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As relações de trabalho nas organizações de economia solidária : um paralelo Brasil-França / Les relations de travail dans les organisations de l´economie solidaire : un parallèle Brésil - France

Wautier, Anne Marie T.G.E. January 2004 (has links)
L´objectif de cette recherche est l´étude de la relation entre le travailleur et son travail dans le cadre d´organisations de production de biens et de services qui se situent en marge du système capitalista et qui revendiquent l´originalité d´un travail plus autonome, plus juste et plus responsable : les organisations de l´économie solidaire. Que peut signifier, pour un travailleur, développer son activité dans ce genre d´organisations ? C´est la question qui fonde cette étude. Ou, en d´autres mots, l´expérience quotidienne vécue par le travailleur de l´économie solidaire peut-elle se manifester à travers des pratiques professionnelles et sociales révélatrices de nouvelles formes d´insertion dans le travail et dans la société ? Est-ce que cette expérience indiquerait une transformation en cours dans certains segments du monde du travail et également observable dans d´autres contextes économiques ou serait-elle à peine un reflet de la situation particulièrement fragile des trravailleurs brésiliens ? Il s´agira donc de comprendre la singularité de la participation des travailleurs à ce projet, son impact sur le développement de leur travail et d´étudier les transformations qui peuvent affecter les relations sociales qui se tissent à partir du travail dans l´organisation et en dehors d´elle. Le travail sera ainsi analysé sous une dimension subjective, comme expérience de construction identitaire, et sous une dimension institutionnelle, en tant que socialisation pour et par la solidarité. Le concept de « travail solidaire », qui réunit ces dimensions, sera analysé à partir, principalement, de l´optique de François Dubet, de sa théorie de l´acteur et de la socialisation. Cette étude s´inscrit ainsi dans une perspective de contribution à la Sociologie du Travail, sans aucune prétention de réaliser une sociologie de l´économie solidaire et de ses multiples relations avec la société. Ce qui intéresse ici est la transformation de la relation entre le travailleur et son travail. L´argument défendu dans cette recherche est que les relations qui naissent d´une expérience quotidienne du travail dans des organisations de l´économie solidaire sont à la fois particulières et diverses et représentent un défi pour l´ensemble des relations sociales. Ainsi, le travail réalisé dans ces organisations serait peut être susceptible, malgré ses ambiguïtés, de stimuler de nouvelles formes de relations sociales au travers d´une socialisation fondée sur la solidarité. Trois types d´organisations qui serviront de référence ont été construits à partir de la production dominante, des valeurs et des objectifs qui motivent l´action des groupes étudiés :organisations de production, associations culturelles et organisations humanitaires. La comparaison Brésil-France, réalisée à travers des unités situées à Porto Alegre e à Paris, vise établir des homologies, c´est à dire des correspondances dans la construction de l´action individuelle et collective, malgré des contextes différents, et vise également la recherche de spécificités capables d´enrichir d´éventuelles interactions. Ce qui, au cours de la recherche, est apparu autant au Brésil qu´en France, c´est, d´une part, un discours « officiel » (dirigeants, militants de l´économie solidaire et chercheurs) qui decrit la tâche que se propose l´économie solidaire : la responsabilisation de tous pour transformer la société. D´autre part, ce que l´on trouve dans le discours des travailleurs, c´est la présentation d´une réalité quotidienne faite de tensions et de contradictions. Comprendre cette apparente incompatibilité supposait recréer les mécanismes de construction du travail solidaire : dans quelle mesure peut-on parler d´expérience sociale et dans quelle mesure la socialisation pour et par la solidarité est-elle ou non réussie ? Pour ce faire, il était nécessaire de recomposer le processus de construction des relations sociales dans et hors travail, révélé par les stratégies des travailleurs qui essaient de se situer face aux logiques d´action développées par les organisations. Après quoi a été analysée la possibilité de trouver des ressemblances et des