In a society where being well informed is presented to the individual as a prerequisite to be counted among the hosts of "world citizens" and in which adherence to technology called "information age" seems inevitable, it is questionable whether such social constraints are accompanied by the ability to reach anyone. If not, think, then, in how to categorize a vehicle of information that is intended precisely to meet possible outcasts, those who do not reach - for several reasons - the cultural ideal foisted by industrial-capitalist system. In the increasingly complex reality, in which the means of dissemination of culture merging into an amalgam as confused as the new rules for survival, the class division seems to persist, despite the touted "free enterprise" and "modernity." This substrate, prejudice secretes not only the waves of "outcasts", but also - and probably with increasing intensity and sophistication - and particularly his characteristic way of decoding the information in the world, which also include targeting of any snobbery social media products that would address this demand, even if highly salable and profitable as stated in the establishment. It also invites us to suspect the motives that inspire these "windows media" said popular and its exploitation of the alleged "naked truth." / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Numa sociedade em que estar bem informado apresenta-se ao indivíduo como prérequisito para ser contabilizado entre as hostes de “cidadãos do mundo” e na qual a adesão às tecnologias da chamada “era da informação” parece inelutável, é lícito questionar se tais coerções sociais vêm acompanhadas da possibilidade de alcance por qualquer um. Se não, pensemos, pois, em como categorizar um veículo de informação que se propõe justamente atender aos possíveis párias, àqueles que não alcançam – por diversas razões – o ideal cultural impingido pelo sistema capitalista industrial. Na cada vez mais complexa realidade, em que os meios de difusão da cultura se fundem num amálgama tão confuso quanto as novas regras de sobrevivência, a divisão de classes parece persistir, apesar das apregoadas “livre iniciativa” e “modernidade”. Desse substrato, o preconceito segrega não só as levas de “párias”, mas também – e provavelmente com cada vez mais intensidade e sofisticação – seu modo característico e particular de decodificar as informações do mundo, o que também incluiria como alvo desse esnobismo social quaisquer produtos midiáticos que se dirigissem a essa demanda, mesmo que altamente vendáveis e lucrativos como reza o establishment. Isso também nos convida a suspeitar das motivações que inspiram essas “janelas midiáticas” ditas populares e sua exploração da alegada “verdade nua e crua”.