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Do projeto ao romance: uma análise de O tronco, de Bernardo Élis / Project of the novel: an analyses of O tronco, of Bernardo ÉlisTEIXEIRA, átila Silva Arruda 08 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-08 / The violence and neglect to which he was subjected to people of the region of Goiás, in the 20 and 30 of the last century, appearing in the center of the narrative of Bernardo Élis. Continuer of the regionalist tradition in Goiás, in the footsteps of Hugo de Carvalho Ramos, and added with a certain communist ideal, Élis is an author in which writing is, necessarily, for a social purpose. Bernardo Élis, without giving up their political beliefs, accepts and incorporates the aesthetic achievements of the first Brazilian modernist moment, and he is even the introducer of this movement in the his State, and his literary books are affiliated the second phase of regionalism - the "conscience of underdevelopment", in the words of Antonio Candido (2006). If tales - genre in which Bernardo Élis is nationally recognized - its aesthetics linked to the question of the ciclo do gado (SANTOS, 2004), in O tronco, novel by Bernardo Élis more polished aesthetically, now already in its tenth edition despite high point as the murder that became known as "The Battle of Duro," the story not only spans the document, to recreate it as literature, but not be limited mainly to the chronicle of events, reaching what we now define a historical novel. Not having its meaning restricted to the engagement of the writer and the ratio of men and women are subjected to degrading conditions of survival, the novel goes further, and lends itself to understand these degradations through the structure of society goiana that moment, its contradictions, and, primarily, of their transformations: the external becomes internal in the piece of art (CANDIDO, 1976, p.04). Thus, through literature, O tronco shows gradual incorporation of Goiás to the national and international economic scenario, leading to substantial changes in the socioeconomic structure of the state. / A violência e o abandono aos quais estava submetida à população sertaneja de Goiás, nas décadas de 20 e 30 do século passado, figuram no centro da narrativa de Bernardo Élis. Continuador da tradição regionalista em Goiás, seguindo os passos de Hugo de Carvalho Ramos e acrescido de um certo ideário comunista, Élis se constitui como um escritor cujo ofício artístico passa, obrigatoriamente, por uma finalidade social. Sem abrir mão de suas convicções políticas, o autor aceita e incorpora as conquistas estéticas do primeiro instante modernista brasileiro, sendo o introdutor desse movimento no estado, estando filiado ao segundo momento regionalista o da ―consciência do subdesenvolvimento‖, nos dizeres de Antonio Candido (2006). Se nos contos gênero no qual Bernardo Élis é nacionalmente reconhecido sua estética se liga à questão do ciclo do gado (SANTOS, 2004), em O tronco (1956) romance de Bernardo Élis mais bem acabado esteticamente, hoje já na sua décima edição mesmo tendo como ponto alto o assassinato que ficou conhecido como ―A Batalha do Duro‖, a narrativa transpõe não só o documento, ao recriá-lo como literatura, mas principalmente ao não se limitar à crônica dos acontecimentos, atingindo o que hoje definimos por romance histórico. Não tendo sua significação restrita ao engajamento do escritor e à razão de homens e mulheres serem submetidos às condições degradantes de sobrevivência, o romance vai além, e se presta a entender essas degradações através da estrutura da sociedade goiana daquele instante, de suas contradições, e, precipuamente, de suas transformações: é o externo tornando-se interno na obra (CANDIDO, 1976, p.04). Logo, O tronco ilustra literariamente a paulatina incorporação de Goiás ao cenário econômico nacional e internacional e, consequentemente, as profundas modificações da estrutura socioeconômica do estado.
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