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Stabilité et progrès : étude de deux notions constitutionnelles à travers une lecture de la pensée politique de Jean-Jacques RousseauHould, Martin January 2009 (has links)
Mémoire numérisé par la Division de la gestion de documents et des archives de l'Université de Montréal.
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La question du conflit théologico-politique à l'orée du XVIIIe siècle et son traitement dans le "système Rousseau" / The theological-political question at the beginning of the 18th century and its treatment in “Rousseau’s system”Valdivia, Gérard 19 December 2012 (has links)
Le caractère systématique de la pensée de Rousseau est maintenant assez bien établi, et l'on a cessé de la démembrer en privilégiant tel ou tel aspect de l'oeuvre, littéraire, politique, ou existentiel, comme on l'a fait si longtemps, trop longtemps. Cela étant, même les lectures les plus englobantes ne nous paraissent pas encore pleinement satisfaisantes. En effet, fondées le plus souvent sur le principe de la bonté humaine et sa corruption sociale, effectivement mis en avant par Rousseau lui-même comme son « grand principe », elles nous paraissent avoir minimisé un aspect pourtant essentiel de sa pensée, à savoir sa position concernant le conflit du politique et du religieux, quand elles n'y ont pas vu une nichée de contradictions : rôle équivoque de la « religion civile », lien entre l'Émile (plus particulièrement la « Profession de Foi du Vicaire Savoyard ») et le Contrat Social, incomplétude de ce dernier traité, qui paraît laisser en plan la question du droit international, et par conséquent du cosmopolitisme, donc d'un dépassement des querelles religieuses, etc. Or, en réinscrivant le propos de Rousseau dans une historiographie du conflit théologico-politique, considéré en et pour luimême, dans son aspect proprement historique, avant d'envisager ce qu'en ont pensé les philosophes, il nous a paru possible de pousser plus avant l'étude du système et de surmonter les contradictions que l'on a cru parfois y voir. Nous pensons en effet que ce conflit n'a pas pris fin avec le XVIIème siècle, et qu'il est toujours bien présent, sans doute sous des formes nouvelles, tout au long du siècle des Lumières, et tout particulièrement chez Rousseau. Selon nous, il n'est pas interdit de penser qu'il y a là un principe susceptible d'élargir, voire de clore, la complétude du système. De surcroît, il nous est apparu que Rousseau n'était pas seulement le théoricien d'un droit politique abstraitement considéré.S'il affirme à plusieurs reprises étudier le droit et non le fait, il n'instaure pas entre eux une séparation radicale de type sein/sollen, en quelque sorte pré-kantienne. Le fait est chez lui toujours pénétré de droit, et la théorie n'est jamais séparée de la pratique. Pour toutes ses raisons, nous croyons avoir trouvé dans son oeuvre de quoi nous aider à mieux percevoir, de la façon la plus concrète qui soit, les enjeux de la réinscription du religieux dans la politique contemporaine, ainsi que dans les obstacles qu'elle oppose ou paraît opposer à la constitution d'un authentique cosmopolitisme. / Rousseau studies generally tend to discuss the life and work of Jean-Jacques Rousseau rather than provide a systematicinterpretation of the corpus of his works, leaving us without a full-fledged system that we may attribute to Rousseau. Some scholars have excluded discussion of certain of his works and reduced the ambition of his system. Some of the available interpretations make Rousseau to be sometimes a literary author, sometimes a political one, and sometimes a dreamer, because they refuse, we charge, to look for a coherent organization between all of these interpretive fields. In order to develop a systematic interpretation, we must reconsider the overall dynamics of the corpus as being directed toward a central question, a problem for which the system proposes a resolution. We take this to be the theological-political problem, and it is from this perspective that we analyze Rousseau’s system. Rousseau’s work is shown to have a natural place within a historiography of the impact of the theological-political disorders in both the philosophical and practical fields during the 18th century. It is in this context that we can see that Rousseau’s whole corpus is organized around the resolution of the theological-political conflict. This interpretative method allows us to see and understand the general organization of Rousseau’s thought, the correspondences between writings hitherto undervalued, and the overall cosmopolite project supported by Rousseau’s system. Once we have grasped the landscape of the systematic whole of Rousseau’s project, we find that it can bring us new insights about our present day world by considering how the solutions it recommends could have an impact on our current political, social, and moral constructions.
