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O desafio da construção de uma rede de cuidados em saúde mental : a questão dos recursos humanos nas nações em desenvolvimento o caso do estado do Rio Grande do Sul, BrasilGonçalves, Veralice Maria January 2010 (has links)
Objetivo: Analisar a estrutura da rede dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), a distribuição de recursos humanos e composição das suas equipes nas dezenove Regionais de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, por meio de indicadores de estrutura e produtividade, buscando diferenças na distribuição destes recursos entre os CAPS do Estado do Rio Grande do Sul. Método: Realizado estudo transversal com base em dados públicos disponíveis no site do DATASUS – Departamento de Informática do SUS (Sistema Único de Saúde). Os dados foram extraídos do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) do período de 2007 a 2009. Foram utilizados para análise os indicadores de cobertura dos CAPS, a distribuição dos recursos humanos e composição das equipes em relação à representação das principais especialidades de profissionais envolvidos no cuidado à saúde mental em cada tipo de dispositivo. As análises de associação entre a composição da equipe e produtividade dos serviços foram descritas. Resultados: Foram identificadas diferenças regionais e existência de áreas críticas tanto na cobertura dos CAPS como na distribuição de seus profissionais. Analisada a variabilidade de cobertura de cada região, foi evidenciada a cobertura insuficiente em determinadas regiões que representam 49% da população do Estado com cobertura inadequada. Das dezenove Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul, cinco apresentaram inadequação do parâmetro mínimo de cobertura de RH com base na Portaria GM 336/2002. Entre oitenta e três diferentes ocupações cadastradas nos Centros de Atenção Psicossocial, a maior freqüência relativa é de apenas cinco especialidades: psicólogos, enfermeiros, médicos psiquiatras, auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem. A proporção de profissionais dos CAPS no Rio Grande do Sul representa somente 1,82% do total de profissionais que atuam no SUS no Estado. Foram evidenciadas: a inadequação do quantitativo de profissionais de nível superior nas modalidades de serviço CAPS I, que é a mais frequente modalidade de serviço no RS (50%) e a inadequação do quantitativo de profissionais enfermeiros com formação em saúde mental nos CAPS II e CAPS ad, tendo sido identificada a adequação do número mínimo de psiquiatras somente nos CAPS ad. Houve uma forte correlação entre o total de recursos humanos dos CAPS e a média da produção de serviços. A análise da caracterização dos atendimentos por meio da produção das unidades identificou uma diminuição do número de altas por abandono do tratamento e uma tendência crescente na proporção de atendimentos em transtornos de humor, transtornos de uso de substâncias, transtornos de personalidade e de desenvolvimento psicológico. Conclusão: Os dados oficiais permitem a análise e avaliação da estrutura da rede de atenção ambulatorial tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de sua porta de entrada conforme definição da Política de Saúde Mental. Os serviços de atenção psicossocial na comunidade existem em apenas 68,1% dos países, com cobertura de 83,3% da população mundial. No Brasil, em março de 2009, apenas 1.028 municípios possuíam CAPS, representando 18% do total de municípios do país, e no Rio Grande do Sul, no mesmo período, apenas 86 municípios possuíam CAPS, totalizando 17% do total de municípios do Estado com cobertura de pouco mais da metade da população, revelando as desigualdades regionais. A alocação de recursos humanos nos Centros de Atenção Psicossocial está abaixo do parâmetro mínimo definido pela legislação brasileira que regulamenta a Política de Saúde Mental, tanto em relação ao número mínimo quanto às diferentes especialidades profissionais. As tendências de mudanças nas proporções de atendimentos de diagnósticos psiquiátricos são detalhadas. Entre outros aspectos, a análise de indicadores da estrutura da rede de atenção psicossocial com base comunitária relacionados aos recursos humanos se faz necessária para identificação da adequação de sua distribuição, formação, regulamentação de carreiras e avaliação de satisfação do seu trabalho com o objetivo de qualificar, expandir e fortalecer a rede extra-hospitalar. / Objective: To analyze the structure of the network of Centers for Psychosocial Care (CAPS), the distribution of human resources and composition of their teams in the nineteen health regions of the State of Rio Grande do Sul, with indicators of structure and productivity, in search of differences in the distribution these resources between the CAPS of Rio Grande do Sul State. Methods: Cross-sectional study based on public data available on the DATASUS – Informatics Department of the SUS (Unified Health System). Data were extracted from the National Register of Health Institutions (CNES) and the Ambulatory Information System (SIA-SUS) for the period 2007 to 2009. The distribution of resources and the composition of teams for the representation of major specialties of professionals involved in mental health care in each type of device were used to analyze the coverage indicators of CAPS. The analysis of association between team composition and productivity of services have been described. Results: Were identified regional differences and the existence of critical areas in the coverage of both CAPS and the distribution of its professionals. Analyzing the variability of coverage of each region, showed the insufficient coverage in certain regions that represent 49% of the population of the country with inadequate coverage. The nineteen health regions of Rio Grande do Sul, five had inadequate parameter for the coverage of HR based on Decree 336/2002 GM. Between eighty-three different occupations registered in Psychosocial Care Centers, the largest relative frequency is only five specialties: psychologists, nurses, psychiatrists, nursing assistants and nursing technicians. The proportion of professionals in CAPS in Rio Grande do Sul represents only 1.82% of all professionals working in the SUS in the state. Were found: the inadequacy of the quantitative level professionals in the terms of service CAPS I, which is the most common service in the RS (50%) and an