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Associação entre percepção da qualidade do vínculo com os pais, gravidade da dependência e da prevalência de violência e de problemas legais em uma amostra de usuários de crack e não usuários de Porto AlegrePettenon, Marcia Izabel Rodzinski January 2012 (has links)
Objetivo: este estudo teve como objetivo investigar a percepção de estilos parentais de usuários de crack, em particular sobre a qualidade do afeto e o controle dos pais, avaliar a gravidade da dependência e da prevalência de violência e problemas legais e comparar com a percepção de não usuários de substâncias ilegais. Método: participaram do estudo 198 usuários de crack internados e 104 não usuários de drogas (controles). Os participantes foram avaliados por meio do Parental Bonding Instrument, do Addiction Severity Index 6, Escala de Inteligência de Adultos de Wechsler (WAIS III) e do MINI International Neuropsychiatry Interview. Resultados: A análise específica sobre a percepção dos vínculos parentais mediante Regressão Logística Ajustada demonstrou que usuários de crack têm 9,68 vezes mais chance (ORadj= 9,68; IC 95%, 2,82;33,20) de perceberem suas mães como Negligentes e também 4,71 vezes mais chance (ORadj: 4.71, IC 95%: 2.17,10.22) de perceberem seus pais com estilo de vínculo controlador e sem afeto, em comparação com a percepção de vínculo Ótimo predominante no grupo de não usuários de drogas ilícitas. Conclusões: a percepção de carências afetivas maternas e a autoridade sem afeto paterna podem estar associadas a uma tendência do indivíduo a reagir com menos segurança diante de eventos estressores, em função de precárias relações familiares, recorrendo ao uso de crack. Estão em processo de construção as análises sobre as questões relacionadas à violência e aos problemas legais.
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Exposição pré-natal à cocaína e efeitos neurocomportamentais no recém-nascidoCunha, Gabrielle Bocchese da January 2007 (has links)
Introdução: Estudos de prevalência têm demonstrado a importância do problema do uso de cocaína e de outras drogas durante a gestação. Esta pesquisa foi a primeira realizada na América Latina com o objetivo de avaliar o neurocomportamento do recém-nascido (RN) exposto à cocaína. Foram estudadas também as repercussões obstétricas e neonatais. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de um estudo transversal. Foram incluídos 34 RNs expostos à cocaína durante o período pré-natal e 28 RNs não expostos nascidos no mesmo hospital. Os RNs foram caracterizados como expostos por uma entrevista materna positiva para o uso de cocaína ou pelo exame meconial positivo. Após a comparação de expostos e não expostos, os RNs foram divididos conforme a duração da exposição à cocaína durante a gestação em 3 grupos para análise dos dados: grupo 1 - RNs não expostos (n = 28); grupo 2 - RNs expostos durante parte da gestação (n = 27) e grupo 3 - RNs expostos durante toda a gestação (n = 7). Entre 24 e 48 horas de vida, a Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) foi aplicada por um examinador cego para a situação de exposição.Os escores da escala foram comparados entre os grupos. Resultados: As características demográficas maternas, as características obstétricas e as neonatais não diferiram entre os grupos expostos ou não expostos. O uso de cocaína durante a gestação esteve associado ao de cigarros, e o uso durante toda a gestação, ao uso de cigarros e de outras substâncias (álcool e maconha). As usuárias de cocaína durante toda a gestação apresentaram taxas de complicações na gestação e de hospitalizações significativamente maiores do que as usuárias durante parte da gestação ou do que as não usuárias. Peso, comprimento e perímetro cefálico dos RNs do grupo 3 foram significativamente menores que os dos grupos 1 e 2. OsRNs do grupo 3 foram menos amamentados ao seio de forma exclusiva do que os demais e apresentaram maiores taxas de internação em unidade de terapia intensiva neonatal e maior tempo de hospitalização do que os do grupo 2. Quanto ao exame neurocomportamental, RNs expostos apresentaram mais sinais de estresse ou de abstinência no sistema nervoso autônomo do que os não expostos. Não foram encontradas outras diferenças nos escores da NNNS quando comparados expostos e não expostos. Os RNs expostos durante toda a gestação apresentaram piores escores na auto-regulação, na qualidade dos movimentos e no item hipotonia. Foram observados mais sinais de estresse autonômicos nos RNs do grupo 3 em relação aos demais.Conclusões: O estudo não detectou diferenças entre usuárias e não usuárias de cocaína quanto às características obstétricas e neonatais. No entanto, o consumo de cocaína durante toda a gestação ocasionou aumento de complicações obstétricas, diminuição do crescimento fetal e maiores taxas de internação hospitalar durante a gestação e no período neonatal. Esta pesquisa demonstrou os efeitos neurocomportamentais precoces numa amostra de RNs expostos à cocaína no período fetal, confirmando dados de estudos anteriores. O consumo de cocaína esteve associado ao de outras drogas pela gestante, o que pode ter influenciado os resultados. No Brasil, são necessários novos estudos, envolvendo vários centros e amostras maiores, para avaliar a associação entre o uso de cocaína na gestação e suas conseqüências obstétricas e neonatais, incluindo os efeitos neurocomportamentais no RN, assim como o impacto socioeconômico do uso desta droga durante a gestação. / Introduction: Prevalence studies have demonstrated the importance of the gestational use of cocaine and other drugs.This was the first Latin American research aiming to evaluate the neurobehavioral of the cocaine exposed newborn infant. The obstetrical and neonatal consequences were also studied. Methodology: The study design was a cross-sectional. The sample comprised 34 newborn infants who had been exposed to cocaine during the prenatal period and 28 who had not been exposed, all born in the maternity unit of a general hospital. Exposure was identified either by means of interviews with mothers in which they reported cocaine use or by positive meconium test results. The infants were classified into three groups according to the duration of cocaine exposure during gestation: group 1 - infants who were not exposed (n = 28); group 2 - infants exposed during part of gestation (n = 27) and group 3 - infants exposed throughout gestation (n = 7). Between 24 and 48 hours of life, the Neonatal Intensive Care Unit Network Neurobehavioral Scale (NNNS) was applied by an examiner who was blind to exposure status.The resultant scores were then compared between the three groups. Results: Maternal demographic, obstetric and neonatal characteristics did not differ between groups. Cocaine use during pregnancy was associated with use of cigarettes, while cocaine use throughout gestation was associated with use of other substances (cigarettes, alcohol and marijuana). Mothers who had taken cocaine throughout pregnancy exhibited significantly higher rates of complications during pregnancy and of hospital admissions than those who had been users during part of the pregnancy and than nonusers. The weights, lengths and head circumferences of the infants in group 3 were significantly smaller than those of the infants in groups 1 and 2. The exposed infants in group 3 were alsoexclusively breastfed less and exhibited higher rates of admission to neonatal intensive care units and longer duration hospital stays than the infants in group 2. In the neurobehavioral assessment, the infants exposed exhibited more signs of autonomic stress than nonexposed. The infants exposed throughout pregnancy exhibited worse scores for self-regulation, quality of movements and hypotonia. More signs of autonomic stress were observed among the infants in group 3, compared with the others. Conclusions: This study was unable to detect differences between users and nonusers. However, using cocaine throughout pregnancy resulted in increased obstetrical complications, delayed fetal growth and increased rates of hospital admission both during pregnancy and during the neonatal period. Fetal exposure to cocaine throughout pregnancy resulted in early neurobehavioral effects on this sample of newborn infants, in confirmation of data from earlier studies. Cocaine use was associated with the use of other drugs by the expectant mothers, which could have affected results. In Brazil, new studies, involving more than one site and larger samples, should be carried out to evaluate the association between use of cocaine by pregnant women and neonatal consequences, including the neurobehavioral effects on the newborn infant, as well as the social and economic impact of the use of this drug.
