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O impacto do fim da correção monetária no resultado das companhias brasileiras de capital aberto e na distribuição de dividendos: estudo empírico no período de 1996 a 2004 / The impact of the end of the indexation in the result of brazilian companies and in the distribution of dividends: Empiric study in the period from 1996 to 2004

Ambrozini, Marcelo Augusto 22 August 2006 (has links)
O fim da obrigatoriedade da correção monetária das demonstrações contábeis em 1995, fez com que as empresas brasileiras deixassem de reconhecer os efeitos da inflação na apuração dos seus resultados. Porém, mesmo com a aparente estabilização monetária promovida pelo Plano Real, a inflação acumulada de janeiro de 1996 a dezembro de 2004 ultrapassou 160% de acordo com dois dos principais indicadores nacionais. A inflação não deixou de existir com a extinção da correção monetária e, as empresas inseridas nesse contexto de alta generalizada dos preços, simplesmente deixaram de reconhecer seus efeitos na apuração de seus resultados. Nesse trabalho, coletamos as demonstrações contábeis de todas as empresas não financeiras de capital aberto listadas na Bolsa de Valores de São Paulo no período de 1996 a 2004 e procedemos com a Correção Monetária de Balanço, de acordo com a metodologia prevista na legislação brasileira. Os resultados do Teste de Diferença de Médias para Observações Emparelhadas e o Teste de Postos com Sinais de Wilcoxon para Pares Combinados mostraram que a desconsideração dos efeitos inflacionários distorceu o lucro das 255 empresas da amostra com um nível de confiança de 99%. Os resultados da correção monetária foram então comparados com o total de lucros distribuídos em dividendos por essas empresas, agrupadas em dezoito setores de diferentes atividades econômicas. As análises do índice de correlação de Pearson forneceram evidências de que os setores que mais ganharam com a inflação foram também aqueles que mais distribuíram dividendos aos acionistas e os setores que mais perderam com a corrosão do poder aquisitivo da moeda foram os que menos tiveram capacidade de distribuir lucro. O estudo empírico fornece uma visão mais clara de como a inflação tem impactado o lucro das empresas brasileiras e como o seu não reconhecimento pode afetar a distribuição desse lucro e a riqueza dos acionistas. / The end of obligatory price level adjustment of financial statements in 1995 accounts for Brazilian companies not recognition of the inflation effects in profit determination. However, even with the apparent monetary stabilization cause by the Real Plan, the accumulated inflation from January 1996 to December 2004 surpassed 160%, according to two of the main national indicators. Even with the end of price level adjustment, inflation still exists and the companies included in this ambit of generalized price increase, simply did not recognize their profit determination. For this work, we collected incomes statements of all non-financial Brazilian stock companies listed at São Paulo Stock Exchange from 1996 to 2004 and dealt with the Price Level Adjustment according to the methodology foreseen in Brazilian Legislation. The results of the T-Test and Wilcoxon Matched-Pairs Signed-Ranks Test showed that the lack of consideration for inflationary effects distorted the profit of the 255 companies of the sample with a 99% level of reliance. The results of price level adjustment were, then, compared to the total profit distributed in dividends by these companies, joint into eighteen sectors of different economical activities. The analyses of Pearson\'s index of correlation evidenced that the sectors that had most of the benefit from inflation were also the ones that participated more in the distribution of the dividends to the shareholders and the sector that have lost more with the purchasing power degradation were the ones that had less capacity to distribute profit. The empiric study provides a better understanding of how inflation has caused impact on Brazilian companies profit and how not recognizing inflation can affect the distribution of this profit and the richness of the shareholders.
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Sobre a construção da política econômica: uma discussão dos determinantes da taxa real de juros no Brasil / About the construction of the economic policy: a discussion about the determinatives of the real interest rates in Brazil

