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Corpo sentido : corporeidade e a emergência de recursos subjetivos associados à criatividadeBernardes, Victor Lino 29 March 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2016. / Submitted by Camila Duarte (camiladias@bce.unb.br) on 2016-05-04T18:16:53Z
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2016_VictorLimaBernades.pdf: 1914947 bytes, checksum: 96e7cecf30ec086df8c3b01715244bb2 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-05-26T20:27:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2016_VictorLimaBernades.pdf: 1914947 bytes, checksum: 96e7cecf30ec086df8c3b01715244bb2 (MD5) / O presente trabalho busca compreender o impacto do curso Corporeidade e Expressão Corporal e do Projeto de Extensão Universitária Movi-mente na subjetividade de seus participantes, com foco na emergência de recursos subjetivos associados à criatividade. O referencial teórico utilizado na pesquisa foi a Teoria da Subjetividade de González Rey, a concepção de criatividade como um complexo processo subjetivo de Albertina Mitjáns Martínez e a psicologia humanista de Abraham Maslow e Carl Rogers. A pesquisa caracterizada como Estudo de Caso, foi realizada utilizando os princípios da Epistemologia Qualitativa onde a produção do conhecimento se dá através da análise construtivo-interpretativa. No curso/projeto o corpo é abordado de forma multicultural e espiritual, o corpo se torna um laboratório com o objetivo de desenvolver consciência corporal e atingir a experiência meditativa. Foi realizado um intenso trabalho de campo que incluiu nossa participação nas aulas e nas práticas. O estudo de caso foi realizado com dois sujeitos utilizando os instrumentos: dinâmica conversasional, completamento de frases, análise documental, análise do facebook e composição. Ao analisarmos os casos foi possível articular uma relação entre Corporeidade, Subjetividade e Criatividade. Observamos como uma experiência, onde organizam-se práticas corporais com o objetivo de autoconhecimento, tem desdobramentos na subjetividade de seus participantes favorecendo a emergência de recursos subjetivos associados à criatividade. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The present work tries to understand the impact of the Corporeity and Corporeal Expression course and the Universitary Extension Project Movi-mente in the subjectivity of the participants, focusing in the emergence of subjective resources associated with creativity. The theoretical aproach used in the research was the Subjectivity Theory developed by González Rey, the conception of creativity as a complex subjectivity process developed by Albertina Mitjáns Martínez and the humanist psychology developed by Abraham Maslow and Carl Rogers. The research characterized as Case Study, was realized using the principles of Qualitative Epistemology where the production of the aknowledge happens through the constructive-interpretative analyses. In the course/project the body has a multicultural and spiritual approach, the body becomes a laboratory with the purpose to develope body awareness and achieve the meditative expirience. It was realized an intense fieldwork wich included our participation in the classes and practices. The case study was made with two subjects using the instruments: conversasional dynamics, frase accomplishment, documental analyses, facebook analyses and composition. Through the case analyses we were able to articulate a relation between Corporeity, Subjectivity and Creativity. We observed how an expirience where corporeal practices are used with the purpose of self-aknowledge, had na impact in the subjectivity of the participants contributing for the emergence of subjective resources associated with creativity.
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Dispositivo da maternidade : mídia e produção agonística de experiênciaMarcello, Fabiana de Amorim January 2003 (has links)
Esta pesquisa parte da constatação de que, ao final do século XVII, um dispositivo da maternidade foi organizado para responder a uma urgência – ligada principalmente à formação dos Estados Nacionais no âmbito europeu. A partir desse ponto, o objetivo principal foi o de caracterizar as formas pelas quais o dispositivo em questão é operacionalizado na mídia contemporânea para a constituição de uma experiência materna – a qual, no sentido dado por Michel Foucault, refere-se a uma articulação entre campos de saber, formas de normatividade e modos de subjetivação. Pretendeu-se identificar: a) a constituição de uma rede de sentidos criada em função de objetivações tanto dos sujeitos-mãe como de diferentes modalidades maternas – rede que institui, reforça e contribui a produção agonística de práticas de maternização; b) a instauração de relações de poder (bem como de pontos de resistência) a partir da relação desigual entre o sujeito-mãe e sujeito-pai e, igualmente, entre as modalidades maternas (mães-homossexuais, mães-adolescentes, mães-solteiras etc.) objetivadas pelo dispositivo da maternidade; c) a organização de tecnologias do eu preponderantemente direcionadas ao apelo e veiculação de procedimentos voltados para a relação dos indivíduos-mãe consigo mesmos, estabelecendo, com isso, modos de subjetivação feminina precisos. Para tanto, dois conjuntos de materiais compõem o corpus de análise desta pesquisa O primeiro conjunto é constituído por narrativas midiáticas, retiradas de reportagens das revistas Veja e Caras, sobre certas personagens mães-famosas: Cássia Eller, Luciana Gimenez, Vera Fischer e Xuxa. O segundo conjunto é composto por uma gama de matérias extraídas da revista Crescer, do período de janeiro de 2001 a julho de 2002. Concluo argumentando que a experiência materna produzida por este dispositivo está alicerçada em três grandes práticas: na fixação de sentidos entre sujeito-mãe e sujeito-mulher; na relação agonística entre diferentes modalidades maternas as quais aqui são tornadas objetos discursivos para a instauração de uma normatividade materna; na evidência de que, no dispositivo da maternidade e para o sujeito-mãe, cuidar de si é cuidar do outro (de seu/sua filho/a).
