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A study of fools : Lear's fool in Shakespeare's King Lear and Vladimir and Estragon in Beckett's Waiting for GodotJesus, Leila Vieira de January 2012 (has links)
O foco dessa dissertação é analisar o papel, as características, e a presença dos bobos ao longo da história, focando em sua constante aparição no teatro. Os personagens principais da minha análise serão o Bobo, na peça Rei Lear de William Shakespeare, e Vladimir e Estragon, na peça Esperando Godot de Samuel Beckett. Na análise desses personagens, discuto semelhanças entre os autores, que já foram notadas por críticos como Martin Esslin, Jan Kott, e Northrop Frye, e mostro como os personagens de Beckett são similares aos bobos de Shakespeare. Bobos, no teatro, frequentemente agem como mediadores entre o palco e a plateia, guiando os espectadores e falando verdades. O Bobo de Lear diz verdades criticando seu mestre e o lembrando das decisões erradas que ele tomou; os personagens em Esperando Godot dizem verdades sobre a falta de sentido de nossas vidas e, mais importante, nos mostram essa falta de sentido no decorrer da peça. Em relação à linguagem, o uso dela pelos bobos é diferente do uso dos outros personagens porque eles a manipulam para criar desentendimentos e jogos de palavras. No teatro de Shakespeare, a principal razão para esse uso peculiar da linguagem é que os bobos querem mostrar sua sagacidade; no teatro de Beckett, eles usam uma linguagem sem sentido para mostrar que ela está quebrada e que tentativas de comunicação são inúteis. Através das ações e diálogos dos bobos de Beckett em Esperando Godot, podemos ver que a vida é absurda e que vivemos em um mundo cheio de incertezas. Apesar de personagens bobos geralmente serem vistos como superficiais e insignificantes, especialmente nas peças de Shakespeare, eles são extremamente importantes no teatro e têm uma maneira única de interagir com os outros personagens e com o público. / The focus of this thesis is to analyze the role, characteristics, and presence of fools throughout history, focusing on their recurrence in the theater. The characters I will focus on are Lear's Fool in William Shakespeare's King Lear, and Vladimir and Estragon in Samuel Beckett's Waiting for Godot, discussing similarities between the two authors, which have been mentioned by critics such as Martin Esslin, Jan Kott and Northrop Frye, and showing how Beckett's characters are similar to Shakespearean fools. Fools in the theater often act as mediators between the stage and the audience, guiding spectators and telling truths. Lear's Fool tells truths by criticizing his master and reminding him of the wrong decisions he has made; the characters in Waiting for Godot tell truths about the meaninglessness of life and, most importantly, show us this meaninglessness throughout the play. The use of language by fools is different from that of other characters because they manipulate it to create misunderstandings and word games. In Shakespeare's theater, the main reason for this peculiar use of language is that fools want to show their wit; in Beckett's theater, the characters use nonsensical language to show that language has broken down and that attempts at communication are pointless. Through the actions and dialogues of Beckett's fools in Waiting for Godot, we can see that life is absurd and that we live in a world full of uncertainties. In spite of the fact that fool characters are often seen as shallow and insignificant, especially in Shakespeare's theater, they are of extreme importance in the theater and have a unique manner of interacting with other characters and with the audience.
