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Paradigma ou campo: uma análise da produção acadêmica sobre o processo de projeto

Stefani, Alessandra Márcia de Freitas 20 August 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-15T19:24:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alessandra Marcia de Freitas Stefani.pdf: 3196213 bytes, checksum: da3548a1ae5d5dbe211382b2e0998be7 (MD5) Previous issue date: 2014-08-20 / Fundo Mackenzie de Pesquisa / This research takes place in the context of FAU-Mackenzie and from the author's experience as Computer Graphic Professor of Designer, who proposes a reflection on the academic discussion about the impact of digital tools in the design process. Having as main objective to identify factors in academic discourse to help understanding in what extent digital tools are effectively shaping a new paradigm or if what is new lately is the construction of a discourse configuring and defining a research field aiming to add value to players and agents who would not deserve within the scene of traditional academic discourses the same spotlight in design process. It uses as theoretical foundation Pierre Bourdieu´s thinking tools - habitus, field and capital - as well as the notion of paradigm shift by Thomas Kuhn in order to map design research field and to investigate the digital design model presented by Rivka Oxman in her article Theory and Design in the First Digital Age', published in Design Studies Magazine, 2006. In order to analyze academic context for design process this thesis focus on textual production of two authors considered references in the field of design research - Rivka Oxman and Nigel Cross - who are elected by this study as spokespersons of their fields and their scientific communities. This theoretical research was based on an extensive bibliographic survey of intellectual production made by the referenced authors and it considers their texts as narratives and discourses to understand our studied object the digital design process within its social context of their scientific and cultural production. Among the contributions belonging to this study there is one table with some unanswered questions about left over blanks in digital design by Oxman which can function as themes for future research and investigations with regards to digital design model. In addition, another benefit of this study was the presentation of the full translation of the article 'Theory and Design in The First Digital Age' (2006), by Rivka Oxman, which fills a gap in the Brazilian research as there are only a few texts translated about digital design in the academic production. / Esta pesquisa se dá no contexto da FAU-Mackenzie, a partir da experiência da autora como professora de Computação Gráfica no curso de Design, e propõe uma reflexão sobre a discussão acadêmica acerca do impacto das ferramentas digitais no processo de projeto. Tem como objetivo principal identificar fatores presentes no discurso acadêmico, que ajudem a compreender em que medida as ferramentas digitais estão efetivamente moldando um novo paradigma de processo de projeto ou se, em última análise, o que há de novo é a construção de um discurso, que ao configurar e delimitar um campo de pesquisa busca valorizar protagonistas e agentes que na cena tradicional dos discursos acadêmicos acerca do processo de projeto não mereceriam o mesmo destaque. Utiliza como fundamentação teórica as ferramentas de pensamento habitus, campo e capital - tal como construída por Pierre Bourdieu e a noção de transição de paradigmas, definida por Thomas Kuhn, para mapear o campo de pesquisa em projeto e investigar o Modelo de projeto digital apresentado por Rivka Oxman, no texto Theory and Design in the First Digital Age , publicado na revista Design Studies, 2006. A fim de analisar o processo de projeto em âmbito acadêmico, a tese faz um recorte de estudo sobre a produção textual de dois autores considerados referências no campo de pesquisa em projeto - Rivka Oxman e Nigel Cross, que são aqui eleitos como porta-vozes de seus campos e respectivas comunidades científicas. Esta pesquisa teórica baseou-se em um levantamento bibliográfico extenso da produção intelectual publicada pelos autores referenciados e considera tais textos como narrativas e discursos dos autores para ambientar o objeto de estudo processo de projeto digital - no contexto social de sua produção científica e cultural. Entre as contribuições presentes neste estudo estão um quadro de questões sobre as lacunas não respondidas no modelo de projeto digital de Oxman, contribuição que pode servir de base para futuras pesquisas e investigações sobre este tema. Além disso, outra contribuição deste estudo foi a apresentação integral da tradução do texto Theory and Design in the First Digital Age (2006), de Rivka Oxman, que preenche uma lacuna na pesquisa em projeto digital no Brasil, já que existem poucos textos traduzidos desta produção acadêmica.
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Arquitetura na era digital-financeira: desenho, canteiro e renda da forma / Architecture in the financial-digital era: the design, construction, and rent of form

