Spelling suggestions: "subject:"metalogenese"" "subject:"vitelogênese""
81 |
Granitogênese Paleoproterozóica e Pós-transamazônica no Cinturão Móvel Salvador-Curaçá: Aspectos Geológicos, Petrográficos, Geoquímicos e Geocronológicos de Corpos da Zona AxialOtero, Olga Maria Fragueiro January 2005 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-06-29T17:42:34Z
No. of bitstreams: 1
TESE DE DOUTORADO COMPLETA FINAL(Olga Otero).pdf: 4700643 bytes, checksum: b879aee649affaa011b2ea06008c133d (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-29T17:42:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
TESE DE DOUTORADO COMPLETA FINAL(Olga Otero).pdf: 4700643 bytes, checksum: b879aee649affaa011b2ea06008c133d (MD5) / Na parte nordeste da Bahia existe o Cinturão Móvel Salvador-Curaçá, de natureza granulítica, encontrado entre dois núcleos gnáissico-migmatíticos arqueanos (Remanso, a oeste, e Serrinha, a leste), sendo este cinturão interpretado como a expressão de colisão paleoproterozóica, durante a Orogênese Transamazônica. Neste cinturão existem vários corpos de granito alinhados em sua parte central que não apresentam evidências das deformações presentes nos metamorfitos encaixantes. Os corpos mais importantes deste alinhamento foram investigados nesta tese quanto a sua petrografia e geoquímica, tendo se obtido para alguns deles idades Pb-Pb em zircão.
As idades obtidas para estes corpos (Pedra Solta 2,088±9 Ga; Pé de Serra 2,078±4 Ga; Gavião 2,082±2 Ga) revelaram que eles cristalizaram-se durante aproximadamente 23 Ma, sendo posteriores a cristalização dos diques de sienitos (2,09 Ga).
Nos maciços graníticos as estruturas magmáticas identificadas (alinhamento de cristais, orientação de enclaves e de diques sin-plutônicos) truncam as estruturas metamórficas regionais e os xenólitos de metamorfitos exibem normalmente formas angulares. Estes corpos são essencialmente constituídos por granito e monzonito, tendo sienito e diorito ocorrendo de forma subordinada. Nas rochas graníticas e monzoníticas têm-se dois feldspatos, um deles alcalino e normalmente pertítico, hornblenda e biotita são os máficos dominantes, sendo que no sienito e raramente no monzonito mais máfico o diopídio pobre em titânio está presente. Óxidos de Fe e Ti, são comuns e os acessórios usuais são: apatita, zircão e titanita. Os minerais raramente exibem feições de alteração.
As rochas destes maciços exibem as mesmas características, indicando trata-se de um mesmo magmatismo. Elas são alcalinas, com alcalinidade média, peraluminosas a fracamente metaluminosas, exibindo afinidade com suítes shoshoíticas. Alguns dos enclaves de diorito apresentam afinidade com basalto alcalino. Em diagramas binários estas rochas exibem, no geral, um bom alinhamento, sugerindo a presença mais ou menos acentuada, a depender do corpo, de processo de mistura entre magma máfico e félsico. Estas rochas apresentam espectros de ETR marcados por anomalias negativas moderadas em Eu indicando o fracionamento de plagioclásio. Eles exibem igualmente fracionamento moderado a alto dos ETR Leves, sugerindo participação de fonte com granada.
A reunião das informações obtidas neste estudo permite inferir que, os corpos de granitos que se encontram alinhados na parte central do Cinturão Móvel Salvador Curaçá representam a expressão de magmatismo pós-orogênico a Orogenia Transamazônica nesta região do Cráton do São Francisco. / ABSTRACT - The Salvador-Curaçá Mobile Belt is located at the Northeastern Bahia, showing granulitic nature, and limited by two gneissic-migmatitc archaean nuclei (Remanso, at the West, and Serrinha, at the East), been interpreted as the expression of the Palaeoproterozoic collision which occured during the Transamazonic Orogeny. At the central part of this mobile belt there are many granitic bodies, aligned N-S, which do not present evidence of deformation as shown by the metamorfic basement. The most important granitic bodies of this alignment have been investigated in this study (petrography and geochemistry), and for some of them, Pb-Pb single zircon age are also presented.
The ages obtained for some of these bodies (Pedra Solta 2.088±9 Ga; Pé de Serra 2.078±4 Ga; Gavião 2.082±2 Ga) indicate that they were crystallized during a period of almost 23 Ma, after of the crystallization of the syenitic dykes (2.09 Ga).
Magmatic structures identified at the studied massifs (as the alignment of crystals, enclaves and sin-plutonic dykes trends) cut the regional metamorphic structures and the metamorphic xenoliths commonly show angular shapes. These bodies are represented by granites and monzonites, in which syenites and diorites also occur subordinately. Granitic and monzonitic rocks present two feldspars, one alkaline and pertitic. Hornblende and biotite are the predominant mafic minerals, although the syenites, and sometimes at the mafic monzonites, the low-Ti diopside is also present. Fe-Ti oxides are common and apatite, zircon and titanite occur are the most usual accessory phases. Alteration features are rare.
All the rocks of these massifs exhibit the same characteristic, suggesting they all are correlated to the same magmatic event. They are alkaline, with medium alkalinity, peraluminous to slightly metaluminous, been related to shoshonitic suites. Some dioritic enclaves have affinities with alkaline basalts. In binary diagrams most of these rocks generally show a straight pattern and good alignment, suggesting the presence of mixing process between the mafic and felsic magmas in some massifs. These rocks show Eu negative anomalies, suggesting plagioclase fractionation. Their ETR spectrums also have high to moderate LREE enrichment, indicating the presence of garnet in their source.
The data collected at this research allow us to infer that these granitic bodies aligned at the central part of Salvador-Curaçá Mobile Belt are a expression of a Transamazonic Orogeny post-orogenic magmatism.
|
82 |
Metalogênese dos Depósitos Cupríferos de Caraíba, Surubim, Vermelhos e Sussuarana, Vale do Curaçá, Bahia, BrasilGarcia, Pedro Maciel de Paula January 2013 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-06-29T17:54:26Z
No. of bitstreams: 1
Diss_PGarcia_Final.pdf: 22447052 bytes, checksum: b14bfcdf05858ca53361863d034bd1d5 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-29T17:54:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Diss_PGarcia_Final.pdf: 22447052 bytes, checksum: b14bfcdf05858ca53361863d034bd1d5 (MD5) / O Vale do Curaçá é o distrito cuprífero mais antigo do Brasil e que se encontra em produção contínua desde 1979, quando as atividades de lavra foram iniciadas na Mina Caraíba. A região encontra-se inserida no Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, um cinturão orogênico que chega a fácies granulito, datado do Arqueano ao Paleoproterozóico (Orosiriano-Riaciano). Estudos anteriores apontaram para uma gênese magmática destas mineralizações hospedadas em piroxenitos e noritos. Mais recentemente, a importância de processos metassomáticos arqueanos e paleoproterozóicos foi enfatizada na gênese do minério, tendo sido proposto um modelo IOCG para estes depósitos. O presente estudo procura estabelecer uma comparação entre quatro depósitos cupríferos, localizados dentro do Vale do Rio Curaçá, porém em latitudes distintas. Os objetivos da pesquisa envolvem a compreensão dos processos geológicos atuantes na formação de cada depósito e o estabelecimento de uma síntese sobre a metalogênese do cobre na região. Foram produzidos dados geológicos, petrológicos, de química mineral, geocronológicos e de razões isotópicas de enxofre (34S). Entre as características comuns a estes depósitos figuram: uma alteração potássica pervasiva e outra sódica mais localizada, além de concentrações elevadas de magnetita nas zonas mineralizadas. Análises realizadas por microssonda eletrônica e MEV-EDS demostram a variação composicional entre os minérios magmáticos e hidrotermais, e dos minerais de ganga. Os sulfetos considerados primários/magmáticos ocorrem como minerais intercúmulus em porções mais ricas em piroxênios, apresentam valores inferiores de elementos calcófilos menores (principalmente o Pb) quando comparados aos sulfetos secundários/hidrotermais, que ocorrem como vênulas em bolsões associados a minerais potássicos. Cálculos geotermométricos indicam que a fase de mineralização principal se processou em condições de fácies anfibolito baixo, enquanto que a alteração tardia ocorreu na fácies xisto verde. Novas idades U-Pb SHRIMP IIe de rochas metassomatizadas das minas de Caraíba e Surubim, demonstram a associação do metassomatismo com o colapso do orógeno, no intervalo entre 2,05 e 2,04 Ga. Os dados de isótopos de enxofre indicam fontes magmáticas, sem fracionamento importante (34S ~ 0‰VCDT). As razões isotópicas do estágio hidrotermal principal têm valores negativos (34S ~ -6.0‰), possivelmente associado à perda isótopos pesados durante a devolatilização metamórfica. Estas razões evoluem para valores positivos (que atinge +11.37‰), no estágio hidrotermal tardio, remetendo a fontes mais oxidadas. O modelo evolutivo proposto aponta para uma história multifásica das mineralizações, em quatro estágios: (i) mineralização primária magmática em fundo oceânico ao final do Neoarqueano (ca. 2,6 Ga); (ii) edificação do Orógeno-Itabuna-Salvador-Curaçá, metamorfismo progressivo granitogênese e colocação do Sienito de Itiúba (ca. 2,08 Ga); (iii) fase de remobilização hidrotermal durante o colapso orogênico, com a instalação de um sistema IOCG (ca. 2,04 Ga); (iv) soerguimento do orógeno e metassomatismo tardio (ca. 1.92 Ga). / ABSTRACT - The Curaçá Valley is the oldest cupriferous district of Brazil and is in continuous production since 1979, when mining activities were initiated in the Caraíba mine. It is located in the Itabuna-Salvador-Curaçá Orogen, a belt that reaches the granulite facies, and records archean to paleoproterozoic ages. Previous studies have pointed to an orthomagmatic genesis for this mineralization, hosted by pyroxenite and norite. More recently, the importance of Archean and Paleoproterozoic metasomatic processes were emphasized in the genesis of the ore, and an IOCG model has been proposed for these deposits The present study seeks at establishing a comparison between four copper deposits located within the Curaçá Valley, but at distinct latitudes. The objectives of the research involve the understanding of the geologic processes active in the formation of each deposit and the establishment of a synthesis on the copper metallogenesis in the region. Geological, petrological, mineral chemistry, geochronology of sulfur isotope (34S) data were produced. Among the common features of these deposits appear: a pervasive potassium alteration and another sodic, more localized, besides high concentrations of magnetite in the mineralized zones. Analyses carried out by electron microprobe and SEM-EDS demonstrate the compositional variation between magmatic and hydrothermal ore, and gangue minerals. The sulphide minerals thought as primary/magmatic appears as intercumulus phase associated to pyroxene grains, it shows smaller chalcopile elemento contentes (mainly the Pb), as compared to secondary/hydrothermal sulphide, that are seen as veinlets or in irregular shapes near potassic minerals. Geothermometric calculations indicate that the main phase of mineralization occurred in low amphibolite facies conditions, while the late alteration occurred in the greenschist facies. New U-Pb SHRIMP IIe ages of metasomatized rocks from the Caraíba and Surubim mines demonstrate the association of metasomatism with the collapse of the orogen, in the range between 2.05 and 2.04 Ga ago. The sulfur isotope data indicate magmatic sources without significant fractionation (34S ~ 0‰VCDT). The isotopic ratios of the main hydrothermal stage have negative values (34S ~ 6.0‰), possibly related to heavy isotope loss linked to metamorphic devolatization. This ratio values evolves into positive values (reaching +11.37‰) in the late hydrothermal stage, that suggests more oxidized sources. The evolutionary model proposed in four stages, points to a multiphase mineralization story: (i) primary magmatic mineralization at the seafloor, at the end of the Late Neoarchean (ca. 2.6 Ga); (ii) build up of Itabuna-Salvador-Curaçá Orogen, progressive metamorphism, granitogenesis and emplacement of Itiúbas’ Syenite (ca. 2.08 Ga); (iii) hydrothermal reconcentration related to orogenic collapse (ca. 2.04 Ga); (iv) orogenic uplift and late metassomatism (ca. 1.92 Ga).
