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Unifran: história, desenvolvimento e novos desafios.Buffa, Maurício 28 October 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-10-28 / Financiadora de Estudos e Projetos / Since the republic proclamation, and in a more intense way, since 1930, the public-private opposition has been dominating the Brazilian educational scenery, varying the actors and
the main papers according to the times that these disputes happen. This opposition, in spite of the specific particularities of every historical moment and of the private interests that
permeate the conflict, has been harming the formatting of a more united and appropriate politics for the social, cultural and economical transformations that transcend the society.
In the higher education specific case, it is added to this fact the imposition, starting from the 1968 reform, of an specific formation model that should converge for the indissociability among teaching and researche, through academical structures that embraced the universality field. Inside this context, the increase of the demand for vacancies in the higher education since the 60s, in conjunction with the government politics for the sector and the experienced economical development of the country, the number of private schools increased. This fact divided the institutions into two groups, the elite group, formed by the few public ones that could associate teaching and researche, and the mass group, constituted mainly by the private institutions, that have been concentrating on the teaching activities according to the market. Contrarily to the own reform, the last ones began small and without many resources, as isolated universities and, paradoxically, they started to assist the middle class population that couldn't reach the public universities. Contextualized in the 60s, 70s and 80s, a period where a great part of the Brazilian society saw the education as a public good, therefore non-tradable, and they defended the public and unpaid school for all, that situation consolidated a negative image of the private institutions, considered by many as a second category schools, without teaching quality and with exclusively profit interests. Since the end of the 80s, some institutions became universities and, authorized for opening of courses, they had an accentuated growth, which allowed a great investments in infrastructure and faculty, improving the teaching quality and, consequently, their image in front of the society. However, the investments in structure were not followed by a strategic planning that, according to the competition, the regional subjects and the specificity of each institution, positioned them inside the new Brazilian educational market reality, reorienting their development and objectives. With all
of those considerations as backdrop and inside of the History of the School Institutions research line, this work makes a case study of Unifran, University of Franca. / Desde a proclamação da república, e de maneira mais intensa a partir dos anos 1930, a oposição público-privado tem dominado o cenário educacional brasileiro, variando os atores e os papéis principais conforme as épocas em que acontecem as disputas. Essa oposição, a despeito das particularidades específicas de cada momento histórico e dos interesses privados que permeiam o conflito, tem prejudicado a formatação de políticas mais coesas e adequadas às transformações sociais, culturais e econômicas que perpassam a sociedade. No caso específico do ensino superior, soma-se a esse fato a imposição, a partir da reforma de 1968, de um modelo único de formação que deveria convergir para a indissociabilidade entre ensino e pesquisa, por meio de estruturas universitárias que abrangessem a universalidade de campo. Dentro desse contexto, o aumento da demanda por vagas no ensino superior a partir da década de 1960, aliado às políticas governamentais para o setor e ao desenvolvimento econômico experimentado pelo país, fez crescer o número de escolas privadas, o que acabou por dividir as instituições em dois grupos, o de elite, formado pelas poucas públicas que conseguiram associar ensino e pesquisa, e o de massa, formado principalmente pelas privadas, que concentrou-se nas atividades de ensino
voltadas para o mercado. Contrariamente à própria reforma, essas últimas começaram pequenas e sem muitos recursos, como faculdades isoladas e, paradoxalmente, passaram a
atender as camadas médias da população que não conseguiam alcançar as universidades públicas. Contextualizada nas décadas de 1960, 1970 e 1980, período em que boa parte da sociedade brasileira entendia a educação como um bem público, portanto não comercializável, e defendia a escola pública e gratuita para todos, essa situação foi consolidando uma imagem negativa das instituições privadas, considerada por muitos como escolas de segunda categoria, sem qualidade de ensino e voltadas exclusivamente para o lucro. A partir do final dos anos 1980, algumas instituições transformaram-se em
universidades e, com liberdade para a abertura de cursos, experimentaram um crescimento acentuado, o que lhes permitiu grandes investimentos em infra-estrutura e corpo docente, melhorando a qualidade de ensino e, conseqüentemente, sua imagem junto à sociedade. Porém, esses investimentos em estrutura não foram acompanhados de um planejamento estratégico que, em função da concorrência, das questões regionais e das especificidades de
cada uma, posicionasse essas instituições dentro da nova realidade do mercado educacional brasileiro, reorientando seu desenvolvimento e seus objetivos. Tendo como pano de fundo
essas considerações e dentro da linha de pesquisa voltada para a História das Instituições Escolares, esse trabalho faz um estudo de caso da Unifran, Universidade de Franca.
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