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Reflexões acerca da categoria trabalho na ontologia social de György Lukács

Duarte, Cláudio Aparecido 17 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:26:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Claudio Aparecido Duarte.pdf: 1068361 bytes, checksum: f69914b2d40848eb8a5509b120a968ba (MD5) Previous issue date: 2011-06-17 / The object of this study falls in a reflection about György Lukács ' work category in your ontology. Therefore, how would the modal category work be situated according to materialist conception of History? This is the situation that will be addressed on this study. According to the lukacsian believe the modal category work would have in this conception the genesis of social being as well other categories. Thus, also is the basis of primary teleologies derived from the close relationship between man and nature as he could produce concrete conditions of his existence as the secondary theologies, which means, his conscience or what his conscience would produce. When studying the complex modal work, still according to Lukács, there are three important categories, in other words, alienation (Entäussaerung) And strangeness (Entfremdung) Alienation (Entäussaerung). While exteriorization/objectification, although the objectification is different of exteriorization both conceptions would be inseparable. In regards to strangeness (Entfremdung) in its s social-historic process it would involve how to be human in a specific moment of the development of productive forces. Consequently, work would be the structural axis of Marxist work what is evident when Lukács has contact with philosophical-economical manuscripts and this contact would transform his studies drastically. Thus, Karl Marx 's thoughts would be based mainly in a necessarily ontological dimension, from the thing itself, the ontological essence of the matter treated / O objeto do presente estudo se insere em uma reflexão acerca da categoria trabalho na ontologia de György Lukács. Assim, como se situaria a categoria trabalho em nível da concepção materialista da história? Tal é a situação problema que se abordará nesse estudo. Pois, para o pensamento lukacsiano a categoria modal do trabalho teria nessa concepção a gênese do ser social, assim como todas as demais categorias. Destarte, é também fundamento das teleologias primárias oriundas da relação direta do homem com a natureza à medida que ele produziria as condições concretas de sua existência assim como as teleologias secundárias, ou seja, sua consciência, ou aquilo que sua consciência viria a produzir. Ao se estudar o complexo modal do trabalho, ainda em Lukács, duas importantes categorias se fazem presentes, ou seja, a alienação (Entäussaerung) e estranhamento (Entfremdung). Alienação (Entäussaerung) enquanto exteriorização/objetivação, muito embora a objetivação seja distinta da exteriorização ambos os conceitos seriam indissociáveis. Quanto ao estranhamento (Entfremdung) em seu processo sócio-histórico diria respeito ao modo de ser do gênero humano num momento específico do desenvolvimento das forças produtivas. Assim sendo, o trabalho seria o eixo estruturador da obra marxiana o que, fica evidente quando Lukács toma contato com os manuscritos econômico-filosóficos e tal contato viria a transformar radicalmente seus estudos. Destarte, o pensamento de Karl Marx estaria fundamentado, sobretudo em uma dimensão necessariamente ontológica, ou seja, a partir da própria coisa, ou seja, da essência ontológica da matéria tratada
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A cataÃÃo de lixo na (de)formaÃÃo da crianÃa como ser social / The cataÃÃo of garbage in (of) the formation of the child as to be social

Ruth Maria de Paula GonÃalves 31 January 2006 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A pesquisa trata das condiÃÃes de vida e trabalho de crianÃas catadoras, destacando os significados da cataÃÃo de lixo em sua subjetividade, por conseguinte, a (de)formaÃÃo da crianÃa catadora como ser social. O motivo que impulsionou a investigaÃÃo advÃm da percepÃÃo da exploraÃÃo sofrida por essas crianÃas em sua perambulaÃÃo cotidiana, da carga excessiva que carregam sobre os corpos franzinos, sob sol e chuva. Diuturnamente, saem em busca do lixo, tentando garantir a complementaÃÃo da renda familiar ou a manutenÃÃo de sua existÃncia, e junto com a famÃlia, em dupla ou sozinhas recolhem os