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Langue basque, identités et territoire. Logiques d'action et mobilisations collectives autour de la scolarisation en Basque / Basque Language, identities and territory. Logic of social action and collective mobilization about school in Basque.

Lagrenade, Maite 03 December 2018 (has links)
Au Pays Basque de France, le nombre de bascophones ne cesse de diminuer. Pour autant, les dernières enquêtes sociolinguistiques présentent, chez les plus jeunes générations, une progression du nombre de locuteurs. Ce phénomène est en grande partie lié à la scolarisation en basque qui ne cesse de se développer. Entre les rentrées scolaires de 2004 et de 2016, les trois filières principales de l'enseignement en basque (bilingue publique, bilingue privée et immersion en ikastola) ont connu une augmentation de leurs effectifs de 68% tandis que le nombre d'enfants scolarisés au Pays Basque de France n'augmentait que de 6%. À l'heure où les échanges mondiaux favorisent l'acquisition de langues internationales, le succès de l'apprentissage d'une langue régionale interroge. Dans le cadre d'une intervention sociologique (qui a consisté à réunir 5 fois, durant près de deux heures, 5 groupes d’une dizaine de participants), nous avons, avec des parents ayant scolarisé leurs enfants en basque, analysé leurs pratiques. Nous avons ainsi pu définir le sens social de ce choix qui leur semblait a priori évident et personnel. En plus d’une volonté de s'inscrire dans la transmission de cette langue identitaire ou du fait de bénéficier des avantages liés au bilinguisme précoce, les parents rencontrés donnent une dimension plus militante à leur choix, dimension sous-tendue notamment par des principes universels (égalité des langues, respect des cultures, préservation du patrimoine mondial, etc.). Mais cet engouement pour la scolarisation en basque peut aussi se comprendre comme la volonté d'être acteur d'un nouveau projet social. Il apparaît que le choix de la scolarisation en basque n’est pas porté par une seule motivation mais relève d'une expérience sociale qui combine ces différentes logiques d'action. Nous cherchons dans cette thèse à identifier et analyser la pluralité des motivations évoquées par les parents, et à comprendre les liens qui les unissent dans une même expérience sociale. / In French Basque Country, the number of Basque speakers keeps decreasing. Yet, the last socio-linguistic surveys show that the number of speakers increases among the youngest generations. Such a growth is partly related to the growing enrolment of children in schools in Basque. Between the school years 2004 and 2016, the three main branches of schooling in Basque (the public one, the private one, and the immersive one in ikastola) show a dramatic increase of 68% of the number of pupils in French Basque Country, whereas the total number of pupils increases by 6% only. While globalisation strengthens international languages, the growing popularity for placing young children in schools in Basque in order to acquire a regional language is challenging.Thanks to a sociological intervention (which consisted in bringing together 5 groups of about 10 parents, and meeting them 5 times each, for 2 hours) we co-analysed the practices of parents who decided to place their children in schools in Basque. This way, we defined the social meaning of their choice, which, at first, could appear obvious and personal to them.The parents involved in the sociological intervention want to take part in the transmission of an identity-sensitive language. They want to take advantage of an exposure to a bilingual learning from an early age. But they also show a sort of activism by assuming universal principals (such as equality between languages, respect for cultures, preservation of the world’s heritage, etc.). Finally, the will to take an active part in a new social project can also be considered as a driver of the desire to place their children in schools in Basque.It appears that the choice to place children in schools in Basque is never driven by a single reason only. The motivation stems from a sociological experience that articulates the different logics previously mentioned. Here, we look for identifying and analysing the diversity of the reasons the parents give, and understanding the system that relates those reasons in a same social experience.
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Why do Host Populations Turn against Refugees? : The Role of Knowledge Deficit and Relative Deprivation in Anti-Refugee Mobilisation

Gleiser, Anna January 2019 (has links)
The numbers of people on the move, fleeing from conflict, persecution and violence is increasing and so is the level of violence against those most vulnerable persons. The question why host populations turn against refugees in liberal European democracies as isolated phenomenon has, to my knowledge, not experienced great academic attention. This study investigates what societal conditions need to be fulfilled in order for violence to occur. Deriving from previous research on anti-refugee violence in developing countries and right-wing violence, I suggest the following argument: A high level of knowledge deficit regarding refugees and a high level of relative deprivation causes a high level of insecurity among society, which makes persons more susceptible to anti-refugee mobilisation, making it effective and thus leading to violence. In order to test this hypothesis, I conduct a structured focused comparison, investigating Saxony and North Rhine-Westphalia, two federal states within Germany. The first showing a high level of anti-refugee violence compared to the latter showing a low level of violence. The evidence found in the study shows some support for the proposed theory. A higher level of insecurity is prevailing in Saxony compared to North Rhine-Westphalia, yet the results are not as distinct as expected. Thus, more research is necessary in order to shed more light onto the phenomenon and develop countermeasures.
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Como atingir o coração do eleitor: partidos, candidatos e mobilização eleitoral em Canoas/RS (1947-1963)

