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Aspectos geológicos, mineralógicos, petrológicos e geoquímicos de um corpo basáltico localizado no município de Tanquinho, SP / Not available.Monteiro, Rubens Luiz 29 December 1986 (has links)
Um corpo intrusivo (sill) localizado na região de Tanquinho, SP, foi pesquisado por método indireto de observação no sentido de serem fixados parâmetros que o melhor situa-se enquanto forma, relações estratigráficas e estruturais. Investigações mineralógicas, petrográficas e geoquímicas foram executadas a partir de testemunhos de sondagem realizada naquele local pelo Instituto Geológico. Os minerais mais abundantes dessas rochas são plagioclásios, augita e material mesostático quartzo-feldspático; em menor quantidade aparecem opacos, pigeonita, apatita, material mesostático clorítico, filossilicatos verdes, carbonatos, hornblenda, biotita e titanita. Estudos combinados envolvendo caracterização petrográfica dos diferentes tipos, quimismo dos minerais e rochas, difratometria dos plagioclásios, etc., permitem algumas interpretações petrológicas de caráter amplo quanto à linha evolutiva do magma no corpo, assim como de algumas fases minerais. As relações entre as fases co-precipitantes mais importantes (plagioclásios, augita e pigeonita) indicam que condições mais próximas de equilíbrio foram atingidas nas proximidades do nível 28,5 m, provavelmente o mais evoluído dos investigados em termos de diferenciação \'in situ\'. São freqüentes as relações complexas reunindo mineralogia e textura, quer pelas variações ocorridas na posição atual, quer pelo mascaramento dessas mudanças, promovido pelas associações minerais formadas em profundidade e trazidas para a superfície. As características químicas do magma mostram em algumas oportunidades caráter dúbio de filiação, entretanto, a presença das duas fases de clinopiroxênio (augita e pigeonita) coexistentes aponta para a sua natureza dominantemente toleítica. / An intrusive body (sill) located in Tanquinho, SP, was studied indirectly in order to evaluate and characterize its stratigraphic form and relationships. Mineralogical, petrographical and geochemical investigations were carried out on samples drilled by the Instituto Geológico. The major constituents of those rocks are plagioclases, augite and quartz-feldspar mesostasis; subordinate phases include opaque minerals, pigeonite, apatite, chloritic mesostasis, green phyllosilicate, carbonates, hornblende, biotite and titanite. Petrographical characterization of various types, together with combined studies on mineral and rock chemistry, diffractometry of plagioclases, etc., allow some general petrological interpretations to be made about the evolution of the magma and some of the mineral phases. The relations among the more important coprecipitant phases (plagioclases, augite, pigeonite) reveal that equilibrium conditions were reached at 28.5 m, probably the most evolved level in the in situ differentiation. The mineralogy and the texture of the rocks show very complex relationships due to chances occurred at the actual position of the body or as a result of phases crystallized at depth and rose to the surface. Chemical features point to the uncertain afilliation of the magma, although the presence of the two coexistent clinopyroxenes phases (augite and pigeonite) clearly suggests a dominant tholeiitic character.
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Petrologia e aspectos tectônicos do Complexo Granítico Quixada-Quixeramobim, CE / Not available.Almeida, Afonso Rodrigues de 01 December 1995 (has links)
O Complexo Granítico Quixadá - Quixeramobim, situado na porção central do Estado do Ceará, distante cerca de 160 Km a sudoeste de Fortaleza, está constituído por dois batólitos: o Quixadá e o Quixeramobim. O primeiro, situado na porção setentrional do Complexo, exibe uma área aflorante com forma de pêra de cerca de 260 Km2, está constituído por uma suíte cálcio-alcalina de alto potássio, composta por dioritos, monzonitos (dominantes) e sienitos, todos porfiríticos, com megacristais de plagioclásio e feldspatos potássicos imersos em uma matriz de cor preta esverdeada granulação média a grossa, composta essencialmente por anfibólios e biotita. Os dioritos ocorrem principalmente na forma de encraves elipsoidais e diques sinplutônicos, sua forma diapírica é ressaltada pelas foliações internas paralelas aos contatos e às foliações externas, formando na sua porção norte, um \"trend\" circular, indicando um baloneamento \"in situ\". Seus litotipos são essencialmente intermediários e metaluminosos, ricos em álcalis, MgO (\'K IND. 2\'O/MgO \'APROXIMADAMENTE A\'l), CaO Sr, Ba, e ETRL, caracterizando-os como uma suite shoshonítica pós-colisional. O batólito Quixeramobim com cerca de 1600 Km2 de área está constituido por seis grandes subdivisões litológicas ou facies; o Muxuré Novo, o Muxuré Velho, o Água Doce, o Serra Branca, o Uruquê, o Mobilizados Tardios e os Sub-Facies Boa Fé e Uruquê Transicional Muxuré Novo. Os facies Muxuré Novo, Serra Branca e o Sub-Facies Boa Fé constituem uma suite cálcio-alcalina de médio potássio, composta por quartzo-dioritos, tonalitos, granodioritos (dominantes) e monzogranitos a biotita e anfibólio. Eles são diferenciados por seu padrão textural porfirítico, com o Serra Branca apresentando fenocristais de feldspatos variando de 20 a 6 cm, o Muxuré Novo com fenocristais variando de 6 a 1,5 cm e o Boa Fé exibindo fenocristais aproximadamente equidimensionais em torno de 2,5 cm. Os litotipos do Água Doce constituem uma suíte cálcio-alcalina de baixo potássio, composta essencialmente por quartzo-dioritos e tonalitos de cor cinza azulado, granulação média, afiricos, com biotita e anfibólios como minerais máficos essenciais. O facies Uruquê, está composto essencialmente por granodioritos e monzogranitos a biotita. São rochas leucocráticas, de cor cinza claro a cinza amarelado, granulação média a fina e afiricas. Juntamente com os encraves microgranulares compõem uma suite calcio-alcalina de médio potássio. o facies Muxuré velho, uma suite tonalítica de variável potássio, está presente na forma de encraves e diques sinplutônicos, inclusos no seio dos litotipos dos demais facies. São rochas de cor escura e de granulação média a fina geralmente contendo xenocristais de feldspatos potássicos. Seus litotipos são essencialmente metaluminosos, ricos em álcalis, Sr, Ba, e ETRL, e pobres em CaO e MgO caracterizando-os como uma suite cálcio-alcalina tardi-colisional. A geometria dos batólitos Quixeramobim junto com a que mostra o vizinho Senador Pompeu, bem como o grande número de lâminas de rochas encaixantes adentrando ao batólito Quixeramobim sugerem que estes batólitos ascenderam através de fraturas extensionais geradas durante o movimento sinistral da zona de cisalhamento senador Pompeu. Uma rotação no campo de esforços regionais ocasionou a inversão dos movimentos da zona de cisalhamento Senador Pompeu, imprimindo nos litotipos do batólito Quixeramobim uma deformação no estado sólido, caracterizada pela presença de planos S-C, sombras de recristalização assimétrica etc., cujos indicadores cinemáticos indicam que o último movimento dúctil, foi de natureza destral, também responsável pela abertura de fraturas extensionais, por onde ascenderam os magmas Quixadá e pelo desenvolvimento da zona de cisalhamento Quixeramobim, através do arrasto das rochas encaixantes contra o batólito Quixeramobim. Os litotipos Quixeramobim exibem teores de SiO2 que variam de 5l a 73%, são essencialmente metaluminosos, ricos em alcalis, Sr, Ba e ETRL e pobres em ETRP, MgO e CaO. Seus teores em ETRL são de 2 a 3 vezes mais altos que os exibidos por suites cálcio-alcalinas normais. A ocorrência universal de encraves microgranulares e diques sinplutônicos descontínuos em ambos os batólitos, sugere que o mecanismo de mistura de magmas foi de primordial importância na geração destes batólitos. Em Quixeramobim, as inclinações das curvas de mistura indicam uma participação de magmas crustais em torno de 65%, e os mantélicos participando com 35%. Em Quixadá parece não haver a participação de magmas crustais. Os altos teores de Sr, Ba e ETRL, com anomalias de Eu ausentes e baixos teores de ETRP, sugerem que os magmas mantélicos são o resultado da fusão de um manto litosférico metassomatisado enriquecido em ETRL, controlada principalmente por hornblenda e flogopita. Em Quixada, magmas potássicos leves, cujas fusões foram controladas por flogopitas, parecem ter sido os primeiros a invadirem a crosta, seguidos e inundados imediatamente por magmas mais magnesianos, cujas fusões foram controladas principalmente por hornblenda. A mistura dos magmas, em ambos os casos, ocorreu quando os magmas estavam essencialmente liquidos, com baixos percentuais de cristais. Os líquido resultantes da mistura evoluiram por cristalização fracionada com um mecanismo de cristalização \"side wall\" se adaptando perfeitamente ao batólito Quixeramobim. Modelamento matemático utilizando ETR e K, Rb, Ba e Sr sugere que 45% de fracionamento de uma associação mineralógica similar ao facies Muxuré Novo, a partir de uma fonte similar ao água Doce, gera líquidos ricos em álcalis, menos densos, que cristalizam para formar uma carapaça Serra Branca. Injeções intermitentes de magmas máficos Muxuré Velho, são os