restos do dia da cidade. A investigaÃÃo foi realizada no Bairro Granja Portugal em Fortaleza, tendo como sujeitos principais crianÃas catadoras na faixa etÃria de oito a 11 anos, alÃm de seus pais e educadores. Considerando as contradiÃÃes prÃprias da sociabilidade do capital, partimos da realidade objetiva na qual vivem tais sujeitos para compreendÃ-los em sua singularidade. O aporte teÃrico utilizado na pesquisa tem por base os estudos de Leontiev (1978, 1986) sobre atividade principal e a formaÃÃo do sujeito na psicologia histÃrico cultural, aspectos da ontologia marxiano-lukacsiana no que diz respeito ao trabalho como categoria fundante do ser social, estudos de Heller(2001) sobre vida cotidiana e nÃo-cotidiana como esferas da atividade social do homem. Duarte (2001) ao discutir o processo de individuaÃÃo, escolarizaÃÃo e vida cotidiana tambÃm à referÃncia por nÃs adotada nesta pesquisa, buscando manter a coerÃncia teÃrico-prÃtica tÃo cara a anÃlise do problema. Os resultados nos mostram que em um processo precoce de inserÃÃo no mundo adulto, as crianÃas catadoras misturam-se aos demais catadores nos depÃsitos e sucatas e aprendem, nas conversas, sobre troco, lucro, sexo, bolsa-escola e, sobretudo, exploraÃÃo, o que faz com que passem a se sentir meio adultos, meio crianÃas, confundindo a crianÃa na definiÃÃo de sua atividade principal. A escola que as recebe, sem efetivamente receber tambÃm constrÃi e reforÃa uma imagem negativa da crianÃa que cata lixo o que interfere na definiÃÃo do que à sua atividade principal, e, por conseguinte, atinge sua individualidade singular, ofuscando a livre expressÃo de sua subjetividade. Nesse sentido, ao invÃs de serem representados como sujeitos sÃcio-histÃricos, o que lhes confere a perspectiva da emancipaÃÃo humana, as crianÃas catadoras sÃo vistas tanto como objeto de proteÃÃo social, quanto objeto de controle e disciplinamento, representaÃÃes que ao serem construÃdas pelo prÃprio homem na sociabilidade capitalista acabam por cristalizar a subjetividade das crianÃas catadoras na esfera da vida cotidiana / This study deals with scavenger childrenâs quality of life and work, highlighting the subjective meanings of garbage collection and the (de)formation of the scavenger child as a social being. This research was motivated by the observed children exploitation, their daily roaming, the excessive load on their puny bodies under the sun and the rain. Long-lastingly, the children try to complement the family income or their own survival. With the family, in pairs or by themselves, the children collect what is left from the city day. The investigation was carried out in Granja Portugal district, in Fortaleza, and the main subjects were 11-year-old scavenger children, beyond their parents and educators. Considering the capitalist society contradictions, this research starts from the objective reality which these subjects live in to understand their singularity. The theoretical input used is based upon Leontiev studies (1978, 1986), which deals with the main activity and formation of the subject in the historic-cultural psychology; Marxian-Lukacsian ontology aspects concerning work as a social beingâs founding category; Heller studies (2001) about the daily and non-daily life as spheres of manâs social activity. When discussing the individuation, schooling and daily life process, Duarte (2001) is also a reference used in this study, to maintain the theoretic-practical coherence. The results show that in an early insertion in the adult world, the children mingle with the other scavengers in garbage dumps. There, they learn, in conversations, about profit, change, school grant, sex and, above all, exploitation. That makes them feel half adults, half children, confusing them in the definition of their main activity. The school that receives these kids, not actually receiving them, also reinforces the negative image of them, what interferes in the definition of their main activity. Consequently, that reaches the childâs singular individuality, overshadowing their subjective free expression. This way, instead of being presented as social-historic subjects, which give them the human emancipation prospect, the scavenger children are seen as objects of social protection, as well as control and discipline objects. These presentations created by the men in the capitalist sociability crystallize the scavenger childrenâs subjectivity in the everyday life sphere.