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Como se diverte a Lapinha? O lazer dos moradores de um bairro popular da cidade de SalvadorVolpini, Lorena 02 March 2012 (has links)
Dissertação de Mestrado em Antropologia defendida dia 02 de março de 2012. / Submitted by Cíntia Beatriz Müller (cintiabeatrizm@gmail.com) on 2012-09-04T15:19:17Z
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Dissertação Lorena Volpini - Como se diverte a Lapinha.pdf: 13113246 bytes, checksum: d830e8142f3b360133b8ae93f7488264 (MD5)
Previous issue date: 2012-03-02 / Bolsista CAPES. / Esta dissertação propõe um estudo do lazer de alguns moradores da Lapinha, bairro popular da cidade de Salvador. O lazer constitui não apenas um momento de distração, de esquecimento das dificuldades, mas também, na sua dimensão de convívio, um espaço de sociabilidade e um cenário privilegiado da expressão e da fruição cultural. Numa cidade onde as diferenças sócio-econômicas e a segregação sócio espacial se manifestam na dimensão da diversão, adotamos uma abordagem do lazer que preste atenção à subjetividade, estudada em relação às formações culturais e sociais que modelam, organizam e provocam modos de afeto, pensamento, desejos e intenções. Através da descrição e da análise de momentos de lazer, propomos uma reflexão sobre as práticas e as preferências do grupo estudado, considerando a dimensão da diversão como ponto de observação a partir do qual descortinam-se os cenários da sociabilidade urbana, espaço de inter-relações, co-presença e justaposição de modos de vida. / PPGA/FFCH/UFBA
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Itinerários de siResende, Mário Ferreira 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T08:45:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
284330.pdf: 540115 bytes, checksum: 504822c492ee67b31805c95e3f591cf0 (MD5) / O presente trabalho propõe tomar o tema da identidade a partir de uma perspectiva crítica, assumindo como objeto de análise um conjunto de fragmentos colhidos numa comunidade da rede virtual de relacionamentos Orkut que propõe o debate acerca do tema da mudança. A comunidade Eu Mudei corresponde ao espaço discursivo onde se articulam os testemunhos de sujeitos, seus processos de desubjetivação e transformação, produzindo a abertura na qual é possível ver o lugar da relação com o exterior no aparentemente simples gesto de enunciação da mudança. Trabalhada na sua banalidade, e não apesar dela, a comunidade configurou-se então como o espaço em que a ambivalência da constituição do sujeito, nesse lançar-se contínuo à mudança, realiza-se, tanto na abertura ao impessoal, quanto na recondução a posições identitárias. O processo pelo qual se converte uma forma de subjetividade em outra constitui um intervalo, um hiato entre dois vir a ser subjetivos, distância entre o que deixei de ser e o que sou agora. O trânsito de uma identidade a outra expõe a sua radicalidade histórica: a constituição contingencial diante das forças positivas de seu tempo que delimita, recorta e hierarquiza as formas válidas de ser sujeito. O trabalho também buscou mostrar que esse lugar de enunciação da mudança produz movimentos outros e dá abrigo a vozes que não foram capturadas e reconduzidas a posições identitárias. Nesse caso, o gesto que nos lança ao movimento de mudança articula-se potente quando o que resta coincide com o que é suficiente para continuar. Mesmo um conceito como o de identidade, só pode apontar para o uno, para o indivisível, para a unidade, porque o seu processo de produção também já remete para o múltiplo, para o de fora, para o devir. A distância imposta pela passagem de uma posição identitária para outra é suficiente para restituir ao sujeito a sua condição de força afetada pelo mundo e de pura abertura à exterioridade. Descolada dos conteúdos das proposições, as forças singulares e nômades se dão nessa passagem, nesse salto que encontra no testemunho a possibilidade de expressão de sua potência criadora.
