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Transtorno depressivo maior e transtorno bipolar: diferenciação por fatores genéticos, hormonais e exposição a estresse precoce / Major depressive disorder and bipolar disorder: differentiation by genetic and hormonal factors, and exposure to early-life stress

Menezes, Itiana Castro 14 March 2019 (has links)
Ainda são escassos estudos que avaliem biomarcadores para diferenciação de transtorno depressivo maior (TDM) e transtorno bipolar (TB), principalmente relativo à etiologia desses transtornos e sua relação com os receptores glicocorticoides (GR) e, principalmente, com os receptores mineralocorticoides (MR). Objetivo: Encontrar biomarcadores genéticos e/ou hormonais e observar sua associação entre si e/ou a fatores externos (estresse precoce - EP) para compreender melhor sua fisiopatogenia e auxiliar no diagnóstico diferencial entre TDM e TB. Material e Métodos: Participaram deste estudo N=273 sujeitos, sendo n=113 controles, n=78 unipolares e n=82 bipolares. A triagem diagnóstica de todos os sujeitos foi realizada por meio do MINI PLUS, checagem de história de trauma na infância pela CTQ, avaliação de sintomas depressivos pela GRID-HAM-D21, e demais comorbidades pela BAI, BHS e BSI. Na busca de biomarcador genético, observou-se as frequências genotípicas e alélicas de 3 polimorfismos de receptor de glicocorticoide (GR) (N363S, R22/23K e BclI) e de 2 polimorfismos de MR (MI180V e -2G/C) após realizada a discriminação alélica por reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR). Foram avaliados de forma intragrupo as variáveis genéticas e endócrinas (e combinadas) e o efeito do EP sobre tais variáveis. Também, as variáveis polimorfismos, níveis hormonais e exposição a EP foram comparadas entre grupos para avaliar se havia diferença de prevalência, de perfil endócrino, ou se havia suscetibilidade maior por parte dos unipolares ou bipolares para alteração dos níveis hormonais e/ou intensidade do quadro depressivo frente a EP ou a determinado genótipo. Resultados: Todos os sujeitos unipolares e bipolares mostraram piora de seus sintomas depressivos frente a EP e seus subtipos, sendo eles unipolares ou bipolares. Como biomarcador hormonal, comparando-se controles x unipolares x bipolares, ou apenas unipolares x\' bipolares, foi possível observar que os níveis de cortisol e os níveis de aldosterona apresentaram-se os altos em unipolares e os baixos mais em bipolares, quando estes pacientes estavam com depressão grave ou gravíssima. Também, bipolares expostos a EP global, abuso físico e emocional mostraram níveis mais baixos de aldosterona que bipolares que não foram expostos. Frente a exposição a esses EP global e abuso físico, os bipolares tenderam a se mostrar mais suscetíveis que os unipolares a alteração dos níveis de aldosterona. Para biomarcador genético, frequência de genótipos ou alelos não diferenciaram unipolares de bipolares. Entretanto, houve maior prevalência do genótipo heterozigoto AG de GR N363S em pacientes depressivos uni e bipolares quando comparados com controles. Combinando-se os biomarcadores genéticos e hormonais, unipolares apresentaram níveis mais baixos de cortisol e de aldosterona quando carregavam genótipo variante GG de MR -2G/C, enquanto bipolares mostraram tendência a redução de cortisol quando carregavam o alelo variante G de MR MI180V. Quando comparados os genótipos por si só, intragrupo, novamente o polimorfismo MR -2G/C mostra influência sobre o fenótipo unipolar. Em unipolares, presença do alelo variante G de MR -2G/C piora significativamente o quadro depressivo, mas o alelo variante G de MI180V mostrou-se protetor frente a EP. Tanto os unipolares frente aos outros 4 polimorfismos, quanto os bipolares frente a todos os polimorfismos estudados, apresentaram piora significativa de seu quadro depressivo se expostos a EP. Bipolares mostraram uma tendência a ser mais suscetíveis que unipolares a alterações endócrinas (aldosterona) quando expostos a EP global e abuso físico. Conclusão: Tendo em vista os vários achados significativos a cerca dos polimorfismos de MR, tanto para unipolar quanto para bipolar, sua influência sobre os níveis de aldosterona e cortisol basais, reforça-se a importância do papel dos receptores MR dentro da etiologia dos transtornos depressivos unipolares e bipolares, e a forma diferente de