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Trabalho e linguagem na obra de A. R. Luria: um estudo à luz da ontologia marxiana. / Labor and language in the work of A. R. Luria: a study from the point of view of marxian ontology

Natalia Ayres Silva 09 August 2011 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Esta dissertaÃÃo, de natureza teÃrico-bibliogrÃfica, centrou-se na anÃlise das categorias trabalho e linguagem na obra de Alexander Romanovich Luria. Partimos do pressuposto, presente na ontologia marxiano-lukacsiana, de que o trabalho foi o ato que fundou o mundo dos homens e todos os complexos que o comportam. Nessa perspectiva, a hipÃtese central da pesquisa à formulada em torno de que o trabalho, categoria fundante do ser social, dà origem, com a participaÃÃo fundamental da linguagem, à atividade consciente e Ãs funÃÃes psÃquicas superiores do homem, as quais decorrem das prÃprias necessidades engendradas pela atividade humana. Buscamos, assim, investigar como figuram as categorias trabalho e linguagem em Luria e em que medida elas guardam correspondÃncia com os termos postos na ontologia do ser social, identificando, ainda, a sua relaÃÃo na gÃnese e desenvolvimento das funÃÃes psÃquicas superiores. Antes de adentramos nas questÃes centrais de nossa pesquisa, consideramos fundamental a apresentaÃÃo da biografia do autor estudado, com o intuito de situarmos o contexto histÃrico no qual se gestaram suas idÃias, bem como a sua filiaÃÃo a Vigotski e Leontiev no campo do materialismo histÃrico-dialÃtico. Ao analisarmos as obras de Luria, pudemos constatar que o tratamento dado pelo autor Ãs categorias trabalho e linguagem se assenta nos preceitos fundamentais da ontologia do ser social, evidenciando o primado do trabalho em relaÃÃo aos demais complexos, incluindo, assim, a linguagem, que surge das necessidades engendradas por ele. Nesse contexto, o trabalho comparece, juntamente com a linguagem, como o ato que forja a atividade consciente do homem, desenvolvendo neste, funÃÃes complexas, as quais nÃo estÃo presentes nos animais. / This dissertation, which has a bibliographical nature, was centered upon the analysis of the categories of labor and language in the work of Alexander Romanovich Luria. From the point of view of Marxian-Lukacsian ontology, it assumed labor as the act that founded human world and all the complexes which encompass human experience. Therefore, it elected as the main hypothesis, that labor, as the founding category of the social being, with the special participation of language, accounts for the origin of the conscientious activity and of the higher psychological functions in humans, both resulting from the necessities engendered by human activity itself. In this perspective, we tried to investigate to what extent the treatment ascribed by Luria to the categories of labor and language are consistent with the premises put by the ontology of social being, identifying, moreover, their relationship within the genesis and development of the higher psychological functions. Before discussing the main research questions, we considered of great importance to present Luriaâs biography, in order to place the historical context in which his ideas were fostered, attesting his affiliation with Vigotski and Leontiev, as well, in the field of historical-dialectical materialism. The results of the research indicated that the treatment given by Luria to the categories of labor and language agree with the fundamental ontological concepts, emphasizing labor as the primary category in relation to the other complexes, herein included the complex of language. In this context, labor, together with language, brought about human conscientious activity, developing in man, complex functions, which are not present in animals.
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Agnes Heller: indivíduo e ontologia social - fundamentos para a consciência ética e política do ser social / Agnes Heller: individual and social ontology - fundamentals for the ethical and political conscience of the social being

Veroneze, Renato Tadeu 22 April 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:16:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Renato Tadeu Veroneze.pdf: 2698895 bytes, checksum: be096d4c0e9b70214bd5628a98b16a5d (MD5) Previous issue date: 2013-04-22 / Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé / This research intends to investigate the contributions of Agnes Heller s thoughts, which was formulated between 1956 and 1978, to the construction of the social been ethical and political consciences. Agnes Heller, a name with an international projection in the Contemporary Philosophy, was a Georgy Lukács pupil and assistant, who was the greatest marxism exponent, mostly in the Esthetics and the Ontology of the Social Being areas. She was considered by Lukács the more productive member of group called School of Budapest . The objective of this group was to creat a line of thought based on Lukács s theoretical and philosophical writings, re-read Marxian work to heve a correct understanding in Marx s method. She remained in Hungary until 1978 and produced some works in which we see expressed the Budapest school s kind of guidance. The ideo-political persecution in Hungary, Heller did that come out of his native in 1978, to reside in Australia with Ferenc Fehér. In 1986 she was bound to Hannah Arendt s post of Political Science and Philosophy at the New School for Social Research, in New York, and she is until now in fruitful activities in the United States of America and Hungary. Her works written until 1978, therefore, during the Marxist time, bring important contributions to consolidate the ethical and political conscience of the social being, having for basis the ontology of the social being, its theory about everyday life and its writings direct to the ethical and political conscience. We believe Heller