inadequate number of staff nurses trained in mental health in the CAPS ad. Only in CAPS ad has been identified the adequacy of the minimum number of psychiatrists. There was a strong correlation between the total human resources of CAPS and the average production of services. The analysis of the characterization of outpatients by the production units identified a decrease in the number of discharges for abandonment and an increasing trend in the proportion of outpatients care in mood disorders, eating disorders, substance use, personality disorders and psychological development. Conclusions: Official data allow analysis and evaluation of outpatients network structure with CAPS as strategic services to organize the gateway as defined by the Mental Health Policy. Services of psychosocial care in the community exist in only 68.1% of countries, covering 83.3% of the world. In Brazil, in March 2009, only 1028 had CAPS municipalities, representing 18% of all municipalities in the country, and Rio Grande do Sul, in the same period, only 86 municipalities had CAPS, totaling 17% of all municipalities in the state coverage of more than half the population, revealing the regional differences. The allocation of human resources in community mental health services is below the minimum threshold set by the Brazilian legislation that regulates the Mental Health Policy, both in relation to the minimum number on the various professional specialties. The trends of changes in the proportions of emergency psychiatric diagnoses are detailed. Among other things, the analysis of indicators of the health network of community-based psychosocial related to human resources is needed to identify the appropriateness of its distribution, training, regulation and assessment of career satisfaction of their work in order to qualify expand and strengthen the network outside the hospital.
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Perfil comportamental e motivacional de jovens praticantes de futebol em projetos sociais.Pelicer, Flávio Roberto 06 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-06 / The literature demonstrates important results of sporting activity for young people, both the physical realm as psychic. Objective: To analyze behavior and motivation of young soccer players in social projects. Method: 127 Boys to Age Average 12.93 (+1.46). To assess behavioral profile was used the Child Behavior Checklist for ages 6-18 (CBCL / 6-18) and the Youth Self-Report for ages 11-18 (YSR). Were the data analyzed, compared and segregated into "clinical" and "non-clinical". To assess the motivation for practice was used the “Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física e Esportiva” (IMPRAF-54). Results: Among behavioral variables as observed in the Inventories the results indicate that more than 91% of the participants were classified As "No Clinical". As for motivation, the highlighted dimensions were: Health (33.05 + 6.62), Enjoyment (31.99 + 5.78) and Competitiveness (30.92 + 7.01). Conclusion: The data suggest that soccer provides protective mechanisms in relation to the overall psychological functioning of practitioners in the evaluated scales and a greater motivation in health dimensions, pleasure and competitiveness. / A literatura demonstra resultados importantes da atividade esportiva para jovens, tanto no âmbito físico como psíquico. Objetivo: analisar o comportamento e motivação de jovens futebolistas em projetos sociais. Método: Participaram 127 meninos com média de idade de 12,93 (+1,46). Para avaliar perfil comportamental utilizou-se o Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 6 e 18 anos (CBCL/6-18) e o Inventário de Autoavaliação para Adolescentes de 11 a 18 anos (YSR). Os dados foram analisados, comparados e separados em “clínicos” e “não clínicos”. Para avaliar a motivação para a prática utilizou o Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física e Esportiva (IMPRAF-54). Resultados: Dentre as variáveis comportamentais observadas nos inventários os resultados indicam que mais de 91% dos participantes foram classificados como “Não Clínico”. Quanto a motivação, as dimensões destacadas foram: Saúde (33,05 + 6,62), Prazer (31,99 + 5,78) e Competitividade (30,92 + 7,01). Conclusão: Os dados sugerem que o futebol oferece mecanismos protetores em relação ao funcionamento psicológico global dos praticantes nas escalas avaliadas e uma maior motivação nas dimensões saúde, prazer e competitividade.
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Saúde mental em trabalhadores / Mental health workersBenvegnú, Luís Antônio 12 April 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-04-12 / Sem bolsa / O objetivo do estudo foi descrever as prevalências de problemas psiquiátricos menores encontradas em estudos epidemiológicos de saúde do trabalhador no Brasil utilizando o Self Reporting Questionnaire como critério diagnóstico. Foi realizada pesquisa bibliográfica incluindo as bases de dados da LILACS e MEDLINE (1990-2004), resultando em 22 artigos. São apresentadas as prevalências e os fatores de risco associados a problemas psiquiátricos menores nas diversas categorias estudadas. Discute-se a grande variedade nos pontos de corte utilizados para o estabelecimento da morbidade e questões referentes ao método epidemiológico dos estudos realizados. Conclui-se que a disponibilidade deste instrumento de screening tem favorecido o crescimento do número de estudos epidemiológicos em saúde mental dos trabalhadores no Brasil, mas que ainda é necessário mais atenção aos aspectos metodológicos nos estudos. / This study aim to describe the prevalences of minor psychiatric disorders found in occupational health studies made in Brazil using the Self Reporting Questionnaire as diagnostic criteria. The literature from 1990 was searched in the LILACS and MEDLINE (1990-2004) resulting in 22 articles for this paper. The article shows the prevalences and the risk factors for minor psychiatric disorders among the several occupations reported in the studies. The variability in the cut-off point used to define the morbidity and methodological aspects from the epidemiologic studies are discussed. The conclusion is that the availability of the screening questionnaire have been facilitating the raise in the number of epidemiological studies focused in mental health among workers in Brazil, but still remain concerns about metrological aspects.
