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Concepções filosóficas de corpo implícitas no Projeto Esporte Educacional nas escolas em PernambucoSayone de Morais Alves, Hilda January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Este estudo teve como objetivo identificar que concepções de corpo estão implícitas no Projeto Esporte Educacional na Escola em Pernambuco. A pesquisa, de natureza predominantemente qualitativa, foi realizada a partir da análise dos documentos do Projeto; de entrevistas com participantes professores e alunos dos cinco núcleos em que está implementado o Projeto em Pernambuco e gestores da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esporte do Estado; e de observações de aulas e de outras atividades promovidas pelo Projeto. De modo geral, a análise dos dados revelou que o Programa Esporte Educacional faz uma opção por uma superação da dicotomia corpo e mente, baseada na concepção de Descartes. Em contraproposta, faz uma opção por uma formação integral do ser humano que extrapola a dimensão individual, considerada como a soma das partes (corpo, mente, alma), para vislumbrar um caráter de unidade em que são contempladas as relações do homem consigo mesmo, com o outro e com o mundo, a fim de atingir um processo de humanização para tornar o mundo melhor. Entretanto, os dados obtidos, através das entrevistas com os atores participantes do Projeto, revelam que essa perspectiva não é hegemônica entre professores, gestores e alunos, que ora explicitam a opção por uma concepção dual de corpo. ora por uma concepção de integralidade como soma das partes, ora por uma concepção de integralidade como unidade. Essa não coincidência estrita entre as concepções de corpo explicitadas nos documentos e aquelas reveladas por seus atores não pode, por sua vez, ser atribuída, unicamente, a uma suposta ineficácia do Projeto, mas, a uma série de fatores, como a própria história familiar e escolar dos sujeitos, as suas condições de atuação profissional, a influência da mídia, que não foram, no entanto, aprofundados na pesquisa
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No espelho do rio o que reflete e o que “SOME”? : O Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) na ótica de jovens egressos no município de Breves – ParáRODRIGUES, João Marcelino Pantoja 14 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-14 / O trabalho analisa, a partir das percepções de egressos do ensino médio, contribuições e limitações do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) na formação educacional de jovens do meio rural do município de Breves – Pará, perante as necessidades e expectativas dessa população jovem. A pesquisa, ancorada em uma base qualitativa, teve como lócus a vila Mainardi, comunidade pioneira na oferta do SOME no meio rural brevense. Como principal instrumento de coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada, cujos dados foram tratados à luz da análise temática de conteúdo. Os resultados oriundos desse trabalho de campo foram confrontados com o aporte suscitado nas discussões em torno dos eixos teóricos centrais da pesquisa, quais sejam: Sistema de Organização Modular de Ensino, Ensino Médio, Juventude (e, em particular, juventude do campo) e Educação do Campo. A referência epistemológica para a investigação foi buscada nos pressupostos do materialismo histórico-dialético, especialmente as categorias da contradição, totalidade e historicidade, por se acreditar que tais referências permitem uma análise que pode ultrapassar a mera constatação descritiva dos fatos e adentrar na trama de relações que fazem o objeto de estudo se manifestar de determinada forma, dentro das condicionalidades históricas na qual se forja sua essência. Assim, os desdobramentos do esforço investigativo levado a efeito com esse delineamento apontaram limitações centrais do SOME, dentre elas: o descumprimento do calendário escolar; a dificuldade de garantir a permanência do aluno no ensino médio; o sentimento de exclusão desencadeado por fatores relacionados, por exemplo, à fragilidade infraestrutural e à forma de organização do sistema; a inadequação do sistema à realidade do jovem do campo; a inadequação do acompanhamento pedagógico e administrativo. Tais limitações revelam que o SOME reproduz o dualismo que perpassa historicamente o ensino médio, ao transplantar fragmentariamente para o campo um modelo citadino de ensino, sem buscar contemplar as especificidades do local e do público a quem se destina, caracterizando uma ausência de identidade pedagógica própria. Por outro lado, ao mesmo tempo em que mostraram o descompasso da experiência somista em relação às necessidades formativas e expectativas da juventude campesina quanto ao ensino médio, as contradições da realidade estudada fizeram emergir elementos que apontaram para a afirmação da importante contribuição do SOME como única alternativa viável de acesso ao ensino médio para grande parcela desse público, revelando uma dimensão includente do sistema mesmo em meio à fragilidade com que é implementado, o que fica evidenciado, por exemplo, com o ingresso cada vez mais constante no ensino superior, de jovens egressos do sistema modular de ensino, abrindo a esses sujeitos novas perspectivas de formação e inserção social que, sem o SOME, dificilmente teriam condições de ser, sequer, projetadas. / This paper analyzes, through perceptions of high school graduates, the contributions and limitations of Modular Teaching Organization System (MTOS) in educational training of youth in rural areas of the municipality of Breves - Para, in regards to the needs and expectations of its young population. The research, anchored on a qualitative basis, had the locus on Mainardi village, a pioneer community in accepting MTOS in the region. As the primary data collection semi-structured interviews were used and data was treated in the light of the thematic content analysis. The results that came from the field research were faced with the contribution raised in discussions around the central theoretical axis of research, namely: Modular Teaching Organization System, High School, Youth (and, in particular, rural youth) and Rural Education. The epistemological reference for the research was sought in the assumptions of historical and dialectical materialism, especially the categories of contradiction, totality and historicity of believing that such references allow an analysis which exceeds the mere descriptive statement of the facts and into the web of relationships that make the object of study manifest in a certain way, within the historic conditionalities in which it creates its essence. Thus, the developments of the investigative effort carried out with this design pointed central limitations of MTOS, among them: the failure of the school calendar; the difficulty of ensuring the permanence of the student in high school; the feeling of exclusion triggered by factors relating to, for example, the infrastructural weaknesses and the organization of the system; the inadequacy of the system with regards to the reality of the rural youth; the inadequacy of the educational and administrative monitoring. These limitations reveal that MTOS plays the dualism that historically is within high school, when transplanting piecemeal to the country a city model of teaching, without seeking to address the specificities of the local and the public to whom it is intended, featuring a lack of its own pedagogical identity. On the other hand, while showing the mismatch of a MTOS-ian experience regarding training needs and expectations of rural youth on the high school, the contradictions of reality studied brought about elements that pointed to the necessity of the important MTOS contribution as the only viable alternative access to secondary education for a large portion of this audience, revealing an inclusive dimension of the system even in the midst of the fragility with which it is implemented, which is evidenced, for example, with the ever increasing admission in higher education, of the youth from the modular system of education, opening to them new perspectives of education and social inclusion, that without MTOS would hardly be able to come about.
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