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Estudo comparativo entre diferentes metodologias na detecção da mutação JAK2V617F em Neoplasias Mieloproliferativas Crônicas BCR-ABL1 negativo / Comparative analysis among different techniques for JAK2V617F mutation in BCR-ABL1 negative myeloproliferative neoplasm

Didone, Alline 30 November 2015 (has links)
As Neoplasias mieloproliferativas (NMP) representam um vasto grupo de doenças clonais hematológicas malignas com três elementos principais: Policitemia vera (PV), Trombocitemia essencial (TE), e Mielofibrose Primária (MFP). JAK2 é uma proteína citoplasmática com atividade de tirosina quinase com função na transdução de várias vias na hematopoiese. A identificação da mutação do gene JAK2 (JAK2V617F) nas PV, TE e MFP representa um importante avanço para a compreensão da biologia destas NMPs. Variações marcantes na frequência desta mutação são observadas entre os diferentes estudos e acredita-se que um dos fatores responsáveis por estas diferenças seja a sensibilidade do método utilizado. Atualmente, diversas técnicas para detecção de JAK2V617F têm sido utilizadas, testadas e validadas quanto à sua sensibilidade e especificidade, entre elas: PCR RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphysm), ARMS PCR (Amplification-Refractory Mutation System), HRM (High-Resolution Melt Analysis) e Sequenciamento pela técnica de Sanger. Neste estudo foram realizadas todas as metodologias citadas anteriormente para a detecção da mutação de JAK2V617F em amostras de sangue de 136 pacientes (PV=20; MFP=20; TE=28; suspeita de NMP=68). Os resultados obtidos foram concordantes para as quatro técnicas empregadas nos pacientes com PV e MFP, já nos pacientes com TE as metodologias PCR-ARMS e PCR-HRM detectaram a mutação JAK2V617F em 67,8% enquanto o PCR-RFLP e o Sequenciamento pela técnica de Sanger foi 71,4% e 64,2% respectivamente. Nos casos onde houve suspeita diagnóstica de NMP também foram encontradas discordâncias entre as metodologias PCR-RFLP (4,4%) e PCR-HRM (1,5%) quando comparadas ao PCR-ARMS (3%) e o Sequenciamento (3%). O PCR-ARMS foi considerado nesse estudo como a melhor técnica para a detecção da mutação JAK2V617F, devido o menor risco de contaminação cruzada durante a reação, baixo tempo de execução, além da sua capacidade de determinação da carga alélica de JAK2, importante para o acompanhamento do paciente / Myeloproliferative neoplasms (MPN) represent a large group of clonal hematologic malignant diseases with three main members: Polycythemia Vera (PV), Essential Thrombocythemia (ET), and Primary Mielofibroses (PMF). JAK2 is a cytoplasmic tyrosine kinase protein and is important in different signal transduction pathways. Identification of JAK2V617F mutation in PV, ET and PMF is an important advance for understanding the biology of MPN. Differences in the frequency of this mutation are reported among different studies and it is believed that technical sensitivity could be the major reason for this variability. Currently, several techniques for detection of JAK2V617F have been developed, tested and validated for their sensitivity and specificity, including: PCR-RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphysm), PCR-ARMS (Amplification Refractory Mutation System), PCR-HRM (High-Resolution Melt analysis) and Sanger Direct Sequencing. The present study, evaluated all four molecular diagnostic methods mentioned above blood samples from 136 patients (PV=20; MFP=20; ET=28 and other MPN=68). Comparable results were observed for PV and PMF when all technics were applied. Patients with diagnosis of ET JAK2V617F mutations were detected in 67.8% when PCR-ARMS and PCR-HRM were used whilst PCR-RFLP and direct sequencing detected 71.4% and 64.2% respectively. In 68 patients with suspicion of MPN discordant results were seen between PCR-RFLP (4.4%) and PCR-HRM (1.5%) when compared to PCR-ARMS (3%) and direct sequencing (3%) related to JAK2V617F frequency. In conclusion PCR-ARMS was considered the most reliable methodology for JAK2V617F detection by presenting the lowest risk for cross contamination, less laborious, and the ability in determining allele burden that is becoming an important tool for risk stratification
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Estudo comparativo entre diferentes metodologias na detecção da mutação JAK2V617F em Neoplasias Mieloproliferativas Crônicas BCR-ABL1 negativo / Comparative analysis among different techniques for JAK2V617F mutation in BCR-ABL1 negative myeloproliferative neoplasm