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Perfil nacional de utilização dos centros de atenção psicossocial por crianças e adolescentes com transtornos por uso de substâncias psicoativas, Brasil, 2008 a 2012.Conceição, Deborah Santso 10 May 2016 (has links)
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Dissertação Déborah Santos Conceição. 2016 (1).pdf: 952455 bytes, checksum: af9c4c00392fe468472a26602b45f822 (MD5) / Os transtornos decorrentes do consumo de substâncias psicoativas (SPAs) juntamente com outros transtornos mentais representam 13% da carga global de doença. Estima-se que uma a cada dez pessoas que consomem SPAs apresenta problemas relacionados ao uso, impactando os sistemas de saúde pública em termos de prevenção, tratamento e cuidados. Este estudo objetiva descrever o perfil dos atendimentos a crianças e adolescentes com transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substâncias psicoativas realizados em Centros de Atenção Psicossocial de todo o Brasil. Estudo descritivo, ecológico, que analisou as unidades federativas brasileiras (estados e Distrito Federal), no período de 2008 a 2012. Foram utilizados dados secundários da Autorização de Procedimento Ambulatorial (APAC) e sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foram adotadas como variáveis: Localização, Tipo de estabelecimento, Data de habilitação, Código da CID 10, Modalidade de atendimento, Idade, Sexo e Raça/cor. Realizou-se análise descritiva, cálculo de taxas de atendimento e análise por regressão linear. Foram encontrados 152.833 registros de atendimentos a crianças e adolescentes com transtornos por uso de SPAs. São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram os maiores percentuais de atendimento em todo o período. A taxa de atendimento no Brasil aumentou de 32,2 atendimentos/ 100 mil habitantes com até 19 anos, em 2008, para 61,1 atendimentos/100 mil habitantes em 2012. A análise por regressão linear revelou um aumento médio de 8,1 unidades na taxa de atendimento por ano. O sexo masculino foi indicado em 81,2% dos registros e a faixa etária de 15 a 19 anos em 83,2%. A ausência de informações sobre a variável Raça/cor foi observada em 45,3% dos registros. Os CAPS AD foram responsáveis por 81,5% dos atendimentos. Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas contribuíram com 56,4% dos registros, seguidos pelos transtornos por uso de cocaína, 15,6%, uso de canabinóides, 15,5%, e uso de álcool, 9,4%. Atendimentos do tipo Semi-Intensivo foram apontados em 47,9% dos registros. Observou-se uma tendência de aumento do número de atendimentos a crianças e adolescentes com transtornos por uso de substâncias psicoativas, contudo há uma desigualdade na distribuição dos CAPS no território nacional e incipiência das políticas direcionadas a esta população. Este estudo aponta a necessidade de ampliação das discussões acerca do consumo de SPAs na infância e adolescência e maior organização da assistência em saúde àqueles que possuem necessidades relacionadas este consumo.
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Estudo farmacoterapêutico e farmacogenético em crianças e adolescentes com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade tratados com metilfenidato / Pharmacotherapeutic and pharmacogenetic study in children and adolescents with attention deficit hyperactivity disorder treated with methylphenidateBatista, José Márcio Machado 06 1900 (has links)
BATISTA, J. M. M. Estudo farmacoterapêutico e farmacogenético em crianças e adolescentes com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade tratados com metilfenidato. 2016. 95 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica de Medicamentos) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Doutorado Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos (ppgditm.ufc@gmail.com) on 2017-07-06T13:28:20Z
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Previous issue date: 2016-06 / Disorder Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) is considered the neuropsychiatric disorder most common and socially important in children and adolescents. This work it is an observational, descriptive, longitudinal, with a quantitative approach, in patients enrolled in a pharmaceutical care program for ADHD. This study aimed to investigate the use of methylphenidate (MPD) in ADHD therapy in children and adolescents in a Medical Specialty Center, outline the socio-demographic, socioeconomic, pharmacotherapeutic and pharmacogenetic children and adolescents users of MPD, registered in health care facility and to develop a method of chromatographic determination MPD in human plasma samples by separation of racemic MPD by ultra performance liquid chromatography (UPLC), for therapeutic monitoring purposes. Data were collected from form applied to patients and caregivers, and information from medical records and the clinical team (doctor and pharmacist). The pharmacogenetic study of patients involved polymorphisms carboxylesterase gene 1 (CES1) and its correlation with therapeutic response and possible adverse reactions in patients. All patients were followed according to the Dader method, and the drug-related problems (DRP) recorded and categorized as the 2nd Consensus of Granada. It identified a sample of 51 patients. The results showed that most patients were males (86.27%), with a mean age of 12 years and family income less than two minimum wages (72.55%). Regarding the number of drugs used, the majority (54.9%) were in MPD monotherapy. Results showed that prevailed among ADHD patients combined subtype (76%). Adverse events were the main cause of health problems of patients (63.51%), followed by drug interactions (14.87%). The main identified DRP was the security, with adverse reactions such as insomnia and loss of appetite. For genetic testing, a sample of 10 patients with ADHD and alone with MFD agreed to participate in the study, where 40% of children and adolescents, alone with MFD showed heterozygous G / A for variant CES1 p.Gly143Glu that entails less metabolizing MFD. A separation method for enantiomeric MFD ultra performance liquid chromatography (UPLC) was established with retention times of MPD isomers of 7.0 and 8.1 minutes for the Levo-MPD and Dextro-MFD, respectively, such method considered precise and accurate. Our study shows the importance, viability, and effectiveness of pharmaceutical monitoring in the evaluation of the use of methylphenidate in children and adolescents, and points out the need for more research on the aspects of safety and effectiveness related to pharmacotherapy and pharmacogenetic profile that children and adolescents, and its relationship to the short and long-term response, and adverse reactions. / O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é considerado o distúrbio neuropsiquiátrico mais comum e socialmente importante em crianças e adolescentes. O presente trabalho trata-se de um estudo observacional, descritivo, longitudinal, com abordagem quantitativa, em pacientes cadastrados num programa de Atenção Farmacêutica para TDAH. Objetivou-se investigar o uso do metilfenidato (MFD) na terapia do TDAH, em crianças e adolescentes atendidos em um Centro de Especialidade Médicas, delinear o perfil sociodemográfico, socioeconômico, farmacoterapêutico e farmacogenético das crianças e adolescentes usuárias de MFD, cadastrados na unidade de saúde, e desenvolver um método de determinação cromatográfica de MFD em amostras de plasma humano, através de separação de MFD racêmico, por cromatografia líquida de ultra eficiência (CLUE), para fins de monitoramento terapêutico. Os dados foram coletados a partir de formulário aplicado aos pacientes e cuidadores, sendo também informações provenientes de prontuários e da equipe clínica (médico e farmacêutico). O estudo farmacogenético dos pacientes envolveu os polimorfismos do gene Carboxilesterase 1 (CES1) e sua correlação com a resposta terapêutica e possíveis reações adversas nos pacientes. Todos os pacientes foram acompanhados segundo o método Dáder, sendo os problemas relacionados com medicamentos (PRM) registrados e categorizados conforme o 2º Consenso de Granada. Identificou-se uma amostra de 51 pacientes. Os resultados evidenciaram que a maioria dos pacientes era do sexo masculino (86,27%), com média de idade de 12 anos, tendo renda familiar inferior a dois salários mínimos (72,55%). Com relação ao número de medicamentos utilizados, a maioria (54,9%) estava em monoterapia com MFD. Resultados mostraram que entre os pacientes prevaleceu o TDAH subtipo combinado (76%). As reações adversas foram a principal causa de problemas de saúde dos pacientes (63,51%), seguida pelas interações medicamentosas (14,87%). O principal PRM identificado foi o de segurança, com ocorrência de reações adversas como insônia e perda de apetite. Para os testes genéticos, uma amostra de 10 pacientes com TDAH e em monoterapia com MFD concordou em participar do estudo, onde 40% das crianças e adolescentes, em monoterapia com MFD, apresentaram heterozigose G/A para o variante CES1 p.Gly143Glu, que acarreta menor metabolização de MFD. Um método de separação enantiomérica para o MFD por cromatografia líquida de ultra eficiência (UPLC) foi estabelecido, com tempos de retenção dos isômeros do metilfenidato de 7,0 e 8,1 minutos para o Levo-MFD e Dextro-MFD, respectivamente, sendo tal método considerado preciso e exato. Nosso estudo indica a importância, viabilidade e efetividade do acompanhamento farmacêutico na avaliação do uso de metilfenidato em crianças e adolescentes, e aponta a necessidade de mais pesquisas quanto aos aspectos de segurança e efetividade relacionados à farmacoterapia e ao perfil farmacogenético nessa população infanto-juvenil, bem como sua relação com a resposta a curto e longo prazo, e com reações adversas.