funcionamento do MR para a distinção entre TDM e TB / There are still few studies assessing biomarkers for differentiation of major depressive disorder (MDD) and bipolar disorder (TB), mainly related to the etiology of these disorders and its relationship with glucocorticoid receptors (GR) and, manily, with mineralocorticoid receptors (MR). Aim: Finding genetic and / or hormonal biomarkers and observing their association to each other and / or external factors (early-life stress - ELS) for better comprehend their pathophysiology and, then, assisting in differential diagnosis between MDD and TB. Material and Methods: A total of N = 273 subjects composed the study sample, being n = 113 control, n = 78 unipolar, and n = 82 bipolar subjects. The diagnostic screening of all subjects was performed applying MINI PLUS, for history of ELS, CTQ; assessment of depressive symptoms, GRID-HAM-D21; and assessment of other comorbidities, BAI, BHS, and BSI. Researching for genetic biomarker, genotypic and allelic frequencies of 3 GR polymorphisms (N363S, R22 / 23K and BclI) and 2 MR polymorphisms (MI180V and -2G/C) were evaluated after allelic discrimination by quantitative polymerase chain reaction (qPCR). Genetic and endocrine variables (and their combination), and the effect of ELS over these variables were assessed intragrups. Also, polymorphisms, hormonal levels and history to ELS were compared between groups to assess whether there was difference in prevalence, endocrine profile, or whether there was greater susceptibility on the part of unipolar or bipolar for alteration of hormonal levels and / or severity of depressive symptoms considering history of ELS and/or a specific genotype. Results: All unipolar and bipolar subjects showed worsening of their depressive symptoms in the presence of ELS and its subtypes. As hormonal biomarker, comparing unipolar x bipolar x control subjects, or comparing unipolar x bipolar, cortisol and aldosterone levels were higher in unipolar subjects, and lower in bipolar subjects, when these patients presented severe or very severe depressive symptoms. Also, bipolar subjects\' exposed to global ELS, physical and emotional abuse showed lower basal levels of aldosterone than did bipolar who were not exposed to ELS. Concerning global ELS and physical abuse, bipolar tended to be more susceptible than unipolar for aldosterone levels to change. For genetic biomarker, frequency of genotypes or alleles did not distinguished unipolar from bipolar sample. However, there was a higher prevalence of GR N363S heterozygous genotype (AG) in unipolar and bipolar depressive patients when compared to controls. Combining the genetic and hormonal biomarkers, unipolar had lower levels of cortisol and aldosterone when carrying GG variant genotype of MR-2G / C, while bipolar showed tendency to reduce cortisol when carrying the variant G allele of MR MI180V. When comparing the genotypes (intragroup), again, MR-2G/C polymorphism shows influence on the unipolar phenotype. In unipolar, the presence of the variant G allele of MR-2G / C significantly worsens the depressive condition, unlike variant G allele of MI180V has shown to be protective against ELS. Both the unipolar compared to the other 4 polymorphisms, and the bipolar ones against all polymorphisms studied, presented a significant worsening of their depressive condition if exposed to ELS. Bipolar tend to be more susceptible than unipolar to endocrine changes (aldosterone) when exposed to global ELS and physical abuse. Conclusion: Considering the several significant findings regarding MR polymorphisms, for both unipolar and bipolar subjects, and their influence on basal aldosterone and cortisol levels, we highlight importance of the role of MR receptors within the etiology of depressive unipolar and bipolar disorders, and different way of MR functioning in each disorder for assisting the distinction between MDD and TB
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Ativação do inflamassoma NLRP3 contribui para a disfunção vascular induzida pela aldosterona no diabetes mellitus tipo 2 / NLRP3 inflammasome activation contributes to aldosterone-induced vascular dysfunction in type 2 diabetes mellitus

Ferreira, Nathanne dos Santos 12 July 2018 (has links)