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Littérature et histoire des sciences : la médecine dans trois romans français du XIXe siècleSchmitt, Vanessa Costa e Silva January 2012 (has links)
L’objectif de la présente thèse est d’étudier la médecine (comprise au sens large, c’est-à-dire le monde des malades, de la maladie et des médecins) dans trois romans français du XIXe siècle, à savoir Le Médecin de campagne (1833) d’Honoré de Balzac, Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert et Le Docteur Pascal (1893) d’Émile Zola. Ce travail est divisé en trois grandes parties. La première partie, qui compte cinq chapitres, offre un tableau de l’histoire de la médecine, depuis ses origines jusqu’au dix-neuvième siècle, où sont abordés les méthodes diagnostiques et thérapeutiques, les théories et les pratiques médicales propres à chaque période historique. De même, y sont montrées quelques-unes des maladies qui sévissaient à certaines époques. Les cinq chapitres sont disposés en ordre chronologique, c’est-à-dire d’abord de la préhistoire au Moyen Âge, ensuite du XVIe au XIXe siècle, avec un chapitre par siècle. Dans la deuxième partie, j’examine les catégories professionnelles de la santé du XVIe jusqu’au XIXe siècle. Cet ensemble est, lui aussi, divisé chronologiquement, siècle par siècle, sauf la période comprise par la Révolution Française, le Consulat et l’Empire qui constitue un chapitre à part, comme il est d’usage dans les ouvrages d’histoire de France. Dans ces deux premières parties, mon étude est donc conçue sous une perspective particulière où la médecine et les sciences sont analysées historiquement. La troisième et dernière partie de la thèse a pour objet essentiel d’étudier trois personnages de médecins qui apparaissent dans trois romans de la littérature française du XIXe siècle ; à chacun d’eux correspond un chapitre. Précédant l’examen de ces trois figures fictionnelles, se trouve un chapitre qui s’efforce de fournir une brève synthèse sur les sciences et les techniques au XIXe siècle. La perspective de travail de cette troisième partie est analytique et historique. Le docteur Benassis, médecin de campagne et maire hygiéniste à la veille des années 1830 dans Le Médecin de campagne (1833) d’Honoré de Balzac, est le premier protagoniste examiné. Après une brève présentation de l’intrigue, je commence ce chapitre par une analyse du personnage, avant de montrer sa formation et son quotidien de clinicien, c’est-à-dire son train de vie, ses revenus et sa pratique médicale proprement dite. Puis, j’étudie les travaux hygiénistes de Benassis qui sont accompagnés de mises en contexte sur la France rurale et sur les théories hygiénistes qui prévalent à l’époque. Ensuite, est analysé Charles Bovary, officier de santé dans Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert. Tout au début, il y a une brève présentation de l’intrigue. Je commence l’examen de ce personnage par une courte introduction sur l’officiat de santé. Puis, s’ensuivent la formation médicale de Charles, ses revenus, son train de vie, les disputes corporatives qui apparaissent dans Madame Bovary et la pratique médicale de Bovary. Enfin, j’analyse sa compétence et son impéritie médicales. Le dernier chapitre porte sur Pascal Rougon, médecin et chercheur qui est le protagoniste du Docteur Pascal (1893), roman d’Émile Zola. Après avoir présenté brièvement l’intrigue, j’organise ce chapitre en trois parties principales. Tout d’abord, il s’agit de Pascal, médecin clinicien, c’est-à-dire sa formation médicale, ses débuts comme médecin, sa demeure, son train de vie, ses habitudes et ses cas cliniques, de même que sa renommée. Ensuite, je me penche sur les théories scientifiques auxquelles il se rattache et l’emploi qu’il en fait : les théories de l’hérédité, la peur de la dégénérescence et de la montée de la mortalité, ainsi que les théories hygiénistes. Finalement, j’analyse la pratique de chercheur du docteur Pascal: d’abord ses études sur l’hérédité ; ensuite, son sérum, remède universel ; puis sa double postérité (postérité intellectuelle et postérité par la paternité) ; enfin son credo scientifique et l’idéologie du progrès. / O objetivo da presente tese é estudar a medicina (em seu sentido amplo, ou seja, o mundo dos doentes, da doença e dos médicos) em três romances franceses do século XIX: Le Médecin de campagne (1833) de Honoré de Balzac, Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert e Le Docteur Pascal (1893) de Émile Zola. Este trabalho divide-se em três grandes partes. A primeira parte, com cinco capítulos, oferece um quadro da história da medicina, desde suas origens até o século XIX, no qual são abordados métodos diagnósticos e terapêuticos, teorias e práticas médicas próprias a cada período histórico. Da mesma forma, são mostradas algumas das doenças prevalentes em certas épocas. Os cinco capítulos estão dispostos em ordem cronológica, da seguinte forma: inicialmente da pré-história à Idade Média, na sequência, dos séculos XVI a XIX, contando um capítulo por século. Na segunda parte, examino as categorias profissionais da saúde do século XVI ao XIX. Este conjunto divide-se também cronologicamente, século por século, exceto o período referente à Revolução, ao Consulado e ao Império que constitui um capítulo à parte, fórmula usual nas obras de história da França. Em suas duas primeiras partes, este estudo concebe-se sob uma perspectiva particular, na qual a medicina e as ciências são analisadas historicamente. A terceira e última parte da