responsáveis por manter a câmara magmática suficientemente aquecida para a formação dos megacristais. Magmas residuais correspondem ao facies Uruquê. O batólito Quixadá não exibe zoneamento conspícuo, com os seus litotipos distribuídos conforme mecanismos de diferenciação local. Modelamento matemático em K, Rb, Ba e Sr, sugere que os granitos finos filonianos correspondem a líquidos endógenos intersticiais, resultantes do fracionamento da granito que agora constitui a sua rocha encaixante adjacente à fratura na qual eles são encontrados. / The granitoid Quixadá-Quixeramobim complex, centrally located in the state of Ceará, northeastern Brazil, some 160 Km to the SW of Fortaleza, is made up by the northern Quixadá and the southern Quixeramobim batholiths. The first, with ca. 260 km2 of outcrops, is pear-shaped and constituted by a high-K calc-alkaline series showing mainly diorites, syenites and predominate monzonites, all strongly porphyritic, with K-feldspar and plagioclase set up in a black-greenish, medium-coarse grained matrix with biotite and amphiboles. Diorites occur mainly as a ellipsoidal enclaves and synplutonic dikes. The diapiric outlines of the whole batholith is enhanced by internal foliations set parallel to the contacts, forming at its northern part a circular pattern suggestive of \"in situ\" ballooning. The rocks are essentially intermediate and meta-aluminous types, enriched in alkalis, MgO (\'K IND.2\'O/MgO \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' l), CaO, Sr, Ba and LREE, chemically akin to a shoshonitic post-collisional suite. The Quixeramobim batholith, covering about 1600 \'Km IND.2\', shows six main petrographics divisions or facies, informally called Muxuré Velho, Muxuré Novo, Água Doce, Serra Branca, Uruquê and Late Mobilizates and the secondary units Boa Fé and Uruquê transitional Muxuré Novo. The Muxuré Novo, Serra Branca facies and the Boa Fé subunits constitute a medium-K calc-alkaline series, made up by quartz-diorites, tonalites, predominant granodiorites and monzogranites, all with bitotite and hornblende. Sizes and forms of feldspars vary in these facies from lathlike (20 to 6 cm, Serra Branca; 6 to 1,5 cm, Muxuré Novo) to almost equidimensional (ca. 2,5 cm; Boa Fé). The Água Doce rocks are mainly aphyric, greyish-bluish, medium-grained, low-K calc-alkaline types showing predominant quartz-diorites and tonalites, with biotites and sometimes amphiboles. The Uruquê facies is constituted by leucocratic, light grey to yellowish grey, aphyric, medium-grained biotite granodiorites and monzogranites; they form a together with their enclaves, a medium-K calc-alkaline series. The Muxuré Velho facies, a tonalite series with variable K contents is found as enclaves and synplutonic dikes within the other granitoids facies; they are dark grey, medium-fine grained types, usually containing K-feldspar xenocrysts. As a whole, the Quixeramobim rocks, with SiO2, contents between 51 and 73%, are meta-aluminous, enriched in alkalies, Sr, Ba and LREE and poor in HREE, MgO and CaO. LREE abundances are 2 to 3 times those usually found in normal calc-alkaline suites. The outline of the Quixeramobim batholith (as well as that of the nearby Senador Pompeu batholith), coupled with the large number of sheets of country rocks found within the granites, suggests that the batholits were formed by sequential intrusions along extensional fractures generated during the sinistral movement of the large Senador Pompeu shear zone. An inversion in the shear movement occurred later on as characterized by the presence and orientation of S-C planes, asymmetric recrystallization shadows, etc. The last movement generated another set of extensional fractures, now serving as pathways for the invasion of the Quixadá magmas, and was also responsible for the development of the Quixeramobim shear zone, dragging wall rocks against the already emplaced Quixeramobim batholith. The ubiquitous þresence of enclaves and synplutonic dikes in both batholiths suggests that magma mixing played a significant part in rock genesis. In Quixeramobim, the inclination of mixing curves, as observed in variation diagrams, points to a contribution of about 65% of crustal magmas to the final composition, the remainder being attributed to mantle-derived magnas. The Quixadá rocks seem to be made up entirely by mantle-derived magmas. The high contents of Sr, Ba and LREE, with no anomaly of Eu and low abundances of HREE, indicate that the mantle derived magmas that occur in Quixeramobim batholith, were formed by melting controlled by hornblende of a metasomatized lithosferic mantle. In Quixadá, the first magmas to invade the crust were less dense magmas potassic magmas. generated by a melting process controlled by phlogopite, followed by more magnesian magmas derived of a hornblende-bearing protolith. Mixing of magmas occurred at a stage when they were mainly liquid. The mixed magmas evolved later by crystal fractionation, with the mechanism \"side-wall\" crystallization well adapted to Quixeramobim batholith. Fractionation modeling using REE, K, Rb, Ba, and Sr suggests that a source similar to Água Doce facies can generate Muxuré Novo magmas, in turn producing, by a 35-45%. fractionation, a less dense and alkali-rich liquid that form the outer shell of Serra Branca types. Regular injections of the more basic magmas Muxuré Velho liquids add heat to the crystallizing magma chambers, allowing for growth of megacrysts. Extract of residual magmas formed the Uruquê rocks. The Quixadá batholith does not exhibit a conspicuous zoning pattern. Fractionation modeling using K, Rb, Sr and Ba indicates that its finer-grained late granites correspond to the composition of interstitial liquids, extracted from the larger masses of crystallizing early granites, into which they were emplaced.
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Furcalita e outros minerais uraniferos secundarios de Perus, SPAtencio, Daniel 12 July 1991 (has links)
Furcalita ocorre como preenchimento de fraturas no pegmatito granítico de Perus, noroeste do município de São Paulo, Brasil, constituindo agregados radiados de cristais eudrais de até 5 mm de comprimento. Os cristais apresentam cor amarelo-vivo, são transparentes e de brilho vítreo a adamantino. A cor do traço é amarelo-claro. A furcalita é quebradiça e apresenta fratura conchoidal. O mineral não é fluorescente. Dureza de Vickers = 86 - 95 (média 90,5) kg/mm², dureza de Mohs calculada 2,4. \'D IND. medida\'4,22(4), \'D IND. calc.\' 4,220 g/cm³. Opticamente, o mineral é biaxial (-), com \'alfa\' 1,677(2), \'beta\' 1,732(2), \'gama\' 1,766(2), 2\'Vx IND. medido\'75°, 2\'Vx IND. calc.\' 74°. A fórmula pleocróica é X = amarelo claro, Y = amarelo, Z = amarelo ouro, X = b, Y = a, Z = c, absorção X < Y < Z, dispersão r > v média, elongação positiva. O mineral é ortorrômbico, grupo espacial Pbca, a 17,415(2), b 16,035(3), c 13,598(3) A, V 3.797(2) A³, Z= 8. As sete reflexões mais intensas do padrão de difração de raios X [d em A (I)(hkl)] são 8,863(3) (111 e 200), 8,014(100)(020), 7,648(3)(210), 4,008(15) (040), 3,844(4) (041), 3,128(3)(024) e 3,100(3) (502). A fórmula analítica, derivada de análises por microssonda eletrônica, é \'(\'Ca IND. 1,97\'\'K IND. 0,05\') IND. \'SIGMA\'2,02\'\'(U\'O IND. 2\') IND. 2,87\'\'O IND. 1,93\'\'[\'(P\'O IND. 4\') IND. 1,90\'\'(Si\'O IND. 4\') IND. 0,04\'] IND. \'SIGMA\'1,94\' . 7,57\'H IND. 2\'O. A curva de DTA apresenta um pico endotérmico em 150°C, correspondente a perda de \'H IND. 2\'O, confirmada por TGA, e fusão a 900°C. O espectro IR apresenta bandas de \'H IND. 2\'O, P\'O IND. 4\' e U\'O IND. 2\'. Furcalita é insolúvel em água e solúvel em HCI, HN\'O IND. 3\' e \'H IND. 2\'S\'O IND. 4\', todos em concentração 1:1, a frio. A compatibilidade Gladstone-Dale é superior. Furcalita forma-se, provavelmente, a T \'< ou =\' 150°C. A estrutura cristalina da furcalita foi resolvida por métodos de difração de raios X de cristal único e refinada até R = 3,8% usando 2.065 reflexões observadas [I > 3\'sigma\'(I)]. A estrutura consiste de camadas \'[\'(U\'O IND. 2\') IND. 3\'\'O IND. 2\'\'(P\'O IND. 4\') IND. 2\'] IND. N POT. 4n-\', paralelas a (010), conectadas por íons \'Ca Pot. 2+\' e \'H IND. 2\'O. Os poliedros de coordenação são: para U(1) bipirâmide hexagonal; para U(2) e U(3) bipirâmides pentagonais; para Ca(4) e Ca(5) prisma trigonal monoencapuzado e dodecaedro triangulado, respectivamente; e para P(6) e P(7) tetraedros. Como consequência deste trabalho, a fórmula molecular da furcalita, previamente citada como \'Ca IND. 2\'\'(U\'O IND. 2\') IND. 3\'\'(P\'O IND. 4\') IND. 2\'\'(OH) IND. 4\'. 4\'H IND. 2\'O deve ser modificada para \'Ca IND. 2\'\'(U\'O IND. 2\') IND. 3\'\'O IND. 2\'\'(P\'O IND. 4\') IND. 2\'. 7\'H IND. 2\'O. Outros minerais secundários de urânio associados à furcalita de Perus são autunita, torbernita, meta-autunita, meta-torbernita, chernikovita, meta-uranocircita, fosfuranilita, uranofânio-alfa, uranofânio-beta, haiweeíta, weeksita rica em bário, e, talvez, também bassetita, meta-tyuyamunita e meta-haiweeíta. Opala, tridimita, cristobalita, quartzo secundário, saponita e rodocrosita ocorrem associados aos minerais de urânio. Chernikovita é um novo nome de mineral proposto para \'(\'H IND. 3\'O) IND. 2\'\'(U\'O IND. 2\') IND. 2\'\'(P\'O IND. 4\') IND. 2\'. 