitazona no peso, na intensidade da resistência à insulina e nos níveis circulantes de glicose, insulina, adiponectina e grelina em ratosColombo, Giovani January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T23:08:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
296784.pdf: 740676 bytes, checksum: 423c1e0faf1b1bddf291399fb30eb466 (MD5) / Nos últimos anos, grandes esforços têm sido deflagrados no sentido da elucidação dos mecanismos relacionados ao aparecimento e perpetuação da obesidade. Neste contexto, dois hormônios, a grelina e a adiponectina, estão intimamente relacionados ao controle da ingestão alimentar, e consequentemente ao aparecimento da síndrome metabólica, do diabetes mellitus e das complicações cardiovasculares. Com o intuito de aumentar a sensibilidade celular sistêmica à ação da insulina, e contrabalançar os efeitos deletérios da síndrome metabólica, a pioglitazona tem sido utilizada na prática clínica diária. Objetivos: Identificar o impacto de uma dieta hipercalórica e hiperlipídica (dieta de cafeteria) sobre a variação do peso corporal, a resistência à ação da insulina, os níveis séricos de adiponectina, grelina total e grelina acetilada. Analisar as consequências da administração de pioglitazona sobre os níveis de adiponectina, grelina total e grelina acetilada. Métodos: Estudo analítico experimental controlado e com intervenção, envolvendo um total de 24 ratos machos Wistar, distribuídos em 04 subgrupos de 06 animais: subgrupo cafeteria # SGC, recebeu dieta de cafeteria, ração e pioglitazona; subgrupo cafeteria controle - SGCC, recebeu dieta de cafeteria, ração e solução salina; subgrupo ração - SGR, recebeu ração e pioglitazona e subgrupo ração controle - SGRC, recebeu ração e solução salina. O estudo teve a duração de 5 semanas e o peso dos animais foi registrado semanalmente. Os níveis séricos de insulina, adiponectina e grelina foram determinados por ELISA, no momento do sacrifício. Na análise estatística foram empregados os testes ANOVA com correção de Bonferroni e t pareado. Resultados: Foi observado um aumento significativo do peso corporal ao longo do estudo em todos os subgrupos (P < 0,05). Quando o peso dos animais na semana 3, momento inicial da intervenção, foi
comparado ao peso na semana 5, apenas os animais do SGCC apresentaram tendência a ganho de peso (P = 0,073). No SGCC a média de peso final foi significativamente maior do que nos SGR (P = 0,035) e SGRC (P = 0,017). As médias de glicemia e insulina, bem como o modelo de avaliação da homeostase para resistência à insulina (HOMA-IR) entre os subgrupos no final do acompanhamento não foram diferentes (P>0.05). Quanto à adiponectina sérica final, o SGR apresentou média significativamente maior do que os SGCC (P = 0,027) e SGRC (P = 0,014). Em relação à grelina total sérica final, o SGC apresentou média significativamente maior do que o SGR (P = 0,006). Quando avaliada a grelina acetilada sérica final, o SGC apresentou média significativamente maior do que os SGCC (P = 0,047) e SGR (P = 0,009). Conclusão: A dieta de cafeteria por 35 dias levou a uma média de peso superior nos animais a ela submetidos sem, no entanto, induzir a um aumento expressivo da resistência à ação da insulina. A pioglitazona aumentou os níveis de adiponectina nos ratos que receberam dieta balanceada e de grelina nos animais que receberam dieta de cafeteria. No entanto, os maiores níveis de grelina nestes animais parecem ter sido secundários à estabilização do ganho de peso nas semanas finais do tratamento.