tese tem por objeto principal estudar três personagens de médicos que aparecem em três romances da literatura francesa do século XIX. A cada um corresponde um capítulo. Precedendo o exame destas três figuras ficcionais, encontra-se um capítulo que se esforça para fornecer uma breve síntese das ciências e das técnicas no século XIX. A perspectiva de trabalho desta parte é analítica e histórica. O doutor Benassis, médico rural e prefeito higienista às vésperas dos anos 1830 em Le Médecin de campagne (1833) de Honoré de Balzac, é o primeiro protagonista examinado. Após uma breve apresentação da intriga, começo por uma análise do personagem, antes de mostrar sua formação e seu quotidiano de clínico, ou seja, seu padrão de vida, seus honorários e sua prática médica propriamente dita. Segue o estudo dos trabalhos higienistas de Benassis, que se fazem acompanhar de contextualizações sobre a França rural e sobre as teorias higienistas então prevalentes. Logo após, é analisado Charles Bovary, officier de santé em Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert. Inicialmente há uma breve apresentação da intriga. Na sequência, começo o exame deste personagem por uma curta introdução sobre o officiat de santé. Seguem a formação médica de Charles, seus honorários e seu padrão de vida, as disputas corporativas que aparecem em Madame Bovary e sua prática médica. Por fim, analiso sua competência e sua imperícia médicas. O último capítulo concerne a Pascal Rougon, médico e pesquisador, que protagoniza Le Docteur Pascal (1893), romance de Émile Zola. Após uma apresentação sucinta da intriga, divido o capítulo em três partes principais. Primeiramente, trata-se de Pascal, médico clínico, ou seja, sua formação e seu começo como médico, sua casa, seu padrão de vida, seus hábitos de vida e de trabalho e seus casos clínicos, assim que sua reputação. Em seguida, debruço-me sobre as teorias científicas que o norteiam e o uso que faz delas, incluindo as teorias da hereditariedade, o medo da degenerescência e do aumento da mortalidade, assim como as teorias higienistas. Por fim, analiso a prática de pesquisador de Pascal: inicialmente seus estudos sobre a hereditariedade, o soro que desenvolve, espécie de panaceia universal, depois sua dupla posteridade (posteridade intelectual e posteridade pela paternidade), enfim, seu credo científico e a ideologia do progresso.
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Gabriela, Cravo e Canela: subjetividade feminina e resistência na obra de Jorge Amado / Gabriela, Clavo y Canela: subjetividad femenina y resistencia en la obra de Jorge AmadoBRUGGE, Úrsula Lima January 2015 (has links)
BRUGGE, Úrsula Lima. Gabriela, Cravo e Canela: Subjetividade feminina e resistência na obra de Jorge Amado. 2015. 181f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-12-08T12:57:42Z
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Previous issue date: 2015 / Neste trabalho é feita uma análise da obra Gabriela, Cravo e Canela de Jorge Amado, buscando responder duas questões principais: 1) como se dão os processos de subjetivação/formação das mulheres dentro do romance Gabriela, Cravo e Canela? 2) Até que ponto as personagens femininas desse romance – especialmente a protagonista – representam resistências aos modos de subjetivação das mulheres na sociedade brasileira descrita na narrativa? Nesse sentido, o primeiro objetivo desta pesquisa é o de descrever os modos de subjetivação/educação das mulheres dentro do referido romance, elucidando, dessa forma, os modos socialmente normatizados de produção do feminino. Por outro lado, também é objetivo desta pesquisa a análise das personagens femininas em suas manifestações de resistência a esses mesmo modos de subjetivação das mulheres outrora descritos. O trabalho se desenvolve a partir de uma perspectiva interdisciplinar, pressupondo a relação entre o romance e o contexto sociocultural que este narra, buscando explicitar as articulações existentes entre o plano romanesco e o plano social. Nessa perspectiva, é utilizado, como embasamento teórico-metodológico, certas formulações advindas do campo da História, da Filosofia e da Educação. O trabalho está dividido em Introdução, quatro capítulos e conclusão: na introdução estão a localização e apresentação da problemática de estudo, uma discussão a respeito do que é literatura e um breve resumo da obra em análise. O primeiro capítulo é dedicado a Malvina, uma personagem que se destaca por seu caráter revolucionário e questionador da ordem estabelecida; o segundo, é dedicado a Sinhazinha, a esposa adultera de um coronel que, por conta desse romance extraconjugal, acaba assassinada pelo marido logo nas primeiras páginas do livro; o terceiro é dedicado a Glória, a qual, ao contrário das duas personagens que protagonizam os dois primeiros capítulos, não se trata de uma mulher de família, mas da amante de um coronel – nesse capítulo há uma discussão a respeito de prostituição; por fim, após ter-se demonstrado todas as características que, de alguma forma, comprovam certas resistências das demais personagens em relação ao sistema, mas que não são suficientemente fortes para fazer delas verdadeiras tangencialidades ao que estava posto às mulheres, fossem elas de família ou prostituídas, tem-se o quarto capítulo dedicado a Gabriela, a mulher que não precisava de perfumes e roupas de seda para ser a mais bela, que não precisava de casamento para amar, que não precisava de luxos para ser feliz. Gabriela, o contrário perfeito dos contrários da obra. / En este trabajo es hecho un análisis de la obra Gabriela, Clavo y Canela de Jorge Amado, buscando a responder dos cuestiones principales: 1) ¿Cómo se dan los procesos de subjetivación/formación de las mujeres dentro de la novela Gabriela, Clavo y Canela? 