Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 cipriano carlos luckesi V1.pdf: 30448481 bytes, checksum: 640ee8a68992f0c464cd1df2b85a9247 (MD5) Previous issue date: 1992-09-17 / Na presente tese tratamos da avaliação da aprendizagem escolar em sua configuração nas pedagogias modernas e contemporâneas assim como na prática da escola brasileira de 1. e 2. graus. Para essa abordagem, tomamos como centro de atenção a administração do poder, no nível micro da pedagogia e da escola, cujo objetivo é o disciplinamento do educando, na perspectiva da formação do seu caráter, além da qualificação de sua aprendizagem. Para estudar essa temática nas pedagogias, trabalhamos com as correntes pedagógicas classificadas em tradicional, escolanovista e tecnopedagógica, na tradicional, estudamos a avaliação da aprendizagem nas concepções jesuítica, comeniana e herbartiana; na escolanovista, as concepções montessoriana e deweyana; na tecnopedagógica, as concepções tyleriana, blomiana e gronlundiana. No ensaio que produzimos sobre a configuração da avaliação da aprendizagem na escola brasileira de 1. e 2. graus nos servimos de dados de recentes pesquisas sobre esse tema a partir de entrevistas com professores e especialistas em educação. As conclusões que pudemos chegar é de que a avaliação da aprendizagem tem servido para propor e encaminhar o disciplinamento dos educandos: a pedagogia tradicional propõe um disciplinamento externo e aversivo, formando o educando submisso; escola nova propõe o disciplinamento interior, na perspectiva de possibilitar o desenvolvimento livre e criativo da criança e do jovem, a tecnopedagogia pretende um disciplinamento externo pelo controle comportamental, tendo em vista modelar o educando. Em nossa prática escolar, somos herdeiros principalmente da pedagogia tradicional, processando uma avaliação da aprendizagem externa, aversiva e autoritária, numa perspectiva de submissão disciplinar do educando. Assim sendo, no geral, a avaliação da aprendizagem escolar torna-se um lugar especial de administração do poder no nível micro da relação pedagógica e da escola