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Análise do impacto das proteínas E6/E7 de diferentes variantes moleculares de HPV-16 sobre as vias de transdução de sinal mediadas por MAPK / Analysis of the impact of E6/E7 proteins of different molecular variants of HPV-16 upon MAPK signaling pathwaysHochmann Valls, Jimena Paola 07 July 2016 (has links)
A infecção persistente por HPV-16 está fortemente associada ao risco de desenvolvimento de neoplasias do colo do útero, vagina, vulva, pênis, canal anal e orofaringe. O estudo detalhado da variabilidade nucleotídica intra-típica de HPV-16 resultou em importantes achados no que concerne à filogenia e evolução viral, e à história natural das infecções. Variantes Asiático-Americanas (AA) e E-350G de HPV-16 foram associadas com maior risco de persistência da infecção viral e desenvolvimento de câncer de colo de útero quando comparadas à variante Européia protótipo (E-P ou E-350T), embora esta ainda apresente alto risco quando comparada aos outros tipos virais. Mais recentemente, diferenças funcionais entre as proteínas E6/E7 das distintas variantes moleculares de HPV- 16 estão sendo descritas, a fim de explicar as diferenças nas associações epidemiológicas observadas. Dados do nosso grupo apontaram para a transcrição aumentada do gene MEK2 especificamente em queratinócitos humanos primários (PHKs) transduzidos com E6/E7 da variante E-350G. Pelo exposto, objetivou-se: (1) Analisar os níveis de ativação de proteínas efetoras das vias de transdução de sinal mediadas por MAPK e PI3K/AKT em queratinócitos imortalizados por E6/E7 de três variantes moleculares de HPV-16 (AA, E-P, E-350G); (2) Analisar os efeitos das proteínas E6/E7 dessas variantes sob as vias de MAPK quanto à indução de fatores de transcrição; (3) Analisar o potencial transformante de PHKs imortalizados pelas diferentes variantes, e em cooperação com a proteína celular c-MYC; (4) Analisar o potencial de migração e invasão em PHKs imortalizados pelas diferentes variantes de HPV-16, e em cooperação com a proteína celular c-MYC. Neste estudo observou-se que a variante AA de HPV-16 induziu a maior ativação das vias de sinalização estudadas (MAPK, e PI3K/AKT). Ademais, PHKs imortalizados por esta variante apresentaram maior capacidade de migração, de invasão através de uma matriz de colágeno, além de maior potencial transformante. Adicionalmente, as células imortalizadas pela variante AA apresentaram maior expressão da proteína mesenquimal vimentina e diminuição dos níveis da proteína epitelial E-caderina, sugerindo ativação parcial de Transição Epitélio Mesênquima (EMT) nestes queratinócitos. Ademais, quando o oncogene c-MYC foi co-transduzido nas diferentes linhagens infectadas por E6/E7 de HPV-16, foi observado que em PHKs imortalizados pela variante AA também houve maior ativação da via de MAPK-ERK, maior migração, e um potencial transformante semelhante, em relação às células co-transduzidas pela variante E-350G e c-MYC. Em conjunto, estes dados sugerem que a variante AA de HPV-16 possui vantagem seletiva sob as outras variantes em promover transformação celular, migração e invasão, e isto poderia explicar, ao menos em parte, a maior prevalência desta variante no câncer cervical. Os resultados gerados neste estudo são de extrema relevância para avaliar o impacto da variabilidade intra-típica de HPV-16 sobre o potencial oncogênico observado em estudos epidemiológicos / Persistent infection with HPV-16 is strongly associated with risk of developing neoplasia in the uterine cervix, vagina, vulva, penis, anal canal and oropharynx. The detailed study of HPV-16 intra-typical nucleotide variability resulted in important findings regarding phylogeny and viral evolution, and the natural history of infections. Asian-American (AA) and E-350G variants of HPV-16 were associated with increased risk of persistent viral infection and development of cervical cancer compared to the European prototype (E-P or E-350T), although this variant still presents higher risk when compared to other viral types. More recently, functional differences between the E6/E7 proteins of distinct molecular variants of HPV-16 are being described, in order to explain the differences in the epidemiological associations observed. Data from our group pointed to increased transcription of the MEK2 gene specifically in primary human keratinocytes (PHKs) transducing E6/E7 of the E-350G variant. Consequently, the aims of this study were: 1) To examine the activation levels of effector proteins of