|
83 |
Os riftes estateriano e toniano do setor Sul do Aulacógeno do Paramirim, paleoplaca São Francisco-Congo: novos dados, correlações regionais e inversão tectônicaBitencourt, Caroline Novais 13 March 2017 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-12-12T13:42:27Z
No. of bitstreams: 1
Dissertação Carol (1).pdf: 8356812 bytes, checksum: 2dca82fcd1c99a2841e6054fb41f5854 (MD5) / Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2017-12-13T18:21:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação Carol (1).pdf: 8356812 bytes, checksum: 2dca82fcd1c99a2841e6054fb41f5854 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-13T18:21:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação Carol (1).pdf: 8356812 bytes, checksum: 2dca82fcd1c99a2841e6054fb41f5854 (MD5) / O Aulacógeno do Paramirim tem sua história evolutiva marcada pela superposição de riftes
sucessivos que se desenvolveram desde 1770 a 675 Ma. A sua inversão parcial ocorreu no
Ediacarano, durante estruturação do Orógeno Araçuaí-Oeste Congo. Dentre os seus
compartimentos, tem-se o Cinturão de Dobramentos e Cavalgamentos Serra do Espinhaço
Setentrional. Nele, afloram unidades do Supergrupo Espinhaço (Formação Algodão), do
Grupo Santo Onofre (Formação Serra da Garapa e Boqueirão) e do Grupo Macaúbas
(Formação Nova Aurora), além das rochas da Suíte Intrusiva Lagoa Real e do embasamento.
Predominam rochas siliciclásticas metamorfisadas em fácies xisto verde, com feições
primárias parcialmente preservadas, mas obliteradas em zonas de cisalhamento. Destaca-se
uma litofácie de quartzito e de xisto aluminoso com biotita, granada e estaurolita na Formação
Serra da Garapa, sugerindo condições metamórficas de fácies anfibolito. O arcabouço
estrutural apresenta três domínios estruturais distinto, denominados de Klippe de Jacaraci,
Nappe de Caetité e Transpressional. A análise estrutural regional permitiu identificar seis
fases deformacionais ediacaranas e relacionadas com a inversão do Aulacógeno do Paramirim.
O sigma 1 atuou segundo WSW-ENE e foi resposável por um arcabouço estrutural complexo.
Estudos geocronológicos U-Pb (LA-ICPMS) foram realizados em zircões detríticos das
formações Algodão, Serra da Garapa e Boqueirão, tendo sido encontrado idades variando de
1958 ± 18 a 2870 ± 17 Ma, 894 ± 38 a 2662 ± 19 Ma e 899 ± 76 a 3177 ± 42 Ma,
respectivamente. As fontes primárias principais e interpretadas estão relacionadas com as
rochas do embasamento dos orógenos Itabuna-Salvador-Curaçá e do Oeste da Bahia, bem
como pelas rochas geradas por suas estruturações, além de vulcanitos e plutonitos, máficos e
felsicos, de idades entre 1.7 a 0.8 Ga, relacionados com a evolução das bacias precursoras do
Orógeno Araçuaí-Oeste Congo. Como fontes secundárias para o Grupo Santo Onofre sugerese as Sequências Metavulcanossedimentares e Greenstone Belts de idades arqueanas e
paleoproterozoicas, bem como as rochas do Supergrupo Espinhaço. A continuidade física
entre unidades do Grupo Santo Onofre e Macaúbas, assim como a presença de zircões tonianos
em ambas, permitem sugerir uma correlação entre as unidades do primeiro grupo com as pré-glaciais do segundo grupo. / ABSTRACT - The evolutionary history of the Paramirim Aulacogen is characterized by the superposition of
successive rifts that developed from 1,770 to 675 Ma. The partial inversion of this feature
occurred during the Ediacaran with the structuring of the Araçuaí-West Congo Orogen.
Among its compartments, is the Northern Serra do Espinhaço Fold Thrust Belt. Units from
the Espinhaço Supergroup (Algodão Formation), Santo Onofre Group (Serra da Garapa and
Boqueirão Formation) and Macaúbas Group (Nova Aurora Formation) outcrop in this feature,
as well as rocks from the Lagoa Real Intrusive Suite and from the basement. Metamorphic
siliciclastic rocks predominate in greenschist facies, with partially preserved primary features
that suffered obliteration in shear zones. The quartzite and aluminous schist with biotite,
garnet and staurolite lithofacies of the Serra da Garapa Formation is an expressive feature that
suggests metamorphic conditions of amphibolite facies. The structural framework present
three different structural domains called: Jacaraci Klippe, Catetité Nappe and Transpression.
Based on the regional structural analysis, six deformational ediacarans phases were identified,
which were related to the inversion of the Paramirim Aulacogen. The sigma 1 acted according
to a WSW-ENE orientation and was responsible for a complex structural framework. U-Pb
geochronological studies (LA-ICPMS) were performed on detrital zircons from the Algodão,
Serra da Garapa and Boqueirão formations. Ages ranging from 1,958 ± 18 to 2,870 ± 17 Ma,
894 ± 38 to 2,662 ± 19 Ma, and 899 ± 76 to 3,177 ± 42 Ma were found, respectively. The
main primary sources and interpreted sources were related to rocks from the basement of the
Itabuna-Salvador-Curaçá and Western Bahia orogens. They were also related to rocks
generated by their structuring, as well as vulcanites and plutonites, both mafic and felsic, with
ages between 1.7 and 0.8 Ga, related to the evolution of the precursor basins of the Araçuaí-
West Congo Orogen. As secondary sources for Santo Onofre Group, results suggest
Metavolcanosedimentary sequences and Greenstone Belts of Archean and Paleoproterozoic
ages, as well as rocks from the Espinhaço Supergroup. The physical continuity between units
of the Santo Onofre and Macaúbas groups, as well as the presence of zircons from the Tonian
period in both units, suggest a correlation between units of the first group and pre-glacial units
of the latter.
