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Travessias de Riobaldo: de jagunço a narrador / Riobaldo's crossing: from gunman to narrator

Torres, Isabella de Oliveira 29 February 2016 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2016-10-04T17:18:53Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 987659 bytes, checksum: 8bef3719b7edb25bf7a34ae1331bf0c2 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-04T17:18:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 987659 bytes, checksum: 8bef3719b7edb25bf7a34ae1331bf0c2 (MD5) Previous issue date: 2016-02-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A densa obra de João Guimarães Rosa é constantemente revisitada pela crítica por possibilitar inúmeras vias de leitura. Neste trabalho, procuramos desenvolver uma análise sobre a obra Grande sertão: veredas (1956), ressaltando aspectos sobre a posição do narrador-personagem, Riobaldo, e a estrutura da narrativa. Toda a mistura e ambiguidade representadas nas imagens e histórias do sertão rosiano tem laço estreito com a memória do herói e, por isso, a natureza subjetiva da experiência recai na própria linguagem, fazendo distinção entre Riobaldo-jagunço e Riobaldo-narrador. O fio condutor da análise foi a própria literatura que teoriza, na obra de Proust, a questão da memória e do tempo. Paralelo a isso, autores como Gilles Deleuze, Gerárd Genette e Joseph Frank contribuíram para expansão da leitura sobre a forma do romance, assim como os autores da fortuna crítica de Rosa, José Carlos Garbúglio e João Adolfo Hansen. A pesquisa aponta para as duas figuras elementares no passado do jagunço, Diadorim e Zé Bebelo, destacando como a influência exercida por eles tem função importante no desenvolvimento do caráter de Riobaldo como narrador. / João Guimarães Rosa’s dense work has been constantly revisited by critics because it allows numerous reading routes. In this paper, an analysis of the work Grande Sertão: veredas (1956) is developed by highlighting aspects about the role of the character-narrator, Riobaldo, and the narrative structure. The entire mixture and ambiguity represented in Rosa’s images and backcountry stories closely relate to the memory of the hero and, therefore, the subjective nature of the experience lies in its language, showing the distinction between Riobaldo - gunman and Riobaldo - narrator. The starting point was the literature that theorizes the issues of memory and time in Proust’s work. Parallel to this, authors such as Gilles Deleuze, Gérard Genette and Joseph Frank contributed to the expansion of the novel, as well as Rosa’s critical authors, José Carlos Garbúglio and João Adolfo Hansen . This research points to the two main figures in the gunman’s past: Diadorim and Ze Bebelo, and it highlights how the influence they carried out plays an important role in the development of Riobaldo’s personality as a narrator.
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A existência ilusória do diabo em Grande sertão veredas: rastros budistas na obra de João Guimarães Rosa

Barros, Bruno Mazolini de January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-04-09T02:01:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000456575-Texto+Completo-0.pdf: 775641 bytes, checksum: ca8391b638d8bda4824f0c396fbd4251 (MD5) Previous issue date: 2014 / The present study aims to investigate the traces of Buddhism in the work of João Guimarães Rosa, as in some poems of Magma, in the short story "Minha gente", from Sagarana, in the preface "Aletria e Hermenêutica", from Tutaméia, and in the narrative "Cipango" of Ave, Palavra, and, based on them, demonstrate the presence of one aspect of Buddhist philosophy — the idea of the illusory existence of phenomena — in Grande sertão: veredas, condensed in a reasoning of Riobaldo on the existence of the devil. Read through the concept of “evidence paradigm” of Carlo Ginzburg, in which marginal data of a work may reveal a larger information, the references to Buddha and Buddhism, which are highlighted in this research, would spell out that the Buddhist presence is not merely peripheral on the work of the author, but is even significant for the construction of a reading proposal for Grande sertão: veredas. / O presente trabalho tem como objetivo investigar os rastros de budismo em produções de João Guimarães Rosa, como alguns poemas de Magma, o conto “Minha gente”, de Sagarana, o prefácio “Aletria e Hermenêutica”, de Tutaméia, e a narrativa “Cipango”, de Ave, Palavra, e, com base nelas, demonstrar a presença de um aspecto da filosofia budista — a ideia de existência ilusória dos fenômenos — em Grande sertão: veredas, condensado em um raciocínio de Riobaldo sobre a existência do diabo. Lidas através do conceito de paradigma indiciário de Carlo Ginzburg, em que informações marginais de uma obra podem revelar um dado maior, as referências ao Buda e ao budismo, apontadas nessa pesquisa, explicitarão que a presença budista não é meramente periférica na obra do autor, mas, inclusive, significativa para a construção de uma proposta de leitura de Grande sertão: veredas.