2) ¿Hasta que punto los personajes femeninos de esta novela – especialmente la protagonista – representan resistencia a los modos de subjetivación de las mujeres en la sociedad brasileña descrita en la narrativa? En este sentido, el primer objetivo de esta pesquisa es lo de describir los modos de subjetivación/educación de las mujeres dentro de la referida novela, aclarando, de esta manera, los modos socialmente normalizados de producción del femenino. Por el otro lado, también es objetivo de esta pesquisa el análisis de los personajes femeninos en sus manifestaciones de resistencia a estos mismos modos de subjetivación de las mujeres otrora descritos. El trabajo se desarrolla a partir de una perspectiva interdisciplinar, presuponiendo la relación entre la novela y el contexto sociocultural que este narra, buscando mostrar las articulaciones existentes entre el plano romanesco y el plano social. En esta perspectiva, es utilizado, como aporte teórico-metodológico, algunas formulaciones advenidas del campo de la Historia, de la Filosofía y de la Educación. El trabajo está dividido em Introducción, cuatro capítulos y conclusión: em la introducción están la localización de la problemática del estudio, una discusión a respecto de lo que es literatura y un breve resumen de la obra en análisis. El primer capítulo es dedicado a Malvina, un personaje que se destaca por su carácter revolucionario y cuestionador del ordenen establecido; el segundo, es dedicado a Sinhazinha, la esposa adultera de un coronel que, debido a este romance extraconyugal, es asesinada por su esposo logo en las primeras páginas del libro; el tercero es dedicado a Gloria, a cual, al revés de los dos personajes que protagonizan los dos primeros capítulos, no es una mujer de familia, pero la amante de un coronel – en este capítulo hay una discusión a respecto de prostitución; por fin, después de haberse demostrado todas las características que, de algún modo, comprueban ciertas resistencias de los demás personajes femeninos en relación al sistema, pero que no son suficientemente fuertes para hacer de ellas verdaderas tangencialidades al que estaba puesto a las mujeres, fueran ellas de família o prostituidas, hay el cuarto capítulo dedicado a Gabriela, la mujer que no necesitaba de perfumes y ropas de seda para ser la más bella, que no necesitaba de boda para amar, que no necesitaba de lujos para serse feliz. Gabriela, el contrario perfecto de los contrarios de la obra.
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A tradução da personagem Elizabeth Bennet, de Pride & Prejudice, para o cinema. / The translation of the character Elizabeth Bennet of Pride & Prejudice, for the cinemaSilva, Ricelly Jáder Bezerra da January 2014 (has links)
SILVA, Ricelly Jáder Bezerra da. A tradução da personagem Elizabeth Bennet, de Pride & Prejudice, para o cinema. 2014. 123f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2014. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-08-08T17:31:13Z
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Previous issue date: 2014 / This dissertation aims at analyzing the process of translating the character of Elizabeth Bennet, protagonist of the novel Pride & Prejudice, first published in 1813 by the English author, Jane Austen, into the film version Pride & Prejudice (1940), by Robert Z. Leonard. In her novel, Austen criticizes sociocultural patters which relegate women to an inferior position in relation to the male sex. Such criticism is subtlety present in the narrative and, especially, in the character of Elizabeth Bennet, who is seen as an intelligent, ironic and decisive woman. These qualities differ from the moral idea of women in nineteenth-century England. The presentation of this type of female character assures her of a timeless quality which is transmitted to posterity by means of translations. Pride & Prejudice was first translated for the Hollywood film in 1940, in the above mentioned Leonard’s version. Since the cinema is a medium that reaches a large audience of both readers and non-readers of literary works, one may question the strategies that are implied in the translation process of such character to the silver screen. It may be correctly assumed that when thus translated, any social criticism presented by the principal literary character tends to give way to a narrative which proposes entertainment, focusing on the love and comical relationship between the protagonists of the novel. The theoretic basis for the present analysis is based on the following concepts of translation: Lefevere’s translation rewriting (2007) and Cattrysse’s postulate (1995) which conceives film adaptation as a type of translation. Concerning film adaptation, Martin (2005), Eisenstein (2002) and McFarlane’s (2010) studies, which regard cinema as a linguistic art in its own right, were incorporated into our analysis as were those of Candido (2011), Rosenfeld (2011), Bakhtin (2011), Gomes (2011) and Forster (2004), all of whom discuss the structure of the fictional character. Such studies have resulted in a new configuration of the cinematographic character. Based on the criteria on the target system, this configuration permits the deleting of the critical level found in the universe of the novel and