the signal transduction pathways mediated by MAPK and PI3K/AKT in PHKs immortalized by E6/E7 of three different molecular variants of HPV-16 (AA, E-P, E-350G); (2) To analyze the effects of E6/E7 of different molecular variants of HPV-16 upon MAPK pathways concerning the induction of transcription factors; (3) To analyze the transforming potential of PHKs immortalized by different molecular variants of HPV-16, and in cooperation with the cellular protein c- MYC; (4) To analyze the potential of migration and invasion in PHKs immortalized by different molecular variants of HPV-16, and in cooperation with the cellular protein c- MYC. In this study we observed that the AA variant of HPV-16 induced higher activation of both signaling pathways studied (MAPK, and PI3K/AKT). Furthermore, this variant presented increased migration capacity, higher invasion through a collagen matrix, and greater transforming potential. Moreover, cells immortalized by the AA variant showed higher expression of the mesenchymal protein vimentin and a decrease of the epithelial protein E-cadherin, suggesting partial activation of Epithelial Mesenchymal Transition (EMT). In addition, when the c-MYC oncogene was co-transduced in the different cells lines infected with HPV-16 E6/E7, we observed that in PHKs immortalized by the AA variant there was also an enhanced activation of the MAPK-ERK pathway, a higher ability to migrate, and similar transformation potential in comparison with cells co-transduced with the E-350G variant and c-MYC. Taken together, this data suggest that the AA molecular variant of the HPV-16 has a selective advantage over the other variants to promote cell transformation, migration and invasion, and this could partly explain the higher prevalence of this variant in cervical cancer. The results generated in this study are very important to assess the impact of intra-typical variability of HPV-16 on the oncogenic potential observed in epidemiological studies
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Efeitos agudos do exercício resistido sobre marcadores da resposta inflamatória e imunePereira, Guilherme Borges 11 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-11 / Universidade Federal de Sao Carlos / The purpose of the present study was to examine the acute effects of resistance training (RT) on CD4+ and CD8+ T lymphocytes apoptosis (annexin V+) and migration (CX3CR1). Twelve subjects performed two RT sessions (3 sets of 9 exercises) with 1 min (Hyper-1) and 3 min (Hyper-3) of rest-interval length between sets and exercises. CD4+ and CD8+ cells count displayed no change following Hyper-1 and Hyper-3 (p > 0.05). There was an increase in the percentage of CD4+ positive for annexin V+ and CX3CR1+ immediately after and 24 h post Hyper-1 (p < 0.05). Percentage of CD4+ positive for annexin V+ increased 2 and 24 h post Hyper- 3, and decreased after CX3CR1+ for the same time-points (p < 0.05). There was an increase in CD8+ positive for annexin V+ and CX3CR1+ immediately after, 2 and 24 h post Hyper-1 and Hyper-3 (p < 0.05), while no differences were found between Hyper-1 and Hyper-3 (p > 0.05). Acute RT increase the apoptosis and migration of CD4+ and CD8+ lymphocytes even 24 h after exercise, with minimal effects of restinterval length. / O objetivo dos pesquisadores do presente estudo foi examinar os efeitos agudos do Exercício Resistido (ER) sobre a apoptose (Anexina V+) e a migração (CX3CR1) de linfócitos T CD4+ e CD8+. 12 sujeitos adultos realizaram duas sessões de ER (3 séries em 9 exercícios) com 1 minuto (Hiper-1) e 3 minutos (Hiper-3) de intervalo entre as séries e exercícios. Não foi observada alteração significativa na contagem celular de linfócitos CD4+ e CD8+ após os protocolos Hiper-1 e Hiper-3 (p > 0,05). Foi observado aumento no percentual de linfócitos T CD4+ positivos para anexina V+ e CX3CR1 imediatamente após e 24 horas após Hiper-1 (p < 0,05). A porcentagem de linfócitos T CD4+ positivos para anexina V+ aumentou 2 e 24 horas após Hiper-3 e diminuiu para CX3CR1 nos mesmos momentos (p < 0,05). Houve aumento nos linfócitos T CD8+ positivos para anexina V+ e CX3CR1+ imediatamente e 24 horas após os protocolos Hiper-1 e Hiper-3 (p < 0,05), enquanto que não foram observadas diferenças significativas entre Hiper-1 e Hiper-3 (p > 0,05). O ER aumenta marcadores celulares de apoptose e migração em linfócitos T CD4+ e CD8+ mesmo 24 horas após uma sessão aguda de exercício, com mínimo efeito da duração do intervalo de descanso entre as séries e exercícios.