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é marcado pela presença de complicações micro e macrovasculares, as quais estão associadas à disfunção endotelial, inflamação e fibrose. A aldosterona, cujos níveis plasmáticos estão elevados em pacientes e modelos experimentais de DM2, aumenta a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) e a expressão de marcadores inflamatórios. As citocinas IL-1? e IL-18 são liberadas principalmente após ativação de plataformas moleculares denominadas inflamassomas, as quais incluem os receptores NLRP3. Recentemente, demonstramos que o receptor NLRP3 contribui para a disfunção vascular induzida pela aldosterona. Considerando a existência de evidências que a aldosterona, via receptor mineralocorticoide (MR) e NLRP3, induz a produção de mediadores inflamatórios e, consequentemente, ativação do inflamassoma, podendo assim contribuir para o processo inflamatório no diabetes, nós hipotetizamos que o bloqueio de receptores MR e NLRP3 previne a ativação do inflamassoma e reduz o desenvolvimento das alterações vasculares funcionais associadas ao DM2. Observamos que artérias mesentéricas de animais diabéticos apresentam aumento da expressão/ativação de caspase-1 e IL-11?, aumento dos níveis plasmáticos de IL-1?, aumento da atividade da caspase- 1 em macrófagos do lavado peritoneal e prejuízo no relaxamento dependente de endotélio, comparativamente a artérias do grupo controle. Os tratamentos com espironolactona (antagonista MR) e MCC950 (inibidor de receptor NLRP3) atenuam a disfunção vascular, reduzem a expressão e a atividade da caspase-1 e diminuem os níveis plasmáticos de IL-1?. Células de músculo liso vascular e macrófagos derivados da medula estimulados com aldosterona também apresentam aumento da expressão dos componentes do inflamassoma, o que poderia contribuir para as alterações observadas em animais diabéticos. Pacientes com DM2 apresentam correlação positiva entre os níveis de aldosterona e de IL-1? e/ou glicemia. Em conclusão, nosso estudo demonstra que a aldosterona induz disfunção vascular e processo inflamatório no diabetes tipo 2 através da ativação de MR e do inflamassoma NLRP3. / Type 2 diabetes mellitus (T2DM), a disease that affects millions of people around the world, is marked by the presence of micro and macrovascular complications, which are associated with endothelial dysfunction, inflammation and fibrosis. Aldosterone excess aggravates endothelial dysfunction in diabetes by promoting insulin resistance, fibrosis, oxidative stress and inflammation. Aldosterone activates the molecular platform inflammasome in cells of the immune system, an event that contributes to vascular dysfunction induced by the mineralocorticoid hormone. However, it is unclear whether activation of the inflammasome contributes to the effects of aldosterone in diabetes-associated vascular abnormalities. In the present study we tested the hypothesis that aldosterone induces vascular dysfunction in T2DM via activation of mineralocorticoid receptors (MR) and assembly of the NLRP3 inflammasome. To determine whether aldosterone activates the NLRP3 inflammasome and NLRP3 activation contributes to diabetes-associated vascular dysfunction, mesenteric arteries from control mice (db/m) and mice with type 2 diabetes (db/db), treated with vehicle, spironolactone (MR antagonist) or the NLRP3 antagonist MCC950, were used. Db/db mice exhibited increased vascular expression/activation of caspase-1 and IL-1?, increased plasma IL-1? levels, increased number of caspase-1-positive macrophages in the peritoneal lavage as well as reduced acetylcholine (ACh) vasodilation, compared to control db/m mice. Treatment of db/db mice with spironolactone and MCC950 reduced vascular caspase-1, decreased plasma IL-1? levels and partly restored ACh responses. Spironolactone treatment also reduced the number of caspase-1-positive-macrophages in db/db mice. Vascular smooth muscle cells and bone marrow-derived macrophages stimulated with aldosterone also exhibited increased expression of inflammatory components, which may contribute to diabetes-associated vascular changes. Patients with T2DM exhibited a correlation between aldosterone and IL-1? levels and/or glycemia. In conclusion, our study demonstrates that aldosterone induces vascular dysfunction and inflammatory process in type 2 diabetes through MR receptor activation and NLRP3 inflammation.

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