Angeli, Douglas Souza 20 July 2015 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-10-26T15:32:10Z No. of bitstreams: 1 Douglas Souza Angeli_.pdf: 6536499 bytes, checksum: 2bb7a9a5864a0dfdf4e40b66f31d0011 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-10-26T15:32:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Douglas Souza Angeli_.pdf: 6536499 bytes, checksum: 2bb7a9a5864a0dfdf4e40b66f31d0011 (MD5) Previous issue date: 2015-07-20 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho tem como objetivo compreender as práticas de mobilização eleitoral e de construção do eleitor nas eleições municipais realizadas em Canoas/RS entre 1947 e 1963. Canoas é um município da região metropolitana de Porto Alegre, emancipado em 1939 e que realizou suas primeiras eleições somente após o Estado Novo. As décadas de 1940 e 1950 registraram um expressivo crescimento populacional, motivado pela migração de trabalhadores do campo para a cidade, fazendo surgir novos bairros – habitados basicamente por famílias de operários. As eleições municipais deste período fazem parte do contexto de incorporação dos trabalhadores urbanos ao cenário eleitoral, de ampliação do corpo eleitoral e de consolidação da experiência democrática brasileira – iniciada em 1945. Necessitando construir uma imagem prestigiosa, partidos e candidatos encontraram um possível canal de comunicação com os eleitores na imprensa local – contando com jornalistas, editores, articulistas e comentaristas mais ou menos identificados com os diferentes grupos políticos. Ao longo das eleições municipais, e seguindo a lógica da disputa regional, formaram-se dois blocos partidários: os trabalhistas, em torno do PTB, PSP e PSB, e um bloco liberal-conservador de contraposição ao trabalhismo, formado por PSD, PRP, PL, UDN e, mais tarde, PDC e MTR. As sucessivas eleições e a mobilização eleitoral tornaram mais nítidas as diferenças entre os dois blocos políticos e produziram identificação no eleitorado com relação a determinados candidatos. Coligações, partidos, candidatos e apoiadores construíram qualificativos sobre suas candidaturas e sobre os adversários, destacando aspectos morais e as competências que, em suas concepções, eram necessárias para o exercício da representação política. Como tais concepções não constituem um fim em si mesmas, a pesquisa avança em direção às práticas dos períodos de campanha eleitoral. As notícias, os artigos e os anúncios publicados na imprensa, bem como o instrumental de mobilização das campanhas eleitorais, são compreendidos não apenas como estratégias de conquista do voto, mas também como práticas que suscitam no eleitor um interesse pela competição eleitoral e estabelecem uma relação entre o voto e a vida cotidiana. / Cette étude vise à comprendre les pratiques de mobilisation électorale et la construction du électeur aux élections municipales dans Canoas/RS entre 1947 et 1963. Canoas est une municipalité dans la région métropolitaine de Porto Alegre, émancipée en 1939 et a tenu ses premières élections seulement après l'Estado Novo. Les années 1940 et 1950 ont enregistré une croissance démographique importante, motivée par la migration des travailleurs ruraux vers la ville, donnant lieu à des nouveaux quartiers – habitée principalement par des familles de travailleurs. Les élections municipales de cette période font partie du contexte de l'intégration des travailleurs urbains au scénario électoral, l'extension du corps électoral et la consolidation de l'expérience démocratique bresilienne – qui a commencé en 1945. Devant de la besoin de construire une image de prestige, les partis et les candidats ont trouvé un canal de communication possible avec les électeurs dans la presse locale – en comptant avec les journalistes, rédacteurs, chroniqueurs et commentateurs plus ou moins identifié avec les différents groupes politiques. Lors des élections municipales, et en suivant la logique de la dispute régionel, ils ont formé deux groupes de parties: les travaillistes, autour du PTB, PSP et PSB, et un bloc libéral-conservateur de l'opposition au travaillisme, formé par le PSD, PRP, PL, UDN et, plus tard, PDC et MTR. Élections successives et mobilisation électorale deviennent plus nettes les différences entre les deux blocs politiques et produite l'identification dans l'électorat au sujet de certains candidats. Coalitions, partis, candidats et partisans construits qualificatifs sur soi et sur leurs adversaires, en soulignant les aspects moraux et les compétences qui, dans leurs vues, étaient nécessaires à l'exercice de la représentation politique. Comme ces concepts ne sont pas une fin en soi, le progrès de la recherche vers les pratiques des périodes de campagne électorale. Nouvelles, articles et annonces dans la presse, et la mobilisation instrumentale des campagnes électorales, sont compris non seulement comme stratégies de conquête du vote, mais aussi comme pratiques qui soulèvent l'électeur un intérêt sur la compétition électorale et établir une relation entre le vote et la vie quotidienne.
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De vidas infames à máquina de guerra : etnografia de uma luta por direitos