Emilio Chernavsky 28 February 2007 (has links)
As taxas reais de juro básicas que têm sido praticadas no Brasil ao longo de um período de já quase quinze anos têm se mantido de forma permanente em níveis extremamente elevados quando comparadas com as taxas historicamente praticadas no país, ou quanto colocadas em uma perspectiva internacional. Neste trabalho, procurou-se proceder a uma análise crítica sistemática das principais teorias sugeridas pelo campo ortodoxo da teoria econômica com o objetivo de explicar a situação excepcional do Brasil, examinando os resultados empíricos por elas obtidos. De um modo geral, a análise conduzida não encontrou evidências satisfatórias capazes de sustentar a relevância ou por vezes a própria validade das teorias examinadas, as quais demonstraram claramente ser tanto teórica quanto empiricamente insuficientes para justificar a manutenção dos níveis das taxas reais de juro praticados no país. Assim, as conclusões e recomendações de política construídas a partir do conjunto de teorias aqui analisado cuja adequação para o caso brasileiro é posta em dúvida neste trabalho devem ser normalmente vistas com reserva. Por outro lado, procedeu-se a uma análise crítica dos fundamentos teóricos e empíricos sobre os quais se apóia a maneira em que a política monetária tem sido conduzida no país, de forma a verificar se as excepcionais taxas reais de juro brasileiras não decorreriam das necessidades impostas por uma política cujo principal objetivo declarado é manter o controle da inflação. Após proceder ao exame desses fundamentos, não se encontraram na condução da política monetária os elementos que pudessem justificar a particularidade daquelas taxas. Tendo a abordagem ortodoxa se mostrado globalmente insatisfatória como forma de explicar as taxas reais de juro brasileiras, é introduzida uma abordagem alternativa baseada na economia das convenções, a qual se mostrou a princípio capaz de fornecer bons indicativos para resolver a questão. / The basic real interest rates which have been in place in Brazil throughout a period of almost fifteen years remained at extremely high levels when compared against those rates historically valid in the country or when placed into an international perspective. This work has tried to proceed to a systematic analysis of the main theories suggested by the economic orthodoxy, which aim to explain the exceptional situation of Brazil, examining the empirical results such theories have obtained. In a general manner, the analysis has not found satisfactory evidences able to support the relevance or even in some cases the validity for the examined theories, which have clearly demonstrated being both theoretically and empirically insufficient to explain the maintenance of the levels of real interest rates in Brazil. Thus, the conclusions and policy recommendations built from such theories whose capacity of fitting to the Brazilian case was challenged in this work must be taken with particular care. By the other hand, it was performed an analysis on the theoretical and empirical grounds of the manner in which monetary policy was conducted in the country, in order to verify whether the exceptional Brazilian real interest rates could not be originated from the requirements imposed by a policy whose main declared target consists in maintaining the control of the inflation level. After examining those fundamentals, no elements on the monetary policy conduction were found which could justify the peculiarity of those rates. As the orthodox approach turned to be globally unsatisfactory as a way of explaining the Brazilian real interest rates, it was introduced an alternative approach, based on the economics of conventions, which showed itself as being able at first to provide useful insights to help to solve the question.
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A natureza da relação entre as políticas fiscal e monetária: uma análise do caso brasileiro entre 1995 e 2006 / The interaction between monetary and fiscal policies brazilian experience between 1995 and 2006

Burity, Priscilla 20 December 2007 (has links)
Analisamos a interação entre as políticas fiscal e monetária na história econômica recente do país, avaliando em que medida essas políticas atuaram de forma complementar ou substitutiva. O trabalho que seguiu a linha de Zoli (2005), adotando algumas propostas de Mélitz (2000). Focamos, desta forma, na estimação de uma função de reação da política monetária às variáveis fiscais, controlando tal reação por outras variáveis que afetam o primeiro instrumento. Regredimos as equações utilizando o método MQO com matriz de variância e covariância robusta a autocorrelação e heterocedasticidade (Newey-West HAC). Para melhor avaliar a evolução do valor e da significância do coeficiente de reação da política monetária à fiscal realizamos regressões em janelas móveis de vinte e vinte e quatro trimestres. Encontramos indícios de que a política de juros, no período pré-1999, respondeu mais a variáveis relativas às crises financeiras internacionais e a risco. Por outro lado, a maioria das nossas especificações sugeriu haver uma mudança estrutural na natureza dessa interação no período pós-1999Q2. A partir desse trimestre, encontramos maiores indícios de que as políticas atuaram de forma complementar, atuando no mesmo sentido (ambas contracionistas, ou ambas expansionistas). / We analyzed the interaction between fiscal and monetary policies in the recent Brazilian economy, searching in what sense these policies were conducted in complementary or substitutive way. This work followed the proposition of Zoli (2005) and adopted some suggestions of Mélitz (2000). We estimated a monetary policy reaction function, focusing in the reaction of this instrument to fiscal indicators. We adopted the OLS method with variance estimates robust to autocorrelation and heteroscedasticity (Newey-West HAC). To comprehend the evolution of magnitude and significance of the monetary policy reaction to fiscal policy, we regressed equations in moving window of twenty and twenty-four months length. We found indications that the interest rate policy, in the pre-1999 years, reacted mainly to variables related to the financial crisis of those years and to sovereign risk indicators. In the other hand, most of our specifications suggested a structural break in the nature of this interaction in 1999Q3. This quarter on, we found evidences that monetary and fiscal policies were conducted in a complementary way (both tight or both easy).
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Regra de Taylor e a resposta da taxa de juros à inflação no Brasil / Taylor rule and the aswer of interest rates fron inflation in Brazil