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O lugar do sujeito nos Serviços Residenciais Terapêuticos / L'emplacement du sujet dans les appartements protégésRenata da Costa Netto Estrella 03 November 2010 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Cette recherche a débuté à partir de l'enquête générale sur ce que serait la clinique psychanalytique dans les appartements protégés (HP). Nous avons cherché des repères dans l'histoire de la réforme psychiatrique brésilienne et sur les fondements de la psychanalyse appliquée pour construire un lien entre ces deux domaines. Nous soutenons la thèse selon laquelle il y a une clinique qui est nécessaire pour travailler dans des HP parce que le changement de la réalité objective en dehors des foyers de soins ne suffit pas pour les résidents à se sentir à la maison. En outre, nous défendons la thèse selon laquelle c'est la psychanalyse au sein d'une maison, mais pas un dispositif spécifique à laquelle HP peut être définie selon des critères ou des catégories du traitement. Nous remettons en question, alors, comme l'opération qui provoque de reconnaître un espace intime ou autre, étrange. C'est le sentiment d'être chez soi, le sentiment de quelque chose de l'ordre de la famille n'est pas automatique, et le fonctionnement fiable d'un travail subjectif. Pour Lacan la maison du sujet est à un point dans l'Autre, qu'il situe à partir d'une absence, - φ. Dans la névrose, la fosse est fournie, laissant des trous, pour la fantaisie, ordonnée par le objet a. Ces élaborations ont été usinées à partir d'un cas. Enfin nous discuterons du travail du soignant comme un professionnel qui maintient l'écart avec laquelle on peut ouvrir à l'inconscient pour que le sujet peut retour a sa maison. Leur travail créerait un un cadre institutionnel. Nous détenons que les HP ont quelque chouse d'institution / Esta pesquisa iniciou-se a partir do questionamento geral sobre o que faria a clínica psicanalítica no Serviço Residencial Terapêutico. Buscaram-se balizas na história da reforma psiquiátrica brasileira e em fundamentos da psicanálise aplicada a terapêutica a fim de discutir uma articulação entre essas duas áreas. É defendida a tese de que existe uma clínica necessária ao trabalho nos SRT, já que a mudança da realidade objetiva conseqüente à saída dos asilos não é suficiente para que os moradores sintam-se em casa. Além disso, é defendida a tese de que trata-se de psicanálise no seio de uma casa, mas não de um dispositivo específico ao SRT que possa ser definido a partir de critérios ou categorias da clínica, da terapêutica ou do tratamento. Questionou-se, então, como acontece a operação que faz com que se reconheça um espaço como íntimo ou o contrário, estranho. Ou seja, o sentimento de se estar em casa, a sensação de algo da ordem do familiar não é automática, sendo operação dependente de um trabalho subjetivo. Para Lacan, a casa do sujeito encontra-se em um ponto no Outro, situado por ele a partir de uma ausência, o φ. Na neurose esta cava é mobiliada, deixando furos, pela fantasia, ordenada pelo objeto a. Estas elaborações foram trabalhadas a partir de um caso. Foi discutido por fim o trabalho do cuidador e a supervisão nele implicada como o profissional que sustenta a brecha pela qual se pode abrir ao inconsciente para que o sujeito possa retornar a sua casa
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Planejamento participativo e intercessão-pesquisa como dispositivos de participação e emancipação do trabalho e do trabalhador na saúde mental coletiva /Santos, Liamar Aparecida dos. January 2011 (has links)
Orientador: Cristina Amélia Luzio / Banca: Maria Elizabeth da Silva Hernandes / Banca: Francisco Hashimoto / Banca: Sylvia Helena Souza da Silva Batista / Banca: Sílvio José Benelli / Resumo: O presente trabalho enfatiza um modo de fazer na saúde mental coletiva, seja na produção do "conhecimento vivo" (ROGGERO, 2009), seja na organização do cuidado ou na gestão, por meio de oficinas de Planejamento Participativo e da Intercessão-Pesquisa. Esse modo de inserção na práxis de transformação da realidade e de produção de conhecimento sobre ela se assenta na solidariedade, na construção coletiva, na busca da emancipação dos sujeitos envolvidos nesses processos, e se orienta em pressupostos que se diferenciam frontalmente do modo de fazer que deriva do sistema do Capital. Embora estejamos no contexto de uma produção específica, que é o das políticas públicas no campo da saúde mental, entendemos que o grande desafio de forjar novas formas de sociabilidade e de novos modos de fazer, que não estejam sob a regência do capital, passa necessariamente pelo processo de autoemancipação do trabalho e não pode restringir-se ao âmbito da política, ou promulgação de Leis. A experiência que aqui apresentamos se localiza na perspectiva de enfrentar esses desafios de construção de outros modos de produzir/fazer, através da criação de protagonismo, de maneira que os profissionais da saúde possam reconhecer o conhecimento demandado por suas práticas, participando também do processo de produção desse conhecimento. Dessa maneira, é fundamental aos gestores e trabalhadores da saúde mental coletiva a apropriação de ferramentas que ajudem a viabilizar a participação como expressão de cidadania ativa que o processo de planejamento participativo