introduces the original work to a wider audience, as can be proved by the republishing of the novel in various editions after the release of the film version in 1940. / O objetivo deste trabalho é analisar o processo de tradução da personagem Elizabeth Bennet, protagonista do romance Pride & Prejudice, publicado em 1813, de autoria da escritora inglesa Jane Austen, para o filme Pride and Prejudice (1940), de Robert Z. Leonard. Em sua obra, Austen constrói uma crítica a padrões socioculturais que relegam posição inferior à mulher do século XIX em relação ao sexo masculino. Tal crítica está presente de maneira sutil em sua narrativa, principalmente, centrada na personagem Elizabeth Bennet, pois Austen a apresenta como uma mulher inteligente, irônica, decidida e ousada; qualidades que não eram associadas ao comportamento feminino durante o século XIX. Por apresentar personagens femininas de caráter decidido, suas criações ganham qualidade atemporal, sendo projetadas à posteridade por meio de traduções. Pride & Prejudice foi adaptado pela primeira vez para o cinema hollywoodiano em 1940, na versão supracitada de Leonard. E, sendo o cinema um meio que atinge grande público formado por leitores e não leitores de obras literárias, indagamo-nos quais estratégias foram empregadas no processo tradutório da referida personagem para a narrativa fílmica. Portanto, partimos da hipótese de que, ao ser traduzida para as telas, a personagem é reestruturada e a crítica é apagada para ceder lugar a uma narrativa cômica e romântica. Como base teórica, utilizamos princípios de Estudos da Tradução: Lefevere (2007), com o conceito de tradução como Reescritura e Cattrysse (1995), que concebe a adaptação fílmica como tradução. Quanto aos estudos de cinema e literatura, utilizamos Martin (2005), Eisenstein (2002) e McFarlane (2010); e no que diz respeito a questões literárias, utilizamos Candido (2011), Rosenfeld (2011), Bakhtin (2011), Gomes (2011) e Forster (2004). Os resultados mostraram que ocorreram mudanças na configuração da personagem cinematográfica, obedecendo aos critérios do sistema receptor e apagando o teor crítico encontrado no romance de Austen. Mostraram ainda que a obra fílmica projetou o universo literário do romance para um público mais amplo, dada as reedições do romance durante aquela década, em decorrência da exibição do filme.
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O Mundo de Flora: a infância através do olhar arguto de uma meninaKataoka, Ayla Maria Diógenes January 2009 (has links)
KATAOKA, Ayla Maria Diógenes, O Mundo de Flora: a infância através do olhar arguto de uma menina. 2009. 115 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2009 / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-21T12:56:50Z
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Previous issue date: 2009 / A dissertação pretende analisar a representação da infância no romance O mundo de Flora, de Angela Gutiérrez, através da categoria personagem. A análise e interpretação dos episódios pueris, que envolvem a protagonista, permitem afirmar que a argúcia e a inventividade são traços infantis marcantes de sua personalidade. A análise da relação entre mundo infantil e mundo adulto na narrativa é feita com base na convivência da personagem nos âmbitos da família, do entorno social e da escola. O convívio com os familiares e com as pessoas simples da redondeza dá-se de forma afetiva e atenta, possibilitando-lhe um enriquecimento da subjetividade e questionamentos acerca das coisas do mundo. A experiência na escola, por sua vez, é marcada pelo sentimento de medo e pela vivência do autoritarismo pedagógico. A detecção do ambiente afetivo e sócio-cultural em que ela viveu sustenta a hipótese de uma infância bem vivida. O acercamento do tema começa pelo itinerário da pesquisa, traçado por diferentes textos que trazem a criança como motivo, apontando, assim, para a natureza intertextual deste ensaio. O diálogo temático estabelecido entre a menina da narrativa em estudo e as outras crianças literárias oportuniza refletir, pela voz da literatura, sobre a infância na contemporaneidade. / Ce mémoire a l’intention d’analyser la représentation de l’enfance dans le roman O mundo de Flora, d’Ângela Gutiérrez, à l’aide de la catégorie personnage. L’analyse et l’interprétation des épisodes puérils qui impliquent le protagoniste permettent d’affirmer que l’argutie et l’inventivité sont des caractéristiques enfantines remarcables de sa personnalité. L’analyse du rapport entre le monde de l’enfant et de l’adulte dans la narrative est bâtie sur la convivialité du personnage dans le cadre de la famille, de la société et de l’école. La convivialité avec ses proches et avec d’autres gens du voisinage se passe de façon affectueuse et attentive, lui rendant possible un enrichissement de la subjectivité et des questionnements à propos des choses du monde. L’expérience à l’école, de son côté, est remarquée par le sentiment de peur et par l’expérience de l’autoritarisme pédagogique. La découverte du cadre affectif et socio-culturel où elle a vécu soutient l’hypothèse d’une enfance bien vécue. La délimitation du thème commence par l’itinéraire de recherche, tracé par de différents textes qui présentent l’enfant comme thème, conduisant, de cette façon, au caractère intertextuel de cet essai. Le dialogue thématique établi entre la fille du roman cible et les autres enfants personnages littéraires, rend opportun la réflexion, par la voix littéraire, de l’enfance dans la contemporanéité.