Magalhães, Camila Costa 21 November 2007 (has links)
A condução da política monetária vem sendo descrita pela literatura recente por meio de uma regra forward-looking do tipo \"Taylor\". Neste contexto, o que a literatura identifica como o Princípio de Taylor indica que, para que haja uma política de controle inflacionário efetiva, o coeficiente de resposta dos juros nominais a um desvio da expectativa de inflação em relação à meta deve ser maior do que um. Deste modo, se este desvio for positivo, será provocado um aumento nos juros reais. No entanto, tomando uma Equação de Fischer também em termos expectacionais, a derivação da Regra nos leva a crer que tal princípio pode ser questionado, sendo necessário que este coeficiente supere ( ) t rr + 1 , ou seja, um mais os juros reais. Neste trabalho é estimada uma Regra de Taylor para o caso brasileiro, país com elevadas taxas de juros reais, buscando comparar o valor deste coeficiente ao valor de ( ) t rr + 1 . O método consiste em um Time-Varying Parameter (TVP), onde os parâmetros seguem passeios aleatórios. São utilizadas diversas combinações de dados. Os resultados mostraram uma política bastante agressiva por parte do Banco Central brasileiro em todos os períodos de análise. / The conduction of monetary policy is being described by recent literature through a forward-looking Taylor rule. In this context, what literature identifies as the Taylor Principle indicates that, for an efficient policy of inflation control, the coefficient of the response of nominal interest rates from the deviation of the inflation expectations in relation to the target should be more than one. If this deviation is positive, it will cause an increase in real interest rates. However, the derivation of the rule shows that this principle can be questioned, and the coefficient must be more than ( ) t rr + 1 , one plus the real interest rate. In this work we estimate a Taylor rule for Brazil, country with high real interest rates, trying to compare the coefficient value to ( ) t rr + 1 . The method consists in a Time-Varying Parameter (TVP), where the parameters follow a random walk process. Varied data combinations are used. The results show a very aggressive policy by the Central Bank in all periods of analysis.
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Essays in development macroeconomics / Ensaios em macroeconomia de desenvolvimento

