O trabalho teve como objetivo analisar a associação entre a deambulação e a duração da fase ativa do trabalho de parto e avaliar o nível de dor da parturiente durante toda esta fase. 0bjetivos específicos: 1)identificar quantitativamente o trajeto percorrido durante a deambulação de parturientes no trabalho de parto; 2) verificar a presença de correlação entre a distância deambulada e a duração da fase ativa do trabalho de parto; 3) verificar a presença de correlação entre a distância deambulada a cada hora do trabalho de parto com a duração do mesmo; 4) avaliar o nível de dor da parturiente durante toda a fase ativa do trabalho de parto. Metodologia: estudo analítico de intervenção do tipo quase experimental. Fizeram parte do estudo 80 parturiente primíparas, admitidas em trabalho de parto espontâneo, no início da fase ativa (4 a 5 cm de dilatação cervical), que foram monitoradas em toda a fase ativa do trabalho de parto, ou seja, até completar 10 cm de dilatação cervical e encaminhamento para a sala de parto. Instrumentos de coleta de dados: podômetro para medir a distância percorrida em metros, Escala Visual Numérica de dor (EVN), formulário para o registro de dados. Análise dos dados: distribuição de freqüência, teste de Correlação paramétrico de Pearson, teste de Correlação não paramétrico de Spearman e teste de Regressão Linear Simples. Resultados: as participantes percorreram uma distância média de 1624metros, 63,09% da fase ativa do trabalho de parto e em um tempo médio de 5 horas. Verificou-se que a quantidade deambulada durante as três primeiras horas da fase ativa está associada a um encurtamento do trabalho de parto, sendo que a cada 100 metros percorridos ocorreu uma diminuição de 22 minutos na primeira hora, 10 minutos na segunda hora e 6 minutos na terceira hora. Os dados apontam que a indicação do uso de ocitócito e ruptura da bolsa amniótica não influenciaram na duração da fase ativa do trabalho de parto. Quanto aos escores de dor, verificou-se que a pontuação dos mesmos aumentou à medida que a dilatação cervical avançava. Foi encontrada uma correlação positiva apenas aos 5 cm de dilatação, ou seja, quanto maior os trajetos percorridos maiores foram os escores de dor pontuados pelas parturientes. / This study aimed to analyze the association between walking and the duration of the active phase of labor and obstetric results, with the following specific objectives: 1) identify the distance women walked during labor; 2) verify whether the distance walked is correlated with the duration of the active phase of labor; 3) verify whether the distance walked during each hour of labor is correlated with its duration; 4) evaluate the parturient womens pain level throughout the active phase of labor. Methodology: We realized an analytic, quasi-experimental intervention study. Study participants were 80 primiparous parturient women, who were admitted during spontaneous labor, at the start of the active phase (4 to 5cm of cervical dilatation) and were monitored throughout the entire active phase of labor, that is, until they reached 10cm of cervical dilatation and were sent to the delivery room. Data collection instruments: podometer to measure the distance walked in meters, numerical visual pain scale, and form for data registration. Data analysis: frequency distribution, Pearsons parametric correlation test, Spearmans non-parametric correlation test and Simple Linear Regression test. Results: the parturient women walked an average distance of 1624 meters, 63.09% of the active phase of labor and during an average time of 5 hours. We observed that the distance walked during the first three hours of the active phase is associated with a shorter labor time. For every 100 meters walked, duration decreased by 22 minutes during the first hour, by 10 minutes during the second hour and by 6 minutes during the third hour. Data revealed that the indication of oxytocic agents and the rupture of the amniotic bag did not influence the duration of the active phase of labor. Pain scores increase along with the advance in cervical dilatation. However, we only found a significant positive correlation when 5cm of dilatation had been reached, that is, the more distance the participants walked, the higher the pain scores they reached.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-22122005-105613 |
Date | 01 September 2005 |
Creators | Fabiana Villela Mamede |
Contributors | Ana Maria de Almeida, Ricardo de Carvalho Cavalli, Ana Marcia Spano Nakano, Claudia Benedita dos Santos, Janine Schirmer |
Publisher | Universidade de São Paulo, Enfermagem em Saúde Pública, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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