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Dinâmicas socioambientais e disputas territoriais em torno dos empreendimentos florestais no Sul do Rio Grande do SulBinkowski, Patrícia January 2014 (has links)
Nas últimas décadas, o cenário mundial foi marcado pela migração de empresas produtoras de madeira para celulose e papel do hemisfério norte para o hemisfério sul, provocando uma nova espacialização dos plantios de arbóreas, entre elas, eucalipto, acácia e pinus. A implantação desses grandes projetos tem desencadeado mudanças nas práticas sociais e no meio natural nos espaços rural e urbano de determinadas regiões, como é o caso do sul do Rio Grande do Sul. Este estudo se destina a analisar e compreender como e por que se expandiu a atividade florestal em um dos municípios desta região, Encruzilhada do Sul, e como a expansão dos empreendimentos de produção e beneficiamento de madeira passaram a interferir nas relações sociedade-natureza, influenciando novos contextos no meio urbano e rural do município. Para responder a tais questionamentos foi realizada pesquisa de campo com atores sociais envolvidos nesse contexto empírico. Adotou-se como referencial teórico-metodológico as noções/categorias de território e conflito ambiental. A análise permitiu constatar: a) o surgimento de novos atores sociais e a disseminação de uma “lógica florestal”; b) alterações importantes na paisagem rural e urbana; c) desterritorialização e reterritorialização da população local; d) alterações nos sistemas produtivos e influências diretas na posse da terra; e) mudanças nas relações e condições de trabalho; e, f) transformações nas relações de poder e redefinição de estratégias empresariais. As mudanças afetaram, direta e indiretamente, as práticas cotidianas da população local envolvida ou não com a atividade de silvicultura, provocando alterações nas formas como os indivíduos/grupos passaram a decidir e garantir a sua reprodução social e modos de vida. As comunidades envolvidas passaram então a resignificar o território, construindo um “novo” espaço, atrelado ao surgimento de uma “nova territorialidade” e uma “nova ruralidade”. Mas não foi identificada uma reação coletiva por parte da população local contrária aos impactos negativos provocados pela atividade de silvicultura no município. A atividade de silvicultura em Encruzilhada do Sul tende a ser vista como uma “estratégia de desenvolvimento”, seja na visão do poder público local, das empresas florestais ou da população local, esta última influenciada pelos dois primeiros grupos, acreditando que a atividade é, literalmente, a “salvação da lavoura”. A concepção desenvolvimentista gerada pela atividade de silvicultura, no entanto, não determinou até agora o tão desejado desenvolvimento para o município, ao contrário, tem comprometido a própria reprodução social das comunidades que passam a criar novas estratégias de (re)adaptação e enfrentamento à “lógica florestal” instaurada na região. / In recent decades, the world stage was marked by the migration of timber companies (for paper and pulp production) from north to south hemisphere, influencing on the new specialization of tree crops, specially eucalyptus, acacia and pine. The implementation of these large projects have led to changes in the social practices and in the natural environment, in the rural and urban areas, as for instance the south of Rio Grande do Sul, Brazil. This study aims to analyse and understand how and why the forestry sector have expanded into city of Encruzilhada do Sul, and how the expansion of timber production and processing enterprises have interfered in the society-nature relations, influencing new rural and urban contexts. To answer these questions, the research was conducted with local social actors.The theoretical and methodological framework adopted were notions/categories of territory and environmental conflict. The results indicated that: a) the emergence of new social actors and the dissemination of a “forestry logic”; b) significant changes over the rural and urban landscape; c) re-territorialization of local population; d) changes in the productive systems and direct influences in the land tenure; e) changes in the relations and conditions of work; f) transformations in the power relations and in the redefinition of business strategies. These changes have affected directly and indirectly the everyday practices of local population, which are involved or not with the forestry activity, changing their decisions, guarantees of social reproduction and the ways of life. The territory has been re-framed by these communities, building a “new” space, related to the emergence of a “new territoriality” and a “new rurality”. However, it was not identified a collective reaction from local population against the negatives impacts caused by the forestry activity in this municipality. The forestry activity in Encruzilhada do Sul tends to be seen as a development strategy from local government, forestry companies and local population. The last one is influenced by the two