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Avaliação dos pacientes com hanseníase multibacilar submetidos ao esquema terapêutico substitutivoLemos, Roberta Faria January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / O tratamento da hanseníase tem como objetivo a cura bacteriológica que interrompe a transmissão, a cura clínica que devolve bem estar ao paciente e a redução das incapacidades permanentes, sendo considerado um ponto estratégico para o controle da endemia e para sua eliminação como problema de saúde pública. Entretanto, as medicações da poliquimioterapia podem causar eventos adversos, levando a desfechos clínicos desfavoráveis, prejudicando a evolução clínica desses pacientes, podendo contribuir para o abandono da poliquimioterapia padrão. O esquema terapêutico substitutivo é indicado para pacientes que apresentam intolerância a poliquimioterapia padrão. Este estudo teve como objetivo avaliar a evolução clínica dos pacientes multibacilares tratados com esquema terapêutico substitutivo preconizado pelo Ministério da Saúde, comparando-os com aqueles submetidos ao esquema padrão (PQT/OMS \2013 12 doses) para o tratamento da hanseníase. Adicionalmente, pretendese descrever os principais eventos adversos que levaram a troca do esquema padrão. Foi realizado um estudo retrospectivo, utilizando uma coorte de 435 pacientes de hanseníase multibacilares registrados no Ambulatório Souza Araújo no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2009. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1 composto por 390 pacientes que realizaram tratamento com a poliquimioterapia padrão e o grupo 2 por 45 pacientes que realizaram tratamento com poliquimioterapia substitutiva. Os desfechos clínicos utilizados para comparação dos dois esquemas terapêuticos foram: evolução da carga bacilar, evolução do grau de incapacidade física e evolução da ocorrência de episódios reacionais após a alta da PQT/OMS, comparando com o esquema padrão
Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo, utilizando uma coorte de pacientes de hanseníase multibacilares registrados no Ambulatório Souza Araújo (Laboratório de Hanseníase/IOC/Fiocruz) no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2009. Foram estudados os pacientes que concluíram o tratamento no serviço e que apresentaram acompanhamento de 1 ano após a alta do tratamento específico. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1 composto por 390 pacientes que realizaram tratamento com a poliquimioterapia padrão e o grupo 2 por 45 pacientes que realizaram tratamento com poliquimioterapia substitutiva. O estudo demonstrou que a dapsona foi responsável pela troca de esquema terapêutico. A poliquimioterapia substitutiva foi semelhante ao esquema padrão com relação à evolução da carga bacilar e da incapacidade física com 1 ano após alta do tratamento. Quando avaliamos a presença de reação hansênica no período de 1 ano após o tratamento, os pacientes tratados com esquema substitutivos tiveram uma chance menor de ter quadros reacionais quando comparado com os pacientes com esquema padrão. Adicionalmente, os esquemas substitutivos mostraram ser tão efetivo quanto ao esquema padrão em relação ao controle da hanseníase e sua morbidade / The treatment of leprosy aims to bacteriological cu
re that stops transmission, clinical cure
that returns the patient welfare and reduce permane
nt disability and is considered a strategic
point for disease control and elimination as a publ
ic health problem. However, medications
can cause multidrugtherapy adverse events leading t
o unfavorable clinical outcomes,
impairing the clinical outcomes of patients and may
contribute to the abandonment of
standard polychemotherapy. The replacement regimen
is indicated for patients who are
intolerant to standard polychemotherapy. This study
aimed to evaluate the clinical outcome
of patients treated with multibacillary regimen sub
stitute recommended by the Ministry of
Health, comparing them with those undergoing standa
rd regimen (WHO / MDT - 12 doses)
for the treatment of leprosy. Additionally, we inte
nd to describe the main adverse events that
led to the exchange of the default schema. We condu
cted a retrospective study using a cohort
of 435 patients with multibacillary leprosy recorde
d in Ambulatory Souza Araújo from
January 1998 to December 2009. Patients were divide
d into two groups: group 1 comprised
of 390 patients who underwent standard treatment wi
th multidrug therapy and group 2 of 45
patients who underwent treatment with multidrug the
rapy replacement. Clinical outcomes
used to compare the two regimens were: evolution of
bacterial load, evolution of physical
disability and evolution of the occurrence of react
ional episodes after discharge from MDT /
WHO, compared with the standard regimen. For this,
we conducted a retrospective study
using a cohort of multibacillary leprosy patients r
egistered at the Clinic Souza Araújo
(Leprosy Laboratory / IOC / Fiocruz) from January 1
998 to December 2009. We studied
patients who completed treatment in the service and
who had follow-up of 1 year after
discharge from treatment. Patients were divided int
o two groups: group 1 comprised of 390
patients who underwent standard treatment with mult
idrug therapy and group 2 of 45
patients who underwent treatment with multidrug the
rapy replacement. The study showed
that dapsone was responsible for the exchange regim
en. Chemotherapy substitution pattern
was similar to the scheme with respect to the evolu
tion of the bacterial load and disability 1
year after discharge from treatment. When we evalua
ted the presence of leprosy reaction
within 1 year after treatment, patients treated wit
h replacement scheme had a lower chance
of having reactional states when compared with pati
ents with standard schema. Additionally,
the replacement schemes proved as effective as the
standard regimen in relation to leprosy
control and morbidity.
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