|
84 |
Quimioestratigrafia, correlações e evolução das sequências neoproterozoicas da Sub-Bacia de Campinas-BA com implicações fosfogenéticasFigueirêdo, André Lyrio de Carvalho 28 August 2017 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-12-12T13:52:23Z
No. of bitstreams: 1
Dissertação Andre Lyrio.pdf: 12623123 bytes, checksum: d7d8a5a03b023277af8d072126818904 (MD5) / Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2017-12-13T18:43:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação Andre Lyrio.pdf: 12623123 bytes, checksum: d7d8a5a03b023277af8d072126818904 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-13T18:43:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação Andre Lyrio.pdf: 12623123 bytes, checksum: d7d8a5a03b023277af8d072126818904 (MD5) / As sequências neoproterozoicas do Cráton do São Francisco estão associadas a uma
acumulação ocorrida durante eventos extensionais relacionados à quebra do supercontinente
Rodínia, entre 900 e 600 Ma, que ocasionaram a sedimentação de espessas camadas
carbonáticas e siliciclásticas associadas a dois tipos de feições tectônicas. Uma intracratônica,
relacionada com a deposição dominantemente carbonática em ambientes de mares
epicontinentais rasos, e outra associada às sequências carbonáticas e siliciclásticas depositadas
em bacias de margem passiva que estão associadas às faixas móveis da orogenia
Brasiliana/Pan-Africana. Todas elas mostram, em suas unidades basais, evidências de eventos
glaciogênicos de caráter global, provavelmente relacionados à Glaciação Sturtiana (entre 750
e 700 Ma). Muitas também possuem registros diretos ou indiretos da ocorrência de um
segundo evento glaciogênico, possivelmente de idade Marinoana (entre 650 e 600 Ma). A
Sub-bacia de Campinas, localizada na região centro-norte do Estado da Bahia, está inserida no
contexto do Cráton do São Francisco. Caracteriza-se por ser uma sub-bacia intracratônica e
suas sucessões neoproterozoicas são representadas pelo Grupo Una que, historicamente, tem
sido subdividido em duas formações: (1) Bebedouro, composta por diamictitos glaciomarinhos na porção basal e (2) Salitre, constituída por duas sequências carbonáticas
transgressivas-regressivas que foram subdivididas em unidades informais C, B, B1 (primeira
sequência) e A e A1 (segunda sequência). Na área de estudo ocorrem somente os calcarenitos
dolomitizados, vermelhos e argilosos, da unidade C; calcilutitos e calcarenitos laminados e,
por vezes interestratificados com camadas argilosas, da unidade B; dolomitos cinza-claros e,
por vezes, peloidais, impuros e com intercalações de camadas dolomíticas oolíticas, laminitos
microbianos, calcarenitos e estromatólitos, da unidade B1, que contém as principais
ocorrências de anomalias de fosfato da sub-bacia, o que evidencia (e confirma) um nítido
controle estratigráfico dessas ocorrências. Através da quimioestratigrafia de alta resolução e, a
partir de amostras de 07 seções, foram feitas interpretações paleoambientais a respeito da
Sub-bacia de Campinas. Algumas importantes variações isotópicas de ẟ13C são observadas em
quase todos os perfis analisados nessas mesmas sequências e podem também ser usados para
correlações estratigráficas: (i) Desvio negativo de ẟ13C, com valores dentro da faixa -5 até -
7‰ V-PDB nos calcarenitos dolomitizados, vermelhos e argilosos da Unidade C na base da
sequência carbonática, logo acima dos diamictitos glaciogênicos da Formação Bebedouro; (ii)
um segundo desvio negativo parece ocorrer no topo da primeira subsequência, sugerindo a existência de uma segunda glaciação no final do primeiro ciclo transgressivo-regressivo; (iii)
desvio de ẟ13C próximo ao zero para a maior parte das litofácies da Unidade B1, onde foi encontrada a maior parte das anomalias de P2O5. Isto marcaria o limite transitório do ambiente
subóxico/anóxico onde, geralmente, ocorrem as precipitações de íos de Fe e P. Os dados de Elementos Maiores e Terras-Raras, incluindo as observações de campo, conduzem a validar parte das interpretações acima. Para a análise da razão de 87Sr/86Sr, foi analisado um total de
09 amostras, todas com Sr (total) maior do que 1000 ppm e de baixa razão Mn/Sr (<0,1).
Todas são de calcilutitos e calcarenitos laminados da Unidade B. Os resultados obtidos
mostram uma faixa de variação entre 0,70750 e 0,70766, ou seja, dentro da faixa esperada para o intervalo entre 720 e 600 Ma. / ABSTRACT - The Neoproterozoic sequences of the São Francisco Craton are associated with an
accumulation occurred during extensional events related to the break of the supercontinent
Rodinia, between 900 and 600 Ma, which caused the sedimentation of thick layers of
carbonate and siliciclastic associated to two types of tectonic features. An intracratonic,
related to the predominantly carbonate deposition in shallow epicontinental sea environments,
and another associated to the carbonic and siliciclastic sequences deposited in passive margin
basins that are associated with the moving bands of the Brasilian / Pan African orogeny. All
of them show, in their basal units, evidence of glaciogenic events of global character,
probably related to Sturtian Glaciation (between 750 and 700 Ma). Many of them also have
direct or indirect records of the occurrence of a second glaciogenic event, possibly in
Marinoan age (between 650 and 600 Ma). The Campinas Sub-basin, located in the centralnorth region of the State of Bahia, is located in the context of the São Francisco Craton. It is
characterized as being an intracratonic sub-basin and its neoproterozoic sequences are
represented by the Una Group, which historically has been subdivided into two formations:
(1) Bebedouro, composed by glacial marine diamictites in the basal portion and (2) Salitre,
consistuted by two transgressive-regressive carbonate sequences that were subdivided into
informal units C, B, B1 (first sequence), A and A1 (second sequence). In the study area only occur: the red, dolomitic and clayey calcarenites from unit C; laminated mudstones and
calcarenites sometimes interlaced with clayey layers, of unit B; light gray dolomites and
sometimes impure, peloidal with interlacings of oolitic dolomitic layers, microbial laminites,
calcarenites and stromatolites, from unit B1, which contains the main occurrences of
phosphate anomalies in the sub-basin, evidencing (and confirming) a clear stratigraphic
control of these occurrences. Through high resolution chemostratigraphy, and from samples
of 07 sections, paleoenvironmental interpretations were made regarding the Campinas Subbasin. Some important isotopic variations of ẟ13C are observed in almost all profiles analyzed
in these same sequences and can also be used for stratigraphic correlations: (i) Negative
deviation of ẟ13C, with values within the range -5 to -7 ‰ V-PDB in cap carbonates of Unit C
at the carbonatic sequence basin, slightly above of the glaciogenic diamictites of the
Bebedouro Formation; (ii) a second negative deviation seems to occur at the top of the first
subsequence, suggesting the existence of a second glaciation at the end of the first
transgressive-regressive cycle, possibly related to Marinoan Glaciation; And (iii) ẟ13C
deviation close to zero for most of the lithofacies of Unit B1, where most of the P2O5 anomalies were found. This could mark the transient limit of the suboxic / anoxic
environment where precipitation of Fe and P ions generally occurs. Data from Major
Elements and Rare Earths, including field observations, lead to validate some of the above interpretations. For the analysis of the 87Sr/86Sr ratio, a total of 09 samples were analyzed, all
with Sr (total) higher than 1000 ppm and with a low Mn/Sr ratio (<0.1). All of them are constituted of mudstones and laminated calcarenites wich are sometimes intercalated with
clayey levels of Unit B. The results obtained show a variation range between 0.70750 and 0.70766, within the range expected for the interval between 720 and 600 Ma.
|
85 |
Enriquecimento em magnetita e hematita em zonas de cisalhamento de cinturões orogênicos intracontinentais: o exemplo do setor norte do Orógeno Araçuaí-Oeste Congo, BrasilSantos, Michelli Santana 27 March 2017 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2018-07-03T23:54:04Z
No. of bitstreams: 1
Dissertação Mestrado Michelli.pdf: 4172618 bytes, checksum: 5fb3f009f247a36e9b59dcc9021ae983 (MD5) / Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2018-07-13T20:25:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação Mestrado Michelli.pdf: 4172618 bytes, checksum: 5fb3f009f247a36e9b59dcc9021ae983 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-13T20:25:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação Mestrado Michelli.pdf: 4172618 bytes, checksum: 5fb3f009f247a36e9b59dcc9021ae983 (MD5) / A Sequência Metavulcanossedimentar Igaporã-Licínio de Almeida está inserida na borda leste do
Cinturão de Dobramentos e Cavalgamentos do Espinhaço Setentrional, um dos componentes do
Corredor do Paramirim, na porção intracontinental do Orógeno Araçuaí. O objetivo principal desse
trabalho é entender os processos metalogenéticos que levaram à magnetitização e à hematitização
em protominérios estéreis situados em cinturões de dobramentos e cavalgamentos de orógenos
intracontinentais. Na área de estudo ocorrem xistos máficos, itabiritos quartzosos, anfibolíticos e
carbonáticos e rochas carbonatossilicáticas. Os domínios magnetitizados e hematitizados ricos
ocorrem, principalmente, nos itabiritos. A geometria geral do depósito está relacionada com a
presença de duplexes compressionais com topo estrutural para SW. Essas são estruturas
relacionadas com a Zona de Cisalhamento Carrapato e, como elementos de maior escala contém
uma foliação Sn, que é representada por um bandamento composicional e por uma xistosidade
paralelizada a ele. A foliação Sn foi observada em todas as escalas e nos itabiritos transpõe uma
foliação Sn-1 presente em dobras isoclinais intrafoliais. Estruturas S/C/C’, boudins, pinch –and
swell, bem como dobras em bainha e dobras em cortina são coetâneas à formação dessa foliação
metamórfica de transposição. Uma lineação de estiramento mineral (Lxn) da mesma fase
deformacional integra o arcabouço estrutural, bem como uma incipiente foliação que trunca a Sn-
1//Sn e que se relaciona com as dobras em cortina. A alteração hidrotermal é coetânea com o
desenvolvimento das zonas de cisalhamento, tendo sido identificados estágios de potassificação
(biotitização e moscovitização), alteração à clorita, carbonatação, alteração a carbonato e formação
de óxidos de ferro (magnetita e hematita). A magnetita hipogênica aloja-se em estruturas C’ e em
charneiras de dobras isoclinais intrafoliais. Essa geração cresce incluindo silicatos e carbonatos
esqueletiformes ou formando bordas de corrosão em: (i) ferri-tschermakita e oligoclásio em xistos
máficos; (ii) carbonato, actinolita, quartzo, biotita em rochas carbonatossilicáticas; (iii) quartzo em
itabiritos quartzosos; (iv) cumingtonita e quartzo em itabirito anfibolítico; e (v) quartzo, carbonato
e moscovita em itabiritos carbonáticos. Além disso, esses óxidos de ferro também substituem
moscovita, carbonatos, epidoto e porfiroblastos de anfibólios que truncam a Sn. A hematita é
platiforme e ocorre em agregados policristalinos marcando a foliação Sn-1//Sn, bem como a foliação
plano axial (Sn) em dobras isoclinais intrafoliais. A sua formação sugere condições de maior
oxidação do sistema hidrotermal. Determinações por LA-ICPMS mostram que, de forma geral,
nos itabiritos quartzosos e anfibolíticos as magnetitas hipogênicas são mais ricas em Elementos
Terras Raras Leves do que as magnetitas precoces e sua composição se aproxima da composição
da rocha encaixante da mineralização. A formação de domínios com enriquecimento em hematita
e magnetita está relacionada com a percolação de fluidos hidrotermais que dissolveram silicatos,
remobilizaram uma primeira geração de magnetita em itabiritos e precipitaram uma segunda
geração desse mineral aproveitando estruturas de cisalhamento ediacaranas. / ABSTRACT - The Igaporã-Licínio de Almeida Metavolcano-sedimentary Sequence is located at the eastern border of the
Northern Espinhaço Thrust and Fold Belt, one of the components of the Paramirim Corridor, in the
intracontinental portion of the Araçuaí Orogen. The main objective of the present study was to understand
the metallogenetic processes that lead to the magnetization and hematitization in sterile proto-ores located
in thrust and fold belts of intracontinental orogens. Mafic schists, itabirites of quartz, amphibolite and
carbonate composition, and carbonate-silicate rocks occur in the study area. Rich magnetized and
hematitized domains occur mainly in itabirites. The general geometry of the deposit is related to the
presence of compressional duplexes that present their structural top towards SW. These structures are
related to the Carrapato Shear Zone and contain as large scale elements Sn foliation, which is represented
by compositional banding and parallel schistosity. Sn foliation was observed at all scales and in the itabirites
it transposed Sn-1 foliation present in intrafolial isoclinal folds. S/C/C’, boudins, pinch-and-swell structures,
as well as sheath and curtain folds are coetaneous with the formation of this metamorphic transposition
foliation. Mineral stretching lineation (Lxn) from the same deformational phase integrates the structural
framework, as well as an incipient foliation that truncates Sn-1//Sn and is related to curtain folds.