6\'H IND. 2\'O em substituição a \"hidrogênio autunita\". A proposta para abandonar o nome \"hidrogênio autunita\" foi efetuada porque (a) o mineral contém íons oxônio (\'H IND. 3\'\'O POT. +\'); (b) o grau de hidratação não é aquele de minerais do grupo da autunita; e (c) o termo \"hidrogênio autunita\" foi utilizado para outros compostos naturais e artificiais. / Phurcalite has been found filling fractures in the tourmaline-bearing granitic pegmatite of Perus, in the north-west part of São Paulo city, Brazil. It forms aggregates of radiating euhedral crystals up to 5 mm in length. The crystals are bright yellow, transparent and display vitreous to adamantine lustre. Its streak is pale yellow. Phurcalite is brittle, with a conchoidal fracture, and non-fluorescent. Vickers hardness = 86 - 95 (av. 90.5) kg/mm², calculated. Mohs hardness about 2.4. \'D IND. meas.\'4.22(4), \'D IND. calc.\' 4.220 g/cm³. Optically, the mineral is biaxial (-), with \'alfa\' 1.677(2), \'beta\' 1.732(2), \'gama\' 1.766(2), 2\'Vx IND. meas.\'75°, 2\'Vx IND. calc.\' 74°. Pleochroic scheme is X = pale yellow, Y = yellow, Z = golden yellow, X = b, Y = a, Z = c, absorption X < Y < Z, dispersion r > v medium, positive elongation. The mineral is orthorhombic, space group Pbca, a 17.475(2), b 16.035(3), c 13.598(3) A, V 3797(2) A³, Z = 8. The strongest seven lines of the X-ray diffraction pattern [d in A (I)(hkl)] are 8.863(3)(111 and 200), 8.014(100) (020), 7.648(3)(210), 4.008(15)(040), 3.844(4)(041), 3.128(3)(024) and 3.100(3) (502). The analytical formula, derived from microprobe analysis, is \'(\'Ca IND. 1.97\'\'K IND. 0.05) IND. \'SIGMA\'2.02\'\'(U\'O IND. 2\') IND. 2.87\'\'O IND. 1.93\'\'[\'(P\'O IND. 4) IND. 1.90\'\'(Si\'O IND. 4\') IND. 0.04\'] IND. \'SIGMA\'1.94\' . 7,57\'H IND. 2\'O. The DTA curve shows an endothermic peak at 150°C, corresponding to loss of \'H IND. 2\'O, as confirmed by TGA, and melting at 900°C. IR spectrum show bands of \'H IND. 2\'O, P\'O IND. 4\' e U\'O IND. 2\'. Phurcalite is insoluble in water and soluble in cold 1:1 HCI, HN\'O IND. 3\' e \'H IND. 2\'S\'O IND. 4\'. Gladstone-Dale compatibility is superior. Phurcalite is probably formed at T \'< OU =\' 150°C. The crystal structure of phurcalite has been solved by single-crystal X-ray diffraction methods and refined to R = 3.8% using 2065 observed [I > 3\'sigma\'(I)] reflections. The structure consists of \'[\'(U\'O IND. 2\') IND. 3\'\'O IND. 2\'\'(P\'O IND. 4\') IND. 2\'] IND. n POT. 4n-\' layers, parallel to (010), connected by \'Ca Pot. 2+\' and \'H IND. 2\'O. The coordination polyhedra are: for U(1) hexagonal bipyramid; for U(2) and U(3) pentagonal bipyramids; for Ca(4) and Ca(5) capped trigonal prism and triangulated dodecahedron, respectively; and for P(6) and P(7) tetratredra. As a consequence of this work, the molecular formula of phurcalite previously reported as \'Ca IND. 2\'\'(U\'O IND. 2\') IND. 3\'\'(P\'O IND. 4\') IND. 2\'\'(OH) IND. 4\'. 4\'H IND. 2\'O must be changed to \'Ca IND. 2\'\'(U\'O IND. 2\') IND. 3\'\'O IND. 2\'\'(P\'O IND. 4\') IND. 2\'. 7\'H IND. 2\'O. Other secondary uranium minerals associated with Perus phurcalite are autunite, torbernite, meta-autunite, meta-torbernite, chernikovite, meta-uranocircite I, phosphuranylite, uranophane-alpha, uranophane-beta, haiweeite, barian weeksite and perhaps also bassetite, meta-tyuyamunite and meta-haiweeite. Opal, tridymite, cristobalite, secondary quartz, saponite and rhodochrosite occur associated to the uranium minerals. Chernikovite is a new mineral name proposed for \'(\'H IND. 3\'O) IND. 2\'\'(U\'O IND. 2\') IND. 2\'\'(P\'O IND. 4\') IND. 2\'. 6\'H IND. 2\'O superseding \"hydrogen autunite\". The proposal to discard the name \"hydrogen autunite\" has been made because (a) the mineral contains \'H IND. 3\'\'O POT. +\' ions; (b) the degree of hydration is not that of an autunite-group mineral; and (c) the term \"hydrogen autunite\" has been used for other natural and artificial compounds.
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Caracterização petrológica dos granulitos básicos da folha de Guaranésia (MG) / Not available.Santos, Angela Maria Martins Marques dos 10 May 1988 (has links)
A área de enfoque deste trabalho está localizada na parte sul do Estado de Minas Gerais compreendendo parte das folhas topográficas de Guaranésia e Guaxupé. A NW da cidade de Guranésia têm-se uma faixa de rochas granulíticas bandadas onde são registradas rochas granulíticas de composição básica. O objetivo deste trabalho foi o de estudar este grupo especial de rocha no que se refere a sua mineralogia e química. Além dos estudos petrográficos, foram feitas análises químicas de rocha total para elementos maiores e menores. Pares clino-ortopiroxênios foram analisados sob macrossonda eletrônica. Um mapa litológico esquemático foi montado a partir de dados de campo coletados por alguns autores que fizeram anteriormente um primeiro reconhecimento na área. Nos mapa é possível separar-se duas litologias dominantes: migmatitos a SW de Guaranésia e granulitos a NW. Intercalações de granulitos máficos foram identificados tanto no domínio migmatítico quanto nos granulitos, no entanto são mais freqüntes neste último. Os granulitos básicos de Guaranésia são granulitos gabronoríticos e monzonoríticos. Os granulitos gabronoríticos são constituídos essencialmente por plagioclásio (A\'n IND. 40-55-\' 43%), clinopiroxênio (salita - 12%), ortopiroxênio (hiperstênio - 10%) e anfibólio (20%). Para os granulitos monzonoríticos têm-se plagioclásio (A\'n IND. 20-40-\' 59%), clinopiroxênio (salite - 4%), ortopiroxênio (hiperstênio - 6%) e anfibólio (19%) bem como a freqüência em torno de 10% de quartzo e feldspato potássico. Os minerais acenários mais freqüentes são os opacos seguidos pelo zircão e titanita. Foram analisados os pares clino-ortopiroxênios, deste grupo de amostras, sob microssonda eletrônica. Cálculos termométricos, utilizando-se as calibragens de Wood e Banno (1973), Wells (1977) e Kretz (1982) apresentam um valor médio de \'780 GRAUS\'C \'+ OU -\' 60 para a temperatura do metamorfismo que afetou este grupo de rochas. A pressão ) estimada é da ordem de 7,5 quilobários, comparativamente aos dados de Wilson (1976), correspondendo a uma profundidade de crosta em torno de 26 km. Com os dados químicos de rocha total e parâmetros de Niggli, foram construídos diversos diagramas propostos na literatura. Os diagramas MgO - CaO - FeO de Walker (1960) e ACF de Orville (1969) indicam uma possível origem sedimentar. Evidências que indicam uma origem ígnea são apontados nos diagramas que relacionam parâmetros de Niggli C versus mg, 100 mg - C - (al-alk) bem como valores de elementos menores como Cr versus mg, Ni versus mg e Cr versus Ti\'O IND. 2\', todos propostos por Leake (1964). As amostras de granulitos básicos de Guaranésia também se situam no campo ígneo prposto por Van der Kamp (1968). Comparações químicas com as principais séries magmáticas basálticas apontam semelhanças com a série basáltica subalcalina com representantes das subdivisões calco-alcalinas e toleíticas, segundo os limites de MacDonald e Katsura (1964), Irvine e Baragar (1971). Para o diagrama de Jensen (1976) os granulitos de Guaranésia se posicionam no campo dos basaltos toleíticos ricos em Fe. Os valores plotados das amostras de Guaranésia apresentam uma distribuição aleatória e um espalhamento grande pelos campos discriminados nos diagramas propostos por Pearce e Cann (1973) com relação a Ti/100 - Zr - Sr/2 e Ti/100 - Zr - 3y e Pearce e Norry (1979) de Zr/Y versus Zr para os diversos ambientes tectônicos de formação de rochas no Fanerozóico. Foi obtida melhor resposta nos diagramas propostos por Gill (1979). Nos diagramas que relacionam mg*(100 MgO)/(MgO + FeO) versus teores de Ni e Cr os valores dos granulitos de Guaranésia estão comcentrados no campo referente aos basaltos Arqueanos. / This paper presents the results of a study of granulite rocks from Guaranésia region on south Minas Gerais State. In this area two main rocks groups are present: migmatites and granulites. Small lenses or bands of basic granulites occur rather in migmatites or granulites. The pyroxene granulites from Guaranésia region show a basic composition with SiO2 mean values about 49,8%. Petrography studies show that the basic granulites have a gabbronoritic to monzonoritic composition made up essencially by plagioclase (an 40-55), clynopyroxene (salite), orthopyroxene (hypersthene) and amphiboles. Opaques, zircon and sphene are accessory minerals. Microprobe analyses of clino and orthopyroxenes are presented. The mineral pairs of clino-orthopyroxenes give an average temperature of 780 \'+ ou -\' 60°C while a pressure of 7,5 kbar, estimated by Al2O3 content of pyroxenes (according Wilson 1976). Major and traces elements (Cr, Ni, Rb,Sr, Ba) have been determined in 10 samples of basic granulites. Some critical plots are presented. Evidence provided by chemical variation trends suggests that basic granulites of Guaranesia region have probably been derived from basic igneous rocks, rather than calcareous-dolomitic shales. The chemical variation trend of basic granulites are similar to that of subalcalic magma series. Ni (ppm), Cr (p.p.m), Al2O3 (%) and TiO2 (%) as function of mg number (100 Mg/Mg+Fe) diagram, show basic granulites values in the field of Archaean toleiites.