first groups, which believe that the activity literally is the “farming salvation”. The developmental concept generated by the forestry activity, however, has not determined yet the “development desired” for the local, unlike, it committed the social reproduction of the communities that have created new re-adaption and confronting strategies to the “forestry logic” established in the region. / En las últimas décadas el escenario mundial fue marcado por la migración de las empresas productoras de madera para celulosa y papel del hemisferio norte para el hemisferio sur, provocando una nueva especialización en el cultivo de arbóreas, entre ellas, eucalipto, acacia y pino. La instalación de estos grandes proyectos ha desencadenado cambios en las prácticas sociales y en el medio natural, en los espacios rurales y urbanos de determinadas regiones, como es el caso del sur de Río Grande do Sul. Este estudio se orienta a analizar y comprender como y porque se expandió la actividad forestal en uno de los municipios de esta región, Encruzilhada do Sul, y como la expansión de los emprendimientos de producción y beneficio de la madera pasaran a interferir en las relaciones sociedad-naturaleza, influyendo en nuevos contextos en el medio urbano y rural del municipio. Para contestar a tales interrogantes se realizó una investigación de campo con actores sociales involucrados en este contexto empírico. Se adoptó como referencia teóricametodológica las nociones/categorías de território y conflicto ambiental. El análisis permitió constatar: a) el surgimiento de nuevos actores sociales y la diseminación de una “lógica forestal”; b) alteraciones importantes en el paisaje rural y urbano; c) desterritorialización y reterritorialización de la población local; d) alteraciones en los sistemas productivos e influencias directas en la posesión de la tierra; e) cambios en las relaciones y condiciones de trabajo; f) transformaciones en las relaciones de poder y re-definición de estrategias empresariales. Los cambios afectaron, directa o indirectamente, las practicas cotidianas de la población local involucrada o no, con la actividad de silvicultura, provocando alteraciones en las formas como los individuos /grupos pasaron a decidir y garantizar su reproducción social y sus modos de vida. Las comunidades involucradas pasaron entonces a re-significar el territorio, construyendo un “nuevo” espacio, atrayendo el surgimiento de una “nueva territorialidad” y una “nueva ruralidad”. Pero no fue identificada una reacción colectiva por parte de la población local opuesta a los impactos negativos provocados por la actividad de silvicultura en el municipio. La actividad de silvicultura en Encruzilhada do Sul tiende a ser vista como una “estrategia de desarrollo”, sea con la visión del poder publico local, de las empresas forestales o de la población local, esta ultima influenciada por los dos primeros grupos, acreditando que la actividad es, literalmente, la “salvación de la agricultura”. La concepción desarrollista generada por la actividad de la silvicultura, sin embargo, no se ha determinado hasta ahora el tan deseado desarrollo para el municipio, al contrario, tiene comprometido la propia reproducción social de las comunidades que pasan a crear nuevas estrategias de (re)adaptación y enfrentamiento a la “lógica forestal” instaurada en la región.
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Dinâmicas socioambientais e disputas territoriais em torno dos empreendimentos florestais no Sul do Rio Grande do SulBinkowski, Patrícia January 2014 (has links)
Nas últimas décadas, o cenário mundial foi marcado pela migração de empresas produtoras de madeira para celulose e papel do hemisfério norte para o hemisfério sul, provocando uma nova espacialização dos plantios de arbóreas, entre elas, eucalipto, acácia e pinus. A implantação desses grandes projetos tem desencadeado mudanças nas práticas sociais e no meio natural nos espaços rural e urbano de determinadas regiões, como é o caso do sul do Rio Grande do Sul. Este estudo se destina a analisar e compreender como e por que se expandiu a atividade florestal em um dos municípios desta região, Encruzilhada do Sul, e como a expansão dos empreendimentos de produção e beneficiamento de madeira passaram a interferir nas relações sociedade-natureza, influenciando novos contextos no meio urbano e rural do município. Para responder a tais questionamentos foi realizada pesquisa de campo com atores sociais envolvidos nesse contexto empírico. Adotou-se como referencial teórico-metodológico as noções/categorias de território e conflito ambiental. A análise permitiu constatar: a) o surgimento de novos atores sociais e a disseminação de uma “lógica florestal”; b) alterações importantes na paisagem rural e urbana; c) desterritorialização e reterritorialização da população local; d) alterações nos sistemas produtivos e influências diretas na posse da terra; e) mudanças nas relações e condições de trabalho; e, f) transformações nas relações de poder e redefinição de estratégias empresariais. As