Hydrothermal alteration is coetaneous with the development of shear zones, where stages of potassification
(biotitization and muscovitization), alteration into chlorite, carbonation, alteration into carbonate, and
formation of iron oxides (magnetite and hematite) were identified. Hypogenic magnetite lodges itself in C’
structures and in fold axes of intrafolial isoclinal folds. This generation grows either including silicates and
skeletal carbonates or forming corrosion edges in: (i) ferrotschermakite and oligoclase in mafic schists; (ii)
carbonate, actinolite, quartz, biotite in carbonate-silicate rocks; (iii) quartz in quartz-rich itabirites; (iv)
cummingtonite and quartz in amphibolitic itabirites; and (v) quartz, carbonate, and muscovite in carbonate
itabirites. In addition, this iron oxide also replaced muscovite, carbonates, epidote, and are found in
porphyroblasts of amphiboles that truncate the Sn foliation. Hematite is platy-shaped and occurs in
polycrystalline aggregates, characterizing the Sn-1//Sn foliation, as well as the axial plane foliation (Sn) in
intrafolial isoclinal folds. Its formation suggests higher oxidation conditions of the hydrothermal system.
The LA-ICPMS technique showed that, in general, in quartz-rich and amphibolitic itabirites, hypogenic
magnetites are richer in Light Rare Earth Elements than early magnetites, and their composition is close to
that of the country rock of the mineralization process. The formation of hematite- and magnetite-enriched
domains is related to the percolation of hydrothermal fluids that dissolved silicates, remobilized the first
generation of magnetites in itabirites, and precipitated a second generation of this mineral taking advantage
of Ediacaran shear structures.
|
86 |
Mapeamento Geológico de Detalhe, Litogeoquímica e Geocronologia das Rochas Granulíticas e Gabróicas da Região de Baixão de Ipiúna, Município de Jaguaquara, Bahia, BrasilBarreto, Agnaldo Barbosa January 2012 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-04-11T20:06:08Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO AGNALDO BARRETO.pdf: 18916406 bytes, checksum: ad00c349b4fb5191451218eda0947cfd (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-11T20:06:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO AGNALDO BARRETO.pdf: 18916406 bytes, checksum: ad00c349b4fb5191451218eda0947cfd (MD5) / A área de pesquisa está localizada no centro-sul do Estado da Bahia, nordeste do Brasil, inserida no Cráton do São Francisco, fazendo parte da Região Granulítica do Sul da Bahia, onde ocorrem terrenos arqueanos/ paleoproterozoicos do Bloco Jequié. Esse foi superposto pelo Bloco ItabunaSalvador-Curaçá, durante a colisão paleoproterozoica que ocorreu entorno de 2.1 a 1.9 Ga, que promoveu na região espessamento da crosta, deformação e metamorfismo regional. O mapeamento realizado na área de Baixão de Ipiúna revelou litotipos que foram classificados como rochas supracrustais (quartzitos) granulitizadas, granulitos monzograníticos-charnockíticos (MCH1, MCH2, MCH3 e MCH4), gabronoritos (GB1), gabrodioritos (GB2) e gabros (GD). De forma geral a petrografia dos granulitos monzograníticos-charnockíticos é caracterizada por grandes proporções de quartzo, alternando-se, para plagioclásio e mesopertita, depois microclina, piroxênios e em menor proporção, minerais opacos, biotita e hornblenda. Já as rochas gabróicas apresentam proporções maiores de plagioclásio, seguido pelos piroxênios e em menor proporção quartzo, minerais opacos, biotita e hornblenda. A litogeoquímica mostrou que os granulitos monzogranitíticos-charnockiticos (MCH1, MCH2, MCH3 e MCH4), apresentam altos teores de SiO2 e Al2O3, valores baixos de MgO, e teores de K2O superiores aos teores de Na2O. São rochas ácidas e ácidas a intermediárias e foram originados da cristalização fracionada de magmas toleíticos. Em relação às rochas gabróicas, elas são intermediárias a básicas, com teores de Na2O superiores aos de K2O, e teores do MgO mais altos que dos granulitos monzograníticos-charnockíticos. O estudo geocronológico U/Pb em zircão, através da microssonda iônica SHRIMP, revelou idades de cristalização/intrusão dos gabronorito (GB1) de 2075 ± 20 Ma, enquanto que os granulitos monzograníticos-charnockíticos, apresentaram idades do metamorfismo, situadas entre 2025 ± 11 Ma e 2050 ± 5 Ma. / ABSTRACT
The study area is located in central-southern state of Bahia, NE Brazil, inserted into the Craton, part of the granulite region of southern Bahia, where there are Archean / Paleoproterozoic the Jequié.Block This was superimposed on the Itabuna-Salvador-Curaçá Block during the Paleoproterozoic collision which occurred around 2.1 to 1.9 Ga, which promoted the region of crustal thickening, regional deformation and metamorphism. The mapping done in the area of Baixão Ipiúna lithotypes revealed which were classified as supracrustal rocks (quartzite) granulitizadas, granulites monzogranites-charnockitic (MCH1, MCH2, and MCH3 MCH4) gabbronorites (GB1), gabbrodiorites (GB2) and gabbros (GD) . In general petrography of granulites monzogranites-charnockitic is characterized by large proportions of quartz, alternating for plagioclase and mesoperthite after microcline, pyroxene, and to a lesser extent, opaque minerals, biotite and hornblende. Have the gabbroics rocks have larger proportions of plagioclase, pyroxene, and followed by a lesser extent quartz, opaque minerals, biotite and hornblende. The Lithogeochemistry showed that the granulites monzogranites-charnockitic (MCH1, MCH2, and MCH3 MCH4), have high contents of SiO2 and Al2O3, low values of MgO and K2O contents of the upper levels of Na2O. They are acid rocks and acidic to intermediate and were derived from fractional crystallization of tholeiitic magmas. Regarding gabbroic rocks, they are basic to intermediate, with higher concentrations of Na2O to K2O and MgO contents higher than the granulite monzogranitic-charnockitics. The study geochronological U/Pb zircon through the ion microprobe SHRIMP, age revealed crystallization / intrusion of gabbronorite (GB1) of 2075 ± 20 Ma, while the granulites monzogranites-charnockitic presented ages metamorphism, situated between 2025 ± 11 Ma and 2050 ± 5 Ma.