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Linha de cuidado em saúde do trabalhador: uma tecnologia para a organização do cuidado ao trabalhador com LER/DORT / Line in health care worker: a technology for the organisation of the worker with caution workers with repetitive strain injuries and work-related musculoskeletal disordersTorres, Amélia Romana Almeida January 2013 (has links)
TORRES, A.R.A. Linha de cuidado em saúde do trabalhador: uma tecnologia para a organização do cuidado ao trabalhador com LER/DORT. 2013. 155 f. Dissertação. (MESTRADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA) - Campus de Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2013. / Submitted by Djeanne Costa (djeannecosta@gmail.com) on 2017-09-19T12:54:26Z
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Previous issue date: 2013 / The present study arose from the need to improve the comprehensiveness of health care workers, especially for workers with repetitive strain injuries and work-related musculoskeletal disorders. So our objective was to build a line of participatory comprehensive care for workers with work-related musculoskeletal disturbance in the SUS from the experience of professionals, managers and integrating the networks of health care. Eveloped in the city of Sobral, this research is a qualitative exploratory type. The action research was the methodology of choice for established itself as a methodology that aims to promote action and the ability to transform reality by the research subjects. Therefore, we used the research group, in a process that led to the formulation, by the subjects involved, the actions considered strategic to offer integral attention to these workers. There is a need of building a care line containing flows and duties of professional care network. We emphasize that these actions care line, were built collectively after four group meetings. The first meeting was to discuss and define the completeness priority actions identified by the group. The second meeting was a workshop that aimed to construct the flow line care, the third meeting a second workshop aimed to define the duties of the professional services that meet the employee and the third and last workshop meeting had as objective to present the flow built by group and validate assignments network of services that meets the employee with repetitive strain injuries and related musculoskeletal disorders work. As a method of treatment of the data we use discourse analysis. The results show that workers with the disease can seek various points of care network, including services emerged Primary Health Care, Specialized Care and Attention to Urgent and Emergency. Merged after the validation of 36 professional assignments.We show that the tasks presented include promotional, preventive, curative, rehabilitative and caregivers. We emphasize that to build a line of thought in need of care worker as the central aspect for your assistance and service flow. Thus, the line care proposal demonstrates a possibility the guarantee of completeness related to the organization of health services, showing the path to be taken by a user, from the Primary Health Care and going through different search services in a range of care required for solve your health problem. For the operation of the line care proposal is necessary to the existence of a shared work among professionals in the Primary Health Care and the other services that have appeared. In this process, as well as construction and agreement of the flow of attention, it is necessary to develop strategies for realizing this path in the network of worker's attention and establish
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responsibilities and negotiate for safe transfer of care. / O presente estudo nasce da necessidade de melhorar a integralidade da atenção à saúde dos trabalhadores, destacando o trabalhador com lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho - LER/DORT. Assim tivemos como objetivo construir participativamente uma linha de cuidado integral para o trabalhador com LER/DORT no âmbito do SUS a partir da experiência dos profissionais, gestores e usuários que compõem as redes de atenção à saúde. Desenvolvida no município de Sobral- Ceará, esta pesquisa é de natureza qualitativa do tipo exploratória. A pesquisa ação foi a metodologia de escolha por constitui-se como uma metodologia que visa à ação e promove a capacidade de transformação da realidade através dos sujeitos da pesquisa. Para tal, utilizamos a pesquisa em grupo, onde os participantes, profissionais das redes de atenção à saúde de Sobral, foram os responsáveis pela construção da linha de cuidado em um processo que levou à formulação, dos fluxos e atribuições que os próprios participantes da pesquisa e seus pares deverão desenvolver nos serviços em que trabalham com o objetivo de promover a integralidade da atenção à saúde do trabalhador. Ressaltamos que estas ações da linha de cuidado foram construídas no ano de 2012 coletivamente, após quatro encontros do grupo. O primeiro encontro foi para debater sobre integralidade e definir as ações prioritárias apontadas pelo grupo, o segundo encontro foi uma oficina que teve como objetivo construir o fluxo da linha de cuidado, o terceiro encontro a segunda oficina que teve como objetivo definir as atribuições dos profissionais dos serviços que atendem o trabalhador, e o quarto encontro, e última oficina, tiveram como objetivos apresentar o fluxo construído pelo grupo e validar as as as atribuições da rede datribuições da rede d atribuições da rede datribuições da rede d atribuições da rede d atribuições da rede d atribuições da rede datribuições da rede d atribuições da rede d atribuições da rede datribuições da rede de serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT.e serviços que atende o trabalhador com LER/DORT. Como método de tratamento dos dados obtidos utilizamos a análise do discurso. Os resultados apontam que trabalhadores com a doença podem buscar diversos pontos da rede de atenção, dentre eles serviços da Atenção Primaria a Saúde, da Atenção Ambulatorial Especializada, da Atenção Hospitalar e da Urgência e Emergência. Surgiram após a validação 36 atribuições para os profissionais. As atribuições identificadas incluíram ações promocionais, preventivas, curativas e de reabilitação. Ressaltamos que para construir a linha de cuidado pensamos na necessidade do trabalhador como o aspecto central para seu fluxo de atendimento e assistência. Dessa forma, a linha de cuidado proposta demonstra uma possibilidade da garantia da integralidade relacionada à organização dos serviços de saúde, mostrando o caminho a ser percorrido por um usuário, desde a APS e passando por diferentes serviços na
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busca de um leque de cuidados necessários para resolver seu problema de saúde. Para o funcionamento da linha de cuidado proposta é necessário que exista um trabalho compartilhado entre os profissionais da APS e os demais serviços de saúde. Nesse processo, além da construção e pactuação do fluxo da atenção, é necessário a elaboração de estratégias para efetivar esse caminho a ser percorrido pelo trabalhador à rede de atenção, estabelecer a negociação de responsabilidades para garantir a qualidade e continuidade do cuidado.