mudanças afetaram, direta e indiretamente, as práticas cotidianas da população local envolvida ou não com a atividade de silvicultura, provocando alterações nas formas como os indivíduos/grupos passaram a decidir e garantir a sua reprodução social e modos de vida. As comunidades envolvidas passaram então a resignificar o território, construindo um “novo” espaço, atrelado ao surgimento de uma “nova territorialidade” e uma “nova ruralidade”. Mas não foi identificada uma reação coletiva por parte da população local contrária aos impactos negativos provocados pela atividade de silvicultura no município. A atividade de silvicultura em Encruzilhada do Sul tende a ser vista como uma “estratégia de desenvolvimento”, seja na visão do poder público local, das empresas florestais ou da população local, esta última influenciada pelos dois primeiros grupos, acreditando que a atividade é, literalmente, a “salvação da lavoura”. A concepção desenvolvimentista gerada pela atividade de silvicultura, no entanto, não determinou até agora o tão desejado desenvolvimento para o município, ao contrário, tem comprometido a própria reprodução social das comunidades que passam a criar novas estratégias de (re)adaptação e enfrentamento à “lógica florestal” instaurada na região. / In recent decades, the world stage was marked by the migration of timber companies (for paper and pulp production) from north to south hemisphere, influencing on the new specialization of tree crops, specially eucalyptus, acacia and pine. The implementation of these large projects have led to changes in the social practices and in the natural environment, in the rural and urban areas, as for instance the south of Rio Grande do Sul, Brazil. This study aims to analyse and understand how and why the forestry sector have expanded into city of Encruzilhada do Sul, and how the expansion of timber production and processing enterprises have interfered in the society-nature relations, influencing new rural and urban contexts. To answer these questions, the research was conducted with local social actors.The theoretical and methodological framework adopted were notions/categories of territory and environmental conflict. The results indicated that: a) the emergence of new social actors and the dissemination of a “forestry logic”; b) significant changes over the rural and urban landscape; c) re-territorialization of local population; d) changes in the productive systems and direct influences in the land tenure; e) changes in the relations and conditions of work; f) transformations in the power relations and in the redefinition of business strategies. These changes have affected directly and indirectly the everyday practices of local population, which are involved or not with the forestry activity, changing their decisions, guarantees of social reproduction and the ways of life. The territory has been re-framed by these communities, building a “new” space, related to the emergence of a “new territoriality” and a “new rurality”. However, it was not identified a collective reaction from local population against the negatives impacts caused by the forestry activity in this municipality. The forestry activity in Encruzilhada do Sul tends to be seen as a development strategy from local government, forestry companies and local population. The last one is influenced by the two first groups, which believe that the activity literally is the “farming salvation”. The developmental concept generated by the forestry activity, however, has not determined yet the “development desired” for the local, unlike, it committed the social reproduction of the communities that have created new re-adaption and confronting strategies to the “forestry logic” established in the region. / En las últimas décadas el escenario mundial fue marcado por la migración de las empresas productoras de madera para celulosa y papel del hemisferio norte para el hemisferio sur, provocando una nueva especialización en el cultivo de arbóreas, entre ellas, eucalipto, acacia y pino. La instalación de estos grandes proyectos ha desencadenado cambios en las prácticas sociales y en el medio natural, en los espacios rurales y urbanos de determinadas regiones, como es el caso del sur de Río Grande do Sul. Este estudio se orienta a analizar y comprender como y porque se expandió la actividad forestal en uno de los municipios de esta región, Encruzilhada do Sul, y como la expansión de los emprendimientos de producción y beneficio de la madera pasaran a interferir en las relaciones sociedad-naturaleza, influyendo en nuevos contextos en el medio urbano y rural del municipio. Para contestar a tales interrogantes se realizó una investigación de campo con actores sociales involucrados en este contexto empírico. Se adoptó como referencia teóricametodológica las nociones/categorías de território y conflicto ambiental. El análisis permitió constatar: a) el surgimiento de nuevos actores sociales y la diseminación de una “lógica forestal”; b) alteraciones importantes en el paisaje rural y urbano; c) desterritorialización