différences dans la construction de ce travail solidaire,entre le Brésil et la France. Finalement, on a cherché à répondre à la question qui était à l´origine de la recherche : est-ce que le travail solidaire peut vraiment donner naissance à de nouvelles relations sociales dans le travail et, de façon plus ample, dans la société ? / O objetivo desta pesquisa é o estudo das relações que se estabelecem entre o trabalhador e seu trabalho em organizações não convencionais, isto é, que não se identificam com o modo capitalista de produção e que reivindicam, pelo contrário, a criatividade e a originalidade de um trabalho mais autônomo, mais justo e mais responsável: a economia solidária. O que significa, para o trabalhador, atuar nestas organizações? É a pergunta que orienta este estudo. Dito de outro modo: a experiência vivida no trabalho cotidiano pelo trabalhador da economia solidária manifesta-se mediante práticas profissionais e práticas sociais reveladoras de novas formas de inserção no trabalho e na sociedade? Seria essa experiência fruto de uma transformação que ocorre em alguns segmentos do mundo do trabalho e observável em outros contextos econômicos ou um reflexo da situação particularmente fragilizada dos trabalhadores brasileiros? Tratar-se-á então de entender a singularidade da participação dos trabalhadores a este projeto, seu impacto sobre o desenvolvimento de seu trabalho e das relações estabelecidas com a organização e de estudar as transformações que podem ocorrer nas relações sociais a partir do trabalho. Este será analisado sob uma dimensão subjetiva, como experiência de construção identitária, e sob uma dimensão institucional, como socialização para e pela solidariedade. O conceito de “trabalho solidário”, que reúne essas dimensões, será analisado apoiando-se, em grande parte, na obra de François Dubet e sua teoria do ator, da estrutura social e da socialização. A pesquisa se inscreve numa perspectiva de contribuição à Sociologia do Trabalho e das relações de trabalho sem a pretensão de realizar uma sociologia da economia solidária, nas suas múltiplas relações com a sociedade. O que está em foco é a transformação das relações entre o trabalhador e seu trabalho. O argumento defendido pela pesquisa é que as relações que nascem de uma experiência cotidiana do trabalho nas organizações da economia solidária são peculiares e diversificadas, mas interpelam e desafiam o conjunto das relações sociais. Portanto, o trabalho realizado nessas organizações talvez seria, apesar de suas ambigüidades, suscetível de estimular novas formas de relações sociais por meio de uma socialização assentada na solidariedade. Três tipos de organizações “referências” (tipos ideais) são construídos a partir do tipo de produção dominante e dos valores e objetivos que motivam a ação: organizações de produção, associações culturais e organizações humanitárias. A comparação Brasil – França, através das organizações investigadas em Porto Alegre e Paris, procura homologias, isto é: correspondências na construção da ação apesar de contextos diferentes, assim como a reconstrução de processos e procura de especificidades que possam enriquecer as interações. No decorrer da investigação, o que se encontrou, tanto no Brasil quanto na França, foi de um lado, um discurso “oficial” (mentores, militantes da economia solidária e pesquisadores) que descreve a tarefa que se atribui a economia solidária: a responsabilização de todos para transformar a sociedade. Por outro lado, encontrou-se, através do discurso dos trabalhadores, o relato da realidade quotidiana que aparece como um mundo de tensões e contradições. Para entender essa aparente incompatibilidade, foi preciso recriar os mecanismos de construção do trabalho solidário: em que medida pode-se falar de experiência social e em que medida a socialização para e pela solidariedade é bem sucedida. Para tanto, foi necessário recompor o processo de construção das relações sociais dentro e fora do trabalho, manifestado mediante estratégias dos atores que precisam se posicionar frente às lógicas de ação desenvolvidas pelas organizações. A seguir, analisou-se a possibilidade de encontrar semelhanças e diferenças entre o Brasil e a França na construção deste trabalho solidário. Enfim, procurou-se responder à pergunta que originou esta pesquisa: seria mesmo o trabalho solidário gerador de novas relações sociais no trabalho e no âmbito mais amplo da sociedade?