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Fracionamento biomonitorado de fração isolada do extrato hexânico de <i>Pterodon polygalaeoflorus</i> / Biomonitorated fractionation of isolated fraction from the hexamic extract of <i>Pterodon polygalaeflorus</i>Mariana Vieira Vigliano 14 February 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O gênero Pterodon compreende algumas espécies largamente distribuídas sobre a região central do Brasil. Seus frutos são comercialmente disponíveis no mercado da flora medicinal sendo amplamente utilizados pelas suas propriedades farmacológicas como antirreumático, anti-inflamatório e analgésicas. O objetivo deste trabalho foi biomonitorar o fracionamento do extrato hexânico de <i>Pterodon polygalaeflorus Benth</i>. (ExPpg), utilizando modelos de inflamação aguda (edema de pata e bolha de ar). O fracionamento/sub-fracionamento foi realizado por cromatografia em coluna de sílica e as amostras analisadas por cromatografia em camada fina e cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas. O edema de pata foi induzido em camundongos SW por injeção (s.c.) de carragenina. Uma hora antes da inoculação de carragenina os animais foram tratados v.o. com veículo (EtOH 15%, 1,25% Tween-20), indometacina (10 mg/kg p.c.) ou ExHPpg/frações/sub-frações de Ppg. No modelo bolha de ar, a cavidade foi desenvolvida em camundongos SW através da injeção de ar estéril (s.c.) no dorso e a inflamação induzida por carragenina. Uma hora antes de inocular a carragenina os animais foram tratados (v.o) com o veículo, indometacina (10 mg/kg) ou ExHPpg/Fr2Ppg/sub-frações. Após 4 h o exsudato da bolha foi coletado para contagem total e diferencial de leucócitos (Panótico rápido) e dosagem de proteínas (biureto), e a pele referente à bolha foi removida para análises macroscópica e histológica (HE). Também foi realizado estudo de migração de neutrófilos pelo ensaio do <i>transwell</i>. Após demonstração do efeito antiedematogênico do ExHPpg, este foi fracionado em quatro frações. A fração Fr2Ppg, mais ativa no modelo de edema de pata, também inibiu os diferentes parâmetros inflamatórios avaliados no modelo de bolha de ar, com a menor dose testada, e foi sub-fracionada em cinco sub-frações. Destas, as SF2.1 e SF2.2 foram as que mostraram melhor efeito anti-inflamatório pelo modelo da bolha de ar. Em relação ao grupo controle com carragenina, o ExHppg, Fr2Ppg, SF 2.1 e SF 2.2, na dose 0,02 mg/kg, exerceram inibições de 70,6%, 62,8%, 54,7% e 79% no número total de células no exsudato, reduções de 76,8%, 76,9%, 71,1% e 73,3% na concentração de proteína, respectivamente. Com a dose de 0,2 mg/kg, foram observadas inibições apenas para ExHPpg e SF 2.1, com intensidades menores, na leucometria total (62,9% e 48,62%, respectivamente), e na concentração de proteína para SF 2.1 e SF 2.2 (reduções de 68,2% e 30,4%, respectivamente). As análises macroscópica e histológica mostraram redução importante da vasodilatação e do infiltrado inflamatório pelo tratamento com o ExHppg, Fr2Ppg, SF 2.1 e SF 2.2. No ensaio de <i>transwell</i> a Fr2Ppg exibiu 31,4% de inibição na migração de neutrófilos. As sub-frações SF2.1 e SF2.2 foram avaliadas por GC-MS, identificando-se de diversos compostos majoritários. Em resumo, este trabalho confirma