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Fatores associados à impulsividade e ao uso de drogas entre homens autores de violência por parceiro íntimo no Estado do CearáSantos, Marcos Silva dos 20 July 2017 (has links)
SANTOS, M.S. Fatores associados à impulsividade e ao uso de drogas entre homens autores de violência por parceiro íntimo no Estado do Ceará. 2017. 116 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Saúde Pública (msp@ufc.br) on 2017-09-26T18:40:42Z
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Previous issue date: 2017-07-20 / Violence by intimate partner (IPV) perpetrated by men appears on a patriarchal sociocultural scenario in which both men and women attack one another, however, men have caused lethal lesions more often. There is lack of study of factors related to the aggressor. It was searched and analyzed associated factors to impulsiveness and to drug use amongst men who were IPV authors in Ceará State. This sectional and exploratory study is approved under the number CAAE 57787316.1.0000.5038 it was carried out with 152 men accused of IPV who were arrested in the House of Provisional Deprivation of Liberty (Casa de Privação Provisória de Liberdade) facing a judicial process in Family and Domestic Violence Tribunal in Fortaleza City, Ceará State, from August 1st to November 30th in 2016. Data was collected through quiz compounded by four blocs: sociodemographic data, impulsiveness, alcohol and other drugs violence background. It was analyzed by IBM SPSS STATISTICS® 23.1, using finite population. It was calculated prevalence with CI 95%. In the logistic regression model with multiple variables it was included variables with p ≤ 20%. High prevalence of individuals highly impulsive (40.9%). Brown men (67.1%), age range 31-45 years (45.4%), stable union (88.2%), low educational level (52.0%) and low socioeconomic level (96.7%), men who suffered violence (82.2%) specifically physical violence (91.2%), witnessed domestic violence while children or adolescents (53.9%) men who committed other crimes besides domestic violence (68.7%). High alcohol prevalence use (82.9%), other drug use in the last three months (52.6% cigaretts and 38.2% illegal drugs) and high use of crack cocaine weekly or daily (60.3%). Factors associated to impulsiveness are low educational level (OR= 3.02, CI 95%= 1.19 – 7.69), jealousy self affirmation (OR= 2.42, CI 95%= 1.10 – 5.36), other ilegal drug use in the last three months before research (OR= 2.83, CI 95%= 1.33 – 6.01) and not the first time to attack the wife (OR= 2.72, CI 95%= 1.18 – 6.22); Factors associated to alcohol risky birth zone (OR= 6.52, CI 95%= 2.49 – 17.04), tobacco risky use (OR=7.94, CI 95%= 3.21 – 19.61), jealousy self affirmation (OR=2.66, CI 95%= 1.19 – 5.94) previous married or stable union (OR=2.64, CI 95%= 1.16 – 6.02). Factors associated to drug risky use in the last three years are declared race (OR= 4.45, CI 95%= 1.71 – 11.56), birth zone (OR= 2.62, CI 95%= 1.14 – 6.02), having one or two children (OR= 2.28, CI 95%= 1.02 – 5.10), use or previous use of gunfire (OR= 2.88, CI 95%=1.08 – 7.65) and not the first time to attack woman (OR= 4.03, CI 95%= 1.65 – 9.85). Before the outcomes, it was concluded that deficit of information about men who practice IPV limits the effectiveness of actions that aim at that phenomenon prevention. / A violência por parceiro íntimo (VPI) perpetrada por homens surge em um cenário sociocultural patriarcal, em que ambos se agridem mutuamente, embora os homens causem lesões letais com maior frequência. Há escassez de estudos dos fatores relativos ao agressor. Buscou-se analisar os fatores associados à impulsividade e ao uso de drogas entre homens autores de VPI no estado do Ceará. Este estudo seccional e exploratório, aprovado sob a CAAE 57787316.1.0000.5038, foi realizado com 152 homens acusados da prática de VPI, que estavam em privação de liberdade em Casa de Privação Provisória de Liberdade, respondendo processo judicial no Juizado da Violência Doméstica e Familiar da comarca de Fortaleza-Ce no período de 01 de agosto a 30 de novembro de 2016. Dados coletados através de questionário composto por quatro blocos: dados sóciodemográficos, impulsividade, uso abusivo de álcool e outras drogas e o histórico de violência. Análise pelo programa IBM SPSS STATISTICS® 23.1, usando a correção de população finita. Foi calculado razão de prevalência, com intervalo de confiança de 95%. No modelo de regressão logística com múltiplas variáveis foram incluídas variáveis com p ≤ 20%. Elevada prevalência de indivíduos altamente impulsivos (40,9%). Os indivíduos são pardos (67,1%), faixa etária de 31-45 anos (45,4%), vivem em união estável (88,2%), possuem baixa escolaridade (52,0%) e baixo nível socioeconômico (96,7%), sofreram violência na vida (82,2%) em especial a violência física (91,2%), presenciaram cenas de violências nos domicílios ainda na infância e adolescência (53,9%) e possuem antecedentes criminais por prática de crimes não compreendidos como violência doméstica (68,7%). Há elevada prevalência do uso de álcool (82,9%) e do uso de outras drogas nos últimos três meses (52,6% para o tabaco e 38,2% para drogas ilícitas) e elevado consumo semanal/diário de cocaína/crack (60,3%). Os fatores associados à impulsividade são o baixo grau de instrução (OR= 3,02, IC 95%= 1,19 – 7,69), autoafirmação de ciúmes (OR= 2,42, IC 95%= 1,10 – 5,36), uso de drogas ilícitas nos três meses anteriores à pesquisa (OR= 2,83, IC 95%= 1,33 – 6,01) e não ser a primeira vez que agrediu uma mulher (OR= 2,72, IC 95%= 1,18 – 6,22); os fatores associados ao consumo de risco de álcool são a zona de nascimento (OR= 6,52, IC 95%= 2,49 – 17,04), uso de risco de tabaco (OR=7,94, IC 95%= 3,21 – 19,61), autoafirmação de ciúmes (OR=2,66, IC 95%= 1,19 – 5,94) e já ter sido casado ou amasiado (OR=2,64, IC 95%= 1,16 – 6,02). Os fatores associados ao consumo de risco de drogas nos últimos 3 meses são raça percebida (OR= 4,45, IC 95%= 1,71 – 11,56), zona de nascimento (OR= 2,62, IC 95%= 1,14 – 6,02), ter 1 ou 2 filhos (OR= 2,28, IC 95%= 1,02 – 5,10), possuir ou já ter possuído arma de fogo (OR= 2,88, 1,08 – 7,65) e não ser a primeira vez que agride uma mulher (OR= 4,03, IC 95%= 1,65 – 9,85). Diante dos achados, concluímos que o déficit de informações sobre o homem autor de VPI limita a efetividade das ações que buscam a prevenção deste fenômeno.
