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Physical Activity, Exercise and the Pelvic Floor

A incontinência urinária (IU) é uma disfunção prevalente em atletas do sexo
feminino. A atividade física (AF) intensa tem sido identificada como um fator de
risco para a IU, enquanto a AF moderada parece ter um efeito protetor.
Contudo, o impacto de diferentes níveis de AF nos músculos do pavimento
pélvico (MPP) tem sido pouco investigado. O objetivo desta tese foi analisar a
prevalência da IU em atletas portuguesas de alta competição e identificar os
seus potenciais fatores de risco. Pretendeu-se ainda analisar a associação
entre o nível de AF e variáveis da função dos MPP. Foram efetuados 3 estudos
transversais, em mulheres jovens e saudáveis com diferentes níveis de AF. Os dados foram recolhidos através de questionários, excepto os relativos às variáveis da função dos MPP tendo sido avaliadas através de manometria.
Foi efetuada a análise estatística adequada aos objetivos em estudo, com ajuste
para potenciais variáveis de confundimento. No estudo I, avaliou-se a
prevalência e os fatores de risco da IU em 372 atletas de diferentes desportos
e 372 controlos. No estudo II, investigou-se a associação dos Distúrbios
Alimentares (DA) com a IU na mesma amostra.
No estudo III, explorou-se a associação de diferentes níveis de AF com as variáveis da função dos MPP. Os resultados mostraram que: as atletas de alta competição apresentam um odds superior de IU em comparação com os controlos; as atletas com DA apresentaram maior probabilidade de IU de qualquer tipo, relativamente às
atletas sem DA; o nível de AF associou-se com a pressão vaginal em repouso mas não com a força e a endurance dos MPP.
Em conclusão, as atletas de alta competição apresentaram maior probabilidade de apresentar IU, sendo o risco aumentado naquelas que apresentaram DA. A AF em geral parece ser insuficiente para se obter um efeito de treino na força e na endurance dos MPP.
PALAVRAS CHAVE: PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL; MÚSCULOS DO PAVIMENTO PÉLVICO;
ATIVIDADE FÍSICA; PREVALÊNCIA; FATORES DE RISCO; INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO; EXERCÍCIO FÍSICO / Urinary incontinence (UI) is a prevalent dysfunction reported by female athletes.
Strenuous physical activity (PA) has been identified as a risk factor for UI,
whereas moderate PA seems to have a protective effect. However, the impact
of different levels of PA on pelvic floor muscle (PFM) function has been scarcely
investigated. The aim of this thesis was to assess the prevalence of UI in
Portuguese elite female athletes and to identify its potential risk factors. Also, it
aimed to clarify the association between PA level and variables of PFM
function. Three cross-sectional studies were developed among young and
healthy women with different levels of PA. All data were collected by
questionnaires, except variables of PFM function that were assessed by
manometry. Appropriate statistical analyses were performed, controlling for
potential confounders. Study I assessed the prevalence and risk factors for UI
among 372 elite athletes from different sports and 372 controls. The association
of disordered eating (DE) and UI was assessed in Study II, in the same sample.
In Study III, association of different levels of PA and variables of PFM function
was explored. The results showed that the odds of UI was three times higher in
elite athletes than in controls. Athletes with DE presented increased odds of UI
of any type, in comparison to athletes without DE. PA was associated with
vaginal resting pressure but not with PFM strength or endurance. In conclusion,
athletes competing at elite level are at higher risk for UI than non-athletes, and
DE behaviours may increase the risk for UI. General PA seems to be
insufficient to achieve a training effect on PFM strength and endurance.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/113176
Date19 July 2018
CreatorsAlice Maria da Costa Carvalhais
ContributorsFaculdade de Desporto
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguagePortuguese
TypeTese
Formatapplication/pdf
RightsopenAccess

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