|
87 |
Evolução geológica pré-cambriana e aspectos da metalogênese do ouro do cráton São Luís e do Cinturão Gurupi, NE-Pará/ NW-Maranhão, Brasil / Évolution géologique précambrienne et aspects de la métallogenèse de l’or du Craton São Luís et de la Ceinture Gurupi, NE-Pará / NW-Maranhão, BrésilKLEIN, Evandro Luiz 06 July 2004 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-04-27T11:50:37Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_EvolucaoGeologicaPrecambriana.pdf: 14865404 bytes, checksum: 2a5b02fe2143cde2c26b873aa09b270f (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-05-02T21:38:14Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_EvolucaoGeologicaPrecambriana.pdf: 14865404 bytes, checksum: 2a5b02fe2143cde2c26b873aa09b270f (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-02T21:38:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_EvolucaoGeologicaPrecambriana.pdf: 14865404 bytes, checksum: 2a5b02fe2143cde2c26b873aa09b270f (MD5)
Previous issue date: 2004-07-06 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais / Serviço Geológico do Brasil / FADESP - Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa / Na região limítrofe entre os estados do Pará e Maranhão, conhecida como Gurupi,
afloram rochas ígneas e metamórficas recobertas por sedimentação fanerozóica, ocupando parte
da Província Estrutural Parnaíba. Estudos geocronológicos pioneiros baseados nos métodos Rb-
Sr e K-Ar mostraram a existência de dois domínios geocronológicos distintos nessa região com
rochas aflorantes em direção à costa atlântica apresentando assinatura paleoproterozóica, com
idades em torno de 2000 Ma, enquanto que rochas aflorantes para sul-sudoeste mostram
assinatura neoproterozóica, principalmente entre 800 e 500 Ma. Esses domínios passaram a ser
denominados, respectivamente, Cráton São Luís e Cinturão Gurupi. Propostas litoestratigráficas
sucederam-se por mais de duas décadas, mas sempre careceram de dados geocronológicos
robustos para justificar o posicionamento estratigráfico das unidades. Modelos evolutivos
polarizaram-se entre propostas de evolução monocíclica ou policíclica para o Cinturão Gurupi,
também carecendo de geocronologia e geologia isotópica para consubstanciar interpretações.
Além disso, depósitos auríferos associam-se às duas unidades geotectônicas, mas raros foram
alvo de estudos geológicos ou genéticos. Esta tese aborda em maior ou menor grau esses
problemas gerais. Uma reformulação da litoestratigrafia regional e uma proposta de evolução geológica foi
alcançada através da reavaliação dos dados geológicos, geoquímicos, geocronológicos e
isotópicos existentes, e da geração de novos dados geocronológicos em zircão por evaporação de
Pb e U-Pb convencional e por LAM-ICP-MS. Dados isotópicos de Nd em rocha total foram
também obtidos, permitindo a investigação de processos de acresção e retrabalhamento crustal.
Os resultados mostram que a região possui uma evolução relativamente complexa, com intensa e
extensa geração de rochas juvenis cálcico-alcalinas e subordinado retrabalhamento de crosta
continental arqueana entre 2,24 e 2,15 Ga, e com fusão crustal, migmatização localizada,
plutonismo peraluminoso, metamorfismo e deformação em torno de 2,10 Ga. Os seguintes
resultados foram obtidos para as unidade litoestratigráficas e litodêmicas estudadas no Cráton
São Luís: Grupo Aurizona, metavulcanossedimentar ligado a arcos de ilha, idade máxima 2241
Ma (juvenil), com provável evolução até cerca de 2200 Ma; Suíte Intrusiva Tromaí, tonalitos
metaluminosos, calcico-alcalinos de arco de ilha oceânico, 2168 Ma (juvenil); Granito Areal,
calcico-alcalino fracamente peraluminoso, 2150 Ma (mistura de material juvenil e
retrabalhamento de arco de ilha). No Cinturão Gurupi foram obtidos os seguintes resultados:
Metatonalito Igarapé Grande, tonalito granoblástico de ocorrência localizada, 2594 Ma;
Complexo Itapeva, gnaisses tonalíticos localmente migmatizados, 2167 Ma (dominantemente
juvenil); Formação Chega Tudo, vulcanossedimentar ligada a arcos de ilhas, 2150-2160 Ma
(juvenil); Granito Maria Suprema, muscovita leucogranito (peraluminoso) intrusivo
sintectonicamente no Complexo Itapeva há 2100 Ma (fusão crustal), idade de outros granitoides
peraluminosos já datados anteriormente na região. O Grupo Gurupi é tentativamente posicionado
no Paleoproterozóico (>2160 Ma), mas não há elemento que comprove essa hipótese. Os dados
são interpetados em termos de tectônica de placas, com abertura de bacia oceânica um pouco
antes de 2260 Ma, formação de arcos de ilha oceânicos, subducção e produção volumosa de
magmas calcico-alcalinos e retrabalhamento dos arcos entre 2170-2150 Ma. Esse conjunto foi
amalgamado a uma margem continental periférica a um bloco arqueano existente ao sul (parte
arqueana do Cráton Amazônico ou núcleo cratônico encoberto atualmente pela sedimentação
fanerozóica) numa colisão fraca, dirigida de NNE para SSW, mas suficiente para gerar algum
espessamento crustal e permitir a fusão de parte da crosta paleoproterozóica recém formada e da
crosta arqueana (ou de seus derivados detríticos) preexistente. Esse episódio colisional, ocorrido
há cerca de 2100-2080 Ma refletiu-se no metamorfismo, deformação e migmatização local, além
da intrusão dos granitóides peraluminosos.
A região foi novamente palco de atividade no Neoproterozóico, com o bloco amalgamado
no Paleoproterozóico sendo rompido, com formação de rifte continental marcado pela intrusão de
magma alcalino (Nefelina Sienito Gnaisse Boca Nova) há 732 Ma. Rochas sedimentares
depositadas nessa bacia (Formação Marajupema) apresentam cristais detríticos de zircão, os mais
jovens com 1100 Ma. Esse rifte evoluiu provavelmente para uma bacia oceânica, de dimensões
ainda desconhecidas, o que é sugerido por dados recentes da literatura que mostram grande
quantidade de cristais detríticos de zircão com idade em torno de 600-650 Ma em bacias
sedimentares da região, que contêm sedimentos imaturos, e pela intrusão de granitóide
peraluminoso (colisional), há 550 Ma. Essa bacia foi fechada, com a colisão do orógeno contra o
bloco amalgamado no Paleoproterozóico, com transporte de massa de SSW para NNE. A idade
do clímax desse episódio orogênico neoproterozóico e do metamorfismo que o acompanhou não
foi claramente determinada, existindo informações ambígüas que apontam para o intervalo 650-
520 Ma (zircão do nefelina sienito e idades Rb-Sr e K-Ar em minerais).
A metalogenia dos depósitos auríferos foi abordada numa escala de reconhecimento
através do estudo geológico dos mesmos, dos fluidos hidrotermais e das condições físicoqu
ímicas de formação dos depósitos. As investigações envolveram análises químicas de cloritas,
estudos de inclusões fluidas e geoquímica de isótopos estáveis (O, H, C, S) e radiogênicos (Pb).
Relações estruturais e texturais permitiram caracterizar os depósitos como pós-metamórficos e
tardi- a pós-tectônicos com relação aos eventos paleoproterozóicos, conforme sugerido pelos
isótopos de Pb (pós 2080 Ma). Regionalmente os depósitos foram formados em condições de T-P
entre 280°-380°C e 2-3 kb, a partir de fluidos aquo-carbônicos relativamente reduzidos, de baixa
salinidade (5% massa equiv. NaCl), moderada a alta densidade, e ricos em CO2 (tipicamente <20
moles %; traços de CH4 e N2), que sugerem fortemente separação de fases. Estudos de isótopos
estáveis sugerem fontes distintas para fluidos e solutos. Duas fontes são indicadas para o carbono
presente em carbonatos, grafita e inclusões fluidas: uma fonte orgânica subordinada e outra fonte
indefinida, que pode ser magmática, metamórfica ou mantélica (ou mistura de ambas). O enxofre
de sulfetos apresenta assinatura magmática, tendo derivado diretamente de magmas ou por
dissolução de sulfetos magmáticos. Isótopos de oxigênio e hidrogênio de minerais silicatados e
inclusões fluidas combinados atestam fontes metamórficas para os fluidos. Portanto, reações de
desidratação e descarbonização produzidas durante o metamorfismo das seqüências
vulcanossedimentares paleoproterozóicas devem ter produzido os fluidos investigados. O ouro foi
transportado por um complexo do tipo Au(HS)2
- e precipitou devido à separação de fases e
reações dos fluidos com as rochas encaixantes. Os dados geológicos e genéticos encaixam-se no
modelo de depósitos auríferos orogênicos encontrados em cinturões metamórficos de todas as
idades. Os resultados globais deste estudo trazem implicações para o entendimento das orogenias
paleo- e neoproterozóicas que erigiram a Plataforma Sul-Americana e para a formação e
desagregação de supercontinentes como Atlantica, Rodinia e Gondwana Ocidental. O quadro
delineado encontra boa correlação, principalmente no que concerne ao Paleoproterozóico, com o
que é descrito para parte da porção sudeste do Escudo das Guianas e para a porção sul do Cráton
do Oeste da África. O quadro Neoproterozóico é ainda incipientemente compreendido para que
se façam maiores correlações. / In the Gurupi region, located at the border between the Pará and Maranhão states in
northern Brazil, igneous and metamorphic rocks crop out as part of the Parnaíba Structural
Province. Early geochronological studies, based on the Rb-Sr and K-Ar methods have shown two
geochronological domains. The rocks that crop out towards the Atlantic margin showed a
Paleoproterozoic signature, around 2000 Ma, whereas the rocks that crop out towards the inner
portions of the continent showed a Neoproterozoic signature, especially between 800 and 500
Ma. These domains have been then defined as the São Luís Craton and Gurupi Belt, respectively.
Several lithostratigraphic propositions have been developed throughout more than two decades.