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Trauma, resiliência e dependência química : um estudo sobre seus aspectos clínicos e biológicos em uma amostra de usuários de crackSordi, Anne Orgler January 2015 (has links)
Introdução: O consumo de drogas - em especial o crack - tem se tornado alvo de preocupação em diversos países devido ao impacto que uso desta substância provoca no indivíduo, na família e na sociedade. A complexidade deste tema permeia questões políticas e científicas que buscam uma solução para esse problema, levando em consideração medidas de prevenção e de tratamento para os usuários. Dessa maneira, entender os fatores de vulnerabilidade que predispõem ao consumo desta substância, bem como de que maneira estes fatores interferem na fisiopatologia do desenvolvimento da dependência química se tornou foco de muitas pesquisas. Recentemente, tem-se voltado à atenção para o estudo de alguns marcadores biológicos “candidatos” que possam auxiliar no entendimento dos mecanismos que permeiam o estabelecimento e o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, incluindo a dependência química. Objetivos: Avaliar as alterações nos níveis séricos de BDNF e TBARS durante o processo de abstinência precoce em usuários de crack e sua relação com a gravidade do uso da substância; avaliar a história de trauma na infância e a capacidade de resiliência em usuários de crack em comparação com indivíduos saudáveis; e avaliar como as alterações destes marcadores biológicos, bem como o do NPY, estão associados a intensidade de trauma infantil reportado pelos usuários de crack. Método: Este é um estudo longitudinal que avaliou o total de 218 usuários de crack, 18 anos ou mais, internados no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na cidade de Porto Alegre, Brasil. Destes, os primeiros 49 usuários de crack masculinos que aceitaram coletar sangue na baixa e na alta foram selecionados através de uma amostra consecutiva para a avaliação dos níveis séricos de TBARS e de BDNF, e destes 33 também foram selecionados consecutivamente para a avaliação dos níveis séricos de NPY na alta e em jejum. As dosagens séricas dos neuromarcadores não foram realizadas em toda a amostra devido a limitações nos recursos financeiros do projeto. Além disso, foram avaliados 215 controles saudáveis moradores de um bairro da cidade de Canoas, com condições sociodemográficas semelhantes aos casos. Destes, 97 foram selecionados por uma amostra consecutiva e tiveram seu sangue coletado para avaliação dos níveis séricos de TBARS e BDNF. Todos os casos apresentaram teste de urina positivo para cocaína na entrada ao estudo, e todos os controles apresentaram teste de urina negativo para cocaína, além de reportarem não usar a substância. As entrevistas dos casos foram realizadas por entrevistadores treinados e supervisionados semanalmente pelos coordenadores do estudo, e ocorreram entre o 5º e 7º dia de internação. Características do consumo de drogas foram avaliadas através do Addicion Severity Index 6ª versão (ASI-6), a história de trauma na infância foi avaliada pelo Childhood Trauma Questionaire (CTQ) e a capacidade de resiliência foi avaliada através da Escala de Resiliência. Resultados: O artigo 1 avaliou 49 pacientes usuários de crack e demonstrou uma correlação positiva, na alta hospitalar, entre os níveis séricos de TBARS e a gravidade do uso de crack (R=0,304; p=0,04), bem como uma correlação negativa entre os níveis séricos de BDNF e a gravidade do uso de crack (R =-0,359; p=0,01). Além disso, foi verificada uma correlação inversa entre os níveis séricos de TBARS e BDNF na alta (R=-0,294; p=0,004). O artigo 2 avaliou 218 usuários de crack e 215 controles saudáveis e mostrou que usuários de crack reportam níveis mais altos de trauma na infância, exceto por abuso sexual, do que os controles (p<0.001). Escores de resiliência foram mais baixos nos usuários de crack (p<0.01); e apresentar níveis mais altos de trauma na infância, bem como escores mais baixos de resiliência, aumentou a chance de vir a ser um usuário de crack, independentemente do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O artigo 3 avaliou 33 usuários de crack e demonstrou que o BDNF aumenta durante a abstinência precoce, independentemente dos níveis de trauma na infância. Por outro lado, o TBARS apresentou uma interação significativa entre tempo e trauma (F[2,28]=6,357; p=0.005; ηp2=0,312). Aqueles com baixos escores de trauma diminuíram o TBARS, enquanto aqueles com altos escores de trauma aumentaram o TBARS durante a abstinência precoce. Além disso, os níveis séricos de NPY apresentaram uma correlação negativa com todos os tipos de trauma, exceto por abuso sexual (negligência física r=-0,396; p=0,034; negligência emocional r=-0,391; p=0,036; abuso físico r=-0,427; p=0,021; abuso emocional r=-0,419; p=0,024; abuso sexual r=-0,190; p=0,323). Conclusões: Os achados deste estudo demonstram que usuários de crack possuem escores mais elevados de trauma na infância e escores mais baixos de resiliência, quando comparados a indivíduos saudáveis. As alterações nos níveis de TBARS durante a abstinência precoce parecem ser influenciadas pela intensidade do trauma infantil, e os níveis séricos de NPY parecem estar inversamente correlacionados à intensidade deste trauma. Além disso, os níveis de BDNF e TBARS no momento da alta parecem estar associados à gravidade do uso de crack. A intensidade do trauma infantil e a gravidade do uso de crack parecem ser fatores que influenciam os mecanismos neurobiológicos relacionados ao desenvolvimento da dependência desta substância, bem como ao processo de abstinência. Os resultados apresentados nos 3 artigos se complementam no sentido de proporcionar uma maior compreensão das inter-relações entre fatores psicossociais de proteção e vulnerabilidade para a dependência de crack e as alterações neurobiológicas associadas tanto à história de trauma na infância, quanto à gravidade do uso de drogas. Dessa forma, esses achados podem contribuir para a construção do conhecimento a respeito dos processos que medeiam o desenvolvimento da dependência química. / Introduction: Drug consumption - particularly crack cocaine - has become a matter of concern in many countries because of its impact on the individual, family and society. The complexity of this issue permeates political and scientific questions that aim to find a solutions, taking into account strategies of prevention and treatment for crack cocaine users. Thus, understanding the vulnerability factors that predispose to drug use, as well as how these factors influence the pathophysiology of addiction has became the focus of many studies. Recently, there is a growing body of evidence suggesting that “candidate” biological markers can help to understand the mechanisms that underlie the establishment and development of psychiatric disorders, including substance abuse. Method: This was a longitudinal study that evaluated 218 crack cocaine users, at least 18 years old, admitted to Hospital Psiquiátrico São Pedro in the city of Porto Alegre, Brazil. Of these, 49 male patients had blood samples collected at intake and discharge for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels, and 33 had their blood also collected at discharge for the evaluation of NPY serum levels. In addition, we evaluated 215 healthy controls who lived in a neighborhood with sociodemographic conditions similar to cases, in the city of Canoas. Of these, 97 had blood collected for the evaluation of