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Repercussões visuais da exposição ocupacional a uma mistura de solventes orgânicos: visão cromática e acromática em frentistas brasileiros / Visual repercussions of occupational exposure to a mixture of solvents: Chromatic and achromatic vision in brazilian gas station workers

Costa, Thiago Leiros 13 December 2010 (has links)
Objetivo: Avaliar repercussões da exposição ocupacional a uma mistura de solventes orgânicos sobre o desempenho visual de um grupo de frentistas. Método: Foram aplicados testes de ordenamento e discriminação de matizes, campo visual e sensibilidade ao contraste espacial de luminância em 25 frentistas (20 homens, M=36,4 anos, DP=8,9) e 25 controles sem histórico de exposição crônica a solventes (10 homens, M=33,8 anos, DP=8,8). As concentrações metabólitos urinários de tolueno (M=0,3 g/g de creatinina; DP=0,16) e xileno (M=0,1 g/g de creatinina; DP=0,02) e o tempo de trabalho (M=9,6 anos; DP=6,2) foram utilizados como indicativos da exposição dos frentistas. Os participantes foram submetidos a exame oftalmológico, e quando necessário, corrigir a acuidade visual para 20/20. Todas as medidas foram realizadas monocularmente com um olho escolhido ao acaso, com exceção do Potencial Visual Evocado Multifocal (PVEmf) e da campimetria. Para avaliar a visão de cores, utilizamos o Lanthony D15-d e Cambridge Colour Test 2.0. Na campimetria estática automatizada foi utilizado o protocolo branco-branco 24-2 do aparelho Humphrey Field Analyzer II-750i. A atividade elétrica visual cortical foi avaliada com o sistema de PVEmf Veris Science 5.2.4, utilizando um estímulo de 60 setores. A sensibilidade ao contraste espacial de luminância foi avaliada no teste Metropsis, para grades senoidais em 7 frequências espaciais de 0,2 a 20,0 cpg. Resultados: Os escores do grupo de frentistas e do grupo controle foram comparados pelo teste Mann-Whitney U. No teste de discriminação de cores (CCT), houve diferença estatística significativa entre controles e frentistas para a área total da elipse (p<0,01), elipticidade (p<0,05) e limiares nos eixos protan, deutan e tritan (p<0,05). No D15d houve diferença significativa entre os 8 dois grupos (p<0,01). Os dados da campimetria apresentaram diferenças significativas entre os dois grupos para as excentricidades de 90, 150 e 210, além dos valores de MD e PSD (p<0,05). Dos três frentistas avaliados com o PVEmf, todos apresentaram uma diminuição significativa (p<0,05) da amplitude do sinal (em relação a dados normativos) em um mínimo de 30 setores do campo visual, resultado que não foi observado no grupo controle. Nos testes de visão de cores, foi encontrada uma correlação (Spearman) positiva e significativa entre o tempo de trabalho e os índices do Lanthony D15d (p=0,52; p<0,05) e os limiares no eixo deutan (p=0,59; p<0,05). Na campimetria, houve correlações negativas significativas com o tempo de trabalho para a área da Fóvea (p=-051; p<0,05), e para os anéis de 30 (p=-0,46; p<0,05), 90 (p=-0,46; p<0,05) e 150 (p=-0,46; p<0,05). Não foi encontrada correlação significativa entre a sensibilidade ao contraste e o tempo de trabalho. Conclusões: Os resultados mostram alterações amplas e difusas no processamento visual em decorrência da exposição crônica a solventes orgânicos / Purpose: To evaluate the outcome of chronic occupational exposure to a mixture of solvents on the visual system of a group of gas station workers. Methods: 25 gas station workers (20 male; M=36,4 years old, SD=8,9) and 25 controls (10 male; M=33,8 years old, DP=8,8) with no history of chronic exposure to solvents were tested for hue discrimination and arrangement, spatial contrast sensitivity, visual field and multifocal VEPs. Urinary concentrations of toluene (M=0,3g/g of creatinine; Sd=0,16) and xylene metabolites (M=0,1 g/g creatinine; SD=0), along with the time of work (M=9,6 years; SD=6,2) were used as indicators of the exposure. The participants were submitted to an ophthalmologic examination and corrected the visual acuity to 20/20 whenever needed. All measurements were monocular (eye randomly chosen) and only one eye was tested, except for Multifocal Visual Evoked Potential (mfVEP) and the automated perimetry. Color