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Resíduos dos valores morais cristãos da idade média na obra Helena, de Machado de AssisPereira, Adalucami Menezes January 2010 (has links)
PEREIRA, Adalucami Menezes. Resíduos dos valores morais cristãos da idade média na obra Helena, de Machado de Assis. 2010. 152 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-21T14:01:55Z
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Previous issue date: 2010 / This research, linked to on line literature and history, aims to highlight the presence of Christian moral values present in the work Helena by Machado de Assis. Through the Theory of Residuality, we intend to demonstrate the cultural, ideological and hysterical received by our people, especially when it concerns me to Roman Catholic beliefs. However, we intend to prove these manifestations are remnants of the medieval mindset of the thirteenth century. Submitted by waste, that mentality led to a hybrid imagery that colonized the moral thinking of our country. It is also our intention to prove that the novel Helena highlights the virtues of the characters of the plot, as a way of perpetuating these moral values. Finally, emphasizing the behavior of the protagonist Helen, as an example of dignity unblemished. / A presente pesquisa, vinculada à linha Literatura e História, tem como objetivo ressaltar a presença dos valores morais cristãos presentes na obra Helena, de Machado de Assis. Através da Teoria da Residualidade, pretendemos demonstrar as influências culturais, históricas e ideológicas recebidas por nosso povo, principalmente no que concerne aos preceitos católicos. Todavia, pretendemos comprovar serem essas manifestações, remanescências da mentalidade medieval do século XIII. Apresentada através de resíduos, essa mentalidade originou um imaginário híbrido que colonizou o pensamento moral de nosso país. É também nosso intuito comprovar que o romance Helena evidencia as virtudes dos personagens do enredo, como forma de perpetuar esses valores morais. Por fim, enfatizaremos a conduta da protagonista Helena, como exemplo de dignidade ilibada.
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A menina e a província: a espera do progresso no romance a Normalista, de Adolfo Caminha / Province and the girl: a romance in the progress of Waiting The Normal School, de Adolfo WalksLessa Neta, Benigna Soares January 2011 (has links)
LESSA NETA, Benigna Soares, A menina e a província: a espera do progresso no romance a Normalista, de Adolfo Caminha. 2011. 104 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-22T14:51:55Z
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Previous issue date: 2011 / O presente estudo enfoca, no romance A Normalista, de Adolfo Caminha, publicado em 1893, a relação entre a ideia dominante de progresso, que se impõe de diferentes maneiras aos protagonistas, e a vida da cidade apresentada como pacata e provinciana. Esse romance filia-se à estética naturalista europeia, que se integrou aqui no Brasil ao processo social mais amplo de modernização em que o país estava envolvido. Objetivamos entender a relação desse romance com o processo, em curso, de modernização da capital, buscando explicar o jogo dialético entre forma literária e processo social, a partir dos pressupostos das obras críticas de Antonio Candido e Roberto Schwarz. Na introdução, apresentamos os objetivos e métodos do trabalho. No primeiro capítulo, abordamos o período que compreende a segunda metade do século XIX. Vemos, rapidamente, o que motivou o surgimento do Naturalismo; em seguida, tratamos mais especificamente do Naturalismo no Brasil e no Ceará; apresentamos a relação de Adolfo Caminha com a estética Naturalista; depois abordamos a recepção crítica da obra e terminamos o capítulo com o entendimento do Naturalismo como experiência ideológica e estética. No segundo, apresentamos, a partir da personagem principal, Maria do Carmo, o posicionamento do narrador e, também, a própria construção da narrativa. No terceiro e último capítulo, analisamos as três personagens em que as ideias de progresso aparecem mais fortemente: João da Mata, Zuza e Lídia. Nesse capítulo, detemo-nos sobre os conceitos de Candido e Schwarz, a fim de explicar como o romance se organiza. Ao término do trabalho, concluímos que todas as personagens do romance anseiam pelo progresso e que esse desejo se combina, das mais variadas formas, nem sempre coerentemente, com a vida que elas objetivamente podem levar e com os objetivos que podem atingir na cidade ainda provinciana.