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Soberania popular: um clássico conceito contemporâneo / Popular Sovereignty: a classic contemporary conceptRosa, Gabriela Rodrigues da Guia 18 December 2017 (has links)
Esta dissertação investiga o conceito rousseauniano de soberania popular e a sua influência no debate contemporâneo sobre a democracia. Para isso, destacamos alguns elementos do conceito n\'O Contrato Social: a vontade geral, o papel da participação, o problema da representação e a ameaça dos interesses particulares. Mostramos que ao fundar a autoridade original e a responsabilidade pelo exercício do poder político no povo, Rousseau estabelece novas bases para a legitimidade política nos Estados modernos. Esta legitimidade assentada em um sujeito coletivo e universal é incorporada pelas democracias desde o surgimento dos governos representativos, mas não sem mediações e críticas. Com efeito, o universalismo subjacente ao modelo clássico foi e continua sendo criticado principalmente por obliterar a realidade plural, heterogênea e desigual das sociedades contemporâneas. Além disso, a suposição de que o povo se unifica em algum momento concreto é questionada como uma ficção que limita o seu potencial democrático. Ao identificarmos dois momentos da soberania do povo, um relativo a origem e outro ao exercício do poder político, apontamos como a teoria democrática de viés deliberativo tem se debruçado sobre as práticas políticas que asseguram a legitimidade democrática das decisões. Cientes das demandas substantivas das democracias contemporâneas, concordamos com Daniel Lee (2016), que mostra historicamente como o fato de ser popular não faz da soberania democrática. Segundo Lee, a soberania popular retrata a unificação de um agente coletivo e homogêneo, necessária porque a autoridade do Estado deriva do povo e porque a sua mera existência enquanto um ator coletivo (uma pessoa moral) depende da unidade anterior do povo. Por fim, analisamos a soberania do povo como forma de poder constituinte, convencidas de uma há tensão intrínseca entre a soberania, representação da autonomia do mundo político, e o soberano, poder constituinte que toma decisões sobre a natureza da política. / This dissertation investigates the rousseaunian concept of popular sovereignty and its influence on contemporary debates about democracy. For that, we highlight aspects of this concept from the Social Contract: general will, the role of participation, the problem of representation and the threat of private interests. We show that by placing the original authority and the responsibility for exercising political power on the people, Rousseau establishes new bases for modern States political legitimacy. This new legitimacy is placed on an universal and collective subject and marks democracies since the consolidation of represnetative governments, but not withut criticism. Surely, the universalism underlying the classic model was and still is criticized as it obliterates the plural, heterogenous and unequal reality of contemporary societies. Also, the supposition that the people unifies at any concrete moment is questioned as a fiction limiting its democratic potential. By identifying two moments of popular sovereignty, one related to the origin and the other to the exercise of political power, we argue that deliberative democratic theory looks more towards the political practices that assure the democratic legitimacy of decisions. Aware of the contemporary democracies substantive demands, we agree with Daniel Lee (2016) who historically shows that being popular doesnt make sovereignty democratic. According to Lee, popular sovereignty reflects th unification of a homogenous and collective agent, necessary as the authority of the State derives from the people and its simple existence as a collective actor (a moral person) depends on the peoples previous unification. Finally, we annalyse popular sovereignty as a form of constituent power, convinced of an intrinsic tension between sovereignty, as a representation of the political worlds autonomy, and the sovereign, the constituent power deciding about the nature of politics.