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Le traitement clinique de la précarité : collectifs d’intervention, parcours de vulnérabilité, pratique de care : l’exemple du Carrefour Santé Mentale Précarité du département de l’Ain / The clinical treatment of social vulnerability : collectives of action, vulnerability paths, practice of care : the example of the “Mental Health and Social Vulnerability Crossover Tool” as used in the Ain department of France

Pegon, Guillaume 25 February 2011 (has links)
Cette thèse porte sur un dispositif de traitement clinique de la précarité : le Carrefour Santé Mentale Précarité du Centre Psychothérapique de l’Ain. Ce dispositif, créé dans le cadre des politiques publiques d’accès à la prévention et aux soins (article 71 de la loi du 29 juillet 1998 d’orientation relative à la lutte contre les exclusions), met en réseau des professionnels de la santé mentale (travailleurs sociaux, infirmiers, psychiatres, psychologues, cadres infirmiers) qui partagent le même souci de se tenir au chevet d’individus présentant un mal-être psychique en lien avec une impossibilité, récente ou plus ancienne, de s’affirmer sujet de leur propre vie. A partir de l’analyse des pratiques - d’accueil, de prise en charge, d’accompagnement, d’orientation - de ces cliniciens de la précarité ainsi que de l’analyse des modalités de cadrage de ces pratiques - organisation des activités, corpus doctrinaux de référence, modalités d’évaluation des pratiques professionnelles -, il s’agit de comprendre, d’une part, comment se reconfigurent les dispositifs de protection issus des nouvelles politiques de l’Etat social actif concernant la lutte contre l’exclusion sociale et, d’autre part, comment se transforment les processus d’individuation qui sous-tendent ces pratiques et dispositifs.La thèse met en évidence l’émergence de collectifs d’intervention qui, par un travail de reconnaissance du parcours de vulnérabilité des personnes en situation de précarité, engagent une pratique spécifique de soin qui relève du care. A partir de la clinique psychosociale de la perte des attachements de la personne, l’enjeu consiste à maintenir et/ou réparer la sociabilité des personnes en situation de précarité. Les cliniciens de la précarité développent une pratique que nous pourrions qualifier d’écologique dans le sens où ce qui constitue l’adresse du lien à étayer n’est déterminé que par l’individu lui-même en lien avec tout ce qui le relie au monde. Son corps, sa subjectivité et l’ensemble des êtres et objets présents dans son environnement (famille, culture, travail, droits, santé, argent, etc.) forment les principaux supports de l’intervention. Pour connaître ce par quoi la personne en souffrance tient et se tient dans la société, les cliniciens se mobilisent en réseau, partagent la connaissance qu’ils ont de la personne et, ce faisant, se font collectivement ethnographes de ses attachements, quitte à mobiliser dans cette ethnographie personnalisée tous les corpus doctrinaux ressources et toutes les épistémologies (sociologie, anthropologie, psychologie, médecine, santé publique, économie, philosophie, etc.) leur permettant de mieux situer/comprendre ces attachements. A travers cette clinique en réseau, les cliniciens tentent de maintenir une forme collective de solidarité thérapeutique où les bénéficiaires de l’intervention ne sont plus tant considérés comme autonomes et abstraits qu’interdépendants et concrets. La description analytique détaillée de cette nouvelle forme de traitement clinique nous permet de montrer comment les politiques de santé mentale au front de l’exclusion ne peuvent plus être interprétées seulement en termes de prestations sociales et d’offres de soin qu’il s’agirait de redistribuer en contrepartie de l’activation des individus, mais plutôt comment elles correspondent aussi, du fait de l’engagement de certains cliniciens, à de nouvelles manières de penser et d’assurer le maintien de ces individus en reconnaissant à la fois leurs droits et les multiples formes d’attachements qui les relient au monde. / This thesis concerns an instrument for the clinical treatment of social vulnerability known as the “Mental Health and Social Vulnerability Crossover Tool”. Based at the Ain Psychiatric Hospital, this instrument, set up under the framework of government policy on access to prevention and health care services (article 71 of the French law dated 29 July 1998 on guidelines for social exclusion management), is composed of a network of mental health professionals (social workers, nurses, psychiatrists, psychologists, health managers) who share the same desire to support individuals with psychological suffering resulting from a recent, or more distant, inability to assert themselves