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A Verdade Dispensa a Verossimilhança: O Fato e a Ficção no Romance Historico as Minas de Prata, de Jose de Alencar / The Truth Exempts Likelihood: Fact and Fiction on Historical Novel as Minas de Prata, from José de AlencarVasconcelos, Arlene Fernandes January 2011 (has links)
VASCONCELOS, Arlene Fernandes. A verdade dispensa a verossimilhança: o fato e a ficção no romance historico as Minas de Prata, de Jose de Alencar. 2011. 164 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-22T12:37:23Z
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Previous issue date: 2011 / In the historical novel As minas de prata, written by José de Alencar, one may notice a clear intent to keep records of historical facts beyond what it was kept in History books. In other words, this novel gives the reader the opportunity to know important historical facts, but, mainly, get to know minor characters – average people, with no relevance to the official historiography. Therefore, the approach to the facts does not happen from a distant perspective, but an intimate one. The reader gets involved in a broader way, since he identifies himself with the fiction characters. Such relationship happens through personal truths the characters convey, revealed through their actions. The making of a hero, with personal pursuits above subjects such as loyalty to motherland and his people, make Estácio the main character of the novel, closer to problematic characters of modern times, despite being wrapped in an epic aura and with other characters who serve to enhance other aspects. A meticulous study of the novel reveals the author’s choice to use a historical fact as an instrument of the nationalization of Brazilian literature in the 19th century. Alencar intended to create people’s historical conscience, bridging the gap between the real facts from the past and the reader, in order to engrave in his spirit the nationality pride. By being carried away to the world of one of the characters, the reader feels intimately connected to that character, by participating of the daily life, by being conscious of his country’s social and political development, by finding his origins, even living with notorious characters from the past – without the detachment that official accounts impose. This approach occurs through the reader’s identification with the passion that moves the characters, revealing their personal truths. / No romance histórico As minas de prata, de José de Alencar, pode-se perceber uma clara preocupação com o registro dos fatos históricos para além do que está gravado nos livros. Isto é: esse romance permite ao leitor fazer contato com grandes vultos históricos, mas, principalmente, com personagens menores – pessoas comuns, sem qualquer relevância para a historiografia oficial. Portanto, o contato com o acontecimento não se faz de forma distanciada, mas íntima, e o envolvimento do leitor é bem maior, pois se dá na identificação que tem com o personagem de ficção, através da verdade pessoal do próprio personagem, que se revela em suas ações. Essa constituição de um herói, com buscas pessoais acima das questões de lealdade à pátria e ao seu povo, torna Estácio, o personagem central da obra, mais próximo de personagens problemáticos da modernidade, apesar de envolto em uma aura épica, e outros personagens servem para acentuar um ou outro aspecto. Um estudo minucioso da obra revela o uso que o autor faz do fato histórico como instrumento de nacionalização da literatura brasileira no século XIX. Alencar pretende criar a consciência histórica do povo, aproximando os acontecimentos reais passados do próprio leitor, de forma a gravar-lhe no espírito o sentimento de nacionalidade. Ao ser transportado para a vida de uma das personagens, o leitor sente-se intimamente ligado a ela, participando dos acontecimentos que se desenrolam, tomando consciência do desenvolvimento político e social de seu país, descobrindo suas origens, convivendo até com figuras ilustres do passado, sem o distanciamento que a história oficial impõe. Essa aproximação se dá através da identificação do leitor com as paixões que movem os personagens, reveladoras de suas verdades pessoais.