Silva, Tiago Lemões da January 2017 (has links)
Ce travail de recherche se propose de dresser le tableau de la visibilité politique des personnes sans domicile fixe à l’échelle nationale, au Brésil, ainsi que de leur organisation politique, favorisée par l’irruption du « Movimento Nacional da População de Rua » (MNPR), en 2005. En particulier, nous allons analyser les processus qui font de la mobilisation sociale, menée par des membres du MNPR depuis son antenne régionale de la ville de Porto Alegre (état du Rio Grande do Sul, ou RS), un champ de revendication des droits multiple et ambigu, traversé par des forces organisatrices et contestatrices (instituées et actualisées sur un plan historique), mobilisées par différents agents, institutions, valeurs et intérêts qui, insérés au MNPR-RS, concourent à produire des conduites, des subjectivités, des dénonciations et des idées relatives à l’Etat, au droit et à la participation politique. / A pesquisa tem como tema o cenário de visibilidade política nacional de “pessoas em situação de rua” no Brasil e de organização política dessa população, promovida pelo surgimento do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), em 2005. Especificamente, busca compreender os processos que fazem da mobilização social, conduzida por integrantes do MNPR em sua base regional na cidade de Porto Alegre/RS (MNPR-RS), um campo de reinvindicação de direitos múltiplo e ambíguo, atravessado por forças ordenadoras e contestadoras (forjadas e atualizadas historicamente), mobilizadas por diferentes agentes, instituições, valores e interesses que, inseridos no MNPR-RS, coproduzem condutas, subjetividades, denúncias e ideias de Estado, de direito e de participação política.
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Secteur non enregistré et mobilisation fiscale dans les pays en développement (PED) : le cas des pays d'Afrique au sud du Sahara (PASS)

Sani, Mahaman 23 January 2009 (has links) (PDF)
Les crises budgétaires, conséquences entre autres d'un faible niveau des ressources internes se sont accentuées dans les PASS notamment avec le développement de plus en plus grand de ce qu'il est convenu d'appeler l'économie non enregistrée ou économie souterraine. Ce pan des activités économiques regroupées au sein du secteur non enregistré est en fait constitué d'un ensemble d'opérateurs (grands et petits) qui exercent de manière pas "tout à fait catholique", car travaillant souvent en dehors des dispositions et règlements en matière fiscaux. Le secteur frauduleux, composante essentielle du secteur non enregistré exerce de plusieurs manières des pressions à la baisse sur le niveau de la mobilisation fiscale. Ces stratégies vont de la déclaration volontairement "fausse" du niveau réel des activités au reversement irrégulier des impôts et taxes collectés au nom et pour le compte de l'Etat. Ce secteur, constitue un important foyer fiscal qui, malheureusement pour des raisons aussi bien sociales que politiques supporte souvent des charges fiscales en deçà de ses capacités contributives réelles. En revanche, l'analyse a fait ressortir que contrairement à l'opinion largement répandue, la présence du secteur informel n'affecte pas significativement la mobilisation fiscale. En effet, ce dernier s'acquitte de ses impôts directs à travers le paiement de la patente synthétique ; il supporte aussi des impôts indirects à travers la rémanence fiscale, impôts généralement payés lors de son approvisionnement en matières premières. Ce secteur constitue un faible gisement fiscal sur lequel on ne peut espérer, en terme de mobilisation fiscale, beaucoup plus que ce qui est déjà perçu. Cette thèse vise donc à faire ressortir les effets du secteur non enregistré sur la mobilisation fiscale dans les pays d'Afrique au Sud du Sahara ainsi les canaux par lesquels ses effets sont perçus. Des propositions des stratégies visant une meilleure maîtrise du secteur non enregistré ont développées dans le dernier chapitre.
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Action collective locale en contexte de mondialisation : impact du mondialisme sur des intervenants communautaires de Saint-Jean-sur-Richelieu

