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O fim escrito no início: contribuições de Fausto de Goethe à Psicanalise / The end written inthe begging: contributions of Faust by Goethe to the Psychoanalysis

Zacharewicz, Fernanda 03 May 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-07-23T12:49:52Z No. of bitstreams: 1 Fernanda Zacharewicz.pdf: 1320305 bytes, checksum: c3568addbf05108dbb5171a4f48ecb8d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-23T12:49:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fernanda Zacharewicz.pdf: 1320305 bytes, checksum: c3568addbf05108dbb5171a4f48ecb8d (MD5) Previous issue date: 2018-05-03 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The aim of this thesis was to research the contributions of Faust by Goethe to the Psychoanalysis. For that we left from the hypotesis of which the repetition is a psychoanalytic concept marking the end of analysis. To comprove that, after a brief incursion by Goethe’s biography and the location of the book in the german’s literature history, it was necessary to get deep into our comprehension on the entry of the subject in the language, on the lack from there and differentiate of the lack relative to the castration. Next we lean over on the wish perspective from Aristotle in De Anima and Nicomachean Ethics from there to understand the construction of this concept in the Psychoanalysis. Beginnig with the text Project for a scientific psychology by Freud we follow up to arriving in Lacan and his comprehension of das Ding. That said, it was possible to base the structure of the subject of langage while lacking and to understand the paradox exposed in the pact between Faust and Mephistopheles. The phantasy was the next point to be study. Therefore, we came back to the firsts Freud’s clinical reports and we follow the construction of this notion. We returned to the concept of unheimlich to understand the anguish that wraps the bascule inherent to the fantasmatic veil. We follow with Lacan in his seminar about anguish untill his seminar about the logic of phantasy. Than, we analysed two moments of Goethe’s text – the relationship of Faust with Gretchen and, in a second moment, his relationship with Helen. We realized how in the litterary text the bias through wich the phantasy can be seen leaves space to the real appears. From the advent of the real in the relationship with Helena comes up to Faust the possibility of a new know-how different from what had been done so far. This contingency opens the possibility to think the repetition as the advento f the new, as Lacan works since 1964. With that in our horizon, we follow the constrution of this concept from Freud in two moments: in 1914 and in 1920. Next, we turno to the lacanian text and divide then in two parts: before and after 1964. We realized then that the written texts or seminars given up to 1964 were directed to the freudian notion of compulsion to repetition. Even so, it is possible to observe in this period some seeds of his future position. The considerations explained here led us to consider the end of faust as the relaization of repetition as a contingency, a bon heur to wich teh subject under analysis can choose by the of his course / O objetivo dessa tese foi pesquisar as contribuições de Fausto de Goethe à Psicanálise. Para isso, partimos da hipótese de que a repetição é o conceito psicanalítico que marca o fim análise. Para comprová-la, após uma breve incursão sobre a biografia de Goethe e a localização da obra na história da literatura alemã, foi necessário aprofundar nosso entendimento sobre a entrada do sujeito na linguagem, sobre a falta daí advinda e diferenciá-la da falta relativa à castração. A seguir nos debruçamos sobre a perspectiva de desejo desde Aristóteles em De Anima e Ética a Nicômaco para desse aí compreender a construção desse conceito na Psicanálise. Iniciando com o texto Projeto para uma psicologia científica, de Freud e seguimos até Lacan e sua exposição sobre das Ding. Dito isso, foi possível alicerçar a estrutura do sujeito de linguagem enquanto faltante e compreender o paradoxo exposto no pacto entre Fausto e Mefistófeles. A fantasia foi o ponto seguinte a ser estudado. Assim, retornamos aos primeiros relatos clínicos freudianos e acompanhamos a construção dessa noção. Revisitamos o conceito de unheimlich para compreender a angústia que envolve a báscula inerente ao véu fantasmático. Seguimos com Lacan em seu seminário sobre a angústia e o acompanhamos até seu seminário sobre a lógica da fantasia. Com isso, analisamos dois momentos do texto goethiano – a relação de Fausto com Margarida e, em um segundo tempo, sua relação com Helena. Percebemos como no texto literário o viés pelo qual a fantasia pode ser vista abre espaço para que o real apareça. Do advento do real na relação com Helena surge a Fausto a possibilidade de um fazer novo distinto do que havia feito até então. Essa contingência possibilita pensar a repetição como o advento do novo, conforme Lacan trabalha a partir de 1964. Com isso em vista, retomamos a construção desse conceito desde Freud em dois momentos: em 1914 e em 1920. Em seguida, nos dirigimos aos textos lacanianos e os dividimos em duas partes: antes e após 1964. Percebemos então que os textos escritos ou seminários proferidos até 1964 estavam voltados à noção freudiana de compulsão à repetição. Mesmo assim, é possível observar nesse período algumas sementes de sua futura posição. As considerações aqui explicitadas nos levaram a considerar o final de Fausto como a realização da repetição enquanto contingência, bon-heur ao qual o sujeito em análise pode optar ao final de seu percurso

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