However, these propositions always lack robust geochronological support. Geotectonic models
discussed a one- or two-phase evolution for the Gurupi Belt, also lacking robust geochronological
and isotopic data to consubstantiate the interpretations. Furthermore, among the several gold
deposits that occur in both the cratonic and belt areas, only a few have geological and genetic
information. These subjects are addressed in more or less depth by this thesis.
New propositions for the regional lithostratigraphy and geological evolution have been
achieved in this work by revaluating the available geological, geochemical, geochronological and
isotopic dataset, as well as by adding new geochronological data on zircon (Pb-evaporation, U-Pb
ID-TIMS, and LAM-ICP-MS) for most of the igneous and orthometamorphic rocks in the region.
Whole rock Nd isotope data have also been obtained, allowing the discussion of crustal accretion
and reworking. The results show a rather complex geological evolution with intensive and
extensive crustal growth between 2.24-2.15 Ga and crustal reworking, involving melting,
migmatization, metamorphism, and deformation around 2.10 Ga. The following results have been
obtained for the São Luís Craton: Aurizona Group, metavolcano-sedimentary sequence,
maximum age of 2241 Ma (juvenile) that possibly evolved until c.a. 2200 Ma; Tromaí Intrusive
Suite, calc-alkaline, metaluminous tonalites of oceanic island arc, 2168 Ma (juvenile); Areal
Granite, calc-alkaline, weakly peraluminous, 2150 Ma (mixing of juvenile and arc materials). In
the Gurupi Belt, the following results have been obtained: Igarapé Grande Metatonalite, small
and localized granoblastic tonalite, 2594 Ma; Itapeva Complex, weakly migmatized tonalitic
orthogneiss, 2167 Ma (mostly juvenile); Chega Tudo Formation, metavolcano-sedimentary
sequence (back-arc basin?), 2150-2160 Ma; Maria Suprema Granite, syntectonic, peraluminous
muscovite-bearing granite, 2100 Ma (similar to other peraluminous granitoids in the Gurupi
Belt). The Gurupi Group is tentatively placed in the Paleoproterozoic (>2160 Ma), but this must
still be proved. The above data are interpreted on a plate tectonics basis, as follows. An oceanic
basin is open at ca. 2260 Ma and is followed by the onset of subduction, formation of island arcs
and voluminous calc-alkaline magmatism in oceanic settings, and concomitant reworking of the
arcs between 2170-2150 Ma. This set of oceanic terranes has been accreted (soft-collision) onto
an Archean continental margin to southwest (Archean part of the Amazonian Craton or a present
day concealed cratonic nuclei). The collision provoked the metamorphism, deformation, and
partial melting of the newly formed Paleoproterozoic crust and of part of the Archean bloc, or
their erosive detritus, migmatization, and emplacement of peraluminous granitoids at 2100-2080
Ma. The region has been the locus of a second event in the Neoproterozoic. A continental rift
developed in the bloc that was assembled in the Paleoproterozoic, as attested by the intrusion of a
nepheline syenite (Boca Nova) at 732 Ma. Sedimentary rocks that filled this rift (Marajupema
Formation) have detrital zircon crystals that show the youngest ages around 1100 Ma. The rift
evolved probably to an oceanic basin, as suggested by the widespread occurrence of detrital
zircons with ages around 550 Ma in small sedimentary basins that have been filled with immature sediments. The precise time of orogenesis climax that followed basin closure, with mass transport
from SSW to NNE and accompanying metamorphism, is not yet constrained. Equivocal
geochronological information point to 650-520 Ma (zircon of the nepheline syenite, Rb-Sr and KAr
ages in minerals).
The metallogeny of selected gold deposits occurring in both the São Luís Craton and the
Gurupi Belt is addressed using varied information, such as geology, chlorite chemistry, fluid
inclusion geochemistry, and stable (O, H, C, S) and radiogenic (Pb) isotopes. Structural and
textural relationships, and Pb isotope data indicate a post metamorphic peak and late- to posttectonic
timing for the gold mineralization with respect to the Paleoproterozoic events (post 2080
Ma). At a regional scale, the deposits show a similar signature characterized by formation
temperatures between 280° and 380°C; pressures of 2-3 kbars; low-salinity (5 mass % NaCl
equiv), reduced and moderately dense aqueous-carbonic (CO2 <20 mol%, traces of CH4 and N2),
showing strong evidence for phase separation. Stable isotope studies suggest distinct sources for
fluids and solutes. The carbonate, graphite, and fluid inclusion carbon comes from two sources: a
depleted organic source, and an unknown source that may be magmatic, metamorphic or mantlederived
(or both). Sulfide sulfur derived directly from magmas or from the dissolution of
magmatic sulfides. Combined oxygen and hydrogen isotopes attest a metamorphic source for the
fluids. Therefore, dehydration and decarbonization reactions during the metamorphism of the
Paleoproterozoic metavolcano-sedimentary sequences appear to have produced the mineralizing
fluids. Gold was transported as a reduced sulfur complex, such as the Au(HS)2
- and precipitated
in response to the breakdown of this complex due to phase separation and fluid-rock interactions.
The geological and genetic constraints are consistent with the orogenic gold model, found in
metamorphic belts of all ages.
As a whole the results of this study have implications for the understanding of the
Paleoproterozoic and Neoproterozoic orogenies that built up the South American Platform and
for the assembly and break-up of the Atlantica, Rodinia, and West-Gondwana supercontinents.
The geological scenario outlined here for the Paleoproterozoic shows good correlations with
those found especially in the southeastern Guyana Shield and in the southern portion of the West-
African Craton. For the Neoproterozoic, the available information is still insufficient to draw
major correlations. / Chapitre 1 – Introduction et but du travail
À la frontière entre les états du Pará et Maranhão, au centre-nord du Brésil (région du
Gurupi), affleurent, au milieu de la couverture sédimentaire phanérozoïque, des roches
magmatiques, sédimentaires et métamorphiques Précambriennes, qui comprennent le Cráton São
Luís et la Ceinture Gurupi, lesquels contiennent plusieurs dépôts d’or (Fig. 1.1 et 1.2). Les
données géochronologiques Rb-Sr et K-Ar montrent des signatures paléoprotérozoïque et
néoprotérozoïque, respectivement, pour ces deux terrains. La région a été cartographiée à
l’échelle 1:250.000 et 1:500.000 et des problèmes qui persistent incluent : 1) la stratigraphie,
parce qu’aucune des unités ne possèdent des donnés géochronologiques sur zircon ; 2) l’évolution
géologique, surtout de la Ceinture Gurupi ; 3) la métallogénie aurifère n’est pas connue.
Promouvoir des avancées sur ces sujets est le but général de ce travail. Chapitre 2 – Méthodologie
Précédés par des travaux sur le terrain dans des aires clés et par la révision pétrographique
de plusieurs unités, les problèmes listés ci-dessus seront abordés de la façon suivante:
1) révision des propositions stratigraphiques préalables et discussion de leurs points faibles;
apport des donnés géochronologiques sur zircon (Pb-Pb par évaporation; U-Pb conventionnel et
LAM-ICP-MS) pour toutes les unités magmatiques et orthométamorphiques.
2) discussion des environnements tectoniques à partir de la révision du contenu lithologique des
unités stratigraphiques, des associations pétrographiques, de la réévaluation des données
géochimiques existantes et pour l’apport de donnés isotopiques Sm-Nd sur roches totales.
3) présentation des attributs géologiques de sept dépôts aurifères sélectionnés et discussion des
aspects génétiques à partir des études sur inclusions fluides, sur la chimie minérale (chlorite) et
sur les isotopes stables (O, H, C, S) et radiogéniques (Pb). Chapitre 3 – Géologie régionale
3.1) En premier lieu, la région du Gurupi est placée dans le contexte géotectonique de l’Amérique
du Sud et du nord-ouest de l’Afrique (Fig. 3.1 à 3.10). Une brève révision de chacune des grandes
unités géotectoniques a été faite, en incluant les principales subdivisions tectoniques, les
constitutions lithologiques et les données géochronologiques. Cette révision montre que les unités
géotectoniques sont constituées par des blocs archéens soudés par des ceintures mobiles
paléoprotérozoïques et / ou néoprotérozoïques. Plusieurs événements ont été décrits pour
l’Archéen, alors que pendent le Paléoproterozoïque deux grandes orogenèses sont connues :
2250-2150 Ma, caractérisée par l’intense adition de croûte continentale juvénile ; et 2100-2070
Ma, caractérisée par le remaniement de la croûte préexistante (archéenne et / ou
paléoprotérozoïque).
3.2) Description de la lithostratigraphie, des données géochronologiques préalables, des unités
géologiques, et modifications préliminaires de la lithostratigraphie (les donnés
géochronologiques, lorsqu elles sont disponibles, sont placés entre parenthèses). La carte e la
coupe géologique, les colonnes stratigraphiques, ainsi que des photos de roches et d affleurement
sont fournies (Fig. 3.11 à 3.25). Pour le Craton São Luís les unités suivantes sont décrites:
- Group Aurizona : ensemble métavolcano-sédimentaire métamorphisé dans faciès schistes verts
(localement amphibolite) ;
- Suite Intrusive Tromaí : composée de batholites de tonalites (±trondhjemite, granodiorite)
calco-alcalins, métalumineuses, de teneurs moyennes en K2O, et contenant des enclaves de
roches magmatiques (microtonalite) ;
- Granite Areal : granites calco-alcalins, peralumineux, à forte teneur en K2O, et contenant des
enclaves de roches métavolcano-sédimentaires ;
- Suite Intrusive Tracuateua : granites à muscovite, péralumineux (2090 Ma) ;
- Microtonalite Caxias (1985 Ma).