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Discriminação de unidades litológicas no Baixo Vale do Rio Curuçá (Bahia), através de realces por processamento digital de dados MSS-Landsat 3 / Not available.Paradella, Waldir Renato 07 December 1983 (has links)
Informações espectrais e multisazonais detectadas pelo MSS - Landsat 3, realçadas por técnicas de tratamento por computador, foram avaliadas no contexto de discriminar unidades litológicas de uma região tropical semi-árida, no Nordeste do Brasil. A área escolhida (Baixo Vale do rio Curuçá, Estado da Bahia) é constituída por rochas metamórficas arqueanas/proterozóicas, de alto a baixo graus e é parte da importante província do Vale do Curuçá, distando 100 Km ao norte da Mina de Caraíba. A vegetação é representada por espécies de \"caatinga\", típica do semi-árido brasileiro, com variada densidade de recobrimento e marcada sazonalidade. A densidade de afloramentos na área é relativamente baixa. As técnicas aplicadas, incluindo (1) Ampliação Linear de Contraste, (2) Composições Coloridas Contrastadas, (3) Divisões de Canais, (4) Componentes Principais, possibilitaram enfatizar diferenças sutis de reflectância espectral da superfície, indicativas de um conjunto geobotânico dado por variações nas densidades de cobertura vegetal e de mudanças composicionais nos solos residuais, bem correlacionadas com as variações litológicas do substrato. Os padrões tonais extraídos, corresponderam excepcionalmente bem com as unidades litológicas, cartografadas por mapeamentos geológicos convencionais, na escala 1 : 50.000 e forneceram, adicionalmente, novas contribuições ao conhecimento da área. As medidas espectrais \'in situ\' das condições superficiais das unidades e em laboratório, de amostras de solo, mostraram-se compatíveis com os dados registrados no MSS-Landsat e forneceram subsídios para o entendimento das causas das variações espectrais registradas. Uma análise do desempenho visual dos vários produtos realçados na discriminação litológica, foi também desenvolvida, utilizando-se de critérios de seleções de atributos espectrais. A comparação visual do conteúdo de informação de significado geológico, contido nos vários ) realces, mostrou que o produto híbrido (canais 4, 5/7 e 7, associados às cores verde, azul e vermelha) e a composição colorida normal (canais 4, 5 e 7 e cores azul, verde e vermelha), apresentaram os melhores desempenhos, com informações complementadas pelos realces por Componentes Principais. Os produtos \'ratios\' foram os que apresentaram maiores ambigüidades nas discriminações, com desempenhos inferiores aos Componentes Principais. Os dados analisados da passagem da época seca, não foram por si só suficientes para exprimir as diferenças litológicas na área, sendo valiosa a contribuição da abordagem multitemporal. Espera-se que com os aperfeiçoamentos futuros nos sensores do Landsat 4 e com melhoramentos nas técnicas de tratamento digital, a abordagem aqui realizada, possa ser, com sucesso, aplicada em regiões com outras condições ambientais / Spectral and multispectral informations detected by computer enhanced Landsat - MSS 3, were evaluated within the context of lithological discrimination in a semi-arid tropical region of the northeast of Brazil. The chosen area (lower Valley of Curaçá River, State of Bahia), is made up of low to high grade Archean/Proterozoic metamorphic rocks, and constitutes part of the important copper province of the Curaçá Valley, located 100 Km north of the Caraíba Copper Mine. The vegetation is represented by the \"\"caatinga\", typical of the brazilian semi-arid region and which have varying cover density and marked seasonality. The occurrence of outcrops or exposed rocks is small. The techniques used, including (1) linear contrast stretch, (2) contrast stretched color composites, (3) band-ratioing and (4) Principal Components, make it possible to emphasize subtle differences in the spectral reflectance of the surface, good indicators of geobotanical controls given by variations in the vegetation cover and the changes in the residual soil compositions well correlated to the lithological variations of the substratum. The observed brightness and tonal patterns correspond exceptionally well to the lithological units mapped by conventional geological methods in the 1:50.000 scale and provided, additionally, new contributions to the geological understanding of the area. The spectral measurements, collected in situ for the surface conditions of the units and in the laboratory for the soil samples, showed to be compatible to the data registered by the Landsat - MSS CCTs and provided subsidies to the understanding of the causes of the variations in the registered spectral data. An analysis of the visual performance of the enhanced products for lithological discrimination was performed utilizing criterion of spectral atributes selection (JM distance). A visual comparison of the data expressing geological information obtained from the enhancements showed that the hybrid product (Bands 4, 5/7 and 7 associated to green, blue and red colors, repectivelly), and a standard color composition (Bands 4, 5 and 7 associated to blue, green and red, respectivelly) had the best performance, with information being complemented by the Principal Components enhancements. The band-ratio products were the ones presenting greater ambiguity in the discriminations, with a performance inferior to the Principal Components. The analysis of the data from the dry season was not sufficient by itself in expressing the lithological differences, but the multitemporal approach was of great value. With future sensor improvements in Landsat 4 and betterment of digital treatment techniques, it is expected that the approach utilized in this study can be applied with success in regions with other ambiental conditions.