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No escuro coração do século XX: uma proposta dialética entre Eric Hobsbawm e Guimarães Rosa

TEIXEIRA, Everton Luís Farias 31 October 2017 (has links)
Submitted by Rejane Coelho (rejanecoelho@ufpa.br) on 2018-10-22T14:29:20Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscuroCoracaoSeculo.pdf: 1832348 bytes, checksum: 11dd68fc538931177edfb0cc1f983204 (MD5) / Approved for entry into archive by Rejane Coelho (rejanecoelho@ufpa.br) on 2018-10-22T14:31:20Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscuroCoracaoSeculo.pdf: 1832348 bytes, checksum: 11dd68fc538931177edfb0cc1f983204 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-22T14:31:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscuroCoracaoSeculo.pdf: 1832348 bytes, checksum: 11dd68fc538931177edfb0cc1f983204 (MD5) Previous issue date: 2017-10-31 / Nesta Tese é proposto um estudo comparativo entre as obras de João Guimarães Rosa (1908-1967) — com destaque para o romance Grande sertão: veredas (1956) e os “cronicontos” alemães de Ave, palavra (1970) — e a historiografia de Eric Hobsbawm (1917-2012), enfeixada em Bandidos (1969) e Era dos Extremos (1994). O fio aparente que liga as produções destes dois observadores históricos do século XX é a preocupação de ambos com o homem comum em detrimento aos fatos históricos e aos espaços geográficos demarcados. O presente exame espera demonstrar como a história ocidental no século XX infiltra-se na particular inscrita desse autor brasileiro, seja pelo cosmopolitismo do terror forjado em ―O mau humor de Wotan‖, seja pelo remoto sertão caracterizado como o próprio mundo pela fala do protagonista Riobaldo. Acerca desta obra, afirma-se que esta topografia, diferente da tradição regionalista, se erige tal qual uma metonímia de todos os lugares, portanto, distante de um saudosismo sertanejo. Alguns exemplos dessa ressonância histórica abundam nesse romance, como os grandes fenômenos vivenciados no século passado: a emancipação feminina e a crítica aos modelos liberais, os quais geraram os bandidos sociais em algumas regiões do globo, e com estes um acontecimento específico na passagem do século XIX para o XX: a eclosão dos primeiros Estados-paralelos de procedência rural originada pelas catástrofes ocorridas na Europa, as quais levaram as personagens das narrativas ―A velha‖ e ―A senhora dos segredos‖ a acreditarem na ilusão de liberdade em território brasileiro. Assim, os temas da ―nova mulher‖ e dos movimentos de resistência social nas periféricas zonas do capitalismo são de grande relevância tanto para a obra rosiana, quanto para o trabalho deste intelectual britânico, pois, em ambos, a documentação histórica se constitui em algo circunstancial em que as dimensões míticas dialogam com as composições ideológicas. Tendo a ambiguidade como a tônica das relações humanas e de poder do século XX e da ficção rosiana, o jagunço ficcional ora se assemelha ao paladino robinwoodiano, arquétipo ideal do bom bandido, quanto ao criminoso comum, figura proscrita pelas leis do Estado e pela aceitação do público geral. Este trabalho analisa — com o auxílio da Estética da Recepção e das contribuições críticas de Antonio Candido (1918-2017) — o percurso traçado pelas sociedades ocidentais no breve século XX no intuito de encontrar outras formas de subexistir em meio à desintegração dos valores desenhados pelo iluminismo setecentista. Integrando essas construções estético-científicas, é possível estabelecer uma interpretação mais completa de uma das muitas faces da realidade contemporânea, época em que o globo, perplexo, observou ruir impérios e a civilidade diante da barbárie praticada em regiões, como o sertão (real ou metafórico), esquecidas pelo capitalismo e pelo desgastado poder público. Nesta dialética, por um lado, amplia-se o estudo do tema do banditismo social hobsbawmiano, acrescentando-se à sua tipologia a figura do jagunço, por outro, denota-se em Guimarães Rosa uma atitude excepcional diante da violência e da barbárie observada em um período de exceção como o nosso em que todas as escritas se configuram em cantos de sobrevivência ou réquiens da liberdade. / This thesis proposes a comparative study of the works of João Guimarães Rosa (1908-1967) — especially the novel Grande sertão: veredas (1956) and the German ―cronicontos‖ Ave, Palavra (1970) — and the historiography of Eric Hobsbawm (1917-2012), clustered in Bandits (1969) and Age of extremes (1994). The apparent thread linking the productions of these two historical observers of the twentieth century is the concern of both with the common man over the historical facts and the demarcated geographical spaces. This survey hopes to show how Western history in the twentieth century infiltrates the particular writing of this Brazilian author, either by the cosmopolitanism of the horror forged in ―O Mau Humor de Wotan‖, or by the remote hinterland characterized as the world itself by the speech of the protagonist Riobaldo. About this work, it is stated that this topography, different from the regionalist tradition, is erected just like a metonymy of all places, therefore, far from a backcountry nostalgia. Some examples of this historical resonance abound in this novel, as the great phenomena experienced in the past century: the emancipation of women and the criticism of the liberal models, which generated social bandits in some regions of the globe, and with these a specific event in the turn of the XIX century: the emergence of the first states-parallel from rural areas caused by disasters in Europe, which led the characters of the narrative ―A Velha‖ and ―A Senhora dos Segredos‖ to believe in the illusion of freedom in Brazil. Thus, the themes of the ―new woman‖ and of social resistance movements in peripheral capitalism areas are of great importance both for Rosa‘s work, and for the work of this British intellectual, because in both the historical documentation constitutes something circumstantial in which the mythic dimensions dialogue with the ideological compositions. Having ambiguity as the keynote of human relationships and power of the twentieth century and Rosa‘s fiction, the fictional bandit now resembles the Robin Wood‘s Paladin, ideal archetype of good villain, as the common criminal, figure proscribed by the laws of the State and the acceptance of the general public. This paper analyzes — with the help of Aesthetics of Reception and critical contributions of Antonio Candido (1918-2017) — the route traced by the Western societies in the short XX century in order to find other ways to coexist amid the disintegration of the values designed by the eighteenth-century Enlightenment. By integrating these aesthetic and scientific constructions, it is possible to establish a more complete interpretation of one of the many faces of contemporary reality, time in which the perplexed globe watched crumbling empires and civility in the face of barbarism practiced in regions such as the hinterland (real or metaphorical) forgotten by the capitalism and worn government. This dialectic, on one hand, broadens the study of the theme of Hobsbawm‘s social banditry, adding to his typology the gangster figure. On the other hand, it denotes in Guimarães Rosa an exceptional attitude against the violence and barbarism seen in a period of exception, like ours, in which all the writings are configured in survival corners or requiems of freedom. / En esta Tesis es propuesto un estudio comparativo entre las obras de João Guimarães Rosa (1908-1967) — con destaque para el romance Grande sertão: veredas (1956) y los ―cronicontos‖ alemanes de Ave, palavra (1970) — y la historiografía de Eric Hobsbawm (1917-2012), alzada en Bandidos (1969) y Era dos Extremos (1994). El hilo aparente que liga las producciones de estos dos observadores históricos del siglo XX es la preocupación de ambos con el hombre común en detrimento a los hechos históricos y a los espacios geográficos demarcados. El presente examen espera demonstrar como la historia occidental en el siglo XX se infiltra en la particular inscrita de ese autor brasileño, sea por el cosmopolitismo del terror falsificado en ―O mau humor de Wotan‖, sea por el remoto sertón caracterizado como el propio mundo por el habla del protagonista Riobaldo. Acerca de esta obra, se afirma que esta topografía, diferente de la tradición regionalista, se erecta tal cual una metonimia de todos los lugares, por lo tanto, distante de un saudosismo sertanejo. Algunos ejemplos de esa resonancia histórica se abundan en ese romance, como los grandes fenómenos experimentados en el siglo pasado: la emancipación femenina y la crítica a los modelos liberales, los cuales generaron los bandidos sociales en algunas regiones del globo, y con estos un acontecimiento específico en el pasaje del siglo