was evaluated with the Lanthony D15d and Cambridge Colour Test 2.0. Automatic static perimetry used the white-on-white 24-2 protocol of the Humphrey Field Analyzer II-750i. Visual field was also evaluated with the mfVEP system Veris Science 5.2.4. Contrast sensitivity was measured with Metropsis software, using sine wave gratings of 0,2; 0,5; 1,0; 2,0; 5,0; 10,0 and 20,0 cpd. Results: The results for the two groups were compared using the Mann-Whitney U test. In the color discrimination test, the groups were significantly different for the thresholds in the three confusion axis tested (p<0,05), area of the ellipse (p<0,01) and ellipticity (p<0,05). In the color arrangement test, the two groups were significantly different (p<0,01). The automated perimetry results were also significantly different between groups for the 90, 150 e 210 eccentricity rings (p<0,05) and the MD and PSD values (p<0,05). Only three of the workers were tested with the mfVEP so far. All three had at least 30 sectors in the visual field 10 with significant loss of amplitude in the response (p<0,05, when compared to normative data). This result was not observed in the control group. The Spearman correlation coefficient was used to look for significant correlations between time of work and visual performance. For color vision, we found significant positive correlation between time of work and indexes of the Lanthony D15d (p=0,52; p<0,05) and deutan axis thresholds (p=0,59; p<0,05) for the CCT test. The analysis of sensitivity in eccentricity rings of perimetry data showed significant negative correlation with the time of work for the Fovea (p=-051; p<0,05) and rings of 30 (p=-0,46; p<0,05), 90 (p=-0,46; p<0,05) e 150 (p=-0,46; p<0,05). The contrast sensitivity data was not significantly correlated with time of work. Conclusions: The results presented here suggest that chronic occupational exposure to organic solvents leads to changes in the visual system function even when the exposure is within occupational safety limits. The results also suggest that the visual changes are extensive and diffuse
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Repercussões visuais da exposição ocupacional a uma mistura de solventes orgânicos: visão cromática e acromática em frentistas brasileiros / Visual repercussions of occupational exposure to a mixture of solvents: Chromatic and achromatic vision in brazilian gas station workers

Thiago Leiros Costa 13 December 2010 (has links)
Objetivo: Avaliar repercussões da exposição ocupacional a uma mistura de solventes orgânicos sobre o desempenho visual de um grupo de frentistas. Método: Foram aplicados testes de ordenamento e discriminação de matizes, campo visual e sensibilidade ao contraste espacial de luminância em 25 frentistas (20 homens, M=36,4 anos, DP=8,9) e 25 controles sem histórico de exposição crônica a solventes (10 homens, M=33,8 anos, DP=8,8). As concentrações metabólitos urinários de tolueno (M=0,3 g/g de creatinina; DP=0,16) e xileno (M=0,1 g/g de creatinina; DP=0,02) e o tempo de trabalho (M=9,6 anos; DP=6,2) foram utilizados como indicativos da exposição dos frentistas. Os participantes foram submetidos a exame oftalmológico, e quando necessário, corrigir a acuidade visual para 20/20. Todas as medidas foram realizadas monocularmente com um olho escolhido ao acaso, com exceção do Potencial Visual Evocado Multifocal (PVEmf) e da campimetria. Para avaliar a visão de cores, utilizamos o Lanthony D15-d e Cambridge Colour Test 2.0. Na campimetria estática automatizada foi utilizado o protocolo branco-branco 24-2 do aparelho Humphrey Field Analyzer II-750i. A atividade elétrica visual cortical foi avaliada com o sistema de PVEmf Veris Science 5.2.4, utilizando um estímulo de 60 setores. A sensibilidade ao contraste espacial de luminância foi avaliada no teste Metropsis, para grades senoidais em 7 frequências espaciais de 0,2 a 20,0 cpg. Resultados: Os escores do grupo de frentistas e do grupo controle foram comparados pelo teste Mann-Whitney U. No teste de discriminação de cores (CCT), houve diferença estatística significativa entre controles e frentistas para a área total da elipse (p<0,01), elipticidade (p<0,05) e limiares nos eixos protan, deutan e tritan (p<0,05). No D15d houve diferença significativa entre os 8 dois grupos (p<0,01). Os dados da campimetria apresentaram diferenças significativas entre os dois grupos para as excentricidades de 90, 150 e 210, além dos valores de MD e PSD (p<0,05). Dos três frentistas avaliados com o PVEmf, todos apresentaram uma diminuição significativa (p<0,05) da amplitude do sinal (em relação a dados normativos) em um mínimo de 30 setores do campo visual, resultado que não foi observado no grupo controle. Nos testes de visão de cores, foi encontrada uma correlação (Spearman) positiva e significativa entre o tempo de trabalho e os índices do Lanthony D15d (p=0,52; p<0,05) e os limiares no eixo deutan (p=0,59; p<0,05). Na campimetria, houve correlações negativas significativas com o tempo de trabalho para a área da Fóvea (p=-051; p<0,05), e para os anéis de 30 (p=-0,46; p<0,05), 90 (p=-0,46; p<0,05) e 150 (p=-0,46; p<0,05). Não foi encontrada correlação significativa entre a sensibilidade ao contraste e o tempo de trabalho. Conclusões: Os resultados mostram alterações amplas e difusas no processamento visual em decorrência da exposição crônica a solventes orgânicos / Purpose: To evaluate the outcome of chronic occupational exposure to a mixture of solvents on the visual system of a group of gas station workers. Methods: 25 gas station workers (20 male; M=36,4 years old, SD=8,9) and 25 controls (10 male; M=33,8 years old, DP=8,8) with no history of chronic exposure to solvents were tested for hue discrimination and arrangement, spatial contrast sensitivity, visual field and multifocal VEPs. Urinary concentrations of toluene (M=0,3g/g of creatinine; Sd=0,16) and xylene metabolites (M=0,1 g/g creatinine; SD=0), along with the time of work (M=9,6 years; SD=6,2) were used as indicators of the exposure. The participants were submitted to an ophthalmologic examination and corrected the visual acuity to 20/20 whenever needed. All measurements were monocular (eye randomly chosen) and only one eye was tested, except for Multifocal Visual Evoked Potential (mfVEP) and the automated perimetry. Color was evaluated with the Lanthony D15d and Cambridge Colour Test 2.0. Automatic static perimetry used the white-on-white 24-2 protocol of the Humphrey Field Analyzer II-750i. Visual field was also evaluated with the mfVEP system Veris Science 5.2.4. Contrast sensitivity was measured with Metropsis software, using sine wave gratings of 0,2; 0,5; 1,0; 2,0; 5,0; 10,0 and 20,0 cpd. Results: The results for the two groups were compared using the Mann-Whitney U test. In the color discrimination test, the groups were significantly different for the thresholds in the three confusion axis tested (p<0,05), area of the ellipse (p<0,01) and ellipticity (p<0,05). In the color arrangement test, the two groups were significantly different (p<0,01). The automated perimetry results were also significantly different between groups for the 90, 150 e 210 eccentricity rings (p<0,05) and the MD and PSD values (p<0,05). Only three of the workers were tested with the mfVEP so far. All three had at least 30 sectors in the visual field 10 with significant loss of amplitude in the response (p<0,05, when compared to normative data). This result was not observed in the control group. The Spearman correlation coefficient was used to look for significant correlations between time of work and visual performance. For color vision, we found significant positive correlation between time of work and indexes of the Lanthony D15d (p=0,52; p<0,05) and deutan axis thresholds (p=0,59; p<0,05) for the CCT test. The analysis of sensitivity in eccentricity rings of perimetry data showed significant negative correlation with the time of work for the Fovea (p=-051; p<0,05) and rings of 30 (p=-0,46; p<0,05), 90 (p=-0,46; p<0,05) e 150 (p=-0,46; p<0,05). The contrast sensitivity data was not significantly correlated with time of work. Conclusions: The results presented here suggest that chronic occupational exposure to organic solvents leads to changes in the visual system function even when the exposure is within occupational safety limits. The results also suggest that the visual changes are extensive and diffuse

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