o potencial anti-inflamatório da espécie <i>Pterodon polygalaeflorus</i> e mostra um fracionamento efetivo do ExHPpg quanto à composição e ação anti-inflamatória. / The genus Pterodon comprises some species widely distributed over the central region of Brazil. Its fruits are commercially available on the market of the medicinal flora, being widely used by their pharmacological properties as antipyretic, anti-inflammatory and analgesic. The aim of this work was to guide the fractionation of hexanic extract of <i>Pterodon polygalaeflorus</i> Benth. fruits (ExPpg), using acute inflammation models (paw edema and air pouch). The extract fractionation was done by column chromatography on silica and the samples were analyzed by thin layer chromatography and gas chromatography coupled with mass spectrometer. Paw edema was induced in SW mice by (s.c.) injection of carrageenan in the right paw. One hour before the carrageenan inoculation, animals were orally treated with vehicle (EtOH 15, 1.25 Tween-20), indomethacin (10 mg/kg bow.) or ExHPpg/fractions/sub-fractions of Ppg. In the air pouch model, the cavity was developed in SW mice through sterile air injection (s.c.) on the back and the inflammation induced by carrageenan inoculation in this cavity. An hour before carrageenan injection the animals were orally treated with the vehicle, indomethacin (10 mg/kg) or ExHPpg/Fr2Ppg/sub-fractions. After four hours the air pouch exudate was collected for the total and differential leukocyte counts (fast Panotic) and protein determination (biuret reaction), and the skin of the air pouch was removed to macroscopic and histological analyses (HE). In vitro neutrophil migration was performed by transwell assay. After demonstration of the anti-edematogenic effect of ExHPpg, this extract was fractionated into four fractions. The Fr2Ppg fraction, most active in paw edema model, also inhibited, in the lowest dose tested, the different inflammatory parameters evaluated in air pouch model. Then, it was sub-fractioned in five sub-fractions. The SF 2.1 and SF 2.2 were the sub-fractions with higher anti-inflammatory effects in the air pouch model. In relation to the carrageenan control group, ExHPpg, Fr2Ppg, SF 2.1 and SF 2.2, in 0.02 mg/kg dose, showed inhibitions of 70.6%, 62.8%, 54.7% and 79% in the total leukocyte counts in the exudate and reductions of 76.8%, 76.9%, 71.1% and 73.3% in the protein concentration, respectively. With the 0.2 mg/kg dose, reductions were observed only for total leukocyte counts after treatment with ExHPpg or SF 2.1 (62.9 and 48.62, respectively), and for protein concentration in animals treated with SF 2.1 and SF 2.2 (reductions of 68.2% and 30.4%, respectively). Macroscopic and histological analyses of air pouch tissues showed important reductions of vasodilation and inflammatory infiltrate by treatment with ExHPpg, Fr2Ppg, SF 2.1 and SF 2.2. In the transwell assay the Fr2Ppg exhibited inhibition of 31.4% of neutrophil migration. The SF 2.1 and SF 2.2 sub-fractions were analyzed by GC-MS, identifying some major compounds. Concluding, this work confirms the anti-inflammatory potential of <i>Pterodon polygalaeflorus</i> species and shows an effective ExHPpg fractionation in relation to the composition and anti-inflammatory effect.