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Avaliação da adesão ao tratamento da hipertensão arterial em pacientes do município de Diamante D'Oeste/PRElias, Gisele de Lima January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia / Made available in DSpace on 2012-10-25T23:56:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
296026.pdf: 1973248 bytes, checksum: 5956fb60ed5f0fef1d3a7e70028677bb (MD5) / Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adesão ao tratamento "é a medida com que o comportamento de uma pessoa em relação à tomar a sua medicação, seguir a dieta e/ou mudar seu estilo de vida, segue as recomendações de um profissional de saúde". A adesão ao tratamento de qualquer doença, e da hipertensão em particular, é essencial para o correto controle da doença. Considerando-se que 60-70% dos pacientes apresentam baixa aderência ao tratamento da hipertensão arterial, o impacto no desenvolvimento da doença e de suas sequelas é muito grande. Vários fatores contribuem para a baixa adesão aos tratamentos medicamentoso e não-medicamentoso. Os objetivos do presente estudo são caracterizar demograficamente uma parcela da população de hipertensos de Diamante D'Oeste/PR e avaliar seu perfil em relação à adesão à terapia anti-hipertensiva regular e quais razões são preponderantes nesta adesão. Foi selecionada uma amostra de 46 pacientes, entrevistados através de dois questionários estruturados, com intervalo de 3 meses. Os parâmetros estudados foram adesão/interrupção do tratamento através do Teste de Morisky e Green, fatores relacionados equipe, serviço de saúde, terapia medicamentosa e pacientes, nível de conhecimento da hipertensão arterial, e manutenção da pressão arterial. A maior parte dos pacientes foi constituída por mulheres, casadas, branca, com mais de 60 anos, aposentadas e com baixo grau de escolaridade. Com base nas respostas ao teste de Morisky e Green, a população foi dividida entre aderentes e não-aderentes ao tratamento. Comparando os questionários, observou-se que em ambos grupos, um alto índice (cerca de 70%) de pacientes não-aderentes não-intencionais ao tratamento farmacológico e baixo seguimento do horário da medicação. Entretanto, mesmo os pacientes não-aderentes mantiveram a pressão arterial média entre ótima e limítrofe. Sobre os fatores relacionados à equipe e ao serviço de saúde observou-se pouca confiança no médico do Centro de Saúde e isto foi diretamente proporcional à adesão; insatisfação na comunicação médico-paciente; boa confiança nos demais profissionais do Centro de Saúde e bom entendimento das explicações sobre a doença e medicação, que se correlacionaram de forma diretamente proporcional à adesão. Curiosamente, a maioria dos pacientes considerou que foram bem orientados pelo médico sobre o regime terapêutico correto, contrastando com os achados negativos sobre a relação médico-paciente. As classes terapêuticas mais utilizadas foram inibidores da enzima conversora de angiotensina, inibidores de agregação plaquetária, betabloqueadores e diuréticos tiazídicos. O predomínio do regime terapêutico foi com poucas pílulas; os relatos mostram baixíssima frequência de efeitos colaterais e/ou dificuldade de tomar os medicamentos para tratamento da hipertensão arterial. A maioria dos pacientes seguia o mesmo regime terapêutico desde o diagnóstico da hipertensão arterial; houve muitos relatos de baixo índice de consultas periódicas para acompanhamento terapêutico e a maioria dos pacientes tinha como adquirir os medicamentos caso eles não fossem supridos pelo SUS. Quanto ao nível de conhecimento da hipertensão arterial, verificou-se um grande desconhecimento sobre a patologia, orgãos-alvo e importância do tratamento. A maioria dos pacientes tem longo tempo de diagnóstico da hipertensão. Em relação ao paciente, a prática de exercícios físicos foi mais frequente no grupo aderente, embora a frequência desta resposta positiva tenha diminuído no segundo questionário, quando os pacientes se mostraram mais preocupados em aferir sua PA. A distribuição gratuita da medicação, regime terapêutico com poucas pílulas e ausência de efeitos adversos não foram elementos fundamentais para adesão ao