as subjects of their own life. An analysis of the practices (reception, assistance, support, counseling, referral) adopted by these clinicians as well as an analysis of how their practices are formalized (organization of activities, reference bodies of doctrine, methods for assessing professional practices) will be used to examine two issues: how both protection systems resulting from the enabling State’s new policies to fight social exclusion, and the underlying individuation processes are transformed.This thesis highlights the emergence of collectives of action who work to recognize the paths of people in social vulnerable situations, employing a very specific clinical practice which falls into the realm of care. The aim was to maintain and/or recover the sociability of persons in socially vulnerable situations based on the psychosocial approach of the loss of attachments. Clinicians have developed what can be qualified as ecological practice, in that the benefit of the link to be reinforced is determined by the individual themselves, in relation to all the supports which connect them to the world. Their body, its subjectivity and all the beings and objects present in their environment (family, culture, work, rights, health, money, etc.) form the basis for this intervention. In order to find out what binds the person in difficulty to and gives them a place in society, the clinicians work as a network, sharing their knowledge of the person and, in doing so, act as ethnographers of the person's attachments, using all the reference bodies of doctrine and epistemologies (sociology, anthropology, psychology, medicine, public health, economy, philosophy etc.) to better situate/understand these attachments. This clinical practice in a network helps clinicians to preserve a form of collective therapeutic solidarity in which the beneficiaries of the intervention are no longer considered as independent and abstract but rather interdependent and concrete.A detailed analytical description of this new form of clinical treatment will allow us to show how mental health policies at the forefront of the fight against exclusion cannot be interpreted purely in terms of social services and care provision, redistributed in exchange for the activation of individuals. They must also be considered in terms of how they also correspond - thanks to the work of convinced clinicians - to new ways of thinking and to ensuring the preservation of these individuals, both by recognizing their rights and the multiple attachments that connect them to the world.
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L'invention de l'eau social : trajectoire du problème de l'accès à l'eau en France (1984-2016) / The invention of "social water" : trajectory of the problem of access to water in France (1984-2016)

Gremmel, Jeanne 29 November 2016 (has links)
La thèse analyse la trajectoire du problème de l’accès à l’eau en France, sur trois décennies. Dans un contexte de « nouvelle pauvreté », on constate le passage progressif d’une logique d’action publique fondée sur l’assistance discrétionnaire à une logique de solidarité basée sur des droits sociaux. On retrouve ce glissement tant dans le domaine du logement, de l’énergie, que de l’eau. Pour l’eau, se dessine une trajectoire qui nous conduit du « social de l’eau » à « l’eau sociale ». Le social de l’eau est basé sur : l’affirmation d’un droit à l’aide ;l’externalisation de la gestion de cette aide ; le rôle de contributeur des services pour cette gestion ; une approche curative des problèmes. En regard, le modèle de l’eau sociale se fonde sur : l’internalisation de la question sociale dans des services d’eau, jouant désormais un rôle plus actif ; l’instauration d’un droit à l’eau ; l’émergence d’une approche préventive des problèmes. / This doctoral thesis analyses the trajectory of the problem of access to water for low-income customers in France over the last three decades. In a context of “new poverty”, we observe a gradual evolution from logics of public action based on discretionary assistance to logics of solidarity based on social rights. This evolution can be observed in different fields including housing, energy and water. In the case of water, we uncover a trajectory leading from “welfare of water” to“social water”. The welfare of water is based on: the assertion of a right to receive help, the externalization of the right to this help, the contribution of utilities to its management and funding, and a curative approach to problems. However, “social water” is based on: the internalization of the social issue in water utilities - which play from now on a more active role - , the instauration of a right to water, and the emergence of a preventive approach to problems.