XIX para el XX: la eclosión de los primeros Estados paralelos de procedencia rural originada por las catástrofes ocurridas en Europa, las cuales hicieron que los personajes de las narrativas ―A velha‖ y ―A senhora dos segredos‖ a creyeran en ilusión de libertad en territorio brasileño. Así, los temas de la ―nueva mujer‖ y de los movimientos de resistencia social en las periféricas zonas del capitalismo son de grande relevancia tanto para la obra rosiana, como para el trabajo de este intelectual británico, pues, en ambos, la documentación histórica se constituye en algo circunstancial en que las dimensiones míticas dialogan con las composiciones ideológicas. Teniendo la ambigüedad como la tónica de las relaciones humanas y de poder del siglo XX y de la ficción rosiana, el jagunço ficcional se asemeja al paladino robinwoodiano, arquetipo ideal del buen bandido, como al criminoso común, figura proscrito por las leyes del Estado y por la aceptación del público general. Este trabajo analiza — con el auxilio de la Estética de la Recepción y de las contribuciones críticas de Antonio Candido (1918-2017) — el recorrido trazado por las sociedades occidentales en el breve siglo XX en el intuito de encontrar otras formas de supervivir en medio a la desintegración de los valores diseñados por el iluminismo del siglo XVIII. Integrando esas construcciones estético científicas, es posible establecer una interpretación más completa de una de las muchas caras de la realidad contemporánea, época que el globo, perplejo, observó caer imperios y la civilidad delante la barbarie practicada en regiones, como el sertón (real o metafórico), olvidados por el capitalismo y por el desgastado poder público. En esta dialéctica, por un lado, se amplía el estudio del tema del bandidismo social hobsbawmiano, agregándose a su tipología la figura del jagunzo, por otro, se denota en Guimarães Rosa una actitud excepcional delante la violencia y de la barbarie observada en un período de excepción como el nuestro en que todas las escritas se configuran en cantos de sobrevivencia o réquiems de la libertad. / UFPA - Universidade Federal do Pará
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O espelho e a duplicacao do eu

Souza, Ivete Vidigoi de 27 September 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:58:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 IVETE VIDIGOI DE SOUZA.pdf: 708654 bytes, checksum: 61c17488800742063296d572d195efa9 (MD5) Previous issue date: 2005-09-27 / The purpose of this work is to starting the miror metaphor show some characteristics that are related to the double of two literature characters The major characters which have permited the analysis of the unveilling ways of the double are in two short stories both entitled \"The mirror\"one of the written by machado de Assis 19th century brazilian author and the by Guimarães Rosa another brazilian writer of the 20 th century The study of this two short stories text structure is based on Bakthin\'s polyphonic principles While Piglia\'s theory has provide the elements for the analyses of the short story by Machado de Assis Guimarães Rosa\'s short story was analyzed from an essaystic sight based on Adorno´s teory This research aims at a new reading for a treme wich has been superficially theorised so far and wich, therefore should be enlightened by deeper studies / O objetivo deste trabalho foi mostrar a partir da metáfora do espelho caracterísicas pertinentes ao duplo em duas personagens literárias As personagens centrais que permitiram o exame das formas de manifestação do duplo perencem aos contos chamados O espelho um de Machado de Assis, autor do século XIX e outro de Guimarães Rosa, do século XX Para o estudo da questão do duplo apoiamos-nos nas idéias de vários teóricos A análise dos dois contos em relação á duplicidade baseou-se sobretudo nos princípios de polifonia e dialogia de Bakhtin Do ponto de vista da duplicidade na narrativa, a teoria de Piglia ofereceu especialmente elementos para o estudo do conto de machado de Assis enquanto o de Guimarães Rosa foi analisado sob o olhar ensaístico tendo por base a teoria de Adorno a fim de relacionar o caráter prismático do ensaio com a uestão do duplo. Esta pesquisa procurou desenvolver uma proposa de leitura nova para um tema ainda pouco esudado, portanto aberto a outras reflexões e aprofundamentos

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