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Proveniência das rochas arenosas do subgrupo Itararé no sul do Estado de São Paulo / Not available.Wu Fu-Tai 05 June 1989 (has links)
O presente trabalho estuda a proveniência de arenitos do Subgrupo Itararé no sul do Estado de São Paulo. Estas rochas, na área de estudo, podem ser classificadas como subarcóseos, quartzo-arenitos e sublitarenitos. As maturidades textural e mineralógica nesses arenitos nem sempre se correlacionam, indicando que são controladas por fatores diferentes. A maturidade textural é controlada principalmente pelo tipo e pela intensidade de energia dos meios de transporte e deposição, enquanto a maturidade mineralógica é controlada preferencialmente pelos tipos de rochas matrizes e pelo grau de intemperismo da área fonte. A composição dos arenitos é controlada por intemperismo, transporte, deposição e diagênese, fatores estes que, atuando individualmente ou em conjunto, tendem a tornar os arenitos mais quartzosos. Os arenitos da parte inferior do Subgrupo Itararé foram derivados predominantemente de rochas cristalinas constituídas principalmente por granitóides, rochas metamórficas de alto grau e quantidades menores de rochas metassedimentares, parcialmente intemperizadas e parcialmente frescas, situadas na borda oriental da bacia, bem como de pequena contribuição de sedimentos preexistentes. Estes materiais foram transportados por geleiras, águas correntes e ondas, sendo por vezes redepositados por correntes de turbidez de detritos em ambientes marinho raso e glaciomarinho. Os arenitos da parte superior do Subgrupo Itararé foram originados predominantemente das mesmas rochas-matrizes da parte inferior, mas com pouca contribuição de rochas metassedimentares. No entanto, graças à denudação progressiva da área fonte, rochas menos intemperizadas foram atingidas. Estes materiais foram transportados e retrabalhados por correntes de turbidez, águas correntes e ondas, sendo depositados em ambientes deltaico e marinho raso. A composição dos arenitos do Subgrupo Itararé, foi analisada segundo o método Gazzi-Dickinson (Gazzi, 1966; Dickinson, 1970), para discriminar suas proveniências em termos de ambiente tectônico. Outras evidências geológicas, baseadas principalmente no estudo da evolução tectônica da Bacia do Paraná do pré-Cambriano ao Permiano, completaram esse estudo. Os resultados obtidos mostraram que os arenitos do Subgrupo Itararé são derivados de proveniência composta, consistindo tanto de materiais derivados de reciclagem orogênica quanto de cráton estável. / The present work deals with the provenance of sandstones of the Itararé Subgroup in the southern part of São Paulo State. These rocks can be classified as subarkoses, quartzarenites and sublitharenites. The textural maturity of these sandstones cannot always be correlated with the mineralogical maturity, indicating different controlling factors. The textural maturity is mainly controlled by the type and the energy of the transporting and depositional media, whereas the mineralogical maturity is principally controlled by the lithology and weathering degree in the source area. The sandstone composition is controlled by weathering, transportation, deposition and diagenesis. They act individually or in combination, toward the formation of more quartzose sandstones. Sandstones of the lower part of the Itararé Subgroup were chiefly derived from both partially fresh and weathered crystalline rocks, located on the eastern portion of the Paraná basin, such as granitoids, high-grade metamorphic rocks, minor amounts of metasedimentary rocks and minor preexisting sediments. These source materials were transported by glaciers, running waters and waves. In some cases they were reworked by turbidity currents and debris flows, being redeposited in shallow marine and glaciomarine environments. Sandstones of the upper part of the Itararé Subgroup were derived from the same source area that supplied the lower part differing in the very minor contribution of metasedimentary rocks. However, due to progressive denudation of the source area, less weathered rocks were reached. These source materials were transported and reworked by turbidity currents, running waters and waves, being deposited in deltaic and shallow marine environments. Sandstone compositions of the Itararé Subgroup were analyzed according to the method of Gazzi-Dickinson (Gazzi, 1966; Dickinson, 1970), in order to discriminate its provenance in terms to tectonic setting. However, other geologic evidences such as the tectonic evolution of the Paraná Basin, from the Precambrian to Permian, was necessary to complete this study. In conclusion, sandstones of Itararé Subgroup is interpreted to have being derived from a composite provenance with contribution of recycled orogeny and stable craton provenances.
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Origem dos diamictitos e de rochas associadas do subgrupo Itararé, no Sul do Estado do Paraná e Norte do Estado de Santa CatarinaJose Roberto Canuto 15 October 1985 (has links)
A presente dissertação tem por objetivo discutir os resultados do projeto de estudo da facies e provável origem dos diamictitos neopaleozóicos do Subgrupo Itararé, aflorantes no sul do Estado do Paraná e norte do Estado de Santa Catarina, e de algumas rochas sedimentares a eles associadas. O estudo baseou-se no exame megascópico de características estruturais, texturais e nas relações estratigráficas, além da análise paleontológica dos diamictitos e de outros sedimentos, expostos em cortes das rodovias BR-116 (entre os kms 174, no Paraná, e 26, em Santa Catarina), BR-476 (entre os kms 48 e 114) e BR-227 (entre os kms 158 e 226), os dois últimos totalmente incluídos no Estado do Paraná, perfis estes informalmente designados como Campo do Tenente-Itaiópolis, Lapa-São Mateus do Sul e Palmeira-Irati, respectivamente. O Subgrupo Itararé, na área estudada, correspondente a uma sequência sedimentar com espessura máxima de 760 m, subdividida em três formações, a saber: Campo do Tenente (espessura máxima estimada: 200 m), Mafra (310 m) e Rio do Sul (250 m). Diamictitos distribuem-se de modo generalizado nas três unidades, podendo constituir a litologia predominante em algumas seções, juntamente com os arenitos, folhelhos, siltitos, varvitos e ritmitos. Basicamente, os diamictitos subdividem-se em dois grande grupos, isto é, os maciços ou não estratificados e os estratificados, estes de ocorrência mais comum. Pelo menos 11 tipos diferentes de diamictitos maciços e estratificados foram distinguidos e caracterizados. A partir daí, tentou-se interpretar os processos sedimentares envolvidos na sua deposição, sua facies e provável paleoambiente, utilizando-se, para isso, as informações da literatura sobre mecanismos e modelos de sedimentação glaciogênica, cenozóica e recente, que ocorre nos domínios terrestre e marinho da glaciação. Complementarmente, foram, também, utilizadas as informações derivadas da análise palinológica e micropaleontológica de amostras dos diamictitos e outras rochas locais. Os diamictitos maciços incluem tilitos de alojamento e tilitos basais, depositados em condições terrestres ou subaquáticas. Estratificação foi encontrada em zonas dos tilitos basais, sendo mais comum em vários tipos de diamictitos depositados através de diversos processos de fluxo gravitacional de massa (por exemplo, fluxo de detritos, fluxo slurry e correntes de turbidez). Estes também podem incluir corpos formados subaereamente, mas, principalmente, em condições subaquáticas, em parte marinhas, conforme demonstraram os fósseis associados. Diamictitos das diferentes facies compõem pelo menos 3 associações litológicas: a) terrestre/de geleira \"grounded\", representada por tilitos de alojamento ou basais, repousando sobre embasamento polido, estriado ou cisalhado, ou em contato lateral com depósitos fluvio-glaciais; b) plataforma interna/de geleira \"grounded\", que pode, também, incluir tilitos de alojamento ou tilitos basais sobre embasamento polido ou cisalhado, porém recobertos por sedimentos subaquáticos, inclusive marinhos; c) plataforma externa/bacial, incluindo depósitos de fluxo de detritos glaciogênicos, alguns espessos e extensos, associados a folhelhos marinhos e varvitos espessos. Embora as associações não ocorram exclusivamente em nenhuma das formações do Subgrupo Itararé, de modo geral, pode-se dizer que a associação terrestre/de geleira grounded tende a predominar no intervalo basal do Subgrupo Itararé (Formação Campo do Tenente), que pode, também, incluir facies de plataforma interna/de geleira grounded. A segunda associação parece ser mais comum na parte média do Subgrupo Itararé e, localmente, na sua parte superior (Formações Mafra e Rio do Sul). A Formação Mafra mostra, localmente, um conjunto de facies atribuíveis à associação de plataforma externa/bacial. Algumas feições em diamictitos e sedimentos associados da Formação Rio do Sul, sugerem recorrência da associação terrestre/de geleira grounded na parte superior do Itararé. Com base na identificação de tilitos de alojamento ou basais, associados com substrato polido, estriado ou cisalhado, pelo menos 6 ou 7 avanços das geleiras neopaleozóicas foram discriminados em um dos perfis (BR-116). Nem todas essas fases puderam, contudo, ser reconhecidas nas outras seções estudadas. O Subgrupo Itararé, na área, é, também, notável pela presença de extensos e espessos corpos de arenitos fluviais interpretados como pertencentes à Formação Mafra, mas que cortam esses sedimentos embutindo-se em rochas da Formação Campo do Tenente. O mais importante é o Arenito Lapa, um longo e sinuoso corpo descontínuo, sob a forma de canal, em contato erosivo sobre diamictitos, que se estende de SE-NO, infletindo-se, depois, para o norte, por cerca de 60 km, e que se origina junto à margem atual da Bacia, a SE, conforme indicam as medidas de paleocorrentes (estratificação cruzada, lineações de partição, etc), desaparecendo a NO de Lapa. Além dos arenitos, varvitos típicos foram identificados em vários níveis do Subgrupo Itararé, na área. Embora, no geral, restritos ao intervalo basal da sequência (Formação Campo do Tenente), nos perfis examinados, seções espessas dessa litologia foram, também, encontradas, intercaladas com folhelhos e siltitos marinhos e depósitos de fluxo de detritos glaciogênicos, na parte média-superior da Formação Mafra. Neste caso, a gênese desses ritmitos dependeria da afluência de grandes volumes de água de degelo até a bacia de deposição. Quanto à paleogeografia, a orientação paralela das feições de abrasão do embasamento (estrias), das paleocorrentes dos sedimentos associados, dos eixos e dos corpos lineares de arenito fluvial, ou fluvio-glacial, além das dobras e lineações de arrasto, ligadas aos movimentos de massa que afetaram os diamictitos, indicam que estes foram depositados diretamente por gelo, ou resultaram da redeposição de sedimentos glaciogênicos, seja em ambiente terrestre ou subaquático, em parte marinho, em geral, paralelamente ao paleodeclive, a partir de fonte permanente situada ao sudeste da região pesquisada. As isópacas do intervalo basal do Subgrupo Itararé configuram sulcos alongados que se estendem da margem ao interior da Bacia, também orientados paralelamente às feições direcionais acima, e que poderiam corresponder a vales modificados pela abrasão glacial. De modo