Salles, João Moreira 19 January 2012 (has links)
Developing macroeconomics is less about looking for ways to say that economic rules stemming from research in developed countries don\'t apply to emerging-markets, than it is about trying to understand the many stages these economies go through in the natural course of their development. There are, of course, exceptions, but economic phenomena tend to have common sources. These are, after all, generated by the incentives, designed or natural, that people face when dealing with their day to day decisions as they go about their everyday lives. In the two essays that follow, we try to stay true to that fundamental belief. Instead of searching for the proverbial \"jabuticaba\", we strive to understand how countries in different stages of development deal with a fundamental feature of \"growing pains\": crises, be they imported or locally generated. In the first essay, we look at an entirely novel feature of (some) developing economies: the potential to implement certain countercyclical policies when faced with an external shock. During the financial crisis of 2007-2009, to respond to a sudden stop in capital flows, many central banks in emerging market economies relied on credit policies. We build a quantitative small open economy model to study these credit policies. The main innovation of our setup is the presence of two imperfect credit markets, one domestic and the other international, and of two types of firms. The exporter is assumed to have access to both credit markets, while the wholesale firm can only borrow in the domestic market. During a sudden stop, exporters, faced with higher spreads for international credit lines, repay part of their foreign debt, tap the local market for funds and cause spreads to increase in the domestic market. This increases financing costs for all firms, causes a deterioration of the balance of payments and depresses output. Calibrating the model to match Brazilian data, we assess the effects of two policies implemented by the Central Bank of Brazil: (i) lending to exporters using previously accumulated foreign-exchange reserves and (ii) expanding credit in order to reduce spreads in the domestic market. The model suggests that both policies probably raised GDP, but that the latter may well have decreased welfare. Moreover, had the central bank not been able to use foreign reserves as the source of funding, lending to exporters would also have reduced welfare. In the second essay, we look at less promising situations, when countries are faced with default. In this work, we take a broader view, noticing that some of the salient features of the theoretical literature on sovereign debt, including its prediction that almost all defaults should arise in \"Bad Times\", are at odds with the data: over 38% of defaults actually occur in \"Good Times\", as measured by an HP filter. We explore the specific characteristics of both types of default. We first review some definitions of good and bad times, revealing that the resulting classification can differ greatly and have important implications for the overall analysis. Then, we present econometric evidence that failures to repay foreign debt in good times can, usually, be rationalized by three components: (i) changes in the political environment, (ii) hikes in global interest rates and (iii) instances in which good HP times actually take place under quite poor economic conditions. Finally, we present some suggestive indications that the duration of the episodes varies substantially with the type of default that precedes them as well as with the environment in which they occur, drawing some important implications for the understanding of economies\' post-default market access. / Diferentemente do que se imagina, a chamada macroeconomia do desenvolvimento tem menos a ver com a tentativa de encontrar justificativas para afirmar que os fundamentos da pesquisa econômica não se aplicam a mercados emergentes, do que, de fato, com o intuito de entender os diversos estágios pelos quais passam essas economias no curso normal de seu desenvolvimento. Existem, é claro, exceções, mas os fenômenos econômicos, em sua maioria, apresentam fatores comuns. Estes decorrem, afinal, dos incentivos, desenhados ou naturais, encontrados pelos agentes nas decisões do dia a dia. Nos dois artigos que seguem, buscamos respeitar essa concepção dos fatos: nos esforçamos para entender como países em diferentes fases de desenvolvimento enfrentam uma característica fundamental do processo de crescimento, as crises - importadas ou geradas localmente. O primeiro ensaio está centrado em uma característica completamente nova de (certos) países em desenvolvimento: a capacidade de implementar certas políticas contracíclicas quando submetidos a choques externos. Durante a crise de 2007-2009, vários bancos centrais de países emergentes reagiram à parada brusca nos fluxos de capitais através de políticas de crédito. Construímos, no artigo, um modelo quantitativo de uma pequena economia aberta para estudar essas políticas de crédito. A principal inovação em nossa estrutura é a presença de dois mercados imperfeitos de crédito, um doméstico e outro internacional, servindo a pelo menos um de dois tipos de firmas. Assume-se que o exportador tem acesso a ambos os mercados, enquanto o atacdista (wholesale firm) só toma empréstimos no mercado doméstico. Durante uma parada brusca, os exportadores, face a spreads mais elevados para linhas de crédito internacionais, repagam parte da sua dívida externa e usam o mercado doméstico para se financiarem, elevando, dessa forma, os spreads no mercado local. O custo de financiamento, portanto, cresce para todas as firmas, deteriorando o balanço de pagamentos e deprimindo o produto. Calibrando o modelo com base nos dados da economia brasileira, analisamos os efeitos de duas políticas implementadas pelo Banco Central do Brasil: (i) empréstimos a exportadores usando reservas internacionais previamente acumuladas, e (ii) expansão do crédito com vistas a reduzir o spread no mercado doméstico. O modelo sugere que as duas políticas são capazes de elevar o PIB, porém a segunda provavelmente reduz o nível de bem-estar. Ademais, se o banco central não houvesse usado as reservas como forma de financiar os empréstimos aos exportadores, tal política também teria impactos negativos no bem-estar. No segundo artigo, de cunho empírico, estudamos situações menos promissoras, nas quais os países enfrentam a possibilidade do calote em suas dívidas internacionais. Tomamos um ponto de vista mais amplo, notando que algumas das características fundamentais da literatura teórica sobre dívida externa, incluindo a previsão de que quase todos os defaults deveriam ocorrer em \"períodos ruins\", não encontram respaldo nos dados: mais de 38% dos calotes ocorrem em \"períodos bons\", na definição do Filtro HP. Começamos pela revisão de algumas das definições de períodos bons e ruins, mostrando que as classificações podem variar substancialmente, impactando a análise de modo geral. Em seguida, apresentamos algumas evidências econométricas de que calotes na dívida externa durante períodos bons podem ser explicados por três componentes: (i) mudanças no ambiente político, (ii) aumentos nas taxas de juros internacionais, e (iii) instâncias em que o Filtro HP apresenta períodos bons apesar da real situação econômica bastante negativa. Por fim, apresentamos alguns resultados que sugerem que a duração dos episódios de default depende do tipo de default, assim como do ambiente em que o calote ocorre. Tal resultado abre o caminho para novas pesquisas sobre o acesso de economias aos mercados internacionais de crédito após um default.
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Dívida pública mobiliária e mercado de títulos públicos