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Eucharistie et libération en Afrique : pain du ciel, pain des hommes / Eucharist and liberation in Africa : heavens bread, mens bread

Konan, Kouadio Colbert 26 November 2016 (has links)
Cette thèse veut répondre à cette question existentielle : comment l’eucharistie, corps et sang du Christ, peut-elle être nourriture et sacrement de libération pour les peuples de la faim ? Cette question nous a conduit à investir les lieux où l’eucharistie appelle l’homme à une attitude charismatique et prophétique devant les situations dramatiques qui provoquent la faim et la misère en Afrique qui est le lieu géographique de cette recherche. Cette thèse met donc en exergue les vertus de partage, de solidarité, de communion, de fraternité… qui sont propres à l’eucharistie et à travers lesquelles ce sacrement peut pousser les croyants africains à une libération totale en Jésus-Christ. Dans cette recherche, en mettant en articulation eucharistie et libération, le chercheur fait droit à la théologie africaine de la libération qu’il présente comme une possibilité offerte aux Africains pour lutter contre toutes les formes d’oppression qui renient l’homme et portent atteinte au message de libération apporté par Jésus-Christ. L’eucharistie, qui est Pain du ciel mais aussi Pain des hommes, est une ouverture à la vie et non à la résignation, à la fausse piété et à la mort. / This thesis tries to answer this existential question : « How the Eucharist, body and blood of Christ, can be spiritual food and sacrament of liberation for nations suffering from hunger ? ». This question has led me to investigate the places where Eucharist calls Humankind to ancharismatic and prophetic attitude when confrontated to dramatic circumstances which provoke/ induce Hunger and Misery in Africa, the geographical place of this study. This Study (Thesis) tries to highlight the moral qualities of Sharing, Solidarity, Communion and Fraternity that are specific to Eucharist, through which this Sacrament can lead African Christians to a total Liberation in Jesus-Christ. In this study, by articulating Eucharist and Liberation, the searcher referes to the african theology of Liberation which he presents as apossibility given to African people to fight against all forms of oppression that denie Mankind and affects the message of Liberation brought by Jesus Christ. The Eucharist is bread of Heaven but also bread for Mankind, opens to life but not to resignation, to false piety and to death.
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La collégialité en droit des sociétés / Collegiality in corporate law

Delvallée, Julien 22 May 2017 (has links)
Notion fondamentale du droit des sociétés, la collégialité est souvent réduite aux organes sociaux, voire cantonnée au processus de formation des décisions collectives. L'étude tend à dépasser la dimension institutionnelle du pouvoir collégial. Il s'agit de rechercher, en dépit de la diversité des collèges, les fondements, l'unité, le régime, les limites et la valeur de la collégialité en tant que notion et pratique. À cette fin, il convient d'envisager autant l'organisation collégiale que le fonctionnement collégial. Il en résulte que toute collégialité suppose une pluralité de personnes ou des collèges (au moins deux) (1) qui ensemble et à égalité par voie de délibération en concertation (2), poursuivent la réalisation d'un projet commun ou l'exécution d'une mission commune (3). Toutefois il existe deux catégories de collégialité selon ce qui fait l'unité du collège: projet commun (associés) ; fonction ou mission commune (autres organes). Ce qui fait l'unité du collège influence la nature et l'intensité des droits et obligations que toute organisation collégiale suppose pour ses membres. Il en est de même du fonctionnement. Unitaire en ce qu'il renvoie au processus de formation de l'acte collectif unilatéral, le fonctionnement collégial suppose des techniques variables selon chaque figure. Enfin, la collégialité est-elle un principe du droit des sociétés ? Pour les associés, cela est certain : la collégialité renvoie au groupement qu'ils forment, organisation et fonctionnement, sans qu'une prévision en ce sens ne soit nécessaire. Pour les autres organes la réponse est variable. Elle n'est un principe d'organisation et de fonctionnement qu'autant qu'une norme l'impose. / Collegiality, as the pivotal concept in corporate law, is often limited to the corporate bodies, if not confined to the collective decision-making process. The study tends to go beyond the institutional dimesion of the collegial authority. The aim is to investigate the foundations, the unity, the ambit, the limits and the value of collegiality as both a notion and a practice, in spite of the variety of colleges. To this end, the collegial organization and function should be considered equally. As a result, collegiality means a plurality of persons or colleges (at least two) (1) who, together and equally by conciliated deliberation (2), promote the realization of a collaborative project or the performance of a shared mission (3). However, there are two types of collegiality as defined by the college's unity itself: there are collaborative projects (partners) ; and shared missions or functions (other bodies). The essence and the strength of rights and obligations to each of the members is influenced by what makes the unity of a college. The same thing goes for the way in which the collegial organization functions. It will function in a unitary manner for unilateral establishment and collective acts. A collegial functioning, on the other hand, supposes flexible and adjustable techniques. Finally is collegiality a principle of corporate law ? For the partners this is obvious: collegiality is intrinsic to the group they constitute, to the organization and to their functioning, without having to plan it. For the other bodies the answer may vary. Collegiality is only a principle of organization and functioning if a norm requires it to be.