y reterritorialización de la población local; d) alteraciones en los sistemas productivos e influencias directas en la posesión de la tierra; e) cambios en las relaciones y condiciones de trabajo; f) transformaciones en las relaciones de poder y re-definición de estrategias empresariales. Los cambios afectaron, directa o indirectamente, las practicas cotidianas de la población local involucrada o no, con la actividad de silvicultura, provocando alteraciones en las formas como los individuos /grupos pasaron a decidir y garantizar su reproducción social y sus modos de vida. Las comunidades involucradas pasaron entonces a re-significar el territorio, construyendo un “nuevo” espacio, atrayendo el surgimiento de una “nueva territorialidad” y una “nueva ruralidad”. Pero no fue identificada una reacción colectiva por parte de la población local opuesta a los impactos negativos provocados por la actividad de silvicultura en el municipio. La actividad de silvicultura en Encruzilhada do Sul tiende a ser vista como una “estrategia de desarrollo”, sea con la visión del poder publico local, de las empresas forestales o de la población local, esta ultima influenciada por los dos primeros grupos, acreditando que la actividad es, literalmente, la “salvación de la agricultura”. La concepción desarrollista generada por la actividad de la silvicultura, sin embargo, no se ha determinado hasta ahora el tan deseado desarrollo para el municipio, al contrario, tiene comprometido la propia reproducción social de las comunidades que pasan a crear nuevas estrategias de (re)adaptación y enfrentamiento a la “lógica forestal” instaurada en la región.
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Dinâmicas socioambientais e disputas territoriais em torno dos empreendimentos florestais no Sul do Rio Grande do SulBinkowski, Patrícia January 2014 (has links)
Nas últimas décadas, o cenário mundial foi marcado pela migração de empresas produtoras de madeira para celulose e papel do hemisfério norte para o hemisfério sul, provocando uma nova espacialização dos plantios de arbóreas, entre elas, eucalipto, acácia e pinus. A implantação desses grandes projetos tem desencadeado mudanças nas práticas sociais e no meio natural nos espaços rural e urbano de determinadas regiões, como é o caso do sul do Rio Grande do Sul. Este estudo se destina a analisar e compreender como e por que se expandiu a atividade florestal em um dos municípios desta região, Encruzilhada do Sul, e como a expansão dos empreendimentos de produção e beneficiamento de madeira passaram a interferir nas relações sociedade-natureza, influenciando novos contextos no meio urbano e rural do município. Para responder a tais questionamentos foi realizada pesquisa de campo com atores sociais envolvidos nesse contexto empírico. Adotou-se como referencial teórico-metodológico as noções/categorias de território e conflito ambiental. A análise permitiu constatar: a) o surgimento de novos atores sociais e a disseminação de uma “lógica florestal”; b) alterações importantes na paisagem rural e urbana; c) desterritorialização e reterritorialização da população local; d) alterações nos sistemas produtivos e influências diretas na posse da terra; e) mudanças nas relações e condições de trabalho; e, f) transformações nas relações de poder e redefinição de estratégias empresariais. As mudanças afetaram, direta e indiretamente, as práticas cotidianas da população local envolvida ou não com a atividade de silvicultura, provocando alterações nas formas como os indivíduos/grupos passaram a decidir e garantir a sua reprodução social e modos de vida. As comunidades envolvidas passaram então a resignificar o território, construindo um “novo” espaço, atrelado ao surgimento de uma “nova territorialidade” e uma “nova ruralidade”. Mas não foi identificada uma reação coletiva por parte da população local contrária aos impactos negativos provocados pela atividade de silvicultura no município. A atividade de silvicultura em Encruzilhada do Sul tende a ser vista como uma “estratégia de desenvolvimento”, seja na visão do poder público local, das empresas florestais ou da população local, esta última influenciada pelos dois primeiros grupos, acreditando que a atividade é, literalmente, a “salvação da lavoura”. A concepção desenvolvimentista gerada pela atividade de silvicultura, no entanto, não determinou até agora o tão desejado desenvolvimento para o município, ao contrário, tem comprometido a própria reprodução social das comunidades que passam a criar novas estratégias de (re)adaptação e enfrentamento à “lógica florestal” instaurada na região. / In recent decades, the world stage was marked by the migration of timber companies (for paper and pulp production) from north to south hemisphere, influencing on the new specialization of tree crops, specially eucalyptus, acacia and pine. The implementation of these large projects have led to changes in the social practices and in the natural environment, in the rural and urban areas, as for instance the south of Rio Grande do