TBARS and BDNF serum levels. All cases had a positive urine test for cocaine at intake. All controls had negative urine test for cocaine and reported not to use this substance. The interviews of the cases were conducted by trained interviewers and supervised weekly by study coordinators, and occurred between 5 and 7 days of hospitalization. Characteristics of drug use were evaluated using the Addiction Severity Index 6th version (ASI -6), the history of childhood trauma was assessed by the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), and resilience was evaluated by the Resilience Scale. Results: The first paper evaluated 49 crack cocaine users. We found a positive correlation between TBARS levels and severity of crack cocaine use (R=0.304, p=0.04) and a negative correlation between BDNF and severity of crack cocaine use (R =-0.359, p=0.01) at discharge. We found an inverse correlation between TBARS and BDNF levels (R=-0.294, p=0.004) at discharge. The second paper reported that childhood trauma was significantly higher among crack cocaine users in all trauma domains (p<0.001) - except for sexual abuse - and resilience scores were lower among crack cocaine users (p<0.01). We also demonstrated that having higher scores of childhood trauma and lower scores of resilience increases the odds to become a crack cocaine user (p<0.001), despite the diagnosis of post-traumatic stress disorder (PTSD). Finally, the third paper showes a significant increase in BDNF levels from admission to discharge, which did not differ by the childhood trauma subgroups. For TBARS levels, we found significant time by trauma interaction (F[2,28]=6.357,p=0.005,ηp2=0.312). Those with low trauma levels decrease TBARS, while those with a high trauma levels increase TBARS during early withdrawal. NPY levels were negatively correlated with all types of childhood trauma, except for sexual abuse (physical neglect r=-0.396, p=0.034; emotional neglect r=-0.391, p=0.036; physical abuse r=-0.427, p=0.021; emotional abuse r=-0.419, p=0.024; sexual abuse r=-0.190, p=0.323). Conclusions: Results of this study demonstrate that crack cocaine users have higher scores of childhood trauma and lower resilience scores when compared to healthy subjects. Changes in the level of TBARS during early withdrawal, as well as NPY serum levels at discharge seems to be influenced by the intensity of childhood trauma. In addition, BDNF and TBARS levels at discharge appear to be associated with the severity of crack cocaine use. Thus, it is suggested that childhood trauma and low resilience may be risk factors for crack cocaine use. Also, the intensity of childhood trauma and severity of crack cocaine use appear to influence the neurobiological mechanisms related to the development of crack cocaine dependence and withdrawal. The results presented in the 3 articles complement each other in order to provide a greater understanding of the interrelationships between psychosocial factors of vulnerabilities and protection for crack addiction, and the neurobiological changes associated with both childhood trauma and the severity of drug use. Thus, these findings may contribute to the construction of knowledge about the processes that underlies the development of addiction.
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Preditores de recaída precoce em adolescentes usuários de crack após alta hospitalarRosa, Ronaldo Lopes January 2015 (has links)
Introdução: A recaída no uso tem sido um dos maiores desafios para quem está envolvido no atendimento à população de usuários de drogas. Os usuários de crack tem maior propensão a tornarem-se severamente dependentes em virtude do uso mais frequente, em maiores quantidades e por mais longos períodos de tempo, tornando-se assim mais vulneráveis à recaída precoce. O início do uso durante a adolescência piora o prognóstico devido às altas taxas de impulsividade, busca de sensações e novidade, bem como outras características comportamentais verificadas nesta faixa etária. Estudos anteriores, tanto em adultos, quanto em adolescentes, identificaram preditores de recaída precoce como variáveis importantes a serem analisadas após a alta hospitalar, com o objetivo de evitar a reincidência no uso de drogas, incluindo o crack. Objetivos e hipóteses: Analisar preditores de recaída precoce em adolescentes usuários de crack após alta hospitalar: levantamos a hipótese que a severidade do uso de crack, o perfil de consumo de crack e a presença de comorbidades psiquiátricas poderiam estar associados a esse desfecho. Método: O desenho do estudo foi composto por uma coorte prospectiva, com amostra de 89 adolescentes de ambos os sexos, idade entre 12 e 17 anos, uso recente de crack e que estavam internados em unidade de adolescentes de duas instituições psiquiátricas de Porto Alegre (Hospital Psiquiátrico São Pedro e Clínica São José). Foram coletadas amostras de urina no primeiro dia de internação para garantir uso recente de cocaína (crack). Posteriormente, foram coletados dados demográficos e preenchidos questionários pelos adolescentes e seus pais ou cuidadores com informações para obtenção de diagnósticos psiquiátricos, severidade da dependência e perfil de consumo de crack. Um e três meses após a alta hospitalar, novas informações foram obtidas através de amostras de urina e relatos dos próprios pacientes e/ou seus pais ou cuidadores, de forma presencial ou telefônica, com o objetivo de verificar se haviam recaído ou não no uso de crack durante os períodos citados. Resultados: Dos 89 pacientes incluídos na amostra, 85,4% era do sexo masculino, 51,7% era caucasiano e 84,3% estava fora da escola. Apenas um caso foi perdido no seguimento. Até o final do primeiro mês, 58 (65,9%) adolescentes haviam recaído. Até o final do terceiro mês, o resultado foi de 76 adolescentes (86,4%). Em virtude da grande taxa de recaída ao final do terceiro mês, não foi possível analisar os preditores para esse período A análise dos dados sobre comorbidades psiquiátricas não mostrou nenhuma diferença significativa entre os dois grupos. Em relação às variáveis que mostraram associação significativa com recaída precoce (primeiro mês) na análise univariada, ou seja, idade, duração do uso de crack e uso compulsivo (binge) de crack, apenas os dois últimos permaneceram significativos regressão logística multivariada. Conclusões: Este estudo mostra altas taxas de recaída 30 e 90 dias após a alta hospitalar entre os adolescentes usuários de crack tratados em regime de internação em duas instituições especializadas. Os preditores de recaída precoce encontrados foram associados ao padrão de consumo de crack, diferente do que normalmente se encontra em adultos. Nossos resultados sugerem que apenas o tratamento hospitalar não é suficiente e que estratégias ambulatoriais mais intensivas para a população em estudo deveriam ser concebidas e implementadas, concentrando-se especialmente sobre a prevenção de recaída precoce após a desintoxicação. / Introduction: The relapse into drug use has been one of the biggest challenges for those who are involved in taking care of the user population. Crack users are more prone to become severely dependent on the drug due to more frequent use of it, at larger amounts, and for longer periods of time, thus becoming more vulnerable to relapse. The beginning of use during adolescence worsens the prognosis as a result of high rates of impulsiveness, sensation and novelty seeking, risk taking, as well as other behavioral characteristics observed