Scott, Jonathan January 2008 (has links) (PDF)
L'univers discursif de l'action collective tant sur la scène québécoise que sur les autres scènes nationales et locales à travers le monde tend à se transformer et à se reconfigurer selon de nouvelles thématiques que nous avons nommées altermondialistes. Certains slogans produits et scandés dans les nouvelles mobilisations dites mondialistes confirment notre postulat. L'idée maîtresse motivant la production d'un mémoire de maîtrise était qu'à chaque transformation de l'État est liée une modification des stratégies des mouvements sociaux. Ainsi, le mouvement altermondialiste identifié comme étant la nouvelle action collective s'opposerait à une nouvelle forme d'État dit mondialiste reconfiguré par le processus de mondialisation néolibérale. Pour comprendre cette nouvelle réalité dans l'univers de l'action collective, nous nous sommes intéressé à la façon dont les organisations locales s'approprient ce nouveau type de discours. Plus particulièrement, nous voulions savoir si ce dernier influençait les stratégies d'action et de mobilisation des acteurs sociaux. Pour mener à bien notre recherche, nous avons identifié l'association ATTAC comme l'organisation dominante produisant et diffusant ce type de discours sur le territoire québécois. À la suite d'une revue de littérature sur l'évolution socio-historique de l'action collective en lien avec les différentes mutations des formes de l'État, nous avons identifié le mouvement altermondialiste comme une nouvelle forme d'agir collectif et regardé le rôle joué par ATTAC dans la définition de ce nouvel agir. Dans ce contexte, nous nous sommes interrogé sur la manière dont les organisations communautaires à l'échelle locale s'approprient le discours altermondialiste et les impacts de ce dernier sur les pratiques, les réflexions et les revendications organisationnelles. Pour ce faire, nous avons procédé, d'une part, à l'analyse de contenu de documents produits par les organisations locales étudiées. Ceci fut fait afin d'identifier l'occurrence des thématiques altermondialistes au sein d'organisations locales de la MRC du Haut-Richelieu et plus particulièrement de Saint-Jean-sur-Richelieu. D'autre part, nous avons réalisé des entretiens avec des militantes et militants s'impliquant dans ces mêmes organisations pour questionner leur niveau d'intégration et d'appropriation du discours altermondialistes. Au terme de cette recherche, nous avons démontré que les liens entre le mouvement localiste et le mouvement mondialiste reposait sur une interface partagée entre des organisations régionales et nationales à vocation territoriale ou sectorielle et sur des actions militantes portées par des intervenants du communautaire. Nous avons montré comment les enjeux locaux pouvaient transiter vers le mouvement altermondialiste par l' intermédiaire d'organisations nationales teIles qu'ATTAC-Québec. Par contre, nous n'avons pas décelé l'émergence d'une nouvelle tendance au sein du mouvement communautaire québécois du Haut-Richelieu qui serait marquée par une intégration harmonieuse et symbiotique des revendications locales et antimondialistes. De fait, si l'État-nation moderne est en transition, cette dernière n'est pas encore complétée et son effet sur les mouvements sociaux fordistes et post-fordistes est faiblement senti. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : Action collective, Altermondialisme, ATTAC, ATTAC-Québec, État, Néolibéralisme, Organismes communautaires, Mondialisation, Mouvement social, MRC du Haut-Richelieu, Saint-Jean-sur-Richelieu.
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Identités en conflit : gouvernementalité, action collective et démocratie

