o tema desta dissertação insere-se no âmbito do povoamento Proto-Histórico do alto Tâmega, região que concentra um grande número de povoados desta época e que consequentemente é uma das áreas do noroeste peninsular que cede um contributo importante para a cultura castreja, que se desenvolveu ao longo do I milénio a.C. em todo o noroeste da Península Ibérica. Para além do estudo do povoamento, este trabalho pretende analisar também os elementos indígenas, bem como as características singulares que os povoados da região evidenciam. No primeiro caso o auxílio da epigrafia é determinante para o conhecimento do substrato indígena. No segundo destacamos a utilidade dos sistemas defensivos dos castros do alto Tâmega, que se notabilizam por possuírem diferentes soluções defensivas, que estarão decerto relacionados com a importância dos recursos metalúrgicos para a economia da região.

Pretende-se com esta dissertação abordar a temática da nostalgia e da memória no âmbito do turismo, recorrendo a casos de estudo de vias ferroviárias desativadas. O uso do património e lugares associados à memória por parte do turismo tem sido explorado por diversos autores e em diferentes pontos de vista ao longo do tempo. Algumas atrações turísticas foram mesmo desenhadas e construídas de maneira a que o turista possa reviver uma determinada época, os costumes e o espaço que direta, ou indiretamente, se associava ao serviço prestado pelo comboio nesses tempos. Recorre-se, aqui, ao exemplo de duas linhas ferroviárias desativadas – a do Tâmega e a do Tua, para avaliar o potencial de memória suscetível de aproveitamento para atividades de turismo, nomeadamente através da construção de um roteiro ligado à nostalgia ferroviária.