Fanini, Valter January 2005 (has links)
Orientador: Francisco Paulo Cipolla / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduaçao em Desenvolvimento Econômico. Defesa: Curitiba, 2005 / Inclui bibliografia e anexos / Área de concentraçao: Políticas de desenvolvimento
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A política monetária em Keynes como um conjunto de regras para a estabilização econômica /

Alli, Kaio Augusto Pinto. January 2016 (has links)
Orientador: Mario Luiz Possas / Banca: Mário Augusto Bertella / Banca: Giuliano Contento de Oliveira / Resumo: Partindo da teoria de Keynes sobre o funcionamento da economia - que é marcada pela necessidade de os agentes tomarem decisões acerca de um futuro incerto - e tendo por base o já tradicional debate regras versus discricionariedade, esta pesquisa propõe uma investigação sobre a política monetária em Keynes, tentando sugerir que esta não deve, necessariamente, ser feita de maneira discricionária pela Autoridade Monetária, ao contrário do que afirmam alguns keynesianos e pós-keynesianos. Queremos mostrar que a adoção de certas regras que possibilitam gerar confiança e credibilidade entre os agentes econômicos, em busca da estabilidade dos preços e do ambiente macroeconômico, pode ser uma orientação política compatível com a teoria keynesiana / Abstract: Starting from Keynes's theory of the functioning of the economy - which is marked by the need for agentes to make decisions about an uncertain future - and based on the traditional debate rules versus discretion, this study proposes a research on monetary policy sccording to Keynes and the Post-Keynesians, trying to suggest that this should not necessarily be done in a discretionary way by the Monetary Authority, contrary to what some Keynesians and post-Keynesians hold. We intend to show that the adoption of certain rules that make it possible to build trust and credibility among economic agents, in pursuit of stability both of prices and the macroeconomic environment, can be a political orientation compatible with Keynesian theory / Mestre
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Interações entre as políticas monetária e fiscal no Brasil sob a ótica da teoria fiscal do nível de preços

Fialho, Marcelo Ladeira January 2004 (has links)
Este trabalho tem como objetivo identificar a predominância de um regime de Dominância Monetária ou Fiscal no Brasil no período Pós-Real. Para isto, o desenvolvimento desta análise é baseado em um modelo proposto por Canzoneri, Cumby e Diba (2000). O modelo propõe uma relação entre as séries dívida pública/PIB e superávit primário/PIB através da metodologia VAR (Vetores Autoregressivos) com análise sobre suas funções de impulso resposta. Outro objetivo é estender o artigo de Muscatelli et. al. (2002) sobre interações entre políticas monetária e fiscal utilizando o instrumental econométrico MS-VAR (Markov-Switching Vector Autoregressive Model) apresentado por Krolzig (1997), visto que o relacionamento entre as políticas pode não ser constante ao longo do tempo. Concluiu-se que a coordenação macroeconômica entre as políticas monetária e fiscal no Brasil foi praticamente de caráter substituta em todo período analisado e com regime predominantemente fiscal segundo o pressuposto de políticas não-ricardianas da Teoria Fiscal do Nível de Preços.
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Assimetria de preferências no contexto de metas de inflacao : uma análise do caso brasileiro