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Le régime d'indemnisation des accidents du travail et des maladies professionnelles et la responsabilité civile : enquête sur un régime de responsabilité au coeur de la Sécurité Sociale / Torts law and professional risk

Morin, Joseph-Antoine 06 December 2016 (has links)
Malgré les vifs débats dont fait régulièrement l'objet le régime d'indemnisation des accidents du travail et des maladies professionnelles (AT-MP), il n'existe à ce jour aucune étude fondamentale ayant tenté de déterminer sa nature juridique. Fort de la conviction qu'il est nécessaire de définir précisément l'identité juridique de ce système d'indemnisation pour discuter pertinemment du bien-fondé de ses règles, cette thèse ambitionne de combler cette lacune. L'objet de la recherche est ainsi de déterminer la place du régime AT-MP au sein du droit de l'indemnisation pour essayer de mieux saisir sa difficile intégration dans l'ordre juridique et proposer des remèdes. Cette démarche structure le plan de l'étude. L'analyse est orientée dans la première partie vers la recherche de ce qu'est le régime AT­-MP, avant de se porter dans la seconde sur l'examen de sa situation actuelle et de ses perspectives futures. Pour mener à bien cette entreprise, il a été fait le choix de comparer le régime AT-MP avec la responsabilité civile. Cet exercice de droit comparé interne a pour but de mieux appréhender les propriétés de cette technique d'indemnisation particulière en la mettant en relief avec le droit commun. Cette préférence méthodologique est avant tout fondée sur l'idée qu'un régime de réparation gagne à être systématiquement mis en regard avec la voie d'indemnisation traditionnelle. Ce choix est par ailleurs commandé par un trait propre à l'analyse du régime AT-MP: l'omniprésence de la responsabilité civile dans le discours doctrinal s'intéressant à ce système d'indemnisation particulier. / Despite frequent disputes about the regime for work accidents and occupational discases (AT-MP), no in-depth study attempting to define this system's legal nature has been undertaken so far. Yet, the precise identification of the way the regime operates seems necessary to properly discuss the relevance of its rules, and contemplate its future. Striving to contribute to the debate, this study endeavors to situate the AT-MP regime within the broader framework of compensation law. The regime cannot, as has tradicionnally been the case, be conceptualized opposite civil liability -nor can it be assimilated to this system. Rather, it provides an original compromise bringing together liability and the need for social guarantees. Based on this analysis, one may assess the hurdles facing the incorporation of the AT-MP regime within compensation law, and appraise the relevance of the varions political proposals that have been put foward to this end.