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Avaliação da proliferação e migração celular mediadas pela ativação do EGFR em linhagens celulares de câncer de pulmão cultivadas como monocamadas e esferoides. / Evaluation of cell proliferation and migration mediated by EGFR activation in lung cancer cell lines grown as monolayers and spheroids.Camila Lauand 23 October 2015 (has links)
O presente estudo comparou os efeitos da ativação e inibição do EGFR em duas linhagens de câncer de pulmão, cultivadas em monocamada ou esferoides. Os esferoides foram cultivados sem elementos de matriz extracelular. As células A549 e HK2 apresentaram, respectivamente, 3 e 6 cópias do gene ErbB1 por núcleo, embora a expressão de EGFR seja menor nas células HK2. A ativação de EGFR por EGF ou inibição por AG1478 não promoveu mudanças na proliferação celular. Entretanto, as células cultivadas em monocamada, estimuladas com EGF, exibiram alterações na disposição dos microfilamentos de actina e aumento na velocidade de migração celular. UO126 e LY294002 foram adicionados às culturas para inibir, respectivamente, as vias ERK e Akt. A linhagem A549, cultivada em monocamada, não apresentou envolvimento das vias de sinalização de ERK e Akt na migração celular induzida por EGF, mas foi observado o envolvimento dessas vias nos esferoides. Já a linhagem HK2 apresentou o envolvimento de Akt para promover a migração celular após estímulo com EGF nas duas formas de cultivo. / This study compared the effects of activation and inhibition of EGFR in two cell lines of lung cancer, grown in monolayer or spheroids. Spheroids were cultured without extracellular matrix components. HK2 and A549 cells showed, respectively, 3 and 6 ErbB1 gene copies per nucleus, while EGFR expression is lower in the HK2 cells. The activation by EGF or EGFR inhibition by AG1478 did not cause changes in cell proliferation. However, cells cultured in monolayers stimulated with EGF, showed changes in the arrangement of actin microfilaments and increased the speed of cell migration. UO126 and LY294002 were added to the cultures to inhibit, respectively, the ERK and Akt pathways. A549 cells grown in monolayer did not show involvement of ERK and Akt signaling pathways in the cell migration induced by EGF, but was observed involvement of such pathways in the spheroids. HK2 cells showed involvement of Akt to promote cell migration after EGF stimulation in monolayers and in spheroids.
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Análise do impacto das proteínas E6/E7 de diferentes variantes moleculares de HPV-16 sobre as vias de transdução de sinal mediadas por MAPK / Analysis of the impact of E6/E7 proteins of different molecular variants of HPV-16 upon MAPK signaling pathwaysJimena Paola Hochmann Valls 07 July 2016 (has links)
A infecção persistente por HPV-16 está fortemente associada ao risco de desenvolvimento de neoplasias do colo do útero, vagina, vulva, pênis, canal anal e orofaringe. O estudo detalhado da variabilidade nucleotídica intra-típica de HPV-16 resultou em importantes achados no que concerne à filogenia e evolução viral, e à história natural das infecções. Variantes Asiático-Americanas (AA) e E-350G de HPV-16 foram associadas com maior risco de persistência da infecção viral e desenvolvimento de câncer de colo de útero quando comparadas à variante Européia protótipo (E-P ou E-350T), embora esta ainda apresente alto risco quando comparada aos outros tipos virais. Mais recentemente, diferenças funcionais entre as proteínas E6/E7 das distintas variantes moleculares de HPV- 16 estão sendo descritas, a fim de explicar as diferenças nas associações epidemiológicas observadas. Dados do nosso grupo apontaram para a transcrição aumentada do gene MEK2 especificamente em queratinócitos humanos primários (PHKs) transduzidos com E6/E7 da variante E-350G. Pelo exposto, objetivou-se: (1) Analisar os níveis de ativação de proteínas efetoras das vias de transdução de sinal mediadas por MAPK e PI3K/AKT em queratinócitos imortalizados por E6/E7 de três variantes moleculares de HPV-16 (AA, E-P, E-350G); (2) Analisar os efeitos das proteínas E6/E7 dessas variantes sob as vias de MAPK quanto à indução de fatores de transcrição; (3) Analisar o potencial transformante de PHKs imortalizados pelas diferentes variantes, e em cooperação com a proteína celular c-MYC; (4) Analisar o potencial de migração e invasão em PHKs imortalizados pelas diferentes variantes de HPV-16, e em cooperação com a proteína