tratamento, e a melhora na comunicação com esses pacientes parece ser o ponto essencial para explicar a baixa adesão. Desta forma, o presente trabalho sugere que intervenções diferenciadas da equipe multidisciplinar, de acordo com as características e hábitos de vida de cada paciente, e a melhoria do relacionamento médico-paciente seriam fatores cruciais para facilitar a adesão ao tratamento. / According to the World Health Organization, adherence to treatment "is the extent to which the behavior of a person in respect of taking their medication, complying with the diet and/or changing his/her lifestyle, follows the recommendations of a health professional". Adherence to treatment of any disease and hypertension in particular is essential for proper disease control. Considering that 60-70% of patients have low adherence to treatment of hypertension, the impact in the disease progression and its consequences is of importance. Several factors contribute to poor adherence to pharmacological and non-pharmacological treatments. The objectives of this study are to characterize the hypertensive population from Diamante D'Oeste/PR and to assess it in relation to adherence to antihypertensive therapy and which are main reasons for this. A sample of 46 patients were interviewed using two structured questionnaires, with an interval of 3 months. The variables were compliance/discontinuation of treatment by Morisky and Green Test, factors related to the staff, health care, drug therapy and patients, level of knowledge of hypertension and maintenance of blood pressure. Most of the patients consisted of women, married, white, with more than 60 years, retired and with low level of education. Based on the responses to the Morisky-Green test, the population was divided between adherent and non-adherent patients. Comparing the two questionnaires, it was observed that in both there was a high rate of non-adherent patients (more than 70%) to the pharmacological treatment and low follow-up medication time. However, even the non-adherent have their mean arterial pressure at normal or and borderline levels. About the factors related to the medical team and the health service there was little confidence in the doctor's health center and this was directly proportional to the adherence; dissatisfaction in doctor-patient communication, trust in other health care professionals and good understanding of explanations about the disease and medication, which correlated directly to the adherence. Interestingly, most patients considered that they were correctly told by the doctor on the correct therapeutic regimen, in contrast to the findings on the doctor-patient relationship. The most used therapeutic classes were inhibitors of angiotensin converting enzyme, inhibitors of platelet aggregation, beta-blockers and thiazide diuretics. The findings also showed a dominance of the regimen was with few pills, very low frequency of side effects and/or difficulty in taking medications. Most patients followed the same therapeutic regimen since the diagnosis of hypertension. There were many complaints of low frequency of regular consultations to monitor therapy and most patients had means to purchase their drugs if they were not supplied by official Health System. Regarding the level of knowledge of hypertension, there was a widespread ignorance about the disease and little knowledge of target organs and the importance of treatment. Most patients have a long time of diagnosis of hypertension. Physical exercise was more common in the adherent group, although the frequency of positive response has decreased in the second questionnaire, when patients were more concerned with measuring their BP. The free distribution of medication regimen, with fewer pills and no adverse effects were not key elements for adherence to the treatment, and improved communication with these patients seems to be the key point to explain the poor adherence. Thus, this study suggests that different interventions of the multidisciplinary team according to the characteristics and habits of each patient and improvement of doctor-patient relationship will be pivotal in facilitating treatment adherence.