Diniz, Jacqueline Morais January 2006 (has links)
A assimetria nas preferências dos Bancos Centrais é um assunto que vem sendo muito discutido no meio acadêmico, mas até o momento essa polêmica tem se restringido a economias desenvolvidas como a canadense e inglesa. O que o texto a seguir se propõe é, em parte, tentar trazer essa discussão para o campo dos países emergentes, tomando como centro da análise a economia brasileira. Preferências assimétricas consistem num comportamento por parte da autoridade monetária que atribui perdas diferentes a desvios da taxa de inflação observada em relação à meta definida, que embora sejam de mesma magnitude apresentam sinais opostos. Replicando os testes já usados em outros estudos, o regime de Metas de Inflação é aqui abordado, iniciando sua análise sob uma ótica mais geral e depois o particularizando para a economia brasileira, desde sua concepção (em 1999 após a crise cambial de janeiro desse ano) até os dias atuais. Este comportamento assimétrico parece, ainda, ocasionar um viés inflacionário diferente daquele proposto pelo modelo KPBG (Kydland-Prescott-Barro-Gordon) que surge da ambição do Banco Central em estabelecer uma taxa de desemprego que esteja abaixo da taxa natural, num ambiente no qual as preferências, ao contrário do proposto, são quadráticas. Infelizmente, os dados brasileiros ainda não apontam na direção da assimetria, talvez por causa do tempo de implantação do regime no Brasil, talvez devido às turbulências que a economia brasileira sofreu decorrentes de crises internacionais e de suas conseqüências sobre o desempenho da política de Metas de Inflação que gerou inúmeros insucessos. No entanto, o histórico de hiperinflações e sua influência sobre as expectativas e os comportamentos dos agentes econômicos nos faz suspeitar de que dentro em breve a assimetria será não só detectada em nossa economia como também será fruto de estudos para o desenho e direcionamento da política monetária. / Central Banks preferences asymmetry is a subject that has been discussed for quite some time in academic publications. However, such controversy has been restricted to developed economies, such as the English and Canadian ones, so far. The following text intends to bring about the discussion to emerging countries, using the brazilian economy as the focus of the analysis. Asymmetric preferences can be defined as a particular behaviour of the monetary authorities that weigh differently their losses concerning inflation deviations from its predetermined target that have the same magnitude but different signs. The main tests used in other studies have been repeated here and the inflation target regime is approached, initially from a broader outlook and then specifically to the brazilian case, ever since its conception in 1999 (after the exchange rate crash in the same year) to the present day. The asymmetric behaviour seems to cause an inflationary bias different from the one proposed by the KPBG model (Kydland-Prescott-Barro-Gordon) which derives from the Central Bank ambition to establish an unemployment rate lower than its natural rate, in an environment in which preferences are quadratic. Unfortunately, brazilian data do not suggest asymmetry yet, maybe because the inflation target regime has been installed for too little time, or because of all the turmoil in the brazilian economy in recent international crisis and their consequences on the regime performance, that has been usually compromised. Nevertheless, the history of hyperinflations and their impacts on expectations and the agents behaviour raises suspicions that soon not only will asymmetry be found in our economy but it will also be studied to design monetary policy directives.
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Racionalidade imperfeita e inércia inflacionária : uma nova estimação da Curva de Phillips para o Brasil

Fasolo, Angelo Marsiglia January 2003 (has links)
O presente trabalho estima uma nova relação entre emprego e inflação para o Brasil, tendo como pano de fundo hipóteses propostas pelo arcabouço neo-keynesiano. Quatro hipóteses são testadas e sustentadas ao longo de todo o trabalho: i) os agentes não possuem racionalidade perfeita; ii) a imperfeição no processo de formação das expectativas dos agentes pode ser um fator determinante no componente inercial da inflação brasileira; iii) a inflação possui um componente inercial autônomo, que não depende de choques verificados em mercados isolados; e, iv) relações não-lineares entre inflação e desemprego são capazes de fornecer melhores explicações para o comportamento da economia nos últimos 12 anos. Enquanto as duas primeiras hipóteses são verificadas através de um modelo com mudanças markovianas, as duas últimas são testadas a partir da estimação de uma Curva de Phillips convexa, estimadas pelo Filtro de Kalman. Entretanto, mesmo fazendo uso destas estimativas, as funções de resposta da política monetária apresentam as mesmas propriedades de estimativas tradicionais para o Brasil.

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