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Da reconfiguração do homem: um estudo da ação político-pedagógica na formação do homem em Jean-Jacques Rousseau / The reconfiguration of man: a study of the political action in the formation of man in Jean-Jacques RousseauPaiva, Wilson Alves de 29 March 2010 (has links)
Embora a obra de Rousseau tenha sido objeto de uma farta produção intelectual ao longo dos quase dois séculos e meio de sua existência, continuamente sofre de interpretações distorcidas e leituras parciais. Com o objetivo de contribuir com essa discussão, sobretudo no que diz respeito à formação do homem, este trabalho procura discutir o processo pelo qual o homem natural se torna o homem civil, defendendo o ponto de vista que se trata de um empreendimento da razão, devidamente guiado pelos princípios da Natureza e voltado para uma autêntica formação humana na qual o homem se realize plenamente apenas em sua dupla condição, ou melhor, em sua condição composta de homem natural e homem civil. Tomando a metáfora da estátua de Glauco, a tese procura refletir que semelhantemente o homem teve sua aparência desfigurada ao longo do processo histórico. A cultura acabou negando a natureza e produzindo uma realidade ilusória que depravou o homem em sua constituição original. Mesmo que a nova condição gerada tenha sido notável para o progresso das ciências e das artes, degradou moralmente o homem, inviabilizando qualquer projeto social. Na reflexão que esta tese procura desenvolver, o termo reconfiguração é utilizado para designar a ação político-pedagógica possível dentro desse quadro, isto é, o que se pode fazer em termos da formação do homem, tendo em vista a realidade sócio-histórica e a corrupção geral do gênero humano, conforme Rousseau a concebe. Isso implica dizer que, no pensamento de Rousseau, a situação não está perdida, uma vez que a desfiguração não foi completa. Como restam algumas nuances que permitem reconhecer um pouco de sua figura original, torna-se possível, portanto, um processo de restauração que consiga de alguma forma produzir uma figura nova, valendo-se das características originais e agregando outras necessárias para o êxito do empreendimento. Para tal discussão, este trabalho se valeu da exegese dos textos rousseaunianos, sobretudo do Emílio. Para leitura complementar, a pesquisa contou com a coleção Oeuvres completes, da Pléiade, além das obras mais conhecidas e traduzidas para o português, como o Contrato social; A nova Heloísa; Emílio e Sofia; os Discursos etc. além dos textos de críticos consagrados, tais como Derathé, Starobinski, entre outros. Toda reflexão que aparece na obra de Rousseau prefigura a tarefa de fazer do homem um ser autônomo e livre, devidamente preparado para opor-se ao estado de depravação ao qual a humanidade chegou, resistindo o máximo possível à influência das paixões, dos vícios e às falsas soluções que podem aparecer. Assim, tomando a sociedade e o homem como devem ser, Rousseau contribui com a discussão, refletindo principalmente no Emílio sobre a possibilidade de reconciliação entre natureza e cultura, propondo uma formação que englobe os dois ideais e consiga superar os conflitos gerados pela sociedade. O que se pode chamar de verdadeira arte de reconfiguração do homem. Nessa perspectiva, o Emílio aparece como uma tentativa audaciosa e apaixonada de restaurar o homem natural para viver virtuosamente a realidade social. Em todos os sentidos, o Emílio está sendo preparado para as obrigações sociais e o cumprimento do dever. Porém, não significa que essa preparação o conduza necessariamente ao pacto social, mas a uma condição futura de autonomia, liberdade, sabedoria e conhecimento suficientes para viver plenamente sua vida pessoal, como homem, ou uma vida pública, como um dedicado cidadão de alguma comunidade qualquer. / Although Rousseau\'s work has been the subject of a rich intellectual production during almost two and a half centuries of its existence, it has continually been object of biased interpretations and partial readings. In order to contribute to this discussion, particularly with regard to the formation of man, this doctoral work discusses the process by which the natural man becomes civilian, defending the view that this is a development of reason, properly guided by the principles of nature and toward an authentic human development. Which means a fully realization only in the dual role, or rather in a composed condition of natural and civilian man. Taking the metaphor of the statue of Glaucus, the thesis attempts to reflect that similarly man had his own appearance disfigured over the historical process. Culture denied nature and produced an illusory reality that depraved man in his original constitution. Although the new condition has been remarkable for the progress of science and the arts, the morally degradation of man