Morissette, Benoît January 2008 (has links) (PDF)
Plusieurs théories sociales et politiques avancent que les nouveaux mouvements sociaux participent au renouvellement de la démocratie actuelle, souvent parce qu'ils remettent à l'ordre du jour la question du bien commun ou qu'ils proposent de nouveaux modèles de participation politique. La théorie des nouveaux mouvements sociaux suggère que ces nouvelles formes d'action collective constituent une force de démocratisation du quotidien. Pour celle-ci, les nouveaux mouvements sociaux ancrent leurs actions dans les valeurs apparues avec la société postindustrielle. L'émergence de ces nouvelles valeurs marquerait un changement d'orientation des forces de contestation politique. De luttes pour la redistribution, incarnées par le mouvement ouvrier, elles se présentent maintenant comme des luttes identitaires. À la différence du mouvement ouvrier dont les actions visaient à prendre le pouvoir politique afin de réaliser son objectif historique: le socialisme, les nouveaux mouvements sociaux ont abandonné toute prétention à l'exercice du pouvoir de l'État. Leurs actions chercheraient dorénavant à libérer des champs d'autonomie. En s'inscrivant dans le cadre du concept de gouvernementalité, élaboré par Michel Foucault, ce mémoire explique plutôt les nouvelles formes d'action collective par l'émergence d'un nouveau dispositif: l'État libéral avancé. Les nouveaux mouvements sociaux constituent ainsi des forces de contestation politique spécitiques à l'actuel dispositif de gouvernement. Les formes et les finalités de ces luttes sont dès lors redevables de la transformation des technologies du pouvoir employées par l'État libéral et de la rationalité politique qu'elles mettent en oeuvre par leur fonctionnement. Dans ce contexte, les actions collectives se présentent comme le résultat d'un processus de construction identitaire où des individus se réunissent pour contester l'identité que leur assigne un mécanisme de gouvernement et revendiquer une identité alternative. Elles apparaissent dès lors comme des contre-conduites dont l'objectif consiste à articuler des relations de pouvoir à des identités subjectives. Comme ce mémoire le suggère, si ces contre-conduites évoquent un renouvellement de la démocratie, ce n'est pas parce qu'elles portent en elles les valeurs au fondement d'institutions politiques à venir, mais bien puisqu'elles réactivent par leurs actions notre compréhension de la démocratie. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : Pensée politique, Michel Foucault, Gouvernementalité, Action collective, Démocratie.
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La participation à des instances de concertation : agir politiquement en vue de maintenir son autonomie : ce qu'en pensent des organismes de défense des droits sociaux

Bégin Gaudette, Maude January 2010 (has links) (PDF)
La question de l'autonomie a été le moteur de la présente recherche. Nous souhaitions connaître le point de vue d'organismes de défense des droits sociaux sur la participation à des regroupements et des coalitions afin de savoir si cette participation représente une stratégie au maintien de leur autonomie. Nous avons, dans notre cadre théorique, fait appel à quelques-uns des concepts développés par Hannah Arendt pour définir l'exercice du politique. Le fait de s'inspirer d'une pensé issue de la philosophie politique a permis d'apporter un éclairage nouveau sur les instances de concertation, espaces favorisant le rassemblement pour parler ensemble de situations communes et décider d'agir ensemble pour changer ces situations. Dans le cadre de notre recherche de type qualificatif, cinq entrevues semi-dirigées ont été réalisées. Deux de nos trois répondants sont issus d'organismes ayant pour mission principale la défense des droits sociaux, ceux des travailleurs immigrants d'une part, ceux des locataires d'autre part. Le troisième provient d'un organisme faisant de l'alphabétisation populaire et ayant une approche d'éducation populaire voisine de la défense des droits. Nos entretiens visaient à connaître le point de vue des répondants face aux instances de concertation et à comprendre l'analyse qu'ils font de leur expérience de participation à celles-ci. L'analyse des entrevues a permis de dégager des notions intéressantes pour comprendre l'apport des instances de concertation au maintien de l'autonomie. La pluralité entre les membres d'une instance de concertation est non seulement inévitable, elle est souhaitable parce que source de richesse. Les nombreuses difficultés engendrées par la participation à un regroupement ou à une coalition n'amènent pas les, organismes à envisager de se retirer; encore doivent-ils demeurer vigilants afin d'éviter les pièges de la concertation. Le sentiment «d'être en relation avec» et «d'appartenir à» fait en sorte que les membres développent des stratégies pour préserver leur univers commun. La participation à une instance de concertation constitue une stratégie au maintien de l'autonomie parce que l'agir collectif ainsi permis apporte aux organismes de défense des droits sociaux une certaine forme de puissance. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : Organismes de défense des droits sociaux, Concertation, Regroupements, Coalitions, Autonomie, Agir collectif.
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Acceptation ou tolérance du troisième genre à Juchitán? : étude féministe des transformations sociales produites par l'émergence d'actrices-sujets muxes-femmes