geral, interpreta-se a sedimentação do intervalo inferior do Subgrupo Itararé como, predominantemente, continental, terrestre e subaquática. A deposição dos pacotes médio e superior já teria ocorrido, ao que tudo indica, em condições, no geral, subaquáticas, provavelmente, em grande parte, marinhas, porém incluindo a recorrência de fácies terrestres da glaciação. A frequência de evidências de movimentos de massa e de seções contendo fósseis marinhos, na área de Rio Negro-Mafra, configura a presença de um corpo d\'água marinho na área, também sugerido pela deposição das isópacas do intervalo médio do Subgrupo Itararé. / The present dissertation aims to discuss the results of a project of study of the facies and probable origin of the Late Paleozoic diamictites from the Itararé Subgroup, cropping out in southern Paraná and northern Santa Catarina States and of some of the associated sediments. The study was based on the megascopic examination of structural, textural features and of the stratigraphic relationships, besides the paleontologica1 analysis of the diamictites, and of other sediments exposed in road cuts along BR- 116 (between km 174, in Paraná State and 26, in Santa Catarina State), BR-476 (between km 48 and 114) and BR-277 (between km 158 and 226), both in Paraná State, also informally designated as Campo do Tenente-Itaiópolis, Lapa-São Mateus do Sul and Palmeira - Irati sections, respectively. The Itararé Subgroup in the area corresponds to a sequence of up to 760 m, subdivided into the three formations, namely: Campo do Tenente (200 m), Mafra (310 m) and Rio do Sul (250 m). Diamictites are widespread in the three formations, where they may constitute the main component together with sandstones, shales, siltstones, varvites and rhythmites. Basically, the diamictites make up two groups, the massive or non-stratified and the stratified, the latter of more common occurrence. At least 11 different types of massive and stratified diamictites could be distinguished and characterized. On the basis of this, an atempt was made to interpret the sedimentary processes involved in deposition of the diamictites, their facies and probable paleoenvironment, in the light of published information mechanisms and models of glaciogenic sedimentation in terrestrial and marine realms, of the Cenozoic and recent glaciations. Information derived from palynological and micropaleontological analyses of samples of diamictites and other rocks have also been complementarely used. Massive diamictites include lodgement and basal tillites formed under terrestrial or subaquatic conditions. Stratification may appear in parts of the basal tillites but is more common feature of the several types of diamictites deposited by different mass gravity flow processes (e.g., debris f1ow \"s1urry\" flow, turbidity currents). These may also include bodies formed subaerially, but are mainly subaquatic, in part marine, as demonstrated by the associated fossils. Diamictites of the different facies compose at least three lithological associations, namely: a) terrestrial/grounded glacier, represented by lodgement tillites resting on polished, striated or sheared basement, or in lateral contact with fluvio-g1acial deposits; b) internal shelf/grounded glacier, which may also include lodgement or basal tillites overlying polished, finely striated and sheared basement, but recovered by subaquatic sediments, including marine ones; c) external shelf/basinal represented by glaciogenic mass gravity flow sediments, some thick and extensive, associated with marine shales and thick varvites. Though the associations do not occur exclusively in any of the three formations of the ltararé, in general terms, the terrestrial/grounded glacier type seems to predominate in the basal interval of the Itararé Subgroup (Campo do Tenente Formation) , which may also include internal shelf/grounded glacier facies. The second association seems to be more common in the middle part of the Itararé Subgroup and locally in its upper section (Mafra and Rio do Sul Formation). The Mafra Formation also exhibits 1oca1ly a set of facies assigned to external shelf/basinal association. Some features of the diamictites and associated sediments of the Rio do Sul Formation suggest reccurrence of the terrestrial/grounded glacier association in the upper part of the Itararé Subgroup. On the basis of the identification of lodgement or basal tillites overlying polished, striated or sheared basement, at least 6-7 glacier advances have been recognized along one profile (BR-116). Not all of these phase however could be recognized along the other sections studied. The ltararé Subgroup in the area is also notable by the occurrence of extensive and thick, fluvial or glacio-fluvial sandstone bodies, belonging to the Mafra Formation, but cutting down being included within sediments of the Campo do Tenente Formation. The most important of these is the Lapa sandstone, a long sinuous and discontinuous channell fill, in erosional contact on diamictites, trending initially from SE-NW, later inflecting towards N, along at least 60 km, originating close to the present basin margin as indicated by paleocurrent measurements, disappearing in the area to the NW of Lapa. Besides the sandstones, varvites were identified at several levels within the Itararé Subgroup. Through, in general restrict to the basal interval (Campo do Tenente Formation), in the sections examined, thick sections of this rock have been found intercalated with marine shales and siltstones and glaciogenic flows, in the middle upper part of the Mafra Formation. In this case, the genesis of this sediment would depend on large amount of melt water flowing into the depositional basin. Paleogeographically, the parallel disposition of the striae, paleocurrents, axes of the glacio - fluvial linear sandstone bodies, of the folds and drag-lineations due to mass gravity flow affecting the diamictites, all point out to their deposition, directly by the ice or as result of redeposition of glaciogenic sediments, either in terrestrial or in subaquatic, in part marine environment, according to the pa1eoslope and from a permanent source towards S and SE. Isopachs of the lower interval of the Itararé Subgroup show elongated sulci extending from the margin towards the basin interior, also trending parallel with the above directional features. These may correspond to valleys cut in the basement and modified by glacial erosion. In general terms the sedimentation of the lower interval of the ltararé Subgroup is interpreted as having occurred under predominant continental conditions, both terrestrial and subaquatic. Deposition of the middle and upper sections on the other based is interpreted as mostly subaquatic, probably marine, but including also recurrence of the terrestrial conditions of the glaciation. Abundant evidences of mass gravity flow of diamictites and associated sediments and intercalation of several marine sections in the Rio Negro-Mafra area, as well as the isopach map are suggestive of the presence of a sizeable marine water body covering this part of the Paraná Basin, during sedimentation of the middle section of the Itararé.
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Petrografia, geotermobarometria e evolução metamórfica de granulitos básicos de alta pressão e rochas transicionais para fácies eclogito na região de Lima Duarte, MG / Not available.Vilela, Luiz Gustavo Gallo 07 July 2000 (has links)
Na Faixa Ribeira, situada na margem sul/sudeste do Cráton do São Francisco, ocorrem rochas pré-cambrianas de alto grau metamórfico pertencentes aos complexos Juiz de Fora e Mantiqueira e ao Grupo Andrelândia. O limite destas unidades se dá na região de Lima Duarte (MG) através da Zona de Cisalhamento homônima, resultando em intenso imbricamento tectônico e escamas de empurrão entre os litotipos. Nesta região ocorrem boudins e/ou encraves máficos de granulitos básicos de alta pressão(granada granulitos) em gnaisses do Complexo Mantiqueira. Os granulitos são petrograficamente caracterizados pela assembléia granada + ortopiroxênio + clinopiroxênio + plagioclásio + quartzo, onde a feição textural principal é aincompatibilidade entre plagioclásio e ortopiroxênio, observada pela constante separação destes dois minerais por fossos de granada e/ou bordas kelifíticas de hornblenda e clinopiroxênio. As bordas de reação e a ocorrência de intercrescimentossimplectíticos de hornblenda + quartzo + clinopiroxênio ± biotita são devidos ao retrometamorfismo. As condições de pico metamórfico calculadas por geotermobarometria estão em torno de 9-10 kbar/750°C, compatíveis com terrenos granulíticos dealta pressão, com reequilíbrios em 7-8 kbar/675-740°C e 5,5-6,1 kbar/550-660°C. Rochas transicionais para fácies eclogito, denominadas granoblastito, também ocorrem na área e caracterizam-se por uma associação mineral granada + ortopiroxênio +clinopiroxênio + quartzo + plagioclásio, onde este último ocorre como pequenos restos inclusos em granada. Cálculos geotermobarométricos resultaram em um provável pico metamórfico entre 16-20 kbar/780-800°C com reequilíbrio por volta de 11kbar/550°C. O estudo da evolução do metamorfismo das rochas de alta pressão em conjunto com os gnaisses Mantiqueira, os piroxênio granulitos do Complexo Juiz de Fora e os metassedimentos do Grupo Andrelândia definem ) processos tectônicos de colisão continental em ambiente de arco magmático, com posterior exumação incrementada por zonas de cisalhamento profundas das orchas formadas sob altas pressões. / High grade metamorphic rocks belonging to the Juiz de Fora and Mantiqueira complexes and Andrelândia Group occur in the Ribeira Belt, southeastern margin of São Francisco craton. The limit among these units is through shear zones in the Lima Duarte city region (Minas Gerais state), resulting in an intense tectonic imbricate zone between these lithotypes. High-pressure basic granulites (garnet granulites) boudins in Mantiqueira gneisses are characterized by the assemblage garnet + orthopyroxene + clinopyroxene + plagioclase + quartz. The main textural feature is the plagioclase-orthopyroxene incompatibility, pointed out by the constant separation between these minerals through garnet moats and kelyphytic structures of hornblende and clinopyroxene. The reaction rims and the occurrence of hornblende + quartz + clinopyroxene \' + ou \' biotite symplectites are due to retrograde metamorphism. The metamorphic peak conditions were calculated by geothermobarometry and are around 9-10 Kbar/750°C, compatible with high-pressure granulitic terranes, displaying reequilibrium at 7-8 kbar/675-740°C and 5,5-6,1 kbar/550-660°C. Transitional rocks to eclogite facies, named granoblastite, occur in the area and are characterized by the assemblage garnet + othopyroxene + clinopyroxene + quartz + plagioclase where plagioclase occurs as small relicts in garnet. Geothermobarometric calculation resulted in a likely metamorphic peak between 16-20 kbar/780-800°C and a reequilibrium around 11 kbar/550°C. The study of high-pressure rocks metamorphism evolution together with the Mantiqueira gneisses, pyroxene granulites (Juiz de For a Complex) and metassedimentary rocks (Andrelândia Group) defines tectonic processes of continental collision at magmatic arc environment. These deep-seated rocks might have been exhumated fastly with contribution of deep shear zones.