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La dissolution conjugale : un regard sur le partage des avoirs

Brodeur, Jade 12 1900 (has links)
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Pour une réforme de la solidarité du dirigeant au passif fiscal / Reforming the corporate manager’s liability for tax liabilities

Grevet, Alexandre 15 November 2016 (has links)
Le mécanisme de solidarité traverse le droit fiscal. D’essence civile, la solidarité est intimement liée aux moyens de recouvrement dont dispose l’administration. S’agissant du dirigeant de société, sa « responsabilité pécuniaire » ou « solidarité patrimoniale » est actuellement suspendue à la décision du juge. Or, deux textes prévoient la solidarité du dirigeant selon qu’il s’agisse du juge de la responsabilité (LPF, art. L. 267) ou du juge répressif (CGI, art. 1745). Si ces deux dispositions sont indépendantes l’une de l’autre au motif qu’elles n’ont ni la même cause, ni le même objet, ni le même demandeur, il y a lieu de s’interroger sur leur portée respective, souligner leurs écueils et présenter les voies d’une réforme de la solidarité du dirigeant au passif fiscal. Il s’agit à la fois à rendre davantage efficace l’action en recouvrement de l’administration et garantir les droits dont dispose le dirigeant. La prégnance de la situation actuelle impose le pragmatisme : recouvrer le passif fiscal formé essentiellement par la TVA et suspendre la solidarité à l’intentionnalité des manquements à l’origine du passif fiscal dès la procédure d’assiette. / Joint liability is a recurrent feature of tax law. It is essentially a civil law mechanism which is closely bound to the means of recovery available to the revenue authorities. With respect to the company director, his “financial liability” or “joint pecuniary liability” currently depends on a court ruling. Two items of legislation provide for the director’s liability according to whether the matter is being heard before the civil courts (Article L. 267 of the LPF tax code) or the criminal courts (Article 1745 of the CGI tax code).Although those two provisions are independent from one another since they have neither the same legal basis, nor the same purpose and the person bringing the action is different, it is appropriate to question their respective scope, underline their pitfalls and present avenues for reform of the corporate manager’s joint liability for tax liabilities.The aim is both to make the revenue authority’s action for recovery more effective and to secure the corporate manager’s rights. The current situation requires pragmatism, for recovering tax liabilities resulting primarily from VAT and for suspending joint liability for intentionally causing tax liabilities from the time of the procedure of the determination of the tax base.
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Belgitude après la « Nakba ». Une histoire des mouvements belges de solidarité avec le peuple palestinien (1948-1982)

Nieuwenhuys, John 11 June 2021 (has links) (PDF)
FR :La littérature scientifique a abondamment ausculté le conflit israélo-palestinien dans ses diverses facettes, en ce compris son internationalisation. Toutefois, il existe encore trop peu d’études renseignant les rela-tions officieuses qui se sont nouées internationalement entre mouvements non-gouvernementaux autour de cette problématique. Une telle lacune nous empêche notamment de comprendre le parcours et les motivations des activistes qui, lors de la Deuxième Intifada, appelaient en Belgique à replacer la solidarité avec les Palestiniens dans la lignée des grandes mobilisations contre la guerre du Vietnam, l’Espagne de Franco, la Grèce des Colonels, le Chili de Pinochet ou l’Apartheid sud-africain. La présente étude retrace la généalogie et le développement des mou-vements belges de solidarité avec la cause palestinienne. L’argument central est que cette cause a fait partie des luttes emblématiques qu’ont soutenues et dont se sont inspirés plusieurs militants occidentaux, depuis la gauche communiste jusqu’à la Nouvelle gauche. En même temps, la complexité de la question palestinienne a aussi généré de nombreuses dissensions parmi les cercles dits progressistes. Afin d’étudier les propriétés du cas en question, la présente recherche se base principalement sur les archives nouvellement accessibles de ré-seaux militants et pose en substance la question suivante :pour ces réseaux, de quoi la « Palestine » était-elle l’autre nom ?La période étudiée débute avec la naissance de l’État d’Israël en 1948 – et la « catastrophe » ou « Nakba » subséquente pour les Palestiniens. Ce choix doit permettre d’articuler la transition opérée par une certaine solidarité progressiste, depuis un sentiment favorable à Israël vers un engagement en faveur des revendications palestiniennes après juin 1967. L’invasion du Liban par l’armée israélienne en 1982 marque le terminus ad quem de la période étudiée car cet événement correspond symboliquement au moment à partir duquel la cause palestinienne est devenue hégémonique dans l’agenda des principaux mouvements belges voués à la solidarité internationale.Cette recherche a bénéficié d’un soutien de la part du Fonds pour la Recherche en Sciences Humaines (FRESH, fonds associé du F.R.S.