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O Amor, O Preconceito e as Questões do Império no Romance Lucíola de José de Alencar.Miranda Filho, Francisco January 2007 (has links)
MIRANDA FILHO, O Amor, o preconceito e as questões do Império no romance Lucíola de José de Alencar. 2007. 93f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2007. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-28T12:10:40Z
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Previous issue date: 2007 / Este trabalho tem por finalidade estudar o romance Lucíola de José de Alencar, destacando o amor, o preconceito, as questões do império entre outros temas. Nosso estudo fará um balanço dessas questões, deixando em aberto, outras possibilidades de avaliação, que não a nossa, para futuras pesquisas dessa grande obra. Mas, vale salientar que tentou trazer à lume, dentro dessa teia amorosa que permeia o romance, pontos que julgou necessários para uma boa compreensão de suas personagens, destacando os protagonistas Lúcia e Paulo. Em primeira estância, procurou destacar o projeto do escritor cearense, provando assim, a sua perspicácia e inteligência dentro do seu sonho de um projeto de nacionalização. Em segunda estância, destacou o amor e o preconceito, buscando entender, através da fortuna crítica de Alencar, o amor de Lúcia e de Paulo. Em terceira estância, procurou entender melhor a vida política e controvertida de Alencar. Assim sendo, compreendemos ter cumprido o nosso papel, qual seja, o de mostrar um pouco mais da beleza necessária da obra literária de Alencar, principalmente o seu projeto literário particular que são os seus romances. Ficando claro também, que muito ainda há por analisar nessa obra aqui estudada. / Ce travail a pour but d’étudier le roman Lucíola de José de Alencar, soulignant l’amour, le préjugé, les questions de l’empire entre autres thèmes. Notre étude fera un bilan de ces questions, laissant ouvert d’autres possibilités d’évaluation, pas seulement la nôtre, à des futures recherches de cette grande oeuvre. Pourtant, il faut souligner que nous avons essayé de mettre au jour, dans cette toile amoureuse qui traverse le roman, les points que nous avons jugé nécessaires à une bonne comprehénsion de ses personnages, soulignant les protagonistes Lucia et Paulo. D’abord, nous avons essayé de mettre en évidence le projet de l’écrivain cearense, prouvant ainsi, sa perspicacité et intelligence dans son rêve d’un projet de Nationalisation. Ensuite, nous avons remarqué l’amour et le préjugé, cherchant à comprendre, à travers la fortune critique d’Alencar, l’amour de Lúcia et de Paulo. Pour finir, nous avons essayé de comprendre mieux la vie politique et controversée d’Alencar. Donc, nous croyons avoir accompli notre rôle, c’est-à-dire, celui de montrer un peu plus la beauté nécessaire de l’oeuvre littéraire d’Alencar, principalement son projet littéraire particulier qui sont ses romans. Laissant aussi évident, qu’il y a encore beaucoup à faire de cette oeuvre en étude.
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Contos de Fadas e Casamento na Prosa Romântica de José de AlencarBrasil, Francisca Patrícia Pompeu January 2007 (has links)
BRASIL, Francisca Patrícia Pompeu. Contos de fadas e casamento na prosa romântica de José de Alencar. 2007. 112f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2007. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-27T15:16:18Z
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Previous issue date: 2007 / This essay is aimed at assessing the causes through which some of José de Alencar’s romantic romances made use of the discourse of fairy tales to convey an idea of marriage. The following fairy tales Cinderella, Snow White and the Beauty and the beast by the Grimm brothers, were chosen for this purpose. Among José de Alencar’s masterpieces, we have opted to work with those, that could be compared to the fairy tales aforementioned. They are as follows: A Pata da Gazela, O Tronco do Ipê, A Viuvinha, Cinco Minutos, Til,O Guarani, Lucíola and Senhora. From this standpoint, these narratives, the reading practice worked as a tool for marriage; we assume that such instruction was first and foremost directed toward woman. Throughout our research we came to recognize that romantic discourse present in such stories sought to legitimize and justify the values nurtured by burgeoise. Among them we point out praise of family bedrock and the importance given to affection. / Este trabalho visa analisar as causas pelas quais alguns romances românticos de José de Alencar fizeram uso do discurso dos contos de fadas para dar uma representação do casamento. Foram escolhidos para esse intento os contos “Cinderela”, “Branca de Neve”, “A Bela Adormecida” e “A Bela e a Fera”, dos irmãos Grimm. Das obras alencarianas, optamos por trabalhar com aquelas que, de alguma forma, pudessem ser comparadas aos contos de fadas citados. São elas: A Pata da Gazela, O Tronco do Ipê, A Viuvinha, Cinco minutos, Til, O Guarani, Lucíola e Senhora. Partimos do pressuposto de que, nestas narrativas, a prática da leitura funcionava como instrução para o casamento; pressupomos também que tal instrução era destinada, sobretudo, à mulher. Através de nossa pesquisa, reconhecemos que o discurso romântico, presente em tais histórias, buscava legitimar e justificar os valores cultivados pela sociedade burguesa. Entre eles, destacamos a valorização do núcleo familiar e a importância dada à afetividade.
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