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Caracterização petrológica dos granulitos básicos da folha de Guaranésia (MG) / Not available.Angela Maria Martins Marques dos Santos 10 May 1988 (has links)
A área de enfoque deste trabalho está localizada na parte sul do Estado de Minas Gerais compreendendo parte das folhas topográficas de Guaranésia e Guaxupé. A NW da cidade de Guranésia têm-se uma faixa de rochas granulíticas bandadas onde são registradas rochas granulíticas de composição básica. O objetivo deste trabalho foi o de estudar este grupo especial de rocha no que se refere a sua mineralogia e química. Além dos estudos petrográficos, foram feitas análises químicas de rocha total para elementos maiores e menores. Pares clino-ortopiroxênios foram analisados sob macrossonda eletrônica. Um mapa litológico esquemático foi montado a partir de dados de campo coletados por alguns autores que fizeram anteriormente um primeiro reconhecimento na área. Nos mapa é possível separar-se duas litologias dominantes: migmatitos a SW de Guaranésia e granulitos a NW. Intercalações de granulitos máficos foram identificados tanto no domínio migmatítico quanto nos granulitos, no entanto são mais freqüntes neste último. Os granulitos básicos de Guaranésia são granulitos gabronoríticos e monzonoríticos. Os granulitos gabronoríticos são constituídos essencialmente por plagioclásio (A\'n IND. 40-55-\' 43%), clinopiroxênio (salita - 12%), ortopiroxênio (hiperstênio - 10%) e anfibólio (20%). Para os granulitos monzonoríticos têm-se plagioclásio (A\'n IND. 20-40-\' 59%), clinopiroxênio (salite - 4%), ortopiroxênio (hiperstênio - 6%) e anfibólio (19%) bem como a freqüência em torno de 10% de quartzo e feldspato potássico. Os minerais acenários mais freqüentes são os opacos seguidos pelo zircão e titanita. Foram analisados os pares clino-ortopiroxênios, deste grupo de amostras, sob microssonda eletrônica. Cálculos termométricos, utilizando-se as calibragens de Wood e Banno (1973), Wells (1977) e Kretz (1982) apresentam um valor médio de \'780 GRAUS\'C \'+ OU -\' 60 para a temperatura do metamorfismo que afetou este grupo de rochas. A pressão ) estimada é da ordem de 7,5 quilobários, comparativamente aos dados de Wilson (1976), correspondendo a uma profundidade de crosta em torno de 26 km. Com os dados químicos de rocha total e parâmetros de Niggli, foram construídos diversos diagramas propostos na literatura. Os diagramas MgO - CaO - FeO de Walker (1960) e ACF de Orville (1969) indicam uma possível origem sedimentar. Evidências que indicam uma origem ígnea são apontados nos diagramas que relacionam parâmetros de Niggli C versus mg, 100 mg - C - (al-alk) bem como valores de elementos menores como Cr versus mg, Ni versus mg e Cr versus Ti\'O IND. 2\', todos propostos por Leake (1964). As amostras de granulitos básicos de Guaranésia também se situam no campo ígneo prposto por Van der Kamp (1968). Comparações químicas com as principais séries magmáticas basálticas apontam semelhanças com a série basáltica subalcalina com representantes das subdivisões calco-alcalinas e toleíticas, segundo os limites de MacDonald e Katsura (1964), Irvine e Baragar (1971). Para o diagrama de Jensen (1976) os granulitos de Guaranésia se posicionam no campo dos basaltos toleíticos ricos em Fe. Os valores plotados das amostras de Guaranésia apresentam uma distribuição aleatória e um espalhamento grande pelos campos discriminados nos diagramas propostos por Pearce e Cann (1973) com relação a Ti/100 - Zr - Sr/2 e Ti/100 - Zr - 3y e Pearce e Norry (1979) de Zr/Y versus Zr para os diversos ambientes tectônicos de formação de rochas no Fanerozóico. Foi obtida melhor resposta nos diagramas propostos por Gill (1979). Nos diagramas que relacionam mg*(100 MgO)/(MgO + FeO) versus teores de Ni e Cr os valores dos granulitos de Guaranésia estão comcentrados no campo referente aos basaltos Arqueanos. / This paper presents the results of a study of granulite rocks from Guaranésia region on south Minas Gerais State. In this area two main rocks groups are present: migmatites and granulites. Small lenses or bands of basic granulites occur rather in migmatites or granulites. The pyroxene granulites from Guaranésia region show a basic composition with SiO2 mean values about 49,8%. Petrography studies show that the basic granulites have a gabbronoritic to monzonoritic composition made up essencially by plagioclase (an 40-55), clynopyroxene (salite), orthopyroxene (hypersthene) and amphiboles. Opaques, zircon and sphene are accessory minerals. Microprobe analyses of clino and orthopyroxenes are presented. The mineral pairs of clino-orthopyroxenes give an average temperature of 780 \'+ ou -\' 60°C while a pressure of 7,5 kbar, estimated by Al2O3 content of pyroxenes (according Wilson 1976). Major and traces elements (Cr, Ni, Rb,Sr, Ba) have been determined in 10 samples of basic granulites. Some critical plots are presented. Evidence provided by chemical variation trends suggests that basic granulites of Guaranesia region have probably been derived from basic igneous rocks, rather than calcareous-dolomitic shales. The chemical variation trend of basic granulites are similar to that of subalcalic magma series. Ni (ppm), Cr (p.p.m), Al2O3 (%) and TiO2 (%) as function of mg number (100 Mg/Mg+Fe) diagram, show basic granulites values in the field of Archaean toleiites.