eliminated any social project. To the reflection developed by this thesis, the term \"reconfiguration\" is used to designate the political-pedagogical possible action within that framework. That is, what can be done in terms of the formation of man, with a view to socio-historical and the general corruption of mankind, as Rousseau conceives. This implies that, in Rousseau\'s thought, the situation is not lost, because the disfigurement was not complete. As some nuances of its original character survived, it is possible a restoration process that can somehow produce a new figure, taking advantage of the unique features and adding other measures necessary for the success of the enterprise. For the discussion, this work is based on Rousseaus writings, especially his education book Emile. For further reading, the survey included the collection Oeuvres completes, published by Pléiade, in addition to the best-known works, and translated into Portuguese, as the Social Contract, The New Heloise, Emile and Sophie, etc. To name other sources, the production from renowned rousseauists, as Derathé, Starobinski, among others. Any work out of Rousseau\'s reflections prefigures the task of making a man to be autonomous and free, fully prepared to oppose the state of depravity to which humanity has come, resisting as much as possible the influence of passions, vices and false solutions that may appear. So, taking men and society as they should be, Rousseau contributes to the discussion, reflecting - particularly in Emile - about the possibility of reconciliation between nature and culture incorporating the two ideas and overcoming the conflicts generated by social living: Which may be called a true art of reconfiguring man. By this perspective, Emile appears as a daring and passionate attempt to restore the natural man in order to live virtuously within the social reality. In every sense, Emile is being prepared for social responsibility and moral duty. However, it dos not mean that this will lead necessarily to the social pact, but to a future state of autonomy, freedom, wisdom and knowledge to a personal life, as a man, or to a public life as a dedicated citizen of any other community.
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Educação musical na escola pública: em que medida contribui para a formação do cidadão? / Music education in public schools: to what extent it contributes to citizen education?Luiz, Magali Maria Géara 27 April 2012 (has links)
Esta pesquisa analisa em que medida a Educação Musical na escola pública pode contribuir para a formação do cidadão, a partir de sua obrigatoriedade imposta pela Lei 11.769, sancionada pelo Presidente da República em 18 de agosto de 2008. Nessa direção, questiona os objetivos do ensino de música enquanto conteúdo escolar: se a formação de artistas virtuoses, de bons ouvintes, de criadores, ou de consumidores. Nesse sentido, investiga de que ponto se parte para a instalação da disciplina Analisa-se, ainda, seus objetivos, ou até mesmo sua justificativa, se direcionam de alguma forma, para a formação do cidadão, conforme os documentos oficiais. Com base no referencial teórico apresentado por Rousseau, destacando seus textos Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Discurso sobre as Ciências e as Artes e Ensaio sobre a Origem das Línguas (mais especificamente os capítulos XII, XIII, XIV, XVI, XVII e XIX Origem e relações da música, Da melodia, Da harmonia, Falsa analogia entre as cores e os sons, Erro dos músicos, prejudicial à sua arte e Como degenerou a música, respectivamente) e Emílio ou Da Educação, fazem-se apontamentos que possam contribuir para a reflexão sobre o ensino de música na escola pública atual e a possibilidade de sua interferência nos costumes sociais. / The present study sets out to analyze how Music Education may contribute to citizen education, since Act 11,769, sanctioned by the President of the Republic on August 18th 2008, made it mandatory. What would be the goal of Music education as a discipline? Virtuous artists? Good listeners? Composers? Consumers?Whats the starting point for establishing this discipline? Are the goals of this course, or even its reason, somehow aimed to citizen education according to official documents? Based on the theoretical frame presented by Rousseau mainly in Discourse on the Origin and Basis of Inequality Among Men, Discourse on the Arts and Sciences, Essay on the Origin of Languages (more specifically in chapters 12, 13, 14, 16, 17 and 19 The Origin of Music and Its Relations, On Melody, On Harmony, False Analogy between Colors and Sounds, An Error of Musicians Harmful to Their Art, and How Music Has Degenerated, respectively) and Emile: or, On Education, it is expected to bring up issues and contribute to music education debate in todays schools as well the possible influence in social customs.