in this age group. Previous studies in both adults and teenagers identified predictors of early relapse as important variables to be analyzed after hospital discharge, with the aim of avoiding recidivism in drug use, including crack cocaine. Objectives: To examine predictors of early relapse in adolescent crack users after discharge from hospital treatment. We have hypothesized that severity of crack cocaine use, crack consumption profile, and presence of psychiatric comorbidities would be associated with this outcome. Method: The study design consisted of a prospective cohort, with convenience sample of 89 adolescents of both genders, age between 12 and 17 years old, recent use of crack, and admitted to adolescent wards of two psychiatric institutions of Porto Alegre (Hospital Psiquiátrico São Pedro e Clínica São José). Urine samples were collected in the first day of hospitalization to ensure recent use of cocaine (crack). Subsequently, we collected demographic data and questionnaires were completed by teenagers and their parents or caregivers with information for obtaining psychiatric diagnoses, severity of dependence and crack consumption profile (K-SADS-PL, T-ASI and Crack Consumption Profile). One and three months after discharge, new information was obtained through urine samples and reports from patients and/or their parents or caregivers, face-to-face or telephone form, in order to verify whether they had relapsed or not in crack use during those periods. Results: From the 89 patients included in the sample, 85.4% were male, 51.7% were Caucasian and 84.3% were outside of school. Only one case was lost in the follow-up. By the end of the first month, 58 (65.9%) teenagers had relapsed. By the end of the third month, the result was 76 (86.4%). Due to the large relapse rate, the third month data were not analyzed. The analysis of data about psychiatric comorbidities showed no significant difference between the two groups. In relation to variables that showed significant association with early relapse (first month) in univariate analysis, namely age, length of crack use and binge use of crack, only the last two have remained significant in the logistic regression. Conclusions: This study shows high rates of relapse in the first month after hospital discharge among adolescent crack users treated in inpatient regime in two specialized institutions. The predictors of early relapse that we found were associated with crack consumption profile, different from those we use to find in adults. Our results suggest that only inpatient treatment is not enough, and that more intensive outpatient strategies for the population under study should be designed and implemented, focusing especially on prevention of early relapse after detoxification.
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Avaliação da densidade do transportador da dopamina em adolescentes com transtorno de déficit de atenção e hiperatividadeSilva Junior, Neivo da January 2011 (has links)
O Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH) é um transtorno comportamental caracterizado por desatenção e/ou hiperatividade, impulsividade causando prejuízo funcional em múltiplos ambientes. Anormalidades no circuito frontoestriatal, o qual é modulado pela dopamina, têm sido relatadas em pacientes com TDAH. Estudos estruturais e funcionais demonstram redução de tamanho e diminuição do fluxo sanguíneo cerebral (FSC) em áreas relacionadas à rede atencional como o lobos frontal, parietal e temporal, estriado e cerebelo. Da mesma forma, a maioria dos estudos que utilizaram radiofármacos seletivos para o transportador da dopamina (DAT), o qual tem um papel importante no metabolismo da dopamina, mostraram maior densidade de DAT estriatal em pacientes com TDAH em comparação com grupo controle. Devido ao fato de algumas pesquisas terem sugerido que anormalidades no fluxo sanguíneo cerebral em estruturas cortico-subcorticais poderiam estar relacionadas a mudanças no sistema dopaminérgico, decidimos investigar a relação entre a densidade do transportador da dopamina no estriado e a perfusão cerebral total. Foi utilizado, para avaliação do DAT, o radiofármaco Tc-99m TRODAT-1 com técnica tomográfica em SPECT e para avaliação da perfusão 99mTc- ECD. Dez adolescentes, diagnosticados com TDAH pelos critérios do DSM-IV, foram avaliados. A análise, através do SPM5, mostrou correlação negativa entre a densidade de DAT no estriado e o fluxo sanguíneo cerebral em cíngulo, frontal, temporal e cerebelo (pFDR<0,01). Buscando entender, um pouco mais, sobre a disponibilidade de DAT e o TDAH, desenvolvemos outra linha de pesquisa que teve como objetivo avaliar a densidade do DAT em indivíduos com TDAH usuários de substâncias psicoativas. O transtorno de uso de substâncias psicoativas (TUSP) é uma comorbidade frequente em adolescentes com TDAH. Crianças com TDAH, acompanhadas durante a transição para a adolescência, demonstram maior uso de drogas psicoativas que o grupo controle com crianças sem TDAH. Embora alguns estudos tenham demonstrado alterações na disponibilidade do DAT em indivíduos com TUSP pouco se sabe sobre a base neurobiológica da comorbidade. Muitas teorias tentam explicar o maior risco de TUSP em pacientes com TDAH. Alguns autores têm sugerido que indivíduos com TDAH fazem uso de drogas, como cocaína e maconha, na tentativa de minimizar os sintomas do TDAH. Indivíduos com TDAH têm disfunções que sugerem o envolvimento do sistema dopaminérgico, principalmente, os núcleos da base e córtex frontal. A literatura tem demonstrado que muitas drogas de abuso afetam tanto o córtex pré-frontal como estruturas subcorticais, apresentando alterações no sistema dopaminérgico. Assim, nós decidimos avaliar a densidade do DAT, utilizando SPECT com 99mTc- TRODAT-1, em adolescentes com TDAH, sem tratamento prévio com metilfenidato, que tinham a comorbidade de uso de substâncias psicoativas (cocaína e maconha) (TDAH+TUSP) e em adolescentes com TDAH sem a comorbidade (TDAH) e comparar com grupo controle sem TDAH e sem TUSP (controle) e grupo apenas com TUSP, sem comorbidade com TDAH (TUSP). Sessenta e dois indivíduos foram avaliados. TDAH (n=11), TDAH+TUSP (n=18), TUSP (n=14) e controle (n=19). A análise semi-quantitativa do potencial de ligação do 99mTc- TRODAT-1 mostrou que o grupo TDAH tinha aumento significativo da densidade de DAT em estriado em comparação aos outros três grupos. O grupo TDAH+TUSP, apesar de mostrar diminuição significativa da densidade de DAT em relação ao grupo TDAH, apresentou maior densidade em relação ao grupo somente TUSP sem que houvesse diferenças significativas em relação ao grupo controle (sem TDAH sem TUSP). Com base nestes achados, poderíamos especular que o uso de maconha e cocaína poderia ser a causa responsável por reduzir a densidade de DAT em indivíduos do grupo TDAH+TUSP e que esses resultados poderiam ajudar a entender a base da teoria de automedicação. / Attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) is a behavioral disorder characterized by marked symptoms of inattention and hyperactivity, impulsivity causing significant functional impairment in multiple settings (e.g., school and home). Abnormalities of frontostriatal circuits, which are modulated by dopamine, have been found by imaging studies in patients with ADHD. Structural and functional studies have demonstrated reduction in size and decrease in the cerebral blood flow (CBF) in regions related to attentional networks such as frontal lobe, striatum, parietal and