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Petrologia e aspectos tectônicos do Complexo Granítico Quixada-Quixeramobim, CE / Not available.Afonso Rodrigues de Almeida 01 December 1995 (has links)
O Complexo Granítico Quixadá - Quixeramobim, situado na porção central do Estado do Ceará, distante cerca de 160 Km a sudoeste de Fortaleza, está constituído por dois batólitos: o Quixadá e o Quixeramobim. O primeiro, situado na porção setentrional do Complexo, exibe uma área aflorante com forma de pêra de cerca de 260 Km2, está constituído por uma suíte cálcio-alcalina de alto potássio, composta por dioritos, monzonitos (dominantes) e sienitos, todos porfiríticos, com megacristais de plagioclásio e feldspatos potássicos imersos em uma matriz de cor preta esverdeada granulação média a grossa, composta essencialmente por anfibólios e biotita. Os dioritos ocorrem principalmente na forma de encraves elipsoidais e diques sinplutônicos, sua forma diapírica é ressaltada pelas foliações internas paralelas aos contatos e às foliações externas, formando na sua porção norte, um \"trend\" circular, indicando um baloneamento \"in situ\". Seus litotipos são essencialmente intermediários e metaluminosos, ricos em álcalis, MgO (\'K IND. 2\'O/MgO \'APROXIMADAMENTE A\'l), CaO Sr, Ba, e ETRL, caracterizando-os como uma suite shoshonítica pós-colisional. O batólito Quixeramobim com cerca de 1600 Km2 de área está constituido por seis grandes subdivisões litológicas ou facies; o Muxuré Novo, o Muxuré Velho, o Água Doce, o Serra Branca, o Uruquê, o Mobilizados Tardios e os Sub-Facies Boa Fé e Uruquê Transicional Muxuré Novo. Os facies Muxuré Novo, Serra Branca e o Sub-Facies Boa Fé constituem uma suite cálcio-alcalina de médio potássio, composta por quartzo-dioritos, tonalitos, granodioritos (dominantes) e monzogranitos a biotita e anfibólio. Eles são diferenciados por seu padrão textural porfirítico, com o Serra Branca apresentando fenocristais de feldspatos variando de 20 a 6 cm, o Muxuré Novo com fenocristais variando de 6 a 1,5 cm e o Boa Fé exibindo fenocristais aproximadamente equidimensionais em torno de 2,5 cm. Os litotipos do Água Doce constituem uma suíte cálcio-alcalina de baixo potássio, composta essencialmente por quartzo-dioritos e tonalitos de cor cinza azulado, granulação média, afiricos, com biotita e anfibólios como minerais máficos essenciais. O facies Uruquê, está composto essencialmente por granodioritos e monzogranitos a biotita. São rochas leucocráticas, de cor cinza claro a cinza amarelado, granulação média a fina e afiricas. Juntamente com os encraves microgranulares compõem uma suite calcio-alcalina de médio potássio. o facies Muxuré velho, uma suite tonalítica de variável potássio, está presente na forma de encraves e diques sinplutônicos, inclusos no seio dos litotipos dos demais facies. São rochas de cor escura e de granulação média a fina geralmente contendo xenocristais de feldspatos potássicos. Seus litotipos são essencialmente metaluminosos, ricos em álcalis, Sr, Ba, e ETRL, e pobres em CaO e MgO caracterizando-os como uma suite cálcio-alcalina tardi-colisional. A geometria dos batólitos Quixeramobim junto com a que mostra o vizinho Senador Pompeu, bem como o grande número de lâminas de rochas encaixantes adentrando ao batólito Quixeramobim sugerem que estes batólitos ascenderam através de fraturas extensionais geradas durante o movimento sinistral da zona de cisalhamento senador Pompeu. Uma rotação no campo de esforços regionais ocasionou a inversão dos movimentos da zona de cisalhamento Senador Pompeu, imprimindo nos litotipos do batólito Quixeramobim uma deformação no estado sólido, caracterizada pela presença de planos S-C, sombras de recristalização assimétrica etc., cujos indicadores cinemáticos indicam que o último movimento dúctil, foi de natureza destral, também responsável pela abertura de fraturas extensionais, por onde ascenderam os magmas Quixadá e pelo desenvolvimento da zona de cisalhamento Quixeramobim, através do arrasto das rochas encaixantes contra o batólito Quixeramobim. Os litotipos Quixeramobim exibem teores de SiO2 que variam de 5l a 73%, são essencialmente metaluminosos, ricos em alcalis, Sr, Ba e ETRL e pobres em ETRP, MgO e CaO. Seus teores em ETRL são de 2 a 3 vezes mais altos que os exibidos por suites cálcio-alcalinas normais. A ocorrência universal de encraves microgranulares e diques sinplutônicos descontínuos em ambos os batólitos, sugere que o mecanismo de mistura de magmas foi de primordial importância na geração destes batólitos. Em Quixeramobim, as inclinações das curvas de mistura indicam uma participação de magmas crustais em torno de 65%, e os mantélicos participando com 35%. Em Quixadá parece não haver a participação de magmas crustais. Os altos teores de Sr, Ba e ETRL, com anomalias de Eu ausentes e baixos teores de ETRP, sugerem que os magmas mantélicos são o resultado da fusão de um manto litosférico metassomatisado enriquecido em ETRL, controlada principalmente por hornblenda e flogopita. Em Quixada, magmas potássicos leves, cujas fusões foram controladas por flogopitas, parecem ter sido os primeiros a invadirem a crosta, seguidos e inundados imediatamente por magmas mais magnesianos, cujas fusões foram controladas principalmente por hornblenda. A mistura dos magmas, em ambos os casos, ocorreu quando os magmas estavam essencialmente liquidos, com baixos percentuais de cristais. Os líquido resultantes da mistura evoluiram por cristalização fracionada com um mecanismo de cristalização \"side wall\" se adaptando perfeitamente ao batólito Quixeramobim. Modelamento matemático utilizando ETR e K, Rb, Ba e Sr sugere que 45% de fracionamento de uma associação mineralógica similar ao facies Muxuré Novo, a partir de uma fonte similar ao água Doce, gera líquidos ricos em álcalis, menos densos, que cristalizam para formar uma carapaça Serra Branca. Injeções intermitentes de magmas máficos Muxuré Velho, são os responsáveis por manter a câmara magmática suficientemente aquecida para a formação dos megacristais. Magmas residuais correspondem ao facies Uruquê. O batólito Quixadá não exibe zoneamento conspícuo, com os seus litotipos distribuídos conforme mecanismos de diferenciação local. Modelamento matemático em K, Rb, Ba e Sr, sugere que os granitos finos filonianos correspondem a líquidos endógenos intersticiais, resultantes do fracionamento da granito que agora constitui a sua rocha encaixante adjacente à fratura na qual eles são encontrados. / The granitoid Quixadá-Quixeramobim complex, centrally located in the state of Ceará, northeastern Brazil, some 160 Km to the SW of Fortaleza, is made up by the northern Quixadá and the southern Quixeramobim batholiths. The first, with ca. 260 km2 of outcrops, is pear-shaped and constituted by a high-K calc-alkaline series showing mainly diorites, syenites and predominate monzonites, all strongly porphyritic, with K-feldspar and plagioclase set up in a black-greenish, medium-coarse grained matrix with biotite and amphiboles. Diorites occur mainly as a ellipsoidal enclaves and synplutonic dikes. The diapiric outlines of the whole batholith is enhanced by internal foliations set parallel to the contacts, forming at its northern part a circular pattern suggestive of \"in situ\" ballooning. The rocks are essentially intermediate and meta-aluminous types, enriched in alkalis, MgO (\'K IND.2\'O/MgO \'APROXIMADAMENTE IGUAL A\' l), CaO, Sr, Ba and LREE, chemically akin to a shoshonitic post-collisional suite. The Quixeramobim batholith, covering about 1600 \'Km IND.2\', shows six main petrographics divisions or facies, informally called Muxuré Velho, Muxuré Novo, Água Doce, Serra Branca, Uruquê and Late Mobilizates and the secondary units Boa Fé and Uruquê transitional Muxuré Novo. The Muxuré Novo, Serra Branca facies and the Boa Fé subunits constitute a medium-K calc-alkaline series, made up by quartz-diorites, tonalites, predominant granodiorites and monzogranites, all with bitotite and hornblende. Sizes and forms of feldspars vary in these facies from lathlike (20 to 6 cm, Serra Branca; 6 to 1,5 cm, Muxuré Novo) to almost equidimensional (ca. 2,5 cm; Boa Fé). The Água Doce rocks are mainly aphyric, greyish-bluish, medium-grained, low-K calc-alkaline types showing predominant quartz-diorites and tonalites, with biotites and sometimes amphiboles. The Uruquê facies is constituted by leucocratic, light grey to yellowish grey, aphyric, medium-grained biotite granodiorites and monzogranites; they form a together with their enclaves, a medium-K calc-alkaline series. The Muxuré Velho facies, a tonalite series with variable K contents is found as enclaves and synplutonic dikes within the other granitoids facies; they are dark grey, medium-fine grained types, usually containing K-feldspar xenocrysts. As a whole, the Quixeramobim rocks, with SiO2, contents between 51 and 73%, are meta-aluminous, enriched in alkalies, Sr, Ba and LREE and poor in HREE, MgO and CaO. LREE abundances are 2 to 3 times those usually found in normal calc-alkaline suites. The outline of the Quixeramobim batholith (as well as that of the nearby Senador Pompeu batholith), coupled with the large number of sheets of country rocks found within the granites, suggests that the batholits were formed by sequential intrusions along extensional fractures generated during the sinistral movement of the large Senador Pompeu shear zone. An inversion in the shear movement occurred later on as characterized by the presence and orientation of S-C planes, asymmetric recrystallization shadows, etc. The last movement generated another set of extensional fractures, now serving as pathways for the invasion of the Quixadá magmas, and was also responsible for the development of the Quixeramobim shear zone, dragging wall rocks against the already emplaced Quixeramobim batholith. The ubiquitous þresence of enclaves and synplutonic dikes in both batholiths suggests that magma mixing played a significant part in rock genesis. In Quixeramobim, the inclination of mixing curves, as observed in variation diagrams, points to a contribution of about 65% of crustal magmas to the final composition, the remainder being attributed to mantle-derived magnas. The Quixadá rocks seem to be made up entirely by mantle-derived magmas. The high contents of Sr, Ba and LREE, with no anomaly of Eu and low abundances of HREE, indicate that the mantle derived magmas that occur in Quixeramobim batholith, were formed by melting controlled by hornblende of a metasomatized lithosferic mantle. In Quixadá, the first magmas to invade the crust were less dense magmas potassic magmas. generated by a melting process controlled by phlogopite, followed by more magnesian magmas derived of a hornblende-bearing protolith. Mixing of magmas occurred at a stage when they were mainly liquid. The mixed magmas evolved later by crystal fractionation, with the mechanism \"side-wall\" crystallization well adapted to Quixeramobim batholith. Fractionation modeling using REE, K, Rb, Ba, and Sr suggests that a source similar to Água Doce facies can generate Muxuré Novo magmas, in turn producing, by a 35-45%. fractionation, a less dense and alkali-rich liquid that form the outer shell of Serra Branca types. Regular injections of the more basic magmas Muxuré Velho liquids add heat to the crystallizing magma chambers, allowing for growth of megacrysts. Extract of residual magmas formed the Uruquê rocks. The Quixadá batholith does not exhibit a conspicuous zoning pattern. Fractionation modeling using K, Rb, Sr and Ba indicates that its finer-grained late granites correspond to the composition of interstitial liquids, extracted from the larger masses of crystallizing early granites, into which they were emplaced.
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