Sul, Brazil. This study aims to analyse and understand how and why the forestry sector have expanded into city of Encruzilhada do Sul, and how the expansion of timber production and processing enterprises have interfered in the society-nature relations, influencing new rural and urban contexts. To answer these questions, the research was conducted with local social actors.The theoretical and methodological framework adopted were notions/categories of territory and environmental conflict. The results indicated that: a) the emergence of new social actors and the dissemination of a “forestry logic”; b) significant changes over the rural and urban landscape; c) re-territorialization of local population; d) changes in the productive systems and direct influences in the land tenure; e) changes in the relations and conditions of work; f) transformations in the power relations and in the redefinition of business strategies. These changes have affected directly and indirectly the everyday practices of local population, which are involved or not with the forestry activity, changing their decisions, guarantees of social reproduction and the ways of life. The territory has been re-framed by these communities, building a “new” space, related to the emergence of a “new territoriality” and a “new rurality”. However, it was not identified a collective reaction from local population against the negatives impacts caused by the forestry activity in this municipality. The forestry activity in Encruzilhada do Sul tends to be seen as a development strategy from local government, forestry companies and local population. The last one is influenced by the two first groups, which believe that the activity literally is the “farming salvation”. The developmental concept generated by the forestry activity, however, has not determined yet the “development desired” for the local, unlike, it committed the social reproduction of the communities that have created new re-adaption and confronting strategies to the “forestry logic” established in the region. / En las últimas décadas el escenario mundial fue marcado por la migración de las empresas productoras de madera para celulosa y papel del hemisferio norte para el hemisferio sur, provocando una nueva especialización en el cultivo de arbóreas, entre ellas, eucalipto, acacia y pino. La instalación de estos grandes proyectos ha desencadenado cambios en las prácticas sociales y en el medio natural, en los espacios rurales y urbanos de determinadas regiones, como es el caso del sur de Río Grande do Sul. Este estudio se orienta a analizar y comprender como y porque se expandió la actividad forestal en uno de los municipios de esta región, Encruzilhada do Sul, y como la expansión de los emprendimientos de producción y beneficio de la madera pasaran a interferir en las relaciones sociedad-naturaleza, influyendo en nuevos contextos en el medio urbano y rural del municipio. Para contestar a tales interrogantes se realizó una investigación de campo con actores sociales involucrados en este contexto empírico. Se adoptó como referencia teóricametodológica las nociones/categorías de território y conflicto ambiental. El análisis permitió constatar: a) el surgimiento de nuevos actores sociales y la diseminación de una “lógica forestal”; b) alteraciones importantes en el paisaje rural y urbano; c) desterritorialización y reterritorialización de la población local; d) alteraciones en los sistemas productivos e influencias directas en la posesión de la tierra; e) cambios en las relaciones y condiciones de trabajo; f) transformaciones en las relaciones de poder y re-definición de estrategias empresariales. Los cambios afectaron, directa o indirectamente, las practicas cotidianas de la población local involucrada o no, con la actividad de silvicultura, provocando alteraciones en las formas como los individuos /grupos pasaron a decidir y garantizar su reproducción social y sus modos de vida. Las comunidades involucradas pasaron entonces a re-significar el territorio, construyendo un “nuevo” espacio, atrayendo el surgimiento de una “nueva territorialidad” y una “nueva ruralidad”. Pero no fue identificada una reacción colectiva por parte de la población local opuesta a los impactos negativos provocados por la actividad de silvicultura en el municipio. La actividad de silvicultura en Encruzilhada do Sul tiende a ser vista como una “estrategia de desarrollo”, sea con la visión del poder publico local, de las empresas forestales o de la población local, esta ultima influenciada por los dos primeros grupos, acreditando que la actividad es, literalmente, la “salvación de la agricultura”. La concepción desarrollista generada por la actividad de la silvicultura, sin embargo, no se ha determinado hasta ahora el tan deseado desarrollo para el municipio, al contrario, tiene comprometido la propia reproducción social de las comunidades que pasan a crear nuevas estrategias de (re)adaptación y enfrentamiento a la “lógica forestal” instaurada en la región.
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