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ContribuiÃÃo para a validaÃÃo do uso medicinal de amburana cearensis (cumaru): estudos farmacolÃgicos com o isocampferÃdio e o amburosÃdio / Contribution to the validation of the medicinal use of amburana cearensis (cumaru): pharmacological studies with isokaempferide and amburosideLuzia Kalyne Almeida Moreira Leal 10 March 2006 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / Amburana cearensis is a medicinal plant from Northeast Brazil popularly known as âcumaruâ. Its stem bark has an odor characteristic of the presence of coumarin, being used in alternative medicine for the treatment of bronchitis and asthma. The present study investigated the toxicity, as well as the anti-inflammatory, antioxidant and smooth muscle relaxant activities of isokaempferide (IKPF, 3-metylflavonol) and amburoside A (AMB, phenolic glucoside), bioactive constituents of the plant. The intraperitoneal administration (ip) of IKPF or AMB, in single doses (50-200 mg/kg), showed low toxicity in mice. In primary hepatocyte cultures, only IKPF (100 ug/ml) reduced significantly the cellular viability, as assessed by the MTT test. ICPF and AMB (12.5- 50 mg/kg, ip) presented anti-inflammatory activities, observed initially by inhibitions of the carrageenan (Cg), prostraglandin E2 (PGE2), dextran (Dx), histamine or serotonin-induced paw edemas. Besides, IKPF and AMB (12.5 â 50 mg/kg) produced 39 and 50% reductions, respectively, of neutrophil migration as assessed by histopathological/morphometric analyses of the Cg-induced paw edema. The increase of vascular permeability induced by Dx in mice was also significantly inhibited by IKPF or AMB. Mice pretreatments (oral or ip) with IKPF or AMB (25 and 50 mg/kg) reduced peritoneal Cg or fMLP-induced leucocytes and neutrophil migrations. Also, IKPF and AMB partially prevented fMlP-induced neutrophil degranulation in human blood, as determined by the decrease in 66 and 52% of activities of the enzymes myeloperoxidase and elastase, respectively. The two compounds were not cytotoxic for neutrophil, as assessed by the MTT test. AMB showed hepatoprotective and antioxidant actions in the model of CCl4-induced liver toxicity in rats, as determined by the liver enzymes activity (AST and ALT), catalase, lipoperoxidation (TBARS assay), reduced glutathione, and histological analysis. In the isolated guinea pig trachea, IKPF (10-1000 Âg/ml) and AMB (10- 3000 Âg/ml) produced a concentration-dependent relaxation of the muscle precontracted by carbacol or KCl. The epithelium removal improved IKPF-induced relaxation, but did not alter the AMB effect. IKPF-induced relaxation was inhibited in 41% by L-NAME; 31 and 50% by ODQ (3 and 33 uM); 31% by propranolol and 37% by capsaicin. In the trachea pre-contracted by KCl (40 mM), the pre-incubation with glibenclamide or iberiotoxin, inhibited the IKPF-induced relaxation by 39% and 38%, respectively. On the other hand, 4-aminopyridine did not significantly influence the effect of IKPF. However, in the muscle pre-contracted with 120mM KCl the relaxant effect of IKPF was significantly reduced and not affected by glibenclamide. In conclusion, results showed that IKPF and AMB present anti-inflammatory, muscular relaxant and/or antioxidant activities, justifying the traditional use of Amburana cearensis in the treatment of respiratory tract diseases that present inflammation, oxidative stress, and bronchoconstriction as pathophysiological characteristics. / Amburana cearensis (Fabaceae) à uma Ãrvore da caatinga nordestina, mais conhecida popularmente como cumaru. Suas cascas (caule) possuem um cheiro caracterÃstico pela presenÃa de cumarina, e sÃo principalmente utilizadas no tratamento da bronquite, tosse e asma. O presente estudo procurou investigar os efeitos tÃxicos e as atividades antiinflamatÃria, antioxidante e relaxante muscular do isocampferÃdio (ICPF, 3-metilflavonol) e/ou do amburosÃdio A (AMB, glucosÃdio fenÃlico) isolados das cascas do caule de A. cearensis. A administraÃÃo intraperitoneal (i.p.) do ICPF ou do AMB em dose Ãnica (50 â 200 mg/kg) mostrou baixa toxicidade em camundongos. Na cultura primÃria de hepatÃcitos apenas o ICPF (100 Âg/ml) reduziu significativamente a viabilidade celular, determinada pelo teste do MTT. O ICPF e o AMB (12,5 â 50 mg/kg, i.p.) apresentaram atividade antiinflamatÃria, observada inicialmente pela inibiÃÃo do edema de pata induzido por carragenina-Cg, prostaglandina E2, dextrano-Dx, histamina ou serotonina e pela reduÃÃo em 39 e 50% respectivamente do infiltrado de neutrÃfilos verificada pela anÃlise histopatolÃgica/morfomÃtrica do edema induzido por Cg. O aumento da permeabilidade vascular induzido pelo Dx em camundongos, foi tambÃm significativamente inibido pelo ICPF ou AMB. O prÃ-tratamento (oral ou i.p.) dos animais com ICPF ou AMB (25 e 50mg/kg) causaram reduÃÃes tanto na migraÃÃo de leucÃcitos quanto neutrÃfilos induzida por Cg ou fMLP no peritÃnio de camundongos. O ICPF e o AMB preveniram parcialmente a degranulaÃÃo de neutrÃfilos humano induzida pelo fMLP, determinada pela reduÃÃo das atividades das enzimas mieloperoxidase e elastase em atà 66 e 52% respectivamente. Os compostos fenÃlicos em estudo nÃo foram citotÃxicos para neutrÃfilos (teste do MTT). O AMB mostrou uma aÃÃo hepatoprotetora/antioxidante no modelo de hepatotoxicidade induzida pelo CCl4 em ratos, determinada pelas enzimas hepÃticas (ALT e AST) e pela catalase, alÃm de TBARS, glutationa reduzida e anÃlise histopatolÃgica. Na traquÃia isolada de cobaia o ICPF (10 â 1000 ÂM) e o AMB (10 â 3000 ÂM) relaxaram de maneira concentraÃÃo-dependente o mÃsculo prÃ-contraÃdo pelo CCh ou KCl. A remoÃÃo do epitÃlio traqueal favoreceu o efeito relaxante do ICPF, mas nÃo modificou o efeito do AMB. O relaxamento induzido pelo ICPF foi inibido em 41% pelo L-NAME; 31 e 50% pelo ODQ (3 e 33 ÂM); 31 % pelo propranolol e 37 % pela capsaicina. Na traquÃia prÃ-contraida pelo KCl (40 mM) a glibenclamida (GLB) ou iberiotoxina reduziram o efeito relaxante do ICPF, enquanto no mÃsculo prÃ-contraÃdo pelo KCL 120mM o efeito do ICPF foi reduzido e nÃo foi afetado pela GLB. Portanto, os resultados apresentados mostram que o ICPF e o AMB possuem atividades antiinflamatÃria, relaxante muscular e antioxidante, o que justifica pelo menos em parte o uso tradicional de A. cearensis no tratamento de doenÃas respiratÃrias onde as caracterÃsticas fisiopatolÃgicas incluem inflamaÃÃo, estresse oxidativo e broncoconstriÃÃo.
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