-FNRS.) de 2016 à 2019. / EN: The academic literature has extensively examined the Israeli-Palestinian conflict in its various facets, including its internationalisation. However, there is still too little research on the unofficial relations that have been established internationally between non-governmental movements around this issue. This gap prevents us from understanding the path and motivations of the activists who, during the Second Intifada, called in Belgium for solidarity with the Palestinians to be placed in the line of the great mobilisations against the Vietnam War, Franco's Spain, the Greece of the Colonels, Pinochet's Chile or South African apartheid. The present study traces the genealogy and development of Belgian solidarity movements with the Palestinian cause. The central argument is that this cause has been one of the emblematic struggles supported by and inspiring several Western activists, from the communist left to the New Left. At the same time, the complexity of the Palestinian question has also generated much dissension among so-called progressive circles. In order to investigate the properties of the case in question, the present research is based mainly on newly accessible archives of activist networks and asks in essence: for these networks, what was "Palestine" another name for? The period studied begins with the birth of the state of Israel in 1948 - and the subsequent 'catastrophe' or 'Nakba' for the Palestinians. This choice is intended to articulate the transition made by a certain progressive solidarity from a pro-Israel sentiment to a commitment to Palestinian demands after June 1967. The invasion of Lebanon by the Israeli army in 1982 marks the terminus ad quem of the period studied, as this event symbolically corresponds to the moment when the Palestinian cause became hegemonic in the agenda of the main Belgian movements dedicated to international solidarity.This research was supported by the Fonds pour la Recherche en Sciences Humaines (FRESH, associated fund of the F.R.S.-FNRS.) from 2016 to 2019. / Doctorat en Histoire, histoire de l'art et archéologie / info:eu-repo/semantics/nonPublished
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Les thèmes de l’amitié et de la solidarité dans La vie devant soi de Romain Gary (Émile Ajar) et Kiffe, kiffe demain de Faïza Guène

Widhagen, Anna-Karin January 2020 (has links)
Dans ce mémoire, nous étudions comment les thèmes de l’amitié et de la solidarité sont représentés dans les romans La vie devant soi (1975) de Romain Gary (Émile Ajar) et Kiffe, kiffe demain (2004) de Faïza Guène. Dans la notion d’amitié, nous incluons également l’amour qui existe entre les membres d'une famille. Les récits se déroulent dans le cadre des quartiers populaires parisiens et les thèmes sont véhiculés par les auteurs à travers la voix d’un enfant/adolescent et à l’aide d’un style humoristique. Après notre analyse de ces thèmes, nous pouvons constater que la représentation de l’amitié consiste principalement en un amour entre une mère et un enfant ainsi que d’une amitié entre un enfant/adolescent et des personnes plus âgées. En ce qui concerne la solidarité, elle est surtout représentée par l’entraide parmi les voisins dans le quartier. Les résultats de la présente étude suggèrent qu’il y a plus de similitudes que de différences dans la représentation de ces thèmes. Les dissemblances sont principalement dues aux différentes époques où se déroulent les récits et les circonstances dans lesquelles se trouvent les personnages principaux. / This paper examines how the themes of friendship and solidarity are portrayed in the two novels The Life Before Us (1975) by Roman Gary (Émile Ajar) and Kiffe Kiffe Tomorrow (2004) by Faïza Guène. In the notion of friendship, this paper includes love that exists between family members. Within the context of working-class Parisian neighborhoods, the authors explore these themes through the narration of a child/teenager by using a humorous style. The results of the study indicate that the representation of friendship for the protagonists mainly consists of a love between a mother and a child and of a friendship between the child/teenager and an older individual. As far as solidarity is concerned, it is mainly represented by the mutual aid within the community among neighbors. The results of the present study suggest that there are more similarities than differences in the representation of the themes. The points of contrast generally relate to the particular era or setting in which the stories unfold and the particular set of circumstances experienced by the main characters.

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