Arantes, Pedro Fiori 20 April 2010 (has links)
A arquitetura contemporânea vive hoje uma arriscada fusão com a publicidade e a indústria do entretenimento. Tal convergência exige uma expansão da forma arquitetônica até o limite de sua materialidade. Em busca da renda informacional máxima, característica do universo das marcas mundiais, constatamos uma inversão de seus antigos fundamentos construtivos e produtivos, subvertidos por um jogo de volumes e efeitos para além de qualquer regra ou limitação. Aliado às técnicas digitais de projeto e à reorganização dos canteiros de obra, esse novo fetichismo da forma, análogo à autonomização do poder e da riqueza abstrata no capitalismo contemporâneo, define a nova condição da arquitetura. Estudaremos essa condição tomando como fio condutor projetos dos arquitetos mais consagrados pelo atual sistema de distinção e premiação. No propósito de melhor identificar esta arquitetura da exceção, investigamos nas obras emblemáticas dos últimos vinte anos um conjunto de particularidades e recorrências, que a nosso ver define a economia política da exceção e da regra no mundo atual. Principiamos pela análise do emaranhado de significados que sustentam hoje a forma construída, passando em seguida à esfera da produção das novas modalidades de projeto digital às transformações no canteiro de obras para, ao fim, examinar como ocorrem a circulação (com a proliferação de imagens midiáticas), o consumo (especialmente por meio da indústria do turismo) e a distribuição de riquezas que essa arquitetura favorece. O que se verifica é uma produção sobredeterminada pela busca da renda monopolista derivada das propriedades intrínsecas da forma, em seu novo estágio de concepção e realização. Esperamos, assim, mostrar como a arquitetura de ponta tornou-se uma das manifestações mais expressivas da acumulação flexível e da renda das marcas sob a dominância da lógica das finanças. / Contemporary architecture is dangerously enmeshed with the entertainment industry and the field of advertising. This meshing has pushed architectural form to the limits of materiality. Architecture today searches for maximum informational rent, a process typical of global product branding; through this process, established building and production principles are subverted by a play of volumes and effects beyond any rule or limitation. Relying on digital design technologies and the reorganization of the building site, this new fetishism of form, analogous to the autonomization of power and abstract wealth in contemporary capitalism, defines the new condition of architecture. We study this condition by focusing on the work of those architects who are most successful in the current system of professional recognition and rewards. So as to identify this architecture of exception more precisely, we analyze emblematic works from the last twenty years; in these works we identify a set of particularities and recurrent issues that define the political economy of exception and rule today. We begin by analyzing the tangle of meanings associated with contemporary built form. We then move on to the sphere of production from the new technologies of digital design to transformations in the building site. Finally, we examine three processes as they relate to contemporary architecture: circulation (through the proliferation of images in the media), consumption (in particular through the tourist industry), and distribution of wealth. Our investigation reveals that architectural production, in its new stage of conception and realization, is overdetermined by the search for monopoly rent through intrinsic properties of form. We argue that cutting-edge architecture has become one of the most expressive manifestations of flexible accumulation and brand revenue under the prevailing logic of financial capitalism.
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Arquitetura na era digital-financeira: desenho, canteiro e renda da forma / Architecture in the financial-digital era: the design, construction, and rent of form

Pedro Fiori Arantes 20 April 2010 (has links)
A arquitetura contemporânea vive hoje uma arriscada fusão com a publicidade e a indústria do entretenimento. Tal convergência exige uma expansão da forma arquitetônica até o limite de sua materialidade. Em busca da renda informacional máxima, característica do universo das marcas mundiais, constatamos uma inversão de seus antigos fundamentos construtivos e produtivos, subvertidos por um jogo de volumes e efeitos para além de qualquer regra ou limitação. Aliado às técnicas digitais de projeto e à reorganização dos canteiros de obra, esse novo fetichismo da forma, análogo à autonomização do poder e da riqueza abstrata no capitalismo contemporâneo, define a nova condição da arquitetura. Estudaremos essa condição tomando como fio condutor projetos dos arquitetos mais consagrados pelo atual sistema de distinção e premiação. No propósito de melhor identificar esta arquitetura da exceção, investigamos nas obras emblemáticas dos últimos vinte anos um conjunto de particularidades e recorrências, que a nosso ver define a economia política da exceção e da regra no mundo atual. Principiamos pela análise do emaranhado de significados que sustentam hoje a forma construída, passando em seguida à esfera da produção das novas modalidades de projeto digital às transformações no canteiro de obras para, ao fim, examinar como ocorrem a circulação (com a proliferação de imagens midiáticas), o consumo (especialmente por meio da indústria do turismo) e a distribuição de riquezas que essa arquitetura favorece. O que se verifica é uma produção sobredeterminada pela busca da renda monopolista derivada das propriedades intrínsecas da forma, em seu novo estágio de concepção e realização. Esperamos, assim, mostrar como a arquitetura de ponta tornou-se uma das manifestações mais expressivas da acumulação flexível e da renda das marcas sob a dominância da lógica das finanças. / Contemporary architecture is dangerously enmeshed with the entertainment industry and the field of advertising. This meshing has pushed architectural form to the limits of materiality. Architecture today searches for maximum informational rent, a process typical of global product branding; through this process, established building and production principles are subverted by a play of volumes and effects beyond any rule or limitation. Relying on digital design technologies and the reorganization of the building site, this new fetishism of form, analogous to the autonomization of power and abstract wealth in contemporary capitalism, defines the new condition of architecture. We study this condition by focusing on the work of those architects who are most successful in the current system of professional recognition and rewards. So as to identify this architecture of exception more precisely, we analyze emblematic works from the last twenty years; in these works we identify a set of particularities and recurrent issues that define the political economy of exception and rule today. We begin by analyzing the tangle of meanings associated with contemporary built form. We then move on to the sphere of production from the new technologies of digital design to transformations in the building site. Finally, we examine three processes as they relate to contemporary architecture: circulation (through the proliferation of images in the media), consumption (in particular through the tourist industry), and distribution of wealth. Our investigation reveals that architectural production, in its new stage of conception and realization, is overdetermined by the search for monopoly rent through intrinsic properties of form. We argue that cutting-edge architecture has become one of the most expressive manifestations of flexible accumulation and brand revenue under the prevailing logic of financial capitalism.

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