tried to complete the big project of Lukács of writing an Ethics in the Marxist s point of view, so we set from the hypothesis that her theory points towards a praxis philosophy and non-alienated everyday life experiences. We seek to understand the main fundaments of her theory as a proposal for a way of thinking, being and conscientious acting at and to everyday life, in the social s relations and inter-relation, in ethical and political s proposition of the social life, towards the collective and individual revolutionary subject. Therefore, our research objective is the recognition of individuality while the sine qua non condition for ethical and political conscience of the social being / Esta pesquisa busca investigar a contribuição do pensamento de Agnes Heller, formulado entre os anos de 1956 e 1978, para a construção da consciência ética e política do ser social. Agnes Heller, nome de projeção internacional na filosofia contemporânea, foi aluna e assistente de Georgy Lukács, principal expoente marxista, sobretudo, no campo da Estética e da Ontologia do Ser Social. Heller foi considerada por Lukács como o membro mais produtivo do grupo de intelectuais denominado Escola de Budapeste . Este grupo tinha por objetivo formular uma linha de pensamento baseada nos escritos teórico-filosóficos de Lukács e fazer uma releitura da obra marxiana, no sentido de uma correta compreensão do método em Marx. Até 1978 Heller permaneceu na Hungria e produziu obras que expressavam o tipo de orientação dessa escola. Nesse período, comungava com as ideias de se mestre e da proposta marxista. As perseguições ideo-políticas da Hungria, fizeram com que Heller saísse de seu país natal, indo residir na Austrália juntamente com Ferenc Fehér. Em 1986, vincula-se a cadeira de Hannah Arendt de Filosofia e Ciência Política da New School for Social Research, em Nova Iorque e mantém até os dias atuais em profícua atividade nos Estado Unidos e na Hungria. Suas obras, escritas até 1978, ou seja, em sua fase marxista, trazem importantes contribuições para a consolidação de consciência ética e política do ser social, tendo como base a ontologia do ser social, a sua teoria sobre a vida cotidiana e de seus escritos direcionados à consciência ética e política. Acreditamos que Heller buscou complementar o grande projeto de Lukács de escrever uma Ética na visão marxista, portanto, partimos da hipótese de que sua teoria aponta na direção de uma filosofia da práxis e da vivencia de uma vida cotidiana não-alienada. Buscamos, desse modo, compreender os principais fundamentos de sua teoria enquanto proposta para um modo de pensar, ser e agir consciente na e para a vida cotidiana, nas relações e inter-relações sociais, na proposição ética e política da vida social, rumo ao sujeito revolucionário individual e coletivo. Para tanto, temos como objeto de pesquisa o reconhecimento da individualidade enquanto condição sine qua non para a consciência ética e política do ser social
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Práxis e a noção de prática nos documentos oficiais sobre a formação de professores /

Hein, Ana Catarina Angeloni. January 2010 (has links)
Orientador: Maria Eliza Brefere Arnoni / Banca: José Luis Vieira de Almeida / Banca: Jason Ferreira Mafra / Resumo: Este trabalho tem como objeto o conceito de prática presente nos documentos oficiais sobre a formação de professores para a escola básica, de 1996 a 2006, data esta que vai desde a promulgação da LDB (Lei nº 9.394/96) até a reestruturação das licenciaturas, e em especial das Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia. A partir da LDB (Lei nº 9.394/96), a prática nos documentos oficiais recebe diferentes denominações, tais como: "prática educativa", "prática de ensino", "prática como componente curricular", "prática de estágio", "prática profissional", dentre outras. Os documentos oficiais preconizam a prática para os cursos de formação de professores para a educação básica. Na coleta de dados a concepção de prática dos documentos se mostra de forma fragmentada e generalizada, sendo apenas um arremate final das outras atividades do curso. Acreditamos que exista um nexo entre as mudanças empreendidas na legislação e a reestruturação capitalista, a partir da introdução do modo de produção taylorista/ fordista para toyotista, em que houve a necessidade formativa de um trabalhador com capacidade adaptativa, por intermédio dos organismos internacionais multilaterais / Abstract: This work has as object of study the concept of practical in official documents related to the formation of basic school teachers, since the promulgation of the LDB (Law nº 9,394/96) 1996 to 2006, until the reorganization of the magistery courses and, in special, of the Directives Curricular Lines of the Pedagogy Course. From the LDB, the official documents praise the practical for the formation teacher's courses for the basic education, conferring different denominations to it, such as, "practical educative", "practical of education", "practical as curricular component", "practical of period of training", "practical professional", amongst others. The analysis of the practical as obligator curricular point in teacher's formation, ruled as praxis category, according to dialectical materialism and social ontology fundaments, of social being, shows that the official documents present a fragmented and generalized conception of practical, being only a final detail of the activities of the course. We infer, also, the existence of a nexus between undertaken changes in the legislation and the capitalist reorganization, from the introduction in a production way that demanded the formation of the worker with adaptative capacity / Mestre
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Vigotski: um estudo à luz da centralidade ontolÃgica do trabalho. / Vigotski: a study from the point of view of ontological centrality of labor.