celular c-MYC. Neste estudo observou-se que a variante AA de HPV-16 induziu a maior ativação das vias de sinalização estudadas (MAPK, e PI3K/AKT). Ademais, PHKs imortalizados por esta variante apresentaram maior capacidade de migração, de invasão através de uma matriz de colágeno, além de maior potencial transformante. Adicionalmente, as células imortalizadas pela variante AA apresentaram maior expressão da proteína mesenquimal vimentina e diminuição dos níveis da proteína epitelial E-caderina, sugerindo ativação parcial de Transição Epitélio Mesênquima (EMT) nestes queratinócitos. Ademais, quando o oncogene c-MYC foi co-transduzido nas diferentes linhagens infectadas por E6/E7 de HPV-16, foi observado que em PHKs imortalizados pela variante AA também houve maior ativação da via de MAPK-ERK, maior migração, e um potencial transformante semelhante, em relação às células co-transduzidas pela variante E-350G e c-MYC. Em conjunto, estes dados sugerem que a variante AA de HPV-16 possui vantagem seletiva sob as outras variantes em promover transformação celular, migração e invasão, e isto poderia explicar, ao menos em parte, a maior prevalência desta variante no câncer cervical. Os resultados gerados neste estudo são de extrema relevância para avaliar o impacto da variabilidade intra-típica de HPV-16 sobre o potencial oncogênico observado em estudos epidemiológicos / Persistent infection with HPV-16 is strongly associated with risk of developing neoplasia in the uterine cervix, vagina, vulva, penis, anal canal and oropharynx. The detailed study of HPV-16 intra-typical nucleotide variability resulted in important findings regarding phylogeny and viral evolution, and the natural history of infections. Asian-American (AA) and E-350G variants of HPV-16 were associated with increased risk of persistent viral infection and development of cervical cancer compared to the European prototype (E-P or E-350T), although this variant still presents higher risk when compared to other viral types. More recently, functional differences between the E6/E7 proteins of distinct molecular variants of HPV-16 are being described, in order to explain the differences in the epidemiological associations observed. Data from our group pointed to increased transcription of the MEK2 gene specifically in primary human keratinocytes (PHKs) transducing E6/E7 of the E-350G variant. Consequently, the aims of this study were: 1) To examine the activation levels of effector proteins of the signal transduction pathways mediated by MAPK and PI3K/AKT in PHKs immortalized by E6/E7 of three different molecular variants of HPV-16 (AA, E-P, E-350G); (2) To analyze the effects of E6/E7 of different molecular variants of HPV-16 upon MAPK pathways concerning the induction of transcription factors; (3) To analyze the transforming potential of PHKs immortalized by different molecular variants of HPV-16, and in cooperation with the cellular protein c- MYC; (4) To analyze the potential of migration and invasion in PHKs immortalized by different molecular variants of HPV-16, and in cooperation with the cellular protein c- MYC. In this study we observed that the AA variant of HPV-16 induced higher activation of both signaling pathways studied (MAPK, and PI3K/AKT). Furthermore, this variant presented increased migration capacity, higher invasion through a collagen matrix, and greater transforming potential. Moreover, cells immortalized by the AA variant showed higher expression of the mesenchymal protein vimentin and a decrease of the epithelial protein E-cadherin, suggesting partial activation of Epithelial Mesenchymal Transition (EMT). In addition, when the c-MYC oncogene was co-transduced in the different cells lines infected with HPV-16 E6/E7, we observed that in PHKs immortalized by the AA variant there was also an enhanced activation of the MAPK-ERK pathway, a higher ability to migrate, and similar transformation potential in comparison with cells co-transduced with the E-350G variant and c-MYC. Taken together, this data suggest that the AA molecular variant of the HPV-16 has a selective advantage over the other variants to promote cell transformation, migration and invasion, and this could partly explain the higher prevalence of this variant in cervical cancer. The results generated in this study are very important to assess the impact of intra-typical variability of HPV-16 on the oncogenic potential observed in epidemiological studies
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