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O Sensível cinemáticoSantos, João Guilherme Dayrell de Magalhães January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T03:54:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
294299.pdf: 1232825 bytes, checksum: da99a441e7986ef61d3d0b515b923d1f (MD5) / A pesquisa "O Sensível Cinemático: des-montagens em #eles eram muitos cavalos", de Luiz Ruffato", busca delimitar, na obra citada, o que resta da mediação pela máquina que aqui chamamos de cinema das imagens que compõem o sensível contemporâneo. Atenta-se, em primeira instância, ao contexto no qual se insere o referido texto: a cidade de São Paulo no ano de 2001, em que as subjetividades encontram-se solapadas pela multiplicação incessante dos dispositivos que capturam sem oferecer contrapartida, conferindo uma miséria que se coloca antes pelo excesso que pela falta; ou melhor, instaurando uma zona cinzenta entre excesso e exceção. A descrição da vida abjeta que Júlia Kristeva já demarcava como a suspensão entre sujeito e objeto se dando pela inclusão exclusiva de zoé na pólis no contexto do estado de exceção daí, a figura do homo sacer, postulada por Giorgio Agamben encontra, nos 70 fragmentos que compõem não como uma amálgama, mas como um rizoma o texto de Ruffato, a intercalação por enunciados recortados de jornal e outros simulacros. As imagens subtraídas pelo espetáculo possuem contrapartida de sua expropriação no relato cindido das personagens anônimas que possuem seus depoimentos interrompidos daí de onde emergem os gestos, como frisava Benjamin por enunciados apócrifos: trazendo uma diferença como repetição da imagem anestética do muçulmano nos campos de extermínio. A hipersensibilização (Susan Buck-Morss) conferida pela imagem cinética que fazia-se necessária para a visualização da guerra, levando Paul Virilio a destacar que a guerra é o cinema e o cinema é a guerra polariza o sensível na matéria conferindo uma impressão especular do ego intacto sensação que permitia a visualização da metrópole a das multidões por meio da montagem de um lado, e na absurda fantasmagoria da imagem, de outro. Esta assunção da fratura inviabiliza a remontagem do sensível, tal qual temos na construção, ainda que fragmentária, da subjetividade de João Miramar, por Oswald de Andrade: em "eles eram muitos cavalos", a personagem passa a ser a própria a cidade, local da indecibilidade lixo e luxo, que fala as personagens e constitui, por excelência, um espaço sem povo. As citações o título é retirado do poema "Os Cavaleiros da Inconfidência, de Cecília Meireles cortam e repetem a história, levando a montagem de tempos em um mesmo espaço e esmagando o autor. No seu trabalho de desagregar o texto e destacar o contexto (Antoine Compagnon), percebemos a passagem da sociedade pós-68 do projeto ao programa (François Lyotard), do molde à modulação, mas que, pela própria indiscernibilidade entre tanato e biopolítica, fazem reverberar o tempo: Auschwitz em Carandiru, Candelária em São Paulo, disciplina e controle (Gilles Deleuze). A leitura da história por imagens expropriadas pela máquina requerem a falsificação como temos nos idioletos saqueados colocados no corpo da obra, que não mais aponta uma exceção que deveria ser contraposta à exceção real: mas, antes, faz a máquina inoperar. A página negra ao fim do texto instaura dispêndio infinito do significado que torna imensurável o tempo, impossibilitando sua concepção como circular ou linear, exibindo a montagem ela mesma: o sem-imagem, que confere movimento à flecha de Zenão.