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Política e linguagem em Rousseau / Politics and language in RousseauBecker, Evaldo 05 June 2008 (has links)
O objetivo geral da presente tese, é demonstrar que o tema linguagem, em seus mais variados vieses, é fundamental para que se possa compreender a concepção política de Rousseau. Para tanto é fundamental que se aborde o tema em questão sob diversas perspectivas. Em primeiro lugar faz-se o necessário recuo à tradição retórico-moral, para verificar a dívida de Rousseau para com autores como: Platão, Plutarco e Quintiliano, que ajudaram a formar seu arcabouço teórico. Em segundo lugar, apresenta-se o debate acerca da origem e da função da linguagem e suas vinculações com os temas da política, instaurado entre o autor e alguns de seus contemporâneos, tais como, Condillac e Diderot. E, por fim, trata-se de cotejar os vários textos de Rousseau acerca das vinculações percebidas entre a linguagem original, linguagem musical, linguagem teatral, línguas particulares e discurso e mostrar como estas interferem, para o bem ou para o mal, nos rumos das instituições políticas estabelecidas pelos homens no decorrer de seu processo histórico de desenvolvimento. Os principais textos de Rousseau aqui analisados são: o Discurso sobre a Desigualdade, o Ensaio sobre a origem das línguas e o Contrato Social. / The general objective of this thesis is showing that the language issue, in its various points of view, is fundamental for the comprehension of Rousseaus political concepts. Thus, it is crucial to approach the subject in different perspectives. In first place, it is necessary to make a retreat to moral rhetorical tradition, to verify Rousseaus debt with authors like: Plato, Plutarch and Quintilian, who helped him to form his theoretical framework. In second place, we must introduce the debate about the language origin and function, and also its linkages with political themes, established between the author and some of his contemporaries, such as Condillac and Diderot. Finally, we examine thoroughly the various texts of Rousseau about the linkages noticed among original language, musical language, theatrical language, particular languages and discourse, and show how the referred languages interfere in the directions of political institutions established by mankind in the course of its history. The main texts of Rousseau to be analyzed are: Discourse on the origin and basis of inequality among men, Essay on the origin of language and Of the social contract.
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Natureza e educação: uma leitura do Segundo discurso e do Emílio de Jean-Jacques Rousseau / Nature and educacion: a study about Jean-Jacques Rousseaus Second Discourse and Emile.Pansarelli, Michelle Larissa Gandolfo 25 April 2014 (has links)
O presente trabalho busca analisar as obras de Rousseau Discurso sobre a Origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (Segundo discurso) e Emílio ou da Educação de forma a apresentá-las como obras complementares no que se refere aos conceitos de Natureza e educação. A hipótese central repousa na ideia de que Rousseau encontra, no Segundo discurso, um problema no desenvolvimento social da humanidade e busca, a partir da construção de um homem adequadamente educado no Emílio, concertar o erro cometido pela espécie no passado. Essa leitura nos leva a compreensão de que existe uma natureza humana dada pela natureza e uma segunda natureza construída pelo homem, a qual deve ser construída de forma a não prejudicar a primeira. A pesquisa é bibliográfica com caráter teórico e, subsidiariamente histórico. Foram consideradas em especial as duas obras clássicas tomadas como objeto de estudo. / This study seeks to analyze the works of Rousseau\'s Discourse on the Origin and Foundations of inequality among men (Second Discourse) and Emile, or on Education in order to present them as complementary works in relation to the concepts of life and education. The central hypothesis rests on the idea that Rousseau finds in his Second Discourse an issue in the social development of mankind and seek, troughout the construction of a properly educated man Emile , to fix the error comitted by our species in the past. This reading leads us to understand that there is a human nature given by Nature and a second nature built by man, which must be constructed so as not to undermine the first. This paper is based on bibliographic research with theoretical foundation and historical elements. Especial consideration was given to the two classical works subject of this study.