Gauvin, Marie-Ève 05 1900 (has links) (PDF)
À Juchitán, les muxes forment une communauté du « troisième genre » - ni homme ni femme traditionnellement tolérée à l'intérieur de cette société autochtone zapotèque. Leur existence revêt un intérêt pour le travail social et les études féministes, car elle questionne les normes de la construction binaire du sexe, du genre et de l'hétérosexualité. Cette recherche qualitative s'intéresse à la montée de l'intolérance sociale envers les muxes-femmes. Cette intolérance s'expliquerait par le lien entre leurs pratiques homosexuelles et le VIH/sida ainsi que la féminisation du « troisième genre ». Les muxes-femmes s'impliquent depuis 15 ans dans des actions collectives de lutte au VIH/sida et je les ai rencontrées afin de savoir comment elles perçoivent les transformations de la tolérance sociale à leur égard. J'ai passé trois mois sur le terrain à Juchitán et dans ses environs, entre février et mai 2009. J'ai procédé à la cueillette de données par l'observation participante et la réalisation de neuf entretiens semi-dirigés individuels avec des muxes-femmes qui participent, à des degrés variables, à des actions collectives. Les données issues de cette recherche qualitative, ont été collectées puis analysées à la lumière des théories de la (dé)construction du genre (féminisme radical, postructuralisme et queer) et par une théorie de l'action collective (re-construction du Sujet en acteur-sujet). Ces ancrages théoriques m'ont permis d'identifier une « praxis de transformation de la tolérance sociale », singulière et propre à ce contexte culturel. Étape par étape, à travers cette praxis, les muxes-femmes suivent un « processus d'émergence en tant qu'actrices-sujets ». Les résultats révèlent que la subjectivation politique, à travers leur participation à des actions collectives multiples, a permis aux muxes-femmes de transformer positivement l'attitude, les comportements, ainsi que les perceptions des gens de leur environnement social. À travers leur praxis, les muxes-femmes se sont rendues visibles et audibles. Malgré tout, il demeure des résistances dans la communauté quant à l'acceptation complète et le traitement égalitaire. Ces actions collectives solidarisent les muxes-femmes et consolident des alliances tant au niveau national, qu'international. Actuellement, elles font face aux défis d'éviter la rupture intergénérationnelle et d'assurer la pérennité des actions par la passation des savoirs et des pouvoirs. Trois éléments fondamentaux sont à retenir : 1) l'expérience passionnante de l'immersion dans la communauté étudiée pour mener une recherche féministe; 2) la richesse et la spécificité du cadre culturel où se déploient des actions collectives de groupes minoritaires ; et 3) le changement social s'opère une étape à la fois de la première affirmation - acte de visibilité ou parole partagée - à la coordination d'un rassemblement international. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : troisième genre, muxe femme, genre, action collective, tolérance, observation participante, acteur sujet, subjectivation politique, féminisme
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Transformations politiques impulsées par les mouvements sociaux : le cas des Piqueteros en Argentine à l'égard du clientélisme

Nadeau, Myriam 01 1900 (has links) (PDF)
En réaction aux conséquences entraînées par les réformes néolibérales, plusieurs mobilisations sociales et soulèvements populaires ont marqué l'Amérique du Sud durant la dernière décennie. Lorsqu'ils ont adressé leurs revendications à l'État, les mouvements sociaux ont dévoilé l'existence de relations clientélistes. Agissant telle une solution aux problèmes socioéconomiques des populations défavorisées, le clientélisme organise, en fait, la société dans un rapport de pouvoir inégal. Compte tenu de l'importance des mouvements sociaux sur les scènes nationales, cette recherche a donc pour but d'étudier les transformations qu'ils entraînent à l'égard du phénomène clientéliste au sein des systèmes politiques. La présentation d'une discussion théorique comparative fait ressortir que certains mouvements sociaux impulsent des transformations en périphérie du système politique dans une dynamique de changement par le bas, au niveau local; tandis que d'autres s'efforcent d'influencer ou d'investir l'État dans une dynamique de changement par le haut, soit au cœur du système politique. Pour expliquer l'ampleur des transformations à l'égard du clientélisme, l'élaboration d'une grille d'analyse permet de décortiquer le système politique selon différentes structures de pouvoir. À partir du cas de l'Argentine, l'étude des initiatives mises de l'avant par les différents groupes du mouvement piquetero démontre que les transformations sont impulsées davantage selon une dynamique de changement par le bas. Les résultats révèlent également les obstacles qui empêchent les piqueteros de produire des transformations au cœur du système politique. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : mouvements sociaux, transformations politiques, clientélisme, Argentine, système politique, mouvement piquetero.

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