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Práticas de subjetivação e construção identitária : o sujeito no entremeio da auto-ajuda e da ciência /Duarte, Sirlene. January 2008 (has links)
Orientador: Arnaldo Cortina / Banca: Maria do Rosário de Fátima Valencise Gregolin / Banca: Renata Maria Facuri Coelho Marchezan / Banca: Vanice Maria Oliveira Sargentini / Banca: Cleudemar Alves Fernandes / Resumo: O presente trabalho concebe a literatura de auto-ajuda como uma prática contemporânea de subjetivação e procura analisar os discursos que sustentam determinados textos de auto-ajuda, compreendendo-os como parte integrante de discursos historicamente produzidos. Para tanto, procura verificar os efeitos de construção identitária, observados no discurso da Teoria Multifocal do Conhecimento, elaborada por Augusto Cury, um dos escritores representativos da literatura de auto-ajuda no Brasil. Sustentam esta pesquisa os pressupostos teóricos da Análise do Discurso francesa, a partir das contribuições dadas por Michel Foucault, já assinaladas por Michel Pêcheux, e amplamente desenvolvidas em vários trabalhos realizados por estudiosos brasileiros; mais especificamente, esta pesquisa centra-se nas noções de subjetividade e identidade e nas reflexões sobre ciência arroladas na obra de Foucault. Com esse aporte, problematiza-se a língua como materialidade do discurso cujo funcionamento, na auto-ajuda, possibilitou apreender tipos identitários a partir dos saberes criados nesse discurso visando a interferir e a conduzir as subjetividades em direção a um modelo de sujeito requisitado na contemporaneidade. A análise lingüístico-discursiva possibilitou perceber a conformação de um discurso utilitarista/pragmatista funcionando a partir do saber, do desejo, da crença e da ação dos sujeitos. / Abstract: This research conceives the literature on self-help as a contemporaneous practice of subjetctivation, searching to analyse the discourses which support certain self-help texts and comprehending them as a constitutive part of discourses historically produced. Therefore, it searches to verify the effects of identity construction, observed in the discourse of the Teoria Multifocal do Conhecimento [Multifocal Knowledge Theory], elaborated by Augusto Cury, one of the most representative writers on self-help literature in Brazil. This research is based on the theoretical presuppositions of the Discourse Analyses of French orientation, from Michel Foucault contributions, also pointed by Michel Pêcheux, largely developed in several works taken by Brazilian researchers; specifically, this research focus on not only the notions of subjectivity and identity, but also on the discussions about science, the way it is understood in the works of Michel Foucault. Taken these postulates, we discuss the language as a materiality of the discourse, which functioning concerning this kind literature provides the apprehension of several identity types from the knowledge created within this discourse, which objective is to interfere and conduct the subjectivities towards a subject pattern required in nowadays. A linguistic-discursive analysis provided the realization of a configuration of an utilitarian/pragmatic discourse functioning from knowledge, desire, beliefs, and action of the subjects. / Doutor
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Juventude & utopia : experiências nas varandas de uma escola públicaMello, Eliana Dable de January 2004 (has links)
A dissertação se constitui na tentativa de responder a indagações sobre as possibilidades da juventude, no mundo contemporâneo, mais especificamente sobre as condições de travessia que a operação adolescente implica e em sua relação com as experiências no espaço público. A noção de espaço público é entendida, através de Hannah Arendt, como o lugar onde a liberdade com-partilhada entre os homens permite a ação política que revela o ser, entrela-çando ato e palavra, fundamentos do mundo humano. O texto discute a emer-gência contemporânea, em que a esfera midiática assumiu a função de legi-timar fatos, valores e pessoas, o que leva a constatar que a mídia hoje é que detém a autoridade sobre o campo público, em detrimento das instâncias in-termediárias que cumpriam essa função. Destaca, ainda, que alguns poucos locais, por suas particularidades histórico-sociais, contrapõem, ainda, ao que é publicizado pela mídia, os efeitos de um ordenamento público calcado em seu sentido político primordial. O Colégio Estadual Júlio de Castilhos (Juli-nho), que se notabilizou, no estado, pela propagação de pensamentos críticos e manifestações da juventude, no transcurso de sua história centenária, é o local que territorializa a pesquisa, revelando-se como espaço público ainda remanescente, por ter na liberdade seu fundamento principal. A escuta de depoimentos de estudantes vinculados ao grêmio estudantil da escola permi-tiu embasar a reflexão sobre a importância que as experiências de pertença a um campo público operam na passagem adolescente, que, enquanto inscri-ções de traços singulares num mundo comum, são compreendidas como re-sistência ao modo individualizante de subjetivação hegemônico nas socieda-des capitalísticas.