e a intercessão-pesquisa proporcionam, pois ambos relacionam o fazer com a reflexão teórica e integram a dimensão imediata com a estratégia ético-política, possibilitando a produção de conhecimento que vai além do modo de produção do capital / Abstract: This work emphasizes a way of making in the collective mental health, either in the production of "living knowledge" (ROGGERO, 2009), either in the organization of care or management, through workshops on Participatory Planning, and Intercession-Research. This mode of insertion into the praxis of changing the reality and the production of knowledge about it is based on solidarity, on the collective construction, in the quest for emancipation of the subjects involved in these processes, and is oriented by assumptions that frontally differ from the way of making which derives from the Capital system. Although we are in the context of a specific production, which is the public policy in the field of mental health, we understand that the great challenge of devising new forms of sociability and new ways of making, which are not under the domination of capital, will necessarily go through the process of self-emancipation of labor and cannot be restricted to the realm of politics, or enactment of laws. The experience presented here lies in the prospect of facing these challenges of building other ways of producing / making, by creating protagonism, so that health professionals can recognize the knowledge demanded by their practices, also participating in the process of production of this knowledge. Thus, it is essential for managers and collective mental health workers the ownership of tools that help the feasibility of participation as an expression of active citizenship that the participatory planning process and intersection-research provide, as both relate the making to the theoretical study and integrate the immediate dimension with the ethical-political strategy, enabling the production of knowledge that goes beyond the mode of production of capital / Doutor
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Perfil de ansiedade em estudantes universitários de cursos da área da saúdeSantos, Rômulo Moreira dos 10 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-10 / OBJECTIVE: To determine the prevalence of courses health students with an anxiety
profile, as well as the drug use in public and private higher education institutions, checking
possible correlations with sociodemographic and lifestyle habits.
METHODS: Cross-sectional study conducted at a public university and a private one of
Municipality of Campina Grande-PB, from October 2013 to February 2014. Were used the
Beck Anxiety Inventory validated for the portuguese version and a questionnaire containing
academic information, sociodemographic, health status, lifestyle and medication use.
Statistical analysis was performed using the Statistical Package for the Social Sciences
version 18, employing the Chi Square Test, Simple Linear Regression and Multivariate and
Analysis of Variance, with a confidence interval of 95%.
RESULTS: The anxious profile was statistically significant when associated with the
variables sex (p=0.02), color (p=0.04), marital status (p=0.02), quality of sleep (p<0.01) and
alcohol consumption (p<0.01). All relationships established in the regressions were
significant and the group with higher anxiety score was the smokers (21.75±15.84).
Benzodiazepines (76.2%) were the most reported anxiolytic and high prevalence of selfmedication
(47.4%)
was
observed.
CONCLUSIONS:
Although
health
professionals
in training, the irrational use of drugs was
high and is suggestive the creation of policies for the mental health of college students, in
order to improve the quality of life in universities. / OBJETIVO: Verificar a prevalência de universitários da saúde com perfil de ansiedade,
assim como o uso de medicamentos, em instituições de ensino superior pública e privada,
verificando possíveis correlações com dados sociodemográficos e hábitos de vida.
MÉTODO: Estudo transversal, realizado em uma universidade pública e uma privada do
Município de Campina Grande-PB, de outubro de 2013 a fevereiro de 2014, com 428
universitários. Aplicou-se o Beck Anxiety Inventory na versão validada para o português e um
questionário contendo informações acadêmicas, sociodemográficas, condições de saúde,
hábitos de vida e uso de medicamentos. O tratamento estatístico foi realizado empregando o
Statistical Package for The Social Sciences na versão 18, através dos testes Qui Quadrado,
Regressão Linear Simples, Regressão Linear Multivariada e Análise de Variância, com
intervalo de confiança de 95%.
RESULTADOS: O perfil ansioso foi relacionado com significância às variáveis Sexo
(p=0,02), Cor (p=0,04), Estado civil (p=0,02), Qualidade do sono (p<0,01) e Etilismo
(p<0,01). Todas as relações estabelecidas nas regressões foram significantes e o grupo de
maior escore de ansiedade foi o dos tabagistas (21,75±15,84). Os benzodiazepínicos (76,2%)
foram os ansiolíticos mais relatados e se observou alta prevalência de automedicação (47,4%).
CONCLUSÕES: Mesmo sendo profissionais de saúde em formação, o uso irracional de
medicamentos foi elevado e é sugestiva a criação de políticas para atenção à saúde mental dos
universitários, visando a melhoria da qualidade de vida nas universidades.