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Estudo de bioequivalênciaPostali, Micheline January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T00:14:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
294494.pdf: 954814 bytes, checksum: 4480650b30613691b6dff38445673f4b (MD5) / A legislação brasileira estabelece que para um medicamento ser registrado como genérico, é necessário que se comprove sua equivalência e bioequivalência farmacêutica em relação ao medicamento de referência indicado pela ANVISA. Para comprovação de bioequivalência são analisados entre as formulações os parâmetros farmacocinéticos de Cmáx, ASC 0-t e ASC 0-inf. A principal via de administração avaliada neste aspecto é a oral, onde basicamente, o fármaco precisa se solubilizar em fluídos gastrointestinais e permear as membranas biológicas, para ser absorvido. Dados de solubilidade e de permeabilidade de fármacos são distribuídos em quatro classes de acordo com o Sistema de Classificação Biofarmacêutica, que estima a correlação in vitro/in vivo de cada classe. Tendo em vista que os ensaios in vitro simulam, porém não predizem resultados de bioequivalência, o modelo animal pode ser a alternativa mais viável a ser utilizada para predizer comportamento de formulações em humanos. O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo de bioequivalência de formulações contendo Nimesulida (classe II) em ratos para avaliar a confiabilidade do modelo animal para predizer a bioequivalência deste fármaco em humanos. Para isso, foram utilizadas formulações previamente submetidas a estudos de bioequivalência em humanos, para avaliar a reprodutibilidade dos parâmetros farmacocinéticos. O experimento foi realizado em ratas Wistar, através de administração oral dos fármacos e posteriores coletas sanguíneas, as quais tiveram suas concentrações determinadas pelo método de CL-EM/EM, previamente validado. Os resultados foram tratados estatisticamente e os parâmetros farmacocinéticos avaliados quanto a bioequivalência. Para a formulação bioequivalente em humanos os resultados obtidos em ratos indicaram a não-bioequivalência das formulações. Em adição, para a formulação não-bioequivalente em humanos os dados de concentração plasmática não permitiram calcular os parâmetros farmacocinéticos, ficando este estudo prejudicado. Assim concluiu-se que o protocolo experimental não foi capaz de predizer com segurança o comportamento in vivo do fármaco Nimesulida. Entretanto, é possível que estudos complementares possam revelar informações adicionais que conduzam a uma conclusão diferente.
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Um Olhar sobre a efetividade e custos do tratamento da hepatite C sob a perspectiva do Sistema Único de SaúdeBlatt, Carine Raquel January 2011 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T04:11:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
297374.pdf: 2039157 bytes, checksum: cc5fab42f6f0c3de4c7d42bb6a4363fc (MD5) / Introdução: A prevalência da hepatite C no Brasil é estimada em torno de 1%. Para o tratamento são fornecidos pelo sistema público de saúde os medicamentos peguinterferon alfa (PEG), interferon alfa (IFN) e ribavirina (RBV), de acordo com um protocolo específico. Objetivo: Identificar as taxas de cura do tratamento da hepatite C em Santa Catarina (SC) e no Brasil, investigar a associação entre as taxas de conclusão de tratamento e as taxas de cura, bem como quantificar os custos diretos do tratamento, de acordo com a perspectiva do SUS, e fazer uma comparação de custo-efetividade do tratamento da hepatite C para os pacientes portadores dos genótipos 2 e 3. Metodologia: As taxas de cura em SC foram verificadas por meio de uma série de casos de pacientes que realizaram o tratamento durante os anos de 2003 a 2007. Mediante revisão sistemática e meta-análise, verificou-se qual a taxa de cura nos estudos brasileiros publicados. De acordo com o protocolo nacional, os resultados foram divididos em cinco grupos: tratamento com PEG e RBV por 48 semanas: genótipo 1 (A), coinfecção com HIV (B), recidivante (C) e não respondedor (D); e tratamento com IFN e RBV por 24 semanas: genótipos 2 e 3 (E). A associação entre as taxas de término de tratamento e cura foi verificada por meio de uma análise de metarregressão. Os custos diretos do tratamento foram verificados mediante um micro-costing study. A análise de custo-efetividade do tratamento de pacientes portadores dos genótipos 2 ou 3 foi realizada comparando-se o uso de PEG+RBV (PEG-FIRST) por 24 semanas com IFN+RBV (PEG-SEC) por 24 semanas como primeira escolha. PEG+RBV (48 semanas) foi administrado para todos os pacientes recidivantes e não respondedores. Resultados: Em SC, analisaram-se 716 tratamentos, 472 (PEG) e 244 (IFN). As taxas de conclusão foram 69,1% (PEG) e 88,5% (IFN). Para 289 dos 542 tratamentos concluídos, os dados de resposta foram considerados ignorados. O número de tratamentos com resposta viral sustentada (RVS) foi 84 (45 com PEG e 39 com IFN). Na revisão sistemática, 20 estudos foram incluídos, e as taxas de RVS encontradas foram A (n=1.775; RVS= 40,2%, 95%IC 34,5-45,8); B (n=59, RVS= 23,7%); C, gen 1 (n=68; RVS=60,0%, 95%IC 44,0-75,9); C, gen 2 ou 3 (n=17; RVS 59,0%, 95%IC 32,9-85,1); D, gen 1 (n=230; RVS=18,3%, 95%IC 13,3-23,3); D, gen 2 ou 3 (n=79; RVS=50,2%, 95%IC 33,4-67,0); e E (n=486; RVS=54,3%, 95%IC 39,3-69,3). As taxas de não conclusão de tratamento variaram entre 4,5% e 44,4%. De acordo com a metarregressão, há correlação linear entre as taxas de não conclusão e RVS, e o aumento de 10% de descontinuidade implica uma redução de 4,1% de RVS. O custo total para o tratamento da hepatite C por paciente com IFN foi de US$ 982,25; com PEG 2a 180 mcg, foi de US$ 10.658,08; e com PEG 2b 120 mcg, foi de US$ 12.597,63. Os medicamentos antivirais representam 88% dos custos para PEG e 40% dos custos para IFN. Para o tratamento da hepatite C (genótipos 2 ou 3), PEG-SEC apresentou uma efetividade de 79,2% e um custo de US$ 5.852,99. O uso de PEG-FIRST resultou em uma RVS de 87,8% e custos de US$ 8.338,27. Conclusões: Os serviços que dispensam os medicamentos para o tratamento da hepatite C em SC não estão organizados para o registro de informações relativas ao acompanhamento do paciente e às taxas de cura. Alguns dados de efetividade dos estudos publicados no Brasil são inferiores aos ensaios clínicos. As baixas taxas de conclusão de tratamento explicam em parte esse achado. Para o tratamento com PEG, os custos com o acompanhamento dos pacientes, testes diagnósticos e consultas com profissionais representam apenas 12% dos custos totais, o que indica que melhor cuidado deve ser fornecido a esse grupo de pacientes para que se possa evitar desperdícios de recursos financeiros. No contexto brasileiro, PEG-FIRST é mais caro e mais efetivo que PEG-SEC.
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Análise das demandas judiciais solicitando medicamentos encaminhados à Diretoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina nos anos de 2003 e 2004Pereira, Januária Ramos January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia / Made available in DSpace on 2012-10-22T18:19:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
245434.pdf: 477537 bytes, checksum: b955eff71759af68b511944397bd0856 (MD5) / Introdução: O paciente, ao receber a prescrição médica com indicação de um determinado medicamento, tenta obtê-lo em uma unidade do Sistema Único de Saúde. A indisponibilidade do medicamento gera uma circunstância limite para o cidadão, que muitas vezes decide recorrer à Justiça. O crescente número de mandados judiciais impetrados contra a Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina, solicitando o fornecimento de medicamentos ensejou a condução do estudo. Objetivo: Descrever a evolução dos processos judiciais impetrados contra o Estado de Santa Catarina determinando fornecimento de medicamentos nos anos
de 2003 e 2004. Metodologia: Os dados necessários à descrição da evolução dos processos judiciais foram levantados junto à Diretoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Esses dados foram agrupados através da criação de um banco de dados e submetidos a tratamento estatístico de padrão descritivo. As variáveis consideradas foram: número de solicitações por via judicial; número de produtos por processo judicial; produtos solicitados; regiões do estado responsáveis por maior número de solicitações; a que tratamento se destinavam os medicamentos; condutor da ação; vinculação do prescritor ao sistema público de saúde ou a consultório particular, a especialidade médica do mesmo e custos decorrentes da aquisição de medicamentos por esta via. Resultados: No período analisado foram encaminhados 622 processos judiciais, envolvendo 1163 produtos solicitados, responsáveis por gastos de aproximadamente R$ 11.333.750,00. Em 347 processos (55,8%) a prescrição anexada era proveniente de consultórios particulares e em 205 processos (33%) era originária do sistema público de saúde. Quanto ao condutor da ação, 59% (367) das mesmas foram conduzidas por escritórios de advocacia particulares. Em 367 processos (59%) os medicamentos não tinham financiamento previsto através de um dos programas vigentes e foram categorizados como não padronizados e em 248 processos (40%)