Alline Didone 30 November 2015 (has links)
As Neoplasias mieloproliferativas (NMP) representam um vasto grupo de doenças clonais hematológicas malignas com três elementos principais: Policitemia vera (PV), Trombocitemia essencial (TE), e Mielofibrose Primária (MFP). JAK2 é uma proteína citoplasmática com atividade de tirosina quinase com função na transdução de várias vias na hematopoiese. A identificação da mutação do gene JAK2 (JAK2V617F) nas PV, TE e MFP representa um importante avanço para a compreensão da biologia destas NMPs. Variações marcantes na frequência desta mutação são observadas entre os diferentes estudos e acredita-se que um dos fatores responsáveis por estas diferenças seja a sensibilidade do método utilizado. Atualmente, diversas técnicas para detecção de JAK2V617F têm sido utilizadas, testadas e validadas quanto à sua sensibilidade e especificidade, entre elas: PCR RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphysm), ARMS PCR (Amplification-Refractory Mutation System), HRM (High-Resolution Melt Analysis) e Sequenciamento pela técnica de Sanger. Neste estudo foram realizadas todas as metodologias citadas anteriormente para a detecção da mutação de JAK2V617F em amostras de sangue de 136 pacientes (PV=20; MFP=20; TE=28; suspeita de NMP=68). Os resultados obtidos foram concordantes para as quatro técnicas empregadas nos pacientes com PV e MFP, já nos pacientes com TE as metodologias PCR-ARMS e PCR-HRM detectaram a mutação JAK2V617F em 67,8% enquanto o PCR-RFLP e o Sequenciamento pela técnica de Sanger foi 71,4% e 64,2% respectivamente. Nos casos onde houve suspeita diagnóstica de NMP também foram encontradas discordâncias entre as metodologias PCR-RFLP (4,4%) e PCR-HRM (1,5%) quando comparadas ao PCR-ARMS (3%) e o Sequenciamento (3%). O PCR-ARMS foi considerado nesse estudo como a melhor técnica para a detecção da mutação JAK2V617F, devido o menor risco de contaminação cruzada durante a reação, baixo tempo de execução, além da sua capacidade de determinação da carga alélica de JAK2, importante para o acompanhamento do paciente / Myeloproliferative neoplasms (MPN) represent a large group of clonal hematologic malignant diseases with three main members: Polycythemia Vera (PV), Essential Thrombocythemia (ET), and Primary Mielofibroses (PMF). JAK2 is a cytoplasmic tyrosine kinase protein and is important in different signal transduction pathways. Identification of JAK2V617F mutation in PV, ET and PMF is an important advance for understanding the biology of MPN. Differences in the frequency of this mutation are reported among different studies and it is believed that technical sensitivity could be the major reason for this variability. Currently, several techniques for detection of JAK2V617F have been developed, tested and validated for their sensitivity and specificity, including: PCR-RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphysm), PCR-ARMS (Amplification Refractory Mutation System), PCR-HRM (High-Resolution Melt analysis) and Sanger Direct Sequencing. The present study, evaluated all four molecular diagnostic methods mentioned above blood samples from 136 patients (PV=20; MFP=20; ET=28 and other MPN=68). Comparable results were observed for PV and PMF when all technics were applied. Patients with diagnosis of ET JAK2V617F mutations were detected in 67.8% when PCR-ARMS and PCR-HRM were used whilst PCR-RFLP and direct sequencing detected 71.4% and 64.2% respectively. In 68 patients with suspicion of MPN discordant results were seen between PCR-RFLP (4.4%) and PCR-HRM (1.5%) when compared to PCR-ARMS (3%) and direct sequencing (3%) related to JAK2V617F frequency. In conclusion PCR-ARMS was considered the most reliable methodology for JAK2V617F detection by presenting the lowest risk for cross contamination, less laborious, and the ability in determining allele burden that is becoming an important tool for risk stratification

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