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Habilidades sociais e saúde mental: caracterização de universitários da FOB-USP / Social skills and mental health: characterization of college students from FOB-USPNúria Priscila Valentini Borro 31 March 2016 (has links)
A entrada, permanência e a conclusão de um curso de graduação requerem muitos esforços para conciliar demandas sociais, acadêmicas e pessoais. Em especial, a área da saúde, pois exige do universitário habilidades voltadas para a humanização das relações do cuidado. A adaptação ou não às novas exigências e situações podem se constituir como fatores de adoecimento para o estudante universitário, oferecendo riscos a sua saúde mental, como por exemplo, o desenvolvimento de depressão, ansiedade e fobia social. Objetivos: caracterizar e comparar dados sociodemográficos e psicossociais de estudantes universitários da área de saúde no que tange a seu repertório de habilidades sociais e saúde mental. Método: participaram da pesquisa 186 estudantes dos cursos de Fonoaudiologia e Odontologia da Faculdade de Odontologia de Bauru. Os instrumentos aplicados foram: Questionário sociodemográfico e psicossocial, Inventário de Habilidades Sociais (IHS), Questionário de Avaliação de Habilidades Sociais, Comportamentos e Contextos para Universitários (QHC-U), Inventário de Depressão de Beck (BDI), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Versão reduzida do Inventário de Fobia Social Mini Spin. Resultados: na comparação entre os resultados dos indicadores de saúde mental e os indicadores de habilidades sociais, verificou-se que o grupo não clínico (saudável) possui melhor repertório de habilidades sociais, demarcado pelas seguintes habilidades: enfrentamento em situações de risco; auto-afirmação na expressão de sentimentos positivos; auto-exposição a desconhecidos e situações novas; autocontrole da agressividade; comunicação e expressão de opiniões; falar em público. Já o grupo clínico apresentou médias maiores na categoria dificuldades (consequências negativas e sentimentos negativos a emissão de seus comportamentos). Esta pesquisa corrobora com estudos desenvolvidos na área na medida em que apresenta associação e comparação significativa entre presença de um repertório de habilidades sociais bem desenvolvidas como recurso frente às situações de adoecimento mental. Conclusão: este estudo contribui com informações importantes sobre habilidades sociais e indicadores de saúde mental de universitários dos cursos de Fonoaudiologia e Odontologia, evidenciando a importância, para a Universidade, de atentar mais para a saúde mental de seus universitários, implementando medidas e programas que visem o mapeamento, desenvolvimento e perpetuação de habilidades sociais. / The entry, stay and completion of a university degree require many efforts in order to juggle social, academic and personal demands. In particular, the health area demands the student to develop skills related to the humanization of the care relations. The adaptation or not to these experiences and situations can become illness factors for the undergraduate student, posing risks to their mental health, for instance, the development of depression, anxiety and social phobia. Objectives: Characterize and compare sociodemographic and psychosocial data of the health area\'s university students regarding their repertoire of social skills and mental health. Method: the participants were 186 students attending the undergraduate courses of Dentistry and Speech Therapy at the Bauru School of Dentistry. The instruments used were a Sociodemographic and Psychosocial Questionnaire, the Social Skills Inventory (IHS), the Social Skills, Behaviors and Context Assessment Questionnaire for University Students (QHCU), the Beck Depression Inventory (BDI), the Beck Anxiety Inventory (BAI) and the Mini-Social Phobia Inventory (Mini-Spin). Results: In the comparison between the indicators of social skills and mental health, it was possible to verify the nonclinical group has a better repertory of social skills: coping with risk situations; expression of positive feelings; self-exposure to strangers and new situations; self control and aggression; communication and expressing opinions; speak in public. The clinical group presented higher averages in the \"difficulties\" (negative consequences and negative feelings towards their behavior). This research corroborates with studies developed in this area, presenting association and meaningful comparison between repertoire of well-developed social skills as a resource against mental illness situations. Conclusion: this study provides crucial data about social skills and mental health indicators in \"speech therapy\" and \"dentistry courses\", highlighting the importance for University to attend for the mental health of their students by implementing measures and programs to map, develop and perpetuate the aforementioned social skills.
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NOVOS TEMPOS SAÚDE MENTAL, CAPS E CIDADANIA NO DISCURO DE USUÁRIOS E FAMILIARESCirilo, Lívia Sales 15 December 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-12-15 / The madness has been observed form different ways along the history. If, during the
Antiquate madness had been conceded as a divine manifestation, in the Medieval Age as a
result of demoniac positions, in the eighteenth century it gains the status of a mental disease,
starting to demand segregationist mechanisms and treatment excluding, coming to a head
with the emergency of the Second Great War we can observe some pronouncements that tries
to reform the dominating habits and offer a new view over the mental disturbance healing.