Francisca Maurilene do Carmo 04 December 2008 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / O presente trabalho tem por objetivo resgatar o fundamento ontolÃgico da obra de Vigotski, indicando que a categoria trabalho como momento central na constituiÃÃo do mundo dos homens à absorvida e expressa pelo psicÃlogo soviÃtico, em consonÃncia com os mais legÃtimos preceitos da teoria marxiana. Nesse sentido, num primeiro momento, resgata-se a retomada efetuada por LukÃcs do conceito marxiano de trabalho, extraindo, por essa via, a dimensÃo ontolÃgica da obra de Marx e anunciando, para alÃm da tradiÃÃo metafÃsica e idealista, uma ontologia de novo tipo, a qual aponta de forma radical para a historicidade da essÃncia humana. Prossegue-se com o registro da trajetÃria intelectual de Vigotski e seu papel na construÃÃo de uma psicologia marxista, ao lado de Luria e Leontiev, no contexto da RÃssia do perÃodo revolucionÃrio inaugurado em 1917; assinalando as principais dificuldades relativas à reconstruÃÃo da obra de Vigotski, no contexto do stalinismo, bem como à introduÃÃo de seu pensamento no Ocidente, particularmente nos Estados Unidos e no Brasil. Apontam-se, nesse sentido, os desvios essenciais operados pelo neovigotskianismo, particularizando o tratamento atribuÃdo ao conjunto de categorias vigotskianas, como a linguagem, a cultura, a interaÃÃo, dentre outras, o qual, descolando do princÃpio marxiano do trabalho, distanciando o autor, por conseguinte da perspectiva da ontologia marxiana e, mais precisamente, do horizonte de destruiÃÃo do capital. Atribui-se especial atenÃÃo à anÃlise da obra Pensamento e Linguagem, fazendo-se, ainda, menÃÃo a outros textos selecionados do autor, como A transformaÃÃo socialista do homem, Psicologia concreta do homem, O significado histÃrico da crise da psicologia, dentre outros. Ao final do estudo, assevera-se que, nÃo obstante a valorizaÃÃo explÃcita atribuÃda à recuperaÃÃo do marxismo em sua dimensÃo metodolÃgica, està pressuposto na obra de Vigotski, o substrato ontolÃgico sobre o qual se funda o mÃtodo de Marx. / The study seeks to point out the ontological foundation of Vigotskiâs works, indicating that his theoretical construct as a whole is centered upon the category of labor as the complex which originated man as a social being in accordance with the basic principles of Marxism. In this sense, it emphasizes LukÃcsâ ontological retrieve of Marxâs legacy, announcing, therefore, a new kind of ontology, which goes far beyond the metaphysical and idealistic tradition to assert the radically historical character of human essence. It is, then, recovered Vigotskiâs intellectual trajectory, with emphasis on his central role in the process of constructing, alongside Luria and Leontiev, a Marxist psychology in the context of Russianâs revolutionary period opened up in 1917; and discussing the main difficulties in terms of reconstructing Vigotskiâs work, in the context of Stalinism; as well as those related to the introduction of his thought in the Western world, particularly in the United States and Brazil. It denounces the essential mistakes operated by the neovigotskian movement, which, treating vigotskian categories, such as language, culture and interaction, apart from the Marxist principle of work, ends up by isolating Vigotski from the Marxian ontological realm, and, more precisely, from the socialist project. The study places greater emphasis upon the analysis of Thinking and Speach, also reviewing in a lesser level of details, other selected texts, such as The socialist transformation of man; Concrete psychology; and The historical meaning of crisis in Psychology, among others. It is finally reassured that, despite the explicit relevance attributed by Vigotski to the methodological dimension of Marxism, it is presupposed in the context of his work, the ontological core which founds Marxâs method.