temporal lobes and cerebellum. In the same way, studies using special radiolabeled ligands selective of the dopamine transporter (DAT), which has a key function in dopamine metabolism, have showed higher striatal DAT availability in untreated patients with ADHD compared with controls. Due to the fact that some investigations have suggested that CBF abnormalities in cortical-subcortical structures may reflect responses associated with dopaminergic changes, we decided evaluate the relationship between dopamine transporter density in striatum and cortical-subcortical impairment in cerebral blood flow. 99mTc- TRODAT-1 SPECT was used to evaluated DAT density and 99mTc- ECD SPECT to assess brain perfusion. Ten adolescents diagnosed with ADHD according to DSM-IV criteria were investigated. Analysis with SPM5 showed a significant negative correlation between DAT density in the striatum and cerebral blood flow in the cingulate gyrus, frontal lobe, temporal lobe and cerebellum (pFDR<0.01). Seeking to understand more about the availability of DAT and ADHD, we developed another investigation that aimed to evaluate the density of DAT in individuals with ADHD and substance use disorder. Substance use disorder (SUD) is a common comorbidity of ADHD, frequently seen during adolescence. Children with ADHD monitored up to adolescence have significantly greater psychoactive drug use than children without ADHD. Although several studies have shown changes in DAT in these disorders, little is known about the neurobiological basis of the comorbidity. Several theories have been proposed to explain the increased risk for SUD in patients with ADHD. Some authors suggested that patients with ADHD use addictive substances in an attempt to self-medicate the symptoms of the disorder. Children with ADHD have dysfunctions suggesting the involvement of the dopaminergic circuits, mainly in the basal ganglia and frontal cortex. It is well documented that many drugs of abuse affect both prefrontal and subcortical areas resulting in alterations in the dopaminergic system too. Thus, we decided to evaluate striatal DAT density with 99mTc- TRODAT-1 in treatment-naive ADHD adolescents with SUD (ADHD+SUD) and without SUD (ADHD), compared to SUD adolescents without ADHD (SUD) and healthy control subjects (HC). Sixty two male age-matched subjects diagnosed with DSM-IV criteria were included: ADHD (n=11), ADHD+SUD (n=18); SUD (n=14) and HC (n=19). The ADHD group presented significantly higher striatal DAT density compared with ADHD+SUD, SUD and HC groups. Adolescents with ADHD+SUD had significantly lower DAT density than those with ADHD, but significantly higher DAT density than those with SUD only and no significant difference from the healthy control group. Our results might suggest that the use of cannabis and cocaine are responsible for the lower striatal DAT density in the ADHD+SUD compared to the ADHD group which would help to understand the neurobiological basis for the self-medication theory.
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Avaliação do funcionamento de famílias com dependentes de drogas por meio da Family Assessment Measure-III (FAM-III) / Drug dependentsÆ family functioning assessment by the Family Assessment Measure-III (FAM III) in a Brazilian sampleSilva, Eroy Aparecida [UNIFESP] January 2011 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2011 / A importancia do envolvimento da familia no tratamento de pessoas dependentes de drogas esta bem estabelecida. Metanalises sobre esse tema indicam que intervencoes familiares bem delineadas apresentam resultados melhores do que intervencoes que nao envolvem familiares, tanto na abordagem de adolescentes como na de adultos. Nas diferentes fases do ciclo de vida, a dependencia de drogas afeta o funcionamento familiar, o que aumenta o interesse por instrumentos adequados para avalia-lo antes, durante e depois do tratamento. No Brasil, ha poucos instrumentos validados com essa finalidade. Objetivos: Nesta tese, comparou-se o funcionamento de familias com pessoas dependentes de alcool ou outras drogas ao de familias sem pessoas dependentes, utilizando-se as escalas geral e de autoavaliacao da Family Assessment Measure-III (FAM-III), alem disso estudou-se o funcionamento familiar de pessoas sem problemas com o uso de drogas. Procedimentos: Inicialmente traduziu-se, adaptou-se e validou-se esse instrumento. Para validacao concorrente e analise da confiabilidade do instrumento, utilizou-se uma amostra de criterio de 90 familias sem dependentes de drogas. Para a comparacao do funcionamento das familias com e sem dependentes, selecionou-se um grupo de 32 pessoas com diagnostico de dependencia de drogas que procuraram tratamento especializado, e seus respectivos familiares. Para o grupo controle foram convidadas 32 pessoas com perfil sociodemografico semelhante ao das pessoas dependentes e que nao estavam sob tratamento medico ou psicologico, e seus respectivos familiares. Resultados: Para o estudo de validacao, as escalas foram preenchidas por 90 familias, totalizando 262 pessoas, com idade media de 38 anos (DP ±13), sendo 41% homens e 59% mulheres. A consistencia interna da escala total, assim como a de cada area isoladamente, foi avaliada pelo alfa de Cronbach, e obtiveram-se coeficientes de 0,77 (escala geral) e 0,78 (escala de autoavaliacao), valores considerados adequados. Detectou-se associacao significativa (correlacao de Spearman, rs = 0,57; p < 0,05) entre a classificacao dos escores das areas da FAM-III e a avaliacao do funcionamento familiar baseada na entrevista clinica familiar, considerada padrao ouro. Os escores medios apresentados pelas familias controle nao diferiram significativamente dos padroes internacionais. No estudo comparativo, os pacientes e seus controles eram homens com media de idade de 32 anos que, em sua maioria, viviam com a familia de origem. Os familiares e seus controles eram mulheres (maes, esposas e irmas) com idade media de 46 anos. As pontuacoes atingidas em cada area da escala geral (realizacao de tarefas, desempenho de papeis, comunicacao, expressao afetiva, envolvimento, controle, valores e normas, defesa e adaptacao social) e da escala de autoavaliacao por pacientes e seus familiares foram comparadas com as dos respectivos grupos controles, por meio do teste t de Student. Na escala de avaliacao geral do funcionamento familiar, pacientes dependentes e seus familiares apresentaram medias mais altas que as dos respectivos controles, na maioria das areas. Na escala de autoavaliacao, dependentes e familiares apresentaram perfis antagonicos no comparativo com os controles. Enquanto os dependentes apresentaram escores maiores do que os controles em todas as areas, exceto na de Envolvimento, seus familiares apresentaram escores medios superiores aos dos respectivos controles somente na area envolvimento. Discussao: Este estudo demonstrou a validade e a confiabilidade das versoes brasileiras das escalas geral e de autoavaliacao da FAM-III e corroborou, de modo objetivo, os relatos clinicos de problemas no funcionamento de familias com dependentes. Observou-se que dependentes e seus familiares percebem de maneiras diferentes o funcionamento familiar, indicando que ha necessidade de abordar questoes relacionadas ao envolvimento dos familiares e ao funcionamento familiar no tratamento de dependentes de drogas e na orientacao de seus familiares / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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