Pour la Ceinture Gurupi, les unités suivantes sont décrites:
- Complexe Itapeva : orthogneiss tonalitique de faciès amphibolite, et localement migmatisé ;
- Group Gurupi : ensemble métasédimentaire métamorphisé dans le faciès schistes verts ;
- Formation Chega Tudo : ensemble volcano-sédimentaire métamorphisé dans le faciès schistes
verts;
- Quartzite Marajupema : quartzite à muscovite, biotite et cordiérite, métamorphisé en faciès
amphibolite ;
- Granite Cantão ; monzogranite en contenant des enclaves de roches metasédimentaires (2150
Ma) ;
- Granitoïdes peralumineux (Japiim, Jonasa, Ourém) : granites à muscovite (2070-2085 Ma) ;
- Granite Maria Suprema : granite à muscovite syntectonique ;
- Néphéline Syénite Gneiss Boca Nova : intrusion déformée et localement migmatisée ;
- Granite Ney Peixoto : granite peralumineux (550 Ma)
Par ailleurs, trois bassins sédimentaires (pré-siluriens) reposent sur les roches du Craton São Luís
et de la Ceinture Gurupi (formations Viseu, Igarapé de Areia et Piriá). Ils sont composées de
sédiments continentaux immatures (arkoses, conglomérats, greywackes).
3.3) Les modèles géotectoniques préalables (Fig. 3.26 à 3.28) sont basés plutôt sur des
informations structurales et géochronologiques Rb-Sr et K-Ar. Deux hypothèses sont confrontées
pour la ceinture Gurupi ; elles font état d’une évolution soit monocyclique, soit polycyclique. La
corrélation avec le Craton d Ouest de l’Afrique est presque consensuelle, le Craton São Luís
constituant une partie de ce craton, alors que la Ceinture Gurupi est tenue comme la continuation
des ceintures panafricaines (Fig. 3.29). Chapitre 4 – Géochronologie et isotopes du Néodyme
Les données isotopiques obtenues sur zircon et titanite sont présentés, tableaux 4.1 à 4.10
et figures 4.1 à 4.13. Les résultats isotopiques de Nd et les âges modèles (TDM) sont fournis par le
tableau 4.11et visualisés avec les figures 4.14 et 4.15. Le chapitre est accompagné par des
discussions sur les méthodologies analytiques et sur l interprétation des données aquises. Les
résultats suivants ont été obtenus:
- Group Aurizona : roche métapyroclastique, 2241 ± 2 Ma, interprétée comme l âge minimal
pour le volcanisme. Les données en Nd ne permettent pas de conclure de façon définitive, avec
un âge modèle de 2,42 Ma et εNd(t) de +0,8, mais elles indiquent une origine plutôt juvénile.
- Suite Intrusive Tromaí : huit échantillons datés (méthode Pb-Pb par évaporation sur zircon) ont
produit un intervalle d âges étroit, entre 2147 et 2168 Ma, alors qu un échantillon de titanite a
produit un age U-Pb presque concordant de 2168 ± 1 Ma. Cette période représente la principale
époque d activité d un magmatisme calco-alcalin d arc insulaire, lequel et lié à la subduction de
la croûte océanique. Cela est corroboré par les données isotopiques en Nd (âges modèles 2,22-
2,26 Ga; εNd(t) +2 / +3), qui attestent le caractère juvénile de ce magmatisme.
- Granite Areal : deux échantillons montrent des ages de 2152 ± et 2149 ± 4 Ma (méthode Pb-Pb
par évaporation sur zircon); avec un âge modèle 2,23-2,26 Ga et εNd(t) +2. Ce granite est
interprété comme l’hybride de magmatisme calco-alcalin et du remaniement concomitant de l arc
insulaire.
- Complexe Itapeva: l’analyse U-Pb sur zircon a produit un âge concordant de 2167 ± 3 Ma et
montre un héritage à 2194 ± 18 Ma. Les âges modèles de 2,22-2,31 Ma et le paramètre εNd(t)
indiquent une origine plutôt juvénile pour le protolith du gneiss. Dans le même gneiss et dans les
mobilisats granitiques, les données Pb-Pb par évaporation sur zircon montrent une possible perte
de Pb vers 2100 Ma.
- Métatonalite Igarapé Grande : petit pluton préalablement considéré une partie du Complexe
Itapeva, a fourni des zircons archéens à 2594 ± 3 Ma (méthode Pb-Pb par évaporation sur
zircon) ; il est, donc, démembré de ce complexe.
- Formation Chega Tudo: deux échantillons de roches métavolcaniques montrent des âges de
2148 ± Ma et 2160 ± 3 Ma (méthode Pb-Pb par évaporation sur zircon), qui sont similaires aux
âges de la Suite Tromaí. Les données en Nd sont également similaires à ceux de la Suite Tromaí.
Dans un troisième échantillon, un zircon zircon dénonce un héritage à 2197 ± 4 Ma.
- Granite Maria Suprema : deux échantillons de granite à muscovite montrent des âges de 2100 ±
12 Ma (U-Pb, intersection supérieur) et 2080 ± 3 Ma (méthode Pb-Pb par évaporation sur zircon).
L’âge modèle de 2,30 Ga et le paramètre εNd(t) de +0,7 indiquent remaniement de sources
crustales légèrement plus anciennes.
- Formation Vila Cristal : des zircons détritiques d un schiste ont fourni des âges individuels
(méthode Pb-Pb par évaporation sur zircon) de 2164 Ma, 2635 Ma et entre 2000-2084 Ma,.
- Quartzite Marajupema : des zircons détritiques d un quartzite alumineux ont fourni trois
intervalles d âges individuels (méthode Pb-Pb par évaporation sur zircon) de 2140-2159 Ma,
1690-1830 Ma, 1100-1245 Ma.
- Néphéline Syénite Gneiss Boca Nova : un échantillon montre des zircons très complexes.
Pourtant, un âge concordant (méthode U-Pb, par ablation laser) a été déterminé à 732 ± 7 Ma.
L âge du métamorphisme qui a affecté cette syénite a été inférée à 650-580 Ma, mais elle
présente aussi des héritages paléoprotérozoïques et archéennes. Les nouvelles données en Nd et
informations géochimiques pré-existantes) suggèrent des sources juvéniles contaminées par des
sources continentales. Chapitre 5 – Discussions générales, lithostratigraphie et environnements tectoniques
Un nouveau schéma lithostratigraphique est proposé pour la région du Gurupi (figure 5-
1); il s’appuie sur la carte géologique (figure 5.2). L ensemble des donnés géologiques incluant
les types et les assemblages pétrographiques, les rapports aux contacts, les caractéristiques
métamorphiques, structurales, géochronologiques, géochimiques (quand elles existantes Fig.
5.3 à 5.7) et isotopiques sont utilisés pour l interprétation tectonique de chaque unité. En
conséquence de quoi les roches du Craton São Luís ont été interprétées comme étant formées
dans un environnement océanique, lié à la subduction et à la formation d arcs insulaires calcoalcalins
vers 2170-2150 Ma. La Ceinture Gurupi est quant à elle composée par des granitoïdes
peralumineux de 2100-2080 Ma, originaires de la fusion de la croûte continentale, qui se sont mis
en place au sein d ensembles sédimentaires et volcanosédimentaires de ~2160 Ma. D autres
unités, comme la syénite néphélinique et le granitoïde Ney Peixoto, ainsi que les formations
sédimentaires Vila Cristal et Marajupema, sont liés à une évolution postérieure qui a eu lieu au
Néoprotérozoïque. Chapitre 6 – Évolution géologique
Envisagée dans le cadre de la tectonique de plaques, l évolution géologique de la région
du Gurupi est proposé en prenant en compte les données disponible dans la littérature et celles
qui proviennent de cette étude. À environ 2240-2260 Ma un bassin océanique est ouvert à la suite
de la dislocation des continents archéennes (Liberia en Afrique, Craton Amazonien, au Brésil).
Les premiers arcs insulaires sont formés à cette époque ; ils sont représentés par les roches
metavolcano-sédimentaires du Group Aurizona. Entre 2170-2150 Ma a eu lieu la principale phase
d accrétion de la croûte de la région ; elle se manifeste par la mise en place des batholites calcoalcalins
juvéniles de la Suite Tromaí. De façon concomitante les arcs insulaires sont remaniés, ce
qui conduit à la formation et mise en place des granitoïdes de type Areal. Cet ensemble est ajouté
à la bordure continentale archéenne au sud, dans un épisode interprété comme collision de faible
ampleur, sans épaississement crustal expressif, mais suffisant cependant pour permettre la fusion
de la croûte, la migmatisation locale et la génération des granitoïdes à muscovite vers 2100-2080.
Cet épisode orogénique est bien connu au Brésil (cycle Transamazonien) et au nord-ouest de
l’Afrique (cycle Éburnéen). Comme le suggère l’intrusion de la syénite néphélinique Boca Nova,
qui caractérise la formation d un rift continental, ce bloc continental paléoprotérozoïque est
rompu vers 730-740 Ma. Le rift a ensuite probablement évolué en bassin océanique, de
dimensions non connues, lequel a été fermé vers 650-550 Ma, comme le suggère l’anatexie
crustal qui a produit le granite Ney Peixoto, ainsi que quelques données Rb-Sr e K-Ar sur
minéraux. Cet événement orogénique est, lui aussi, connu au Brésil et en Afrique, sous les noms
respectifs de cycles Brasiliano et Panafricain. Chapitre 7 – Géologie des dépôts aurifères
Une description de sept dépôts aurifères est présenté. Elle est basée sur des données
obtenues en surface et en carottes de sondage. Les dépôts montrent un remarquable contrôle
structural (Fig. 7.1 et 7.2) et sont caractérisés par des corps de minerai qui se distribuent
parallèlement à la structure des roches encaissantes. Esquisses géologiques et images
microscopiques de l altération hydrothermale sont montrées, figures 7.3 à 7.18.