In this context the Italian Democratic Psychology stands out, which has influenced in on a
definitive way the Brazilian Psychology Reformation. In Brazil the pronouncement that aims
at the optimization of the attendance on mental health starts from the seventies on, when we
find out the emergency of several substitutive services such as CAPS and other devices like
therapeutic shelters, the going back home programs and others, which goals are to provide the
independency and the citizenship s ransoms of the mental sick porter. In Campina Grande
city the pronouncement over the Psychiatric Reformation has acquired emphasis form the
Federal Interference declared in one of the psychiatric hospitals from the city, coming to a
head with it s own discredit from the SUS*- Unit Health System , on it s closure and
fortifying of a substitutive net of Mental Health. In this work, a study about the conceptions of
the usuries and their family is made, it is about concepts such as citizenship, mental health,
and detaching some of the subjects like the family s participation, offered attendance on
CAPS, characterization of the psychiatric hospitals and the stigma and misconception that
rounds a mental illness. Fifteen usuries and fifteen relatives had been interviewed for this
research; they are from a CAP in Campina Grande city. The results of the interview, which
had been made up from a half-constructed interview regulation, had been taped and transcript
integrally, and analyzed based on the presupposed of Social Discursive Psychology. About
the discussions over the results, we can evidence that, among the explanations given by the
interviewed persons about the mental disturbance causes biological, psychosocial, socioeconomic
and psychological are detaching. By the time we conceived the mental disturbance
it had been standing out, on the speech of the interviewed persons the description about the
disease s symptomatology and it s situations on the crises. The meaning of the familiar
participation has also been mentioned by the interviewed persons to evaluate the rules of
functioning from the CAPS, which demands the participation in the family s group. The
narration of the interviewed about the attendance of the CAPS were extremely important, as
well as theirs characterizations about the treatment offered in the psychiatric hospital, where
most of the exhibit of the CAPS had a positive evaluation about the performance and points
such as excessive medication and familiar isolation had been mentioned about the psychiatric
placement. Relating the citizenship that great part of the interviewed think that concept is joint
to acquirement of documents and voting, accentuating, right away, the conception of
citizenship attached to fellowship acts and helping the needed, to the right of being attended
on a health service, where the speeches that deal with misconception and stigma had been
standing out, which the carriers of mental disturbance are victims. / A loucura tem sido percebida de diferentes formas ao longo da história. Se na Antiguidade foi
concebida como manifestação divina e na Idade média como resultante de possessões
demoníacas, no Século XVIII ganha status de doença mental, passando a exigir mecanismos
segregadores e excludentes de tratamento, culminando com o surgimento do hospital
psiquiátrico. Somente após a II Guerra Mundial é que podemos observar movimentos que
tentaram reformular as práticas dominantes e oferecer uma nova perspectiva de tratamento ao
transtorno mental. Nesse contexto destaca-se a Psiquiatria Democrática Italiana, que
influenciou de forma decisiva a Reforma Psiquiátrica Brasileira. No Brasil o movimento em
busca de uma reestruturação do atendimento em Saúde Mental inicia-se a partir da década de
70, onde constatamos o surgimento de inúmeros serviços substitutivos como os CAPS e de
outros dispositivos tais como as Residências Terapêuticas, o Programa de Volta pra Casa e
outros, que têm como objetivos promover a autonomia e o resgate da cidadania do portador de
transtorno mental. Em Campina Grande o movimento da Reforma Psiquiátrica ganhou ênfase
a partir da Intervenção Federal decretada num dos hospitais psiquiátricos da cidade,
culminando no seu descrendenciamento do SUS, no seu fechamento e no fortalecimento de
uma rede substitutiva de Saúde Mental. Neste trabalho realiza-se um estudo sobre a
concepção dos usuários e familiares acerca de conceitos como cidadania e saúde
mental,destacando-se alguns temas como participação familiar, atendimento oferecido no
CAPS, caracterização do hospital psiquiátrico e o estigma e preconceito que cercam a doença
mental. Foram entrevistados para esta pesquisa 15 usuários e 15 familiares de um CAPSCentro
de Atenção Psicossocial de Campina Grande-PB.O material resultante das entrevistas,
gerado a partir de um roteiro de entrevista semi-estruturada, foi gravado e transcrito na íntegra
e analisado com base nos pressupostos da Psicologia Social Discursiva.No que se refere às
discussões dos resultados podemos evidenciar que dentre as explicações dadas pelos
entrevistados sobre o transtorno mental destacam-se as causas biológicas, psicossociais,
sócio-econômicas e psicológicas.Ao conceituar o transtorno mental foi marcante no discurso
dos entrevistados a descrição da sintomatologia da doença e das situações de crise.A
importância da participação familiar também foi mencionada pelos entrevistados ao avaliarem
a norma de funcionamento do CAPS que exige a participação no Grupo de família. De suma
importância foram os relatos dos entrevistados sobre o atendimento no CAPS e suas
caracterizações sobre o tratamento oferecido no hospital psiquiátrico, onde na totalidade da
amostra o CAPS teve uma avaliação positiva do funcionamento e aspectos tais como
medicação excessiva e isolamento familiar foram citados sobre a internação psiquiátrica. No
que se refere à cidadania ressaltamos que para grande parte dos entrevistados este conceito
está atrelado à aquisição de documentos e ao ato de votar, destacando se em seguida a
concepção da cidadania ligada à ações de solidariedade e auxílio aos necessitados, ao direito
de ser atendido num serviço de saúde,sendo marcantes os discursos que abordam o
preconceito e estigma dos quais os portadores de transtornos mentais são alvos.