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Pensar e inventar-se : terapia ocupacional como clínica dos afectosSiegmann, Christiane January 2006 (has links)
Esse trabalho nasce da percepção de um campo de trabalho e de produção de subjetividade permeado por diferentes problemáticas da vida contemporânea e da própria formação histórica da profissão. Procura dar visibilidade a um modo de trabalhar na Terapia Ocupacional próximo a uma concepção de saúde que pressupõe a justaposição dos conceitos de complexidade e transdisciplinaridade, bem como a superação das certezas e verdades universais. Aproxima-se da problematização dos corpos e dos modos de subjetivação no processo terapêutico e, conseqüentemente, no campo político-social do qual emergem, potencializando a construção de uma prática voltada às diferenças e às singularidades dos sujeitos atendidos. Busca o entendimento do campo molecular pelo qual circula a ação do terapeuta ocupacional e da capacidade de invenção que transversaliza as ações do sujeito no mundo. Neste sentido, propõe um modo poético e singular de criar um processo de investigação e, simultaneamente, de atuação profissional que procura romper com o método de investigação mecanicista e dicotômico. Uma estratégia metodológica que prevê uma reflexão crítica sobre as experiências profissionais do terapeuta ocupacional através da análise de casos-pensamento. Um procedimento que emerge na zona de indiscernibilidade entre terapeuta e pesquisador e que tem como teia-conceitual os referenciais da Filosofia da Diferença, da Terapia Ocupacional, da Psicologia e da Literatura. Neste caminho, descortina-se a aliança da Terapia Ocupacional a uma clínica dos afectos. Encontro que aproxima arte e vida, clínica e poïética, cotidiano e invenção. Espaço entre corpos. Lugar de experimentação de si, produção de novos sentidos e expressão do pensamento, ou seja, um campo de problematização e criação da própria vida. Uma vida com intenso potencial de fazer variar os modos de estar no mundo, libertando os corpos de seus engessamentos e empobrecimentos.
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Do esgotamento à ultrapassagem de si : desafios clínicosCoelho, Débora de Moraes January 2006 (has links)
Este trabalho apresenta uma cartografia das intensidades afetivas na clínica, tomando como ponto de partida a angústia frente às maneiras que o sujeito encontra para delinear sua tessitura frágil e complexa. Problematizamos o cenário contemporâneo, em suas políticas de subjetivação referentes às práticas de saúde vigentes, através do conceito deleuzeano de “gorda saúde dominante”. Tal modo de exercitar a saúde mostra-se limitado, por não permitir a coexistência do adoecer e do sofrimento, impedindo o corpo de experimentar as mil saúdes de que somos capazes, de acordo com os princípios da criação e da singularidade. Acreditamos que a angústia pode ativar uma saúde frágil, que escapa ao padrão, rompendo com a forma identitária mantida pela saúde dominante. Lidar com tal dimensão subjetiva e ultrapassa-la torna-se fundamental para que o sujeito potencialize sua envergadura emocional Escolhemos trabalhar com a clínica como ação de saúde num plano intenso, desenvolvendo ferramentas de intervenção, como a escuta que se amplia em narrativas imagéticas e a produção de um inconsciente através da máquina de pensar. É com este instrumental que pretendemos enfrentar a experiência do vazio que toma o sujeito angustiado. Tal cenário solicitará um terapeuta aberto às variações da atmosfera clínica, que venha a desenvolver um olhar sensibilizado e continente às dores próprias do humano em seu desafio de enfrentar o ilimitado do mundo.
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DesertaçãoFarina, Juliane Tagliari January 2009 (has links)
Esta dissertação acompanha o movimento de desterritorialização realizado pela Psicologia, a partir de um encontro com a Filosofia da Diferença. Através de cenas protagonizadas pelo personagem Ela, assistimos a um processo de rachadura dos territórios aprisionantes da subjetividade contemporânea, das grandes categorias molares e das micropolíticas que os sustentam. A escrita, lugar de intensificação absoluto da imaginação, revela-se a linha de fuga que nos leva ao encontro das intensidades perversas e anômalas, produtoras dos desertos que guardam a potência de começar um novo mundo. / This paper follows the deterritorialisation movement accomplished by Psychology in its encounter with the Philosophy of Difference. Through the scenes of the character Ela, we witness a crack process of the confinement territories of contemporary subjectivity, of the large molars categories and the micropolitics that support these territories. The writing, place of absolute intensification of the imagination, is the line of flight that led us to the perverse and anomalous intensities, producing the deserts that keep the power to start a new world.
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