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A concepção de indivíduo e suas repercussões na crise da escola /

Pereira, Valmir. January 2011 (has links)
Orientador: Luci Regina Muzzeti / Banca: Sueli Aparecida Itman Monteiro / Banca: José Luís Vieira de Almeida / Banca: Mara Regina Martins Jacomeli / Banca: Celso João Ferretti / Resumo: Em um contexto marcado pela reestruturação produtiva do modo de produção capitalista, a escola aparece como uma instância fundamental para a formação do trabalhador com um novo perfil para atender às exigências do capital. Dessa forma, alguns autores e os sistemas educacionais procuram por meio de reformas adequarem a escola a esses novos tempos. Por isso tornou-se comum a fala de que a escola está em crise e é através das mudanças curriculares que esta crise será resolvida, segundo seus proponentes. A reforma não tira a escola da crise, pois tanto o capitalismo quanto o seu modelo de indivíduo e de escola são irreformáveis. Analisando as interpretações que alguns teóricos têm sobre a crise da escola verificou-se que os mesmos apontam como saída a adaptação da escola ao modelo de capitalismo através da participação e da cidadania. A perspectiva desse estudo, ao contrário daqueles autores, situa a crise da escola como decorrência da crise da concepção burguesa de indivíduo. Para comprovar essa hipótese, analisou-se a concepção liberal de indivíduo através dos conceitos de autonomia e liberdade em dois autores clássicos, Thomas Hobbes e John Locke e identificou-se que a crise da concepção burguesa de indivíduo repercute na escola, que também é burguesa. Demonstrou-se também que a crise da concepção burguesa de indivíduo decorre da divisão do trabalho que separou o fazer do pensar e, portanto, o trabalhador de seu produto. Ao finalizar as investigações teóricas conclui-se, que a crise da escola não existe. O que existe é a crise da concepção burguesa de indivíduo e esta, repercute na escola. Esta repercussão decorre das mudanças no modelo de organização do trabalho criando um descompasso entre o que é ensinado e as novas exigências do mercado de trabalho. Ela passa por reformas desde sua organização... (Resumo completo, clicar caesso eletrônico abaixo) / Abstract: In a context marked by productive restructuration of the capitalist way of production, the school appears as a fundamental instance for the worker formation with a new profile to attend the capital exigencies. This way, some authors and the educational systems search by means of reform to adequate the school to the new times. Consequently what became common was the idea that the school is in crisis and it is through curricular changes that this crisis will be solved, according to their proponents. Reform does not take the school off the crisis because as capitalism such as its standard of individual and school are unreformable. Analyzing the interpretations that some theoreticians have about the crisis of the school it was verified that they point as an answer to the school adaptation to the capitalism layout through participation and citizenship. The study perspective, instead of those authors, situates the crisis of the school as an occurrence of the crisis of the bourgeois conception of the individual. To prove this hypothesis, the liberal conception of the individual was analyzed by the concepts of autonomy and freedom in two classic authors, Thomas Hobbes and John Locke, and it was identified that the crisis of the bourgeois conception of the individual reverberates at school that it is also bourgeois. It also demonstrated that the crisis of the bourgeois conception of the individual occurs by the share of work that separated the make of the think and, therefore, the worker of its product. Finalizing the theoretical investigation it concludes that the crisis of the school does not exist. It is a false question. What exists is the crisis of the bourgeois conception of the individual and this reverberates at school. This reverberation occurs by the changes in the work's organization layout. It passes through reforms since its organization and until the moment it continues being pointed... Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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The Trouble with Individualism: Social Being in Le Guin and Delany