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Práticas discursivas no cotidiano e a construção de sentidos sobre o cuidado em saúde mental / Discursive practices on the daily and the construction of meanings about mental health carePrado, Juliana de Souza Izidio do, 92981168284 28 June 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-06-28 / The interest in this research theme stems from the subjective implication of the author, built in her historical and cultural context, and for her professional performance in the practice of mental health care, in a CAPS from Manaus city. The present research aims to analyze the constructed senses on the daily care of a substitutive service in Manaus, from changes in the public policy of mental health care, realizing the complexity and the challenges of the demands accompanied by the interdisciplinary team, of this specialized service, and searching for possibilities that prove strong in the care. The theoretical framework used addresses the paradigmatic changes in the model of mental health care. It supports the process of Brazilian psychiatric reform, with the inclusion of psychosocial factors in health care relationships, and the practice of psychosocial clinic, which is based both on interdisciplinary work and comprehensive care network for the autonomy production. Beginning from this background, we trace the historical path of change in the model of mental health care practices, in both general context and in Manaus, which reflects a delay in the implementation of the policy and RAPS; as well as the appropriation of the actions by the state; and absence of the municipal actors in their execution, characterizing a disjointed network and an insufficient number of services. Herein, the methodological basis is constituted from the constructivist perspective, language centered, in which every day discursive practices are constructors of meanings. Then, participant observation was carried out in the micro places, where these practices are constructed in the daily life. It were collected fictional narratives constructed from the lived, spoken and heard on the field of research, in order to know the meanings of the changes in the mental health care model, for the life of the subjects/users and for the practices of the professionals working on RAPS services. With narratives as units of analysis, it is reflected on the experience of suffering related to the condition of exclusion and social inequality experienced by the subjects/users and on the contradictions that are present in the daily life, considering the challenges and the potentialities for the effectiveness of the psychosocial care. / O interesse pelo tema da pesquisa perpassa pela implicação subjetiva da autora, construída em seu contexto histórico-cultural, e por sua atuação profissional em um CAPS da cidade de Manaus, na prática de cuidados em saúde mental. Percebendo a complexidade e os desafios das demandas acompanhadas pela equipe interdisciplinar desse serviço especializado, e buscando por possibilidades que se mostrem potentes no cuidado, essa pesquisa pretende analisar os sentidos construídos sobre o cuidado no cotidiano de um serviço substitutivo na cidade de Manaus, a partir das mudanças na política pública de atenção à saúde mental. O referencial teórico utilizado aborda as mudanças paradigmáticas do modelo de atenção à saúde mental, que sustentam o processo de reforma psiquiátrica brasileiro, com a inclusão de fatores psicossociais nas relações de cuidados à saúde, e na prática da clínica psicossocial, que se fundamenta no trabalho interdisciplinar e em rede de cuidados integrais para a produção da autonomia. Partindo deste pano de fundo, traça-se o percurso histórico da mudança no modelo das práticas de cuidados em saúde mental em um contexto geral e na cidade de Manaus, que reflete um atraso na implantação da política e efetivação da RAPS, bem como a estadualização das ações e ausência dos atores municipais em sua execução, caracterizando uma rede desarticulada e com um número insuficiente de serviços. A base metodológica para o desenvolvimento do estudo se constitui a partir da perspectiva construcionista, com centralidade na linguagem, em que as práticas discursivas cotidianas são construtoras de sentidos. Para tanto, foi realizada observação participante nos micro lugares em que essas práticas se constroem no cotidiano, onde foram colhidas narrativas ficcionais construídas a partir do vivido, do falado e do ouvido sobre o campo tema da pesquisa, a fim de conhecer os sentidos das mudanças no modelo de atenção em saúde mental, para a vida dos sujeitos/usuários e para as práticas dos profissionais atuantes nos serviços da RAPS. Com as narrativas como unidades de análise, reflete-se sobre a experiência de sofrimento relacionada à condição de exclusão e desigualdade social vivenciada pelos sujeitos/usuários e sobre as contradições que se fazem presentes no cotidiano, considerando os desafios e as potencialidades para a efetivação do cuidado psicossocial.
