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Distribuição e abundânia relativa de peixes e crustáceos capturados no programa REVIZEE/Score-NE na plataforma externa e talude da costa do Nordeste do BrasilSouza de Oliveira, Vanildo January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Durante o período entre 27/10/1997 e 19/11/2000, foram realizados 27 cruzeiros de
prospecções com espinhel-de-fundo e armadilhas de profundidade na plataforma externa e
talude da costa nordestina, como parte das atividades do programa REVIZEE. A abundância
relativa das espécies foi analisada a partir da captura por unidade de esforço (CPUE), em
termos do número de indivíduos capturados por 100 anzóis no espinhel horizontal e número
de indivíduos por covo por lance, no caso das armadilhas. Os perfis verticais de temperatura e
salinidade indicaram presença de uma camada de mistura com cerca de 80m nos dois
primeiros cruzeiros, enquanto que no terceiro e quarto a termoclina encontrou-se bastante
próxima da superfície, a aproximadamente 20m de profundidade. Na prospecção com
espinhel foram analisados a distribuição e abundância relativa de oito espécies de teleósteos e
duas de elasmobrânquios. A diversidade das espécies apresentou uma tendência de declínio
em função do aumento da profundidade. Foi observada uma segregação batimétrica entre as
espécies, tendo sido as mesmas classificadas como: águas rasas (Lutjanus purpureus,
Ocyurus crhysurus e Lutjanus vivanus), águas intermediárias(Lopholatilus villarii,
Epinephelus niveatus e Etelis oculatus) e águas profundas (Squalus spp., Mustelus canis e
Epinephelus morio). A distribuição vertical dos peixes foi influenciada pela presença da
termoclina com a ocorrência de algumas espécies só se verificando abaixo da mesma. Já as
quatro espécies de crustáceos estudadas (Chaceon fenneri, Rochinia crassa, Heterocarpus
ensifer e Plesionika edwarisii) capturadas com covos, apresentaram uma distribuição vertical
entre 100 e 600m, com características de espécies euribáticas e euritérmicas. Tanto os peixes
quanto os crustáceos apresentaram uma clara segregação batimétrica, com maior abundância a
partir dos 100m. Os gêneros Squalus e Mustelus, juntamente com Chaceon e Rochinia,
Plesionika e Heterocarpus, parecem mais adaptados a grandes profundidades, diferentemente da maioria dos teleósteos. A ocorrência de crustáceos e peixes de profundidades abaixo de
100m no Nordeste, indica que eles dividem o mesmo ambiente e são influenciados por fatores
comuns como temperatura e profundidade
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