os medicamentos envolvidos estavam inseridos em algum dos programas
governamentais. De forma geral, os custos para o atendimento das demandas judiciais representaram em 2003 aproximadamente 6% do valor total gasto pela SES/SC com a aquisição de medicamentos. Em 2004 as demandas judiciais foram responsáveis por 9,5% do valor total com medicamentos gastos pela SES/SC. Conclusões: Em alguns casos pode-se observar que os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde são restritivos e a via judicial torna-se a alternativa de maior viabilidade. Esses casos incluem situações em que a ampliação do acesso aos medicamentos através de critérios menos restritivos de inclusão no Programa são necessários e justificáveis, e aqueles em que a restrição é claramente necessária. Ainda com relação aos medicamentos foram encontrados casos envolvendo medicamentos que não tinham registro junto a ANVISA e casos em que a indicação de uso do medicamento, presente no processo judicial, não está aprovada no país, bem como situações em que a SES/SC apesar de não disponibilizar o medicamento solicitado, possuía outras opções terapêuticas. O conjunto dos resultados indica que a reavaliação dos elencos de medicamentos padronizados e a melhoria no acesso aos tratamentos aliados à melhor divulgação dos programas de distribuição de medicamentos, são medidas que potencialmente poderão reduzir o número de processos judiciais.
Introduction: The patient, on receiving medical prescription with indication of a determined medicine, tries to get it at the Unified National Health System (SUS). The non-availability of this medicine generates a limit circumstance to the citizen, which in many times decides to get the judicial way. The increasing numbers of court injunctions petitioned against the Santa Catarina State Health Department, requesting medicine supply, was the reason to conduct this study. Objective: Describe the court injunctions evolution petitioned against Santa Catarina State compelling medicine supply in 2003 and 2004. Methodology: The necessary data to describe the legal suits evolution was collected on #Diretoria de Assistência Farmacêutica# from Santa Catarina State Health Department. This data was grouped by the creation of a data bank and submitted to a descriptive statistic treatment model. The considered variable was: Number of judicial requests; Number of products on the legal suits; requested products; cities which had the most of the requesting; medicine treatment indication; legal suit conductor; prescritor link with public or private health unit; medical specialty and medicine acquisition cost by this way. Results: The analyzed period had 622 legal suits, involving 1163 requested products, which cost around $ 5,296,144.00. In 347 processes (55.8%) the prescription was from private clinic and in 205 processes (33%) was from public health units. About the legal suit conductor, 59% (367) of them was conducted by private law offices. In 367 process (59%), the medicine didn#t have financial support
by the current governmental health programs and they was classified like notstandart medicine and in 248 process (40%) the involved medicines was classified in some of the governmental health programs. The court injunctions attempt cost represents in 2003, approximately 6% of total cost of SES/SC with medicine acquisition. In 2004 this number raised to 9.5%. Conclusions: In some cases we can see that Health Department#s established protocols are restrictive and the judicial way became the best way. These cases include situations that increasing medicine supply through less restrictive inclusion criteria on Health Programs are needed and justifiable, and those where restriction is obviously needed. Still about the medicines, there are some cases involving medicines which had no register at ANVISA and cases where medicine indication, present on the court injunction, has no approval in Brazil, like situations when SES/SC, despite not possess the requested medicine, had some other therapeutic choices. The whole view of the results indicates that the standard medicine list re-evaluation and treatment access improved allies to a better spreading of medicine distribution programs are some actions that really could decrease the court injunction demand
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