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O caráter ambivalente da música em Jean-Jacques Rousseau / The ambivalence of the music in Jean-Jacques RousseauBarros, Leonardo Canuto de 10 March 2015 (has links)
Trata-se de investigar o caráter ambivalente da música na teoria de Jean-Jacques Rousseau. O filósofo defende, ao mesmo tempo, os traços naturais da sinfonia, que lhe concedem o acento enérgico responsável por movimentar os sentimentos do ouvinte, e os aspectos artificiais que a constituem, resultantes da moralidade necessária para que a música seja de fato expressiva. Essa conciliação entre os elementos racional (harmonia) e patético (melodia) reforça o combate do filósofo genebrino contra a teoria ramista. / The purpose of this masters thesis is to investigate the ambivalence of music in Jean-Jacques Rousseau\'s theory. The philosopher argues, at the same time, about the natural features of the symphony, which give it the energetic accent responsible for moving the feelings of the listener, and about the artificial aspects that are resulting from morality required for music to be significant indeed. This reconciliation between the rational elements (harmony) and pathetic (melody) strengthens the combat against Rameaus theory.
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As fontes greco-romanas no pensamento político-pedagógico de Rousseau / The Greco-Roman sources in the politicalpedagogical thought of RousseauGiopato, Natália Ferrarini 10 September 2018 (has links)
O objetivo deste trabalho é investigar os referenciais clássicos como parâmetros fundamentais no desenvolvimento da teoria de Rousseau, e como o autor analisava as sociedades modernas respaldado nessas fontes, orientando-se na elaboração de sua crítica social. As inúmeras referências à Antiguidade greco-romana, em suas obras, não apenas testemunham uma vinculação e apropriação muito particulares a esses temas, mas demonstram um enaltecimento ao ideal de cidadania vivido pelos espartanos e romanos. Isso posto, propõe-se compreender o lugar da Educação no entendimento da relevância desses parâmetros clássicos para a constituição da teoria rousseauniana, especificamente, no que diz respeito ao arquétipo de cidadania. Nas cidades-modelo de Rousseau, todo o ambiente fomentava a formação do almejado cidadão: não se tratava de uma proposta específica de educação aqui ou acolá, mas de uma arquitetura política a partir da qual crianças e jovens eram engendrados no seio de sua pátria a se constituírem cidadãos na e pela vida em comunidade. A partir desse raciocínio, pretende-se resgatar parte significativa do pensamento de Rousseau, alicerçada no legado greco-romano, mais especificamente, sobre a Esparta clássica e Roma republicana, como recursos para adentrar nos fundamentos político-educacionais dessas sociedades e entender o impacto desse legado na constituição da filosofia e da pedagogia de Rousseau, associadas às ideias de identidade nacional e virtude cívica. A finalidade deste estudo, portanto, é investigar a adesão do genebrino a esses exemplos históricos verificando se, de fato, há um alicerce primordial do âmbito político-formativo das suas cidades-modelo a partir do qual o autor se pautaria. / The objective of this work is to investigate the classical references as fundamental parameters in the development of Rousseau\'s theory, and how the author analyzed the modern societies based in these sources, orienting himself in the elaboration of his social criticism. The innumerable mentions to the Greco-Roman antiquity, in his studies, testify a particular connection and appropriation to this themes and it shows an appreciation by the ideal of citizenship that characterize the Spartans and Romans. In view of this, it is proposed to understand the place of Education to understand the relevance of these classic parameters to the constitution of Rousseau\'s theory, specifically, the archetype of citizenship. In the Rousseau\'s model cities, all the ambience fostered the formation of the citizen: it was not a specific proposal of education, here or there, but a political architecture from which children and young people were engendered in the bosom of their homeland to become citizens in and for the life in community. From this reasoning, it is intended to rescue a significant part of Rousseau\'s thought, based on the Greco-Roman legacy, more specifically, about classical Sparta and republican Rome, as resources to enter the political-educational foundations of these societies and to understand the impact of this legacy in the constitution of Rousseau\'s philosophy and pedagogy, associated to the ideas of national identity and civic virtue. Therefore, the purpose of this study is to investigate the adhesion of the studious to these historical examples, verifying if, in fact, there is a primordial foundation of the political-formative scope of his model cities from which the author would be based.