Veines de quartz et disséminations en zones de décrochement sont les styles prédominants
de la minéralisation. L altération hydrothermale est peu variable entre les différents dépôts.
Quartz, sericite, chlorite, carbonate et pyrite sont les phases prédominantes. Les rapports
structuraux et les textures indiquent que l altération coupe la foliation métamorphique des roches
encaissantes, ce qui est un important marqueur chronologique.
Chapitre 8 – Aspects de la métallogenèse de l’or
Des études de géochimique minérale (chlorite), des inclusions fluides et le dosage des
isotopes stables sur les minéraux ont été faites. Elles visent à établir les conditions de température
et de pression de déposition de l or, la composition des fluides et les sources des composantes des
fluides et des solutés. Les résultats fournis sous forme de plusieurs tableaux sont synthétisés par
les figures 8.1 a 8.16. Malgré quelques différences entre les dépôts aurifères individuels,
l ensemble des résultats montrent qu ils se sont formés dans un intervalle de température
relativement étroit, entre 280°C et 380°C, sous des conditions de pression fluctuantes (2 ± 1
kbars) et dans des conditions réductrices de la fugacité d oxygène. Les inclusions fluides
montrent une signature régionale, c est à dire qu il s agit de solutions aqueuses carboniques (CO2
~20 mol%, traces de CH4 et N2) de basse salinité (5 % poids NaCl équivalente), produites par
séparation de phases (immiscibilité). Les études d isotopes stables montrent que le carbone
présente dans les minéraux carbonatés et dans les inclusions fluides provient d une source
organique subordonnée et d une autre source indéfinie, qui peut être magmatique,
métamorphique, crustal ou mantellique. Les isotopes de soufre dénoncent des sources
magmatiques directes ou indirectes (dissolution des sulfures magmatiques). La combinaison des
résultats isotopiques de l oxygène et de l hydrogène atteste l origine métamorphique des fluides.
On interprète la minéralisation comme produite aux stages finaux de l’orogenèse
Paléoprotérozoïque, comme suggéré par l étude des isotopes de Pb sur les minéraux de soufre,
après les conditions maximales de métamorphisme et de déformation, en profitant des fluides
produits par le métamorphisme des séquences volcanosédimentaires. L or a été transporté par un
complexe comme Au(HS)2.
- et a précipité après la déstabilisation de ce complexe en raison de
séparation de phase et réaction des fluides avec les roches encaissantes.
|
88 |
Caracterização metalogênica da Jazida Aurífera Satinoco, Conceição do Pará/MGRiveros, Andrés Hernando Zárate 07 October 2014 (has links)
Submitted by Kamila Costa (kamilavasconceloscosta@gmail.com) on 2015-06-19T20:12:57Z
No. of bitstreams: 1
Dissertação - Andrés H Z Riveros.pdf: 7865960 bytes, checksum: 0f87630d48c333d2901830046a8e84e1 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-06T19:53:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação - Andrés H Z Riveros.pdf: 7865960 bytes, checksum: 0f87630d48c333d2901830046a8e84e1 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-06T19:58:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação - Andrés H Z Riveros.pdf: 7865960 bytes, checksum: 0f87630d48c333d2901830046a8e84e1 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-06T19:58:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação - Andrés H Z Riveros.pdf: 7865960 bytes, checksum: 0f87630d48c333d2901830046a8e84e1 (MD5)
Previous issue date: 2014-10-07 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / In the Pitangui region, extreme NW in the Quadrilátero Ferrífero-MG, meta-volcano-sedimentary
rocks outcrop, characteristics of a greenstone belt sequence type contained in the Group Nova Lima
(Rio das Velhas Supergroup), which host the auriferous deposit Satinoco. Conventional petrographic
and SEM analysis, of the host rock, of hydrothermal alteration zones, and of mineralized rock as well
as specific chemical analysis in pyroxene, garnet, amphibole, feldspar, chlorite and sulphides were
performed to characterize the metallogenic evolution of the mineralizing processes in Satinoco and
determine the equilibrium conditions during prograde metamorphism, of the metamorphic peak and
retro-metamorphism. The metamorphic peak paragenesis is marked by mineral associations almandine
± biotite ± hornblende ± grunerita-cummingtonite, hornblende ± plagioclase and by pyroxene
recrystallization. The mineral association combined with mineral chemistry revealed evidence of
metamorphism in conditions of facies amphibolite with temperature of 663
oC to 717
oC
(geothermometer plagioclase - amphibole), as well as pressure on roughly 9 Kbares (Al-Amphibole).
The tectonometamorphic events may have occurred during the Neo-Archean to the Proterozoic
generating two dominant Sn foliation and Sn+1 of crenulation and transpressive transcurrent structures
activation. To these structures, hydrothermal processes and polymetallic mining of orogenic type were
linked which generated deposition the auriferous ore of Satinoco. The ore mineral is docked as
discontinuous bodies arranged in transpressive shear zone with orientation of 306°-315°/45°-60°E.
The mineralization in Satinoco is arranged stratigraphically within the basal sequences of the Nova
Lima Group, structurally controlled in the direction NW-SE, hosted on metapiroxenite at the base and
mica-amphibole schist at the top, and associated with areas of hydrothermal alteration. Minerals
derived from fluid - host rocks interactions were associated with processes of silicification, sulfidation,
chloritization, epidotization, carbonation, sericitization, and uralitization. Such effects are spatially
distributed according to the shear zone deformation. The auriferous ore geneses is related to two
pulses of mineralizing fluids: i) sulphides of Fe, As, Cu, Zn, Pb, and ii) a second generation of sulfides
of Fe, As, Au, Cu. According to the chlorite composition characteristics, it was formed in a
temperature between 390
oC and 457
oC. These temperatures would be indicative of chemical
equilibrium conditions during retrograde metamorphism that reached greenschist facies metamorphic,
and of the conditions under which acted hydrothermal processes derived from the fluids percolation
during ore genesis, reaching greenschist metamorphic facies. We postulate that the auriferous deposit
in Satinoco has metallogenetic features of epigenetic type, similar to the deposits of orogenic gold
type, comparable to the metallogenetic features of other exploited deposits in the Quadrilátero
Ferrífero, which are considered largest deposits. / Na região de Pitangui extremo NW do Quadrilátero Ferrífero (MG), afloram rochas
metavulcanossedimentares, características de uma sequência tipo greenstone belt contidas no Grupo
Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas), as quais hospedam a jazida aurífera Satinoco. Análises de
petrografia convencional e MEV, da rocha encaixante, de zonas de alteração hidrotermal, da rocha
mineralizada, assim como, análises químicas pontuais em piroxênio, granada, anfibólios, feldspatos,
clorita e sulfetos foram realizadas para caracterizar a evolução metalogenética dos processos
mineralizantes em Satinoco e determinar as condições de equilíbrio durante o pico metamórfico e do
retrometamorfismo. A paragênese do pico metamórfico está marcada pelas associações minerais
almandina ± biotita ± grunerita-cummingtonita ± hornblenda, hornblenda ± plagioclásio. A associação
mineral revelou evidências de metamorfismo em condições de fácies anfibolito, com temperatura do
pico metamórfico de 663
oC até 717oC (Geotermômetro plagioclásio – anfibólio) e pressão em
aproximadamente 9 Kbares (Al-Anfibólio). Eventos tectonometamórficos geraram duas foliações: Sn
dominante e Sn+1 de crenulação e ativação de estruturas transcorrentes transpressivas. A estas
estruturas, foram vinculados processos hidrotermais e de mineração polimetálica de tipo orogenético
que gerou a deposição do minério aurífero Satinoco. O minério forma corpos descontínuos dispostos
em zona de cisalhamento transpressiva com atitude 306°-315° / 45°-60°NE. A mineralização em
Satinoco se dispõe estratigraficamente dentro das sequências basais do Grupo Nova Lima,
estruturalmente controlada na direção NW-SE, hospedado em metamáficas-ultramáficas na base e
mica-anfibólio xisto no topo, e associada a zonas de alteração hidrotermal. Minerais derivados da
interação fluido - rocha encaixante foram associados a processos de silicificação, sulfetação e
cloritização, epidotização, carbonatação, sericitização e uralitização. Tais efeitos se distribuem
espacialmente paralelos à deformação vinculada à zona de cisalhamento. A gênese do minério aurífero
se relaciona a dois pulsos de fluidos mineralizantes: i) sulfetos de Fe, As, Cu, Zn, Pb, e ii) uma
segunda geração de sulfetos de Fe, As, Au, Cu. Segundo as características de composição da clorita,
está se formou em temperatura variando entre 390
oC e 457
oC. Estas temperaturas seriam indicativas
das condições de equilíbrio químico durante o metamorfismo retrógrado que atingiu a fácies
metamórfica xisto verde, e das condições nas que atuaram os processos hidrotermais derivados da
percolação de fluidos durante a gênese do minério. Postulamos que a jazida aurífera em Satinoco tem
características metalogenéticas de tipo epigenética, similares às dos depósitos tipo orogenic gold,
comparáveis às feições metalogenéticas de outros depósitos explorados no Quadrilátero Ferrífero, de
grande porte.
|
Page generated in 0.0561 seconds