Braham, Kira R. 10 May 2013 (has links)
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A educaÃÃo social e a gestÃo da pobreza: gÃnese, desdobramentos e funÃÃo no contexto da sociabilidade do capital em crise / Social education and poverty management: genesis, development and function in the context of the sociability of capital in crisis

Maria EscolÃstica de Moura Santos 30 March 2017 (has links)
nÃo hà / Esta pesquisa parte da compreensÃo de que o ser humano à um complexo constituÃdo na articulaÃÃo entre a subjetividade do indivÃduo e a objetividade da vida material. RelaÃÃo esta mediatizada pela atividade produtora de riqueza, ou seja, o trabalho, considerado ato fundante de todas as formas de sociabilidade e, portanto, do prÃprio ser social. Realizamos estudo de carÃter teÃrico e documental, fundamentado no referencial marxista, à luz da ontologia marxiano-lukacsiana, para compreender a funÃÃo que a educaÃÃo social, voltada a crianÃas e adolescentes pobres, ocupa no processo de reproduÃÃo da sociedade de classes. Para tanto, voltamos nossa atenÃÃo, inicialmente ao processo de constituiÃÃo do ser social, ressaltando que, para cumprir seus propÃsitos, o complexo do trabalho chama à cena, dentre outros complexos, a educaÃÃo. A educaÃÃo, por seu turno, possui a funÃÃo precÃpua de reproduzir no indivÃduo singular os elementos do gÃnero humano, transformando-se à medida que a sociedade foi se complexificando com a divisÃo do trabalho associada ao desenvolvimento das forÃas produtivas. Assim, buscamos elementos para explicar como a educaÃÃo na sociedade burguesa assume a funÃÃo de reproduzir, alÃm dos elementos genÃricos, o prÃprio sistema do capital, promotor de misÃrias e de conformaÃÃo. Essas questÃes sà ficaram mais explÃcitas quando analisamos o processo de produÃÃo da pobreza, como manifestaÃÃo necessÃria ao movimento de retroalimentaÃÃo do sistema capitalista, para, em seguida, apresentarmos o Estado como o responsÃvel por administrar os conflitos resultantes dos antagonismos de classes, que surgem a partir da separaÃÃo entre capital e trabalho. Isto nos ajudou a compreender o carÃter perverso das polÃticas de assistÃncia e educaÃÃo voltadas a crianÃas e adolescentes pobres. Pudemos entender, a partir de entÃo, como a educaÃÃo social nelas se inserem, como se deu seu surgimento, em que bases se sustentam os fins e os meios de uma proposta educativa que se diz responsÃvel por atuar nos contextos de exclusÃo social buscando reduzir as situaÃÃes de desamparo. O resgate histÃrico apontou para o fato de que ambas, educaÃÃo e assistÃncia, exibem um carÃter de classe, manifestado atravÃs do confinamento, da exclusÃo e do adestramento pelo e para o trabalho alienado; e que a educaÃÃo social possui nÃtida vinculaÃÃo com as situaÃÃes de pobreza, embora alguns teÃricos insistam em defender seu afastamento. VinculaÃÃo essa que ganha outros contornos no contexto da crise estrutural do capital, sobretudo, no Ãmbito das polÃticas neoliberais que advogam o Estado mÃnimo. Por fim, a anÃlise documental revelou que os fins postos para a educaÃÃo social apontam para o Ãmbito da objetividade e da totalidade social enquanto os meios definidos para atingirem os fins propostos restringem-se ao campo da subjetividade e da imediaticidade.
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Trabalho, família e ser social: elos que unem a centralidade do trabalho às relações familiares / Work, family and social being

Paula, Renato Francisco dos Santos 13 June 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:17:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Renato de Paula.pdf: 751589 bytes, checksum: 2cf2e278a3e6d974707052e25c614e2f (MD5) Previous issue date: 2005-06-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present thesis approaches family and work understood as element that constitute and are constituted by social totality. It is supported bu Marxist tradition rescued by Gyorgy Lukacs (1885-1971), wich consists in the study of the social being / A presente dissertação trata de família e trabalho entendidos como elementos constituintes e constituidos da e na totalidade social. Ancora-se na tradição marxista resgatada por Gyorgy Lukacs (1885-1971) consistente no estudo do ser social

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