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Soberania popular: um clássico conceito contemporâneo / Popular Sovereignty: a classic contemporary conceptGabriela Rodrigues da Guia Rosa 18 December 2017 (has links)
Esta dissertação investiga o conceito rousseauniano de soberania popular e a sua influência no debate contemporâneo sobre a democracia. Para isso, destacamos alguns elementos do conceito n\'O Contrato Social: a vontade geral, o papel da participação, o problema da representação e a ameaça dos interesses particulares. Mostramos que ao fundar a autoridade original e a responsabilidade pelo exercício do poder político no povo, Rousseau estabelece novas bases para a legitimidade política nos Estados modernos. Esta legitimidade assentada em um sujeito coletivo e universal é incorporada pelas democracias desde o surgimento dos governos representativos, mas não sem mediações e críticas. Com efeito, o universalismo subjacente ao modelo clássico foi e continua sendo criticado principalmente por obliterar a realidade plural, heterogênea e desigual das sociedades contemporâneas. Além disso, a suposição de que o povo se unifica em algum momento concreto é questionada como uma ficção que limita o seu potencial democrático. Ao identificarmos dois momentos da soberania do povo, um relativo a origem e outro ao exercício do poder político, apontamos como a teoria democrática de viés deliberativo tem se debruçado sobre as práticas políticas que asseguram a legitimidade democrática das decisões. Cientes das demandas substantivas das democracias contemporâneas, concordamos com Daniel Lee (2016), que mostra historicamente como o fato de ser popular não faz da soberania democrática. Segundo Lee, a soberania popular retrata a unificação de um agente coletivo e homogêneo, necessária porque a autoridade do Estado deriva do povo e porque a sua mera existência enquanto um ator coletivo (uma pessoa moral) depende da unidade anterior do povo. Por fim, analisamos a soberania do povo como forma de poder constituinte, convencidas de uma há tensão intrínseca entre a soberania, representação da autonomia do mundo político, e o soberano, poder constituinte que toma decisões sobre a natureza da política. / This dissertation investigates the rousseaunian concept of popular sovereignty and its influence on contemporary debates about democracy. For that, we highlight aspects of this concept from the Social Contract: general will, the role of participation, the problem of representation and the threat of private interests. We show that by placing the original authority and the responsibility for exercising political power on the people, Rousseau establishes new bases for modern States political legitimacy. This new legitimacy is placed on an universal and collective subject and marks democracies since the consolidation of represnetative governments, but not withut criticism. Surely, the universalism underlying the classic model was and still is criticized as it obliterates the plural, heterogenous and unequal reality of contemporary societies. Also, the supposition that the people unifies at any concrete moment is questioned as a fiction limiting its democratic potential. By identifying two moments of popular sovereignty, one related to the origin and the other to the exercise of political power, we argue that deliberative democratic theory looks more towards the political practices that assure the democratic legitimacy of decisions. Aware of the contemporary democracies substantive demands, we agree with Daniel Lee (2016) who historically shows that being popular doesnt make sovereignty democratic. According to Lee, popular sovereignty reflects th unification of a homogenous and collective agent, necessary as the authority of the State derives from the people and its simple existence as a collective actor (a moral person) depends on the peoples previous unification. Finally, we annalyse popular sovereignty as a form of constituent power, convinced of an intrinsic tension between sovereignty, as a representation of the political worlds autonomy, and the sovereign, the constituent power deciding about the nature of politics.
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