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Transtornos psiquiátricos: uma abordagem epidemiológica do alcoolismo na região centro oeste de Minas-Gerais / Psychiatric Disorders - An Epidemiological Approach to Alcoholism in Central West Minas GeraisRichardson Miranda Machado 06 August 2010 (has links)
Trata-se de um estudo ecológico do tipo séries temporais com delineamento exploratório e longitudinal; realizado na Clínica Psiquiátrica São Bento Menni, com os objetivos de descrever o perfil sócio-demográfico e clínico dos pacientes internados por alcoolismo nos anos de 1980 a 2008 e investigar a associação entre o tempo de permanência dos pacientes internados por alcoolismo e as variáveis sócio-demográficas e clínicas. O estudo foi realizado a partir dos dados do Sistema de Internações Hospitalares (SIH) da CSBM. As informações obtidas foram inseridas nos softwares Microsoft Exel (versão 2003) e Statistical Package for the Social Sciences (versão 13.0), os quais permitiram o tratamento das variáveis e a apresentação dos resultados. No período de 20 de outubro de 1980 a 31 de dezembro de 2008, foram internados 28.078 pacientes, sendo 2.203 destes pacientes em detrimento do alcoolismo. No que se refere ao perfil sócio-demográfico e clinico o maior número de pacientes (1796-81,5%) foi internado uma vez; houve uma predominância do sexo masculino (1815-82,4%); da faixa etária de 41 a 50 anos (715-32,5%); da cútis branca; dos casados (1048-47,6%); dos pacientes com nível fundamental (1073-48,7%); dos trabalhadores autônomos e vendedores do comércio (591-26,8%); dos pacientes procedentes da própria família para a internação (943 - 42,8%); de internações financiadas pelo SUS (1232 - 55,9%) e de pacientes acompanhados no momento da internação (2130-96,7%). Constatou-se no decorrer dos anos uma queda do número de internações involuntárias. Houve um elevado número de diagnósticos não especificados (288-47,4%) feitos através da CID-9 e um grande número de casos de uso de álcool - síndrome de dependência (695 - 43,5%) diagnosticados por meio da CID-10. .Ao avaliarmos a série histórica das internações verificamos um aumento progressivo do número de internações e uma queda considerável no tempo de permanência. Com relação ao tipo de alta foi prevalente o número de alta médica hospitalar (1950 - 88,5%). No que condiz ao diagnóstico de alta diferente do recebido para a internação, foi prevalente o diagnóstico de quadros psicóticos orgânicos e de esquizofrenia paranóide. A maioria (970 - 44%) dos pacientes foi referenciada para os Centros de Atenção Psicossocial após a alta. Ao investigarmos a associação entre o tempo de permanência dos pacientes e as variáveis constatou-se um tempo superior: do sexo feminino; da faixa etária entre 61 a 70 anos; dos pacientes de cútis do tipo amarelo; dos solteiros; dos semi-alfabetizados; dos trabalhadores de serviços administrativos; dos pacientes procedentes para a internação por ordem judicial; dos internados de forma voluntária; dos pacientes com diagnóstico de \"Outra Demência Alcoólica\"; dos internados pelo SUS; dos pacientes internados entre os anos de 1980 e 1990; dos que receberam alta médica; dos que receberam diagnóstico de alta diferente do recebido para a internação e dos que receberam o encaminhamento após a alta do tipo \"Ordem Judicial\". Os resultados assim nos permitem considerar que a relação entre o homem e o álcool foi e ainda continua sendo muito conflituosa, gerando ao final, mais prejuízos do que benefícios. Assim, o consumo de álcool configura-se como um grande vilão para a humanidade, tendo enorme peso como causa de adoecimento e morte no mundo, bem como, relacionando-se ao mesmo tempo a diversas características sócio-demográficas e clinicas. / This is an ecological study of the type temporal series with exploratory and longitudinal design, performed at the Psychiatric Clinic St. Benedict Menni, aiming to describe the sociodemographic and clinical features of patients hospitalized for alcoholism in the years 1980- 2008 and investigate the association between duration of stay of patients hospitalized for alcoholism and socio-demographic and clinical data. The study was conducted using the data from the Hospital Admission System (SIH) at the CSBM. The information obtained was entered into Microsoft Excel software (version 2003) and Statistical Package for Social Sciences (version 13.0), which allowed the treatment of variables and the presentation of results. From October 20 1980 to December 31, 2008, 28 078 patients were hospitalized, 2203 of them due to alcoholism. With regard to the socio-demographic and clinical profiles the largest number of patients (1796 - 81.5%) were hospitalized once, there was a predominance of males (1815 - 82.4%); aged from 41 to 50 years old (715 - 32.5%); with white complexion; married (1048 - 47.6%) ; patients with primary education (1073 - 48.7%); self-employed and salespeople (591 - 26.8%); patients brought by their own families to hospitalization (943 - 42.8%); admissions (1232 - 55.9%) financed by SUS and patients accompanied at the time of admission (2130 - 96.7%). It was found over the years a decline in the number of involuntary admissions. There was a large number of unspecified diagnoses (288 - 47.4%) made by ICD-9 and a large number of cases of alcohol use - dependence syndrome (695 - 43.5%) diagnosed by ICD- 10.In evaluating the historical series of admissions we found a progressive increase in the number of hospitalizations and a significant decrease in the length of stay. Regarding the type of discharge was prevalent the number of medical discharges from hospital (1950 - 88.5%). As for the discharge diagnosis different from the one received for admission, was prevalent the diagnosis of organic psychotic manifestations and paranoid schizophrenia. The majority (970-44%) of patients were referenced to the Centers of Psychosocial Care after discharge. Investigating the association between length of stay of patients and the variables we found that had a longer stay: females; age range between 61-70 years old; patients with yellow complexion; single; semi-literate; workers in administrative services; patients coming to hospital on court order; voluntarily hospitalized; patients diagnosed with \"Other Alcoholic Dementia\"; internees from the SUS; patients admitted between 1980 and 1990, those who received medical discharge, those who received a diagnosis other than the one received for admission and those who received the referral after discharge due to court order. The results thus allow us to consider that the relationship between man and alcohol was and still is very conflicting, resulting in more harm than good. Thus, alcohol consumption appears as a great villain for